Rosalba planta desconfiança e colhe desgaste

Rosalba teve dificuldades em explicar agenda na Europa (Foto: arquivo)

Poucas vezes vi a prefeita Rosalba Ciarlini (PP) se dispor a dar satisfações. Ontem ela deu uma entrevista a 95 FM explicando sua viagem à cidade de Barcelona.

Era necessário ter que se explicar. A “penosa” travessia sobre o Atlântico pegou muito mal.

Sua voz não disfarçava o desconforto em ter que se explicar. Ela gaguejou várias vezes ao descrever suas atividades na Espanha.

Em síntese: nas próprias palavras ela disse que foi a Espanha aprender o que já tinha prometido em praça pública nas eleições de 2016: modernizar a cidade. Rosalba citou o aplicativo do transporte público que já saiu do papel e as promessas não cumpridas da marcação de consultas e matrículas na rede municipal de ensino pela Internet.

A prefeita fez um arrodeio, mas admitiu que o erário municipal bancou a viagem, cabendo a Frente Nacional de Prefeitos (FNP) pagar as inscrições no evento smart city.

Faltou ela explicar por que sua agenda europeia foi tão mal divulgada a ponto de não sair sequer uma notícia no site oficial da prefeitura de Mossoró e por ela ter postado apenas três vídeos nas redes sociais, por coincidência, usando a mesma roupa como o Blog do Barreto assinalou na semana passada em artigo.

No final da conversa a prefeita explicou que “começou” a voltar ao Brasil na sexta-feira. No país ela só chegou na segunda.

Foram três dias viagem?

Sobre o empréstimo de até R$ 150 milhões a prefeita falou que quem é contra age em desfavor de Mossoró. Em vez de esclarecer as pontas soltas no debate ela apela ao discurso emocional.

Não é comum Rosalba se dispor a dar satisfações. Ao agir como se ainda estivesse nos anos 1990, a prefeita insiste em plantar falta de transparência para colher desgastes.

Viajar para o exterior para buscar novas ideias ou investimentos não tem nada demais. Se a prefeita explicasse desde o início que o pagamento seria feito pelo erário e divulgasse diariamente a agenda ninguém estaria polemizando sobre a viagem.

Se o empréstimo tivesse com anexo com a lista de obras e o percentual de juros a prefeita não teria que encarar a suspensão da operação de crédito promovida por ação da bancada de oposicionista.

As lições dadas pelas urnas em 2018 ainda não foram bem assimiladas pela prefeita. Ela insiste em plantar desconfiança via falta de transparência para colher desgastes.

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Reportagem especial

Canal Bruno Barreto