Será que chegamos ao fundo do poço? Ou ainda tem mais?

Por Herval Sampaio

Ninguém está imune à aplicação da Constituição e das leis tidas por constitucionais nesse país!

É inconteste que o dia 04 de março de 2016 entrará para a história desse país, não só pelo peculiar fato de que um ex-presidente da República foi conduzido coercitivamente para depor na 24ª fase da midiática Operação Lava Jato que já levou tanta gente para a cadeia, em especial pessoas que no passado bem recente eram tidas como intocáveis. Aqui alguns números sobre a referida operaçãohttp://www.novoeleitoral.com/index.php/en/opiniao/outros/1191-operacao-lava-jato-corrupcao-investigacao-conexao-com-ilicitos-eleitorais

Independente de nossa limitação pessoal para comentários meritórios sobre a maior polêmica do referido dia, qual seja, a legalidade/constitucionalidade ou não da citada condução coercitiva, em razão de nossa qualidade de Juiz de Direito, optamos por trazer nesse pequeno texto uma visão distinta de todos os outros que vimos e lemos até o presente momento, o lado bom de tudo isso e ao mesmo tempo a indagação que todos devem estar fazendo, será que ainda tem mais?

No que tange a primeira abordagem, pensamos que a surpresa, indignação e perplexidade do povo brasileiro com tantos episódios tristes que nos envergonha perante a comunidade internacional e ao mesmo tempo demonstra a cultura de nossa sociedadehttp://www.novoeleitoral.com/index.php/en/opiniao/herval/1126-mudancapode ser encarada de um modo positivo.

Sem adentrar ao mérito dos primeiros processos no sentido amplo do termo em que vimos políticos famosos sendo presos, sempre defendi que até mesmo aqueles condenados pela mais alta instância judicial do pais, poderiam ter tido um ato nobre e democrata como sempre se postaram ao povo, enaltecendo a mudança de cultura quanto à impunidade dos donos do poder e do dinheiro nesse país.

Entretanto, não foi assim que ocorreu e mesmo sem ser contra os petistas e partidários do atual governo, sempre critiquei como cidadão e dessa qualidade não abrirei mão nunca, o fato de até hoje ver e ouvir discursos contras as instituições democráticas desse país.

A imagem do ex-deputado André Vargas, hoje preso, ao lado do então Presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa, em solenidade oficial no Congresso Nacional, fazendo o gesto de um dos condenados no mensalão, foi um dos maiores acintes contra as instituições desse país, neste caso ao Poder Judiciário e acredito que os mais ferrenhos defensores dos petistas não aprovaram aquele ato jocoso e desrespeitoso à Justiça. [1]

Não concordar com as decisões da Suprema Corte ou de qualquer Juiz nesse país, é um direito de qualquer cidadão e no dia histórico aqui trazido como referência desse texto, uma boa parte de cidadãos, a maioria defensores desse grupo partidário estão a condenar uma decisão e isso nos parece razoável, contudo deslegitimar as instituições é outra coisa totalmente diferente.

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Reportagem especial

Canal Bruno Barreto