Se a tendência de ascensão do capitão Styvenson Valentim (REDE) prosseguir nas próximas pesquisas caminharemos para termos uma disputa plebiscitária pela segunda vaga para o Senado.
O capitão vem subindo acima da margem de erro nas pesquisas deixando os principais concorrentes para trás. O quadro, se mantido, impõe uma disputa à parte entre o senador Garibaldi Alves Filho (MDB) e a deputada federal Zenaide Maia (PHS).
Garibaldi se encontra com a maior rejeição entre todos candidatos ao Senado e por isso enfrenta um cenário adverso para crescimento. Ele está desgastado junto ao eleitorado pelo tempo de vida pública e por ter apoiado medidas impopulares do presidente Michel Temer como o teto de gastos, reforma trabalhista, a Medida Provisória que isenta petrolíferas estrangeiras de impostos, etc.
Já Zenaide tem como trunfo a posição oposta de Garibaldi em todas essas votações. Falta a candidata elevar o tom em relação ao assunto. Até aqui ela tem optado por uma estratégia “paz e amor” em relação ao principal adversário na disputa.
Parece-me que a meta inicial é subir nas pesquisas colando nas imagens da candidata ao Governo Fátima Bezerra (PT) e do ex-presidente Lula.
Pode ser pouco.
O caminho para Zenaide é puxar um debate plebiscitário com Garibaldi colocando o eleitor para comparar as posições de cada um.
Isso já deu certo contra Garibaldi no passado.
Em 2006, Wilma de Faria chamou o senador para esse tipo de comparação e elevou a melhor utilizando temas como a privatização da Cosern “vendendo” a ideia de que ele faria o mesmo com Caern. Garibaldi demorou a reagir e quando foi se explicar o estrago estava feito.
Aquela eleição ficou marcada como a “surra de saia” se tornando a única derrota da vitoriosa vida política de Garibaldi.