Médicos que atuam nos ambulatórios de Mossoró iniciaram na manhã de hoje (25) greve em função da falta de valorização salarial no município, por melhoria nas condições laborais, e garantia de uma carga horária digna de trabalho.
A categoria reivindica uma recomposição salarial através da alteração do plano de cargos e carreira da saúde, estabelecendo um piso salarial de três salários mínimos (R$ 4.200) para jornadas de 20 horas, além de uma gratificação para atendimentos ambulatoriais. Os médicos também buscam a parametrização dos atendimentos, visando melhorar a organização e a eficiência dos serviços prestados.
O Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (Sinmed RN), que representa a categoria, divulgou nota destacando que a falta de diálogo e intransigência da gestão municipal em iniciar uma negociação é um dos fatores determinantes para a paralisação.
Confira na íntegra a nota do SINMED
O SINMED-RN informa que, diante da negativa por parte da Secretaria Municipal de Saúde de Mossoró, para iniciar rodada de negociações sobre a necessidade de efetivação de melhorias sobre os salários dos servidores médicos municipais, faz-se necessário a deflagração de movimento indicativo de GREVE, a partir de amanhã, quarta-feira, 25/09.
Destacamos que o SINMED está ciente dos impedimentos do período de defeso eleitoral, de forma que foi solicitado à Secretária tão somente que fossem iniciadas as negociações a fim de chegar-se a um consenso e, no ano de 2025, pudesse ser encaminhado o necessário e urgente projeto de lei de recomposição salarial para os médicos, mas a resposta da Pasta de Governo foi negativa e intransigente.
O SINMED destaca o compromisso e respeito às leis, lembrando que a plena harmonização da vedação da lei eleitoral com a revisão salarial geral está prevista, inclusive, pela nossa Constituição Federal, (art. 37, X) de forma que seria possível, neste momento, até mesmo a possibilidade de revisão salarial segundo o índice oficial de inflação.
Desta forma, o SINMED observa-se e ressalta que a revisão geral limitada a recompor o poder aquisitivo e concedida dentro do prazo de defeso eleitoral é perfeitamente possível, sendo vedada tão somente aquela que exceda a inflação do período, não servindo tal resposta da Secretaria Municipal de Saúde como lastro à negativa de receber os médicos para iniciar conversas e negociações para o futuro próximo.
Diante do lamentável posicionamento da titulara da pasta, não resta outra saída, a não ser iniciarmos o indicativo de greve.