O Rio Grande do Norte terá segundo turno e isso diz muito sobre as falhas cometidas pelos dois nomes que seguirão na luta para se tornar governador do Rio Grande do Norte.
O ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves (PDT) apostou tudo na velha forma oligárquica de fazer política. Terceirizou o pedido de votos no interior do estado, desprezou a imprensa, faltou a debates e terminou indo ao segundo turno impulsionado por Natal onde preserva a boa imagem como gestor e galopou no antipetismo.
A capital do Estado bota candidatos ao Governo no segundo turno, mas sozinha não leva aos 50% mais um para eleger um chefe do executivo.
O pedetista terá que arregaçar as mangas e ir ao interior, dar mais entrevistas e comparecer a todos os debates. A votação de Carlos Eduardo ficou abaixo do esperado pelos seus apoiadores.
Sandálias da humildade para ele.
Já a petista Fátima Bezerra manteve a liderança mostrada em todas as pesquisas, mas não foi suficiente para vencer no primeiro turno. Faltou à petista firmar um compromisso mais claro com o eleitorado. Acreditando que venceria no domingo passado ela fez uma campanha sem se comprometer antevendo possíveis desgastes no futuro. O exemplo do “governador da segurança” estava vivo na memória.
O segundo turno obrigará Fátima a se comprometer mais incisivamente para conquistar os votos que faltam para ela ter o sonhado 50% mais um dos votos válidos.
As urnas entregaram lições aos dois candidatos quem aprender mais tomará posse em 1º de janeiro de 2019 como novo chefe do executivo estadual.
Confira a votação para Governo do RN
Fatima Bezerra (PT): 748.150 (46,17%)
Carlos Eduardo Alves (PDT): 525.933 (32,45%)
Robinson Faria (PSD): 192.037 (11,85%)
Brenno Queiroga (SD): 106.345 (6,56%)
Professor Carlos Alberto (PSOL): 31.306 (1,93%)
Freitas Junior (REDE): 9.067 (0,56%)
Heró Bezerra (PRTB): 4.327 (0,27%)
Dário Barbosa (PSTU): 3.379 (0,21%)
Total de votos: 1.966.450
Votos válidos: 1.620.544 (82,41%)
Brancos: 86.111 (4,38%)
Nulos: 259.795 (13,21%)
Abstenções: 406.098 (17,12%)