A ascensão à presidência estadual do PL entre cotoveladas e chutes na canela exercida pelo senador Rogério Marinho começa a apresentar a fatura política ao líder bolsonarista. Primeiro foi a saída do deputado federal João Maia, que se sentiu traído pelo colega após ficar mais de 20 anos a frente do partido, fazendo dele um dos que mais elege prefeitos no Rio Grande do Norte.
O deputado estadual Neilton Diógenes já avisou que acompanha João Maia na saída do partido. Outra que deve pedir o boné é a deputada estadual Terezinha Maia, que deve ir para o PSD da senadora Zenaide Maia, sua principal aliada em São Gonçalo do Amarante, base eleitoral.
O deputado federal Robinson Faria também estuda sair do PL. Por enquanto, o parlamentar que faz sinalizações de aproximação com o Governo Lula, trata o movimento com discrição.
Até General Girão tem um plano de saída, colocando um liderado no comando do Podemos estadual, visando ter uma legenda que lhe garanta condições de disputar a Prefeitura do Natal ano que vem.
Rogério assumiu o PL garantindo ter trazido 18 prefeitos. Até aqui a lista é um mistério. O certo mesmo é que 15 confirmaram saída do partido acompanhando João Maia, entre eles dois de cidades estratégicas como Gustavo Soares, de Assu, e Emídio Júnior, de Macaíba.
Rogério chegou ao comando do PL espalhando em vez de juntando. Repete o que fez quando tomou o PSDB do ex-governador Geraldo Melo em 2009. Na época o fundador do partido saiu para o PPS, atual Cidadania, só retornando ao tucanato em 2018, quando a legenda já estava sob o controle do presidente da Assembleia Legislativa Ezequiel Ferreira de Souza.