Nas redes sociais uma confusão danada com o compartilhamento de que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) “liberou” a ex-governadora Rosalba Ciarlini (PP) para disputar eleições em 2016.
Na verdade, não é bem assim. Ela já tinha recuperado os direitos políticos em novembro quando o TSE entendeu que deveria ser convertida em multa a denúncia de que ela teria exagerado no uso do avião oficial do Governo do Estado para fazer campanha em Mossoró.
O TSE sequer absolveu ela e a ex-prefeita Cláudia Regina (DEM). Elas foram multadas.
O que aconteceu de fato foi a retirada do recurso cujo nome técnico é embargos de declaração em que o advogado da coligação Frente Popular Mossoró Mais Feliz, Marcos Araújo, apontava contradições do TSE que condenou Cláudia à cassação diploma sobre o mesmo crime eleitoral em outros processos e justamente no que vislumbrava a elegibilidade de Rosalba converteu em multa. A ex-governadora, na verdade, foi poupada de um embate que poderia lhe render a perda da elegibilidade.
O grupo político de Sandra Rosado (PSB) tem dito nos bastidores que retirou o recurso porque Marcos fez sem consultar os clientes. Mas outra versão: a de que ele foi pressionado a fazer a retirada.
O fato é que o pedido de extinguir o recurso foi feito por uma outra advogada após Marcos ser desabilitado do processo.
Por trás disso um cada vez mais possível entendimento político entre os grupos de Sandra e Rosalba.