A fim de evitar possíveis ameaças à saúde pública devido à pandemia do novo coronavírus, a Secretaria da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (SESAP-RN) está convocando empresas especializadas na prestação de serviços referente a contratação emergencial de empresa especializada na locação de contêineres refrigerados para o armazenamento de corpos de pessoas que vierem a falecer vítimas da Covid-19, em caráter emergencial por até seis meses. A segunda chamada do edital de convocação foi publicada na edição Nº 14.703, do Diário Oficial do Estado, de 4 de julho de 2020.
De acordo com o edital a contratação se refere a dois contêineres a serem instalados no pátio do Hospital Giselda Trigueiro, em Natal, e no pátio do 2º Batalhão de Polícia Militar do RN, em Mossoró. O resultado da licitação será no dia 9.
Segundo a assessoria de comunicação da Sesap, o processo foi iniciado em 30 de março deste ano, mas não ocorreu contratação e houve necessidade de ser aberta uma nova contratação emergencial.
“Trata de um planejamento da Sesap debatido desde o início da pandemia e que está sendo colocado em prática e devido a uma necessidade do Hospital Giselda Trigueiro. Ocorre que enquanto a câmara mortuária estiver alugada, a unidade construirá o seu necrotério”, informou a assessoria de comunicação da Sesap.
“A proposta é que a câmara mortuária seja instalada no 2º Batalhão em Mossoró. O local foi escolhido pois tem amplo espaço, segurança e também porque é próximo tanto ao Hospital Regional Tarcísio Maia e ao Hospital São Luiz”, acrescentou.
A assessoria informou que a instalação dos equipamentos não alterará a forma de liberação dos corpos.
Com relação a Mossoró, de acordo com a gerente da II Unidade Regional de Saúde Pública (II URSAP), Emiliana Bezerra, a medida está sendo pensada porque, como a regulação de leitos acontece em nível de Estado, se ocorrerem vários óbitos no mesmo dia de pacientes de cidades em que a realização do transporte do corpo demore, haverá um local para os corpos ficarem até que o transporte aconteça. A gerente afirmou que até o momento não foi preciso ficarem vários corpos no necrotério do Hospital Tarcísio Maia ou do São Luiz.
Emiliana Bezerra ressaltou que até o momento não houve problemas, a medida é para o caso de acontecer uma eventualidade e é algo feito como trabalho planejado. Ela mencionou também que o contêiner, que ainda não está em Mossoró, poderia ter sido instalado há mais tempo, mas existe toda uma burocracia.
“A gente não está trabalhando na perspectiva de haver esse número de mortes”, afirmou. Ela acrescentou que é uma precaução e que se houver necessidade não há como improvisar um contêiner em uma noite. Pode ser que o contêiner não precise ser usado.
Atualmente, os corpos das vítimas de Covid-19 ficam nos necrotérios dos hospitais Tarcísio Maia e São Luiz. A gerente da II URSAP explica que o cuidado ocorre no manejo do corpo. Ela informa que o caixão tem que ser lacrado e não há velório.