Sexta-feira foi natal para nós vascaínos. Romário, o “Baixinho”, fez 50 anos. É só o maior jogador que eu vi jogar. Minha admiração não era só pelos gols e dribles, mas pelas declarações polêmicas. Menino, ficava pensando “será que um dia entrevisto meu ídolo um dia? Se tiver a oportunidade será que vou esconder a condição de fã?”. As perguntas foram respondidas duas vezes e em menos de um ano. Primeiro em 2011 num evento na Câmara Municipal. Depois durante a campanha de 2012. Nada de autógrafo. No máximo uma foto para a posteridade. Fora isso as entrevistas aconteceram dentro do profissionalismo.
A única nota triste foi a passagem dele pelo Flamengo, uma mácula que a maior parte dos vascaínos jamais perdoará. Talvez por isso Romário seja o maior jogador já revelado pelo clube sem ser o maior ídolo.
Mas em campo o “Baixinho” fez muito pelo gigante. Não acompanhava futebol no bicampeonato em cima do Flamengo em 1987/88, mas vi ele ser campeão brasileiro em 2000, ganhar a inesquecível virada do milênio sobre o Palmeiras e o milésimo gol em 2007.
Na seleção foram duas Copas Américas (1989 e 1997), a medalha de prata em 1988 e a Copa do Mundo de 1994. Sobre essa última ele era o craque de um time operário.
Romário é na minha opinião o segundo melhor jogador da história do futebol atrás de Pelé. Tostão certa vez ao ser perguntado se o “Baixinho” tinha vaga na seleção de 1970 respondeu: “Daria minha camisa para ele”. Precisa escrever mais nada.
Romário passou deixando a sensação de que poderia ter sido bem melhor do foi. Se fosse um atleta na acepção da palavra teria ido muito mais longe e olhe que ele jogou até os 41 anos e foi artilheiro do Campeonato Brasileiro em 2005 aos 39 só jogando as partidas do Vasco em casa.
