
Em um ano estaremos começando o período de 45 dias que vai definir se Rosalba Ciarlini (PP) segue ou não prefeita de Mossoró. É uma eleição decisiva para ela e seu clâ político.
A oposição não-Rosada nunca esteve com tantas condições de abater a mais tradicional família política de Mossoró nas urnas. Mas a falta de coesão, organização e foco facilita a vida de Rosalba Ciarlini que se dá ao luxo de fazer uma gestão sofrível sem ser incomodada.
Sem contraponto, a prefeita tem fôlego para juntar um punhado de obras improvisadas, anúncios de última hora e fazer propaganda enganosa com a folha de pagamento nas redes sociais.
É como se existisse um temor em criticar a prefeita. Ninguém ousa fazer o contraponto deixando na orfandade um eleitorado grande que quer encontrar um líder político para chamar de seu.
Na pré-campanha de 2018, alertei que os principais candidatos ao Governo do Estado erravam quando cortejavam uma prefeita visivelmente desgastada. Havia um eleitorado órfão.
Resultado: quem ganhou o apoio de Rosalba perdeu a eleição tanto em Mossoró como no Estado.
Alguém precisa começar a pôr o dedo na ferida desta gestão.
Assunto não falta.
O contraponto é fundamental para elevar a qualidade do debate político em Mossoró.