O senador Rogério Marinho (PL) reclamou da indicação do ministro da justiça Flávio Dino (PSB) para o Supremo Tribunal Federal (STF) anunciada ontem pelo presidente Lula (PT).
Abre aspas para o senador potiguar:
“A indicação de Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal é um ato de jogar lenha na fogueira. Embora a indicação de um ministro à Suprema Corte seja uma prerrogativa do presidente da República, o nome indicado não representa a imparcialidade necessária para uma instituição que deve ser o bastião da Justiça e Constituição”, afirmou. “Ao escolher um nome tão intrinsecamente ligado a um espectro político ideológico, o governo não apenas desrespeita a essência da imparcialidade judicial, mas também sinaliza um desprezo preocupante pela estabilidade e harmonia nacional. A indicação de Flávio Dino é um espelho do acirramento e da divisão promovida pelo PT no país, uma decisão que politiza e diminui o STF”, complementou.
Depois de ler isso ficar a pergunta: onde estava Rogério quando Jair Bolsonaro (PL) usou critério religioso para indicar um “terrivelmente evangélico” que ao ser escolhido foi comemorado pela então primeira-dama Michelle Bolsonaro que ficou falando em línguas? (vídeo abaixo)
Onde estava Rogério quando o próprio Bolsonaro se referiu aos ministros indicados por ele André Mendonça (o “terrivelmente evangélico”) e Nunes Marques como os 20% dele no STF? (vídeo abaixo)
Respondo as perguntas: Rogério estava colhendo as benesses do governo Bolsonaro e montando uma estrutura de campanha para se eleger senador a partir do aparelhamento do Estado que ele diz combater quando seus adversários estão no poder.
Rogério não liga para critério ideológicos para indicações de ministros do STF. Ele não gosta é que o presidente Lula indique um ministro qualificado como Flávio Dino que tem uma posição histórica em defesa da democracia e de resistência ao golpismo comandado pelo ex-presidente nos últimos anos.