Eleito com o discurso moralista de antipolítica, o capitão implacável com os bêbados ao volante, Styvenson Valentim em sete anos passou por uma metamorfose até se tornar um político vulgar.
Eleito pela Rede, passou uma temporada no lavajatista Podemos e agora é do tradicional e decadente PSDB.
Após a derrota em 2022, quando terminou num constrangedor terceiro lugar, Styvenson Valentim decidiu mudar.
Passou a agir como os outros políticos e aos poucos o nojinho dos privilégios foi passando.
O ano de 2025 se tornou um chá de revelação do novo perfil do senador.
Primeiro entrou na farra das emendas mentindo que construía hospitais. Aí veio a descoberta de que ele nunca mandou verbas para investimentos, mas recursos para custeio, que desmonta as peças de marketing.
Depois fez um auê com uma usina de asfalto cujos resultados são pífios. Para piorar a Controladoria-Geral da União (CGU) identificou suspeita de superfaturamento numa emenda do orçamento secreto assinada pelo senador no valor de R$ 26,7 milhões executada pela Codevasf.
Esta semana ganhou o mundo a notícia de que a namorada do senador Ana Luísa Canário Carlos de Andrade foi nomeada para cargo no Senado com salário de R$ 16 mil e depois para cargo na Prefeitura de Natal com salário de R$ 14 mil.
No fim a cereja do bolo, ou melhor do frango a cordon bleu. Styvenson foi pego pelo Diário do RN gastando dinheiro público com comida luxuosa.
Nem tudo citado aqui é ilegal, mas as contradições entre discurso e prática tornaram Styvenson um político vulgar.

