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Processo que pode levar Sandra Rosado à prisão será julgado próxima semana

Sandra estará na berlinda dia 26 (Foto: autor não identificado)

Blog Carlos Santos

A vereadora mossoroense Sandra Rosado (PSDB) e mais quatro pessoas vão ser julgadas no Tribunal Regional Federal (TRF) da Quinta Região, com sede em Recife-PE, na próxima terça-feira (26). A sessão na Quarta Turma do TRF5 – no pavimento norte dessa corte – começará às 13h30.

Será apreciada apelação dos réus à sentença de primeira instância em que foram considerados culpados.

O processo sob o número 0000877-53.2015.4.05.8401 foi julgado em primeiro grau na 8ª Vara da Justiça Federal em Mossoró, no dia 10 de maio de 2017, pelo juiz Orlan Donato Rocha – veja AQUI. Ela e os demais condenados foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF).

A parlamentar mossoroense foi condenada a 9 anos e 2 meses de prisão em regime fechado. Outros réus são Maria Goreti Melo Freitas Martins – 8 anos e 6 meses de prisão em regime fechado; Manuel Alves do Nascimento Filho – 9 anos e 2 meses de prisão em regime fechado; Cláudio Montenegro Coelho de Albuquerque – 7 anos e 4 meses de prisão em regime semiaberto; e Francisco de Andrade Silva Filho – 4 anos em regime aberto.

Conluio

Segundo o magistrado discorreu em sua sentença, teria ocorrido “um conluio para apropriar-se indevidamente de recursos repassados pela União (Convênio nº 1782/2003-FNS – SIAFI nº 495578) para APAMIM – Associação de Assistência e Proteção à Maternidade de Mossoró, no valor de R$ 719.779,00”. Estes recursos foram repassados em cinco parcelas de R$ 143.955,80. À época dos acontecimentos narrados, Sandra era deputada federal.

A Quarta Turma da TRF5 é formada por três titulares: desembargador-presidente Rubens Canuto, desembargador Edilson Nobre Pereira Júnior (de origem potiguar) e o desembargador Lázaro Guimarães (decano da corte e relator do processo. (Conheça-o AQUI).

Nota do Blog do Barreto: caso o tempo da condenação de Sandra seja mantido ou ampliado, ela será presa conforme a atual jurisprudência que prevê a prisão após condenação em segunda instância.

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Municipalizar a maternidade é a solução

Ontem no Meio-Dia Mossoró ao entrevistar a procuradora do município Karina Ferreira perguntei se existia meios jurídicos para municipalizar a Maternidade Almeida Castro, principal serviço ofertado pela Associação de Assistência e Proteção a Maternidade e Infância de Mossoró (APAMIM).

A resposta foi clara: é possível e fica mais barato.

Então porque danado nenhum gestor fez isso após quatro anos de intervenção judicial?

Com a palavra o ex-prefeito Francisco José Junior e a atual prefeita Rosalba Ciarlini (PP).

Seria melhor para o erário municipal e melhor para a sociedade que a maternidade fosse municipalizada.

Todos sairiam ganhando.

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APAMIM divulga relatório com prestação de contas de recursos do SUS

Na guerra de informação envolvendo a Associação de Assistência e Proteção a Maternidade e a Infância de Mossoró (APAMIM) e a Prefeitura de Mossoró, segue mais um capítulo da briga.

A APAMIM após ser acusada de não ter transparência envia ao Blog do Barreto a prestação de contas dos recursos do Sistema Único de Saúde (SUS).

Leia na íntegra:

Segue detalhamento dos serviços prestados pela Maternidade Almeida Castro e dos repasses do SUS

 

Os Interventores na Associação de Assistência e Proteção a Maternidade e a Infância de Mossoró (APAMIM) detalharam nesta segunda-feira, 12, como está sendo a restauração e a ampliação do Hospital Maternidade Almeida Castro, e esclareceram sobre os repasses do Sistema Único de Saúde (SUS) à entidade através da Prefeitura de Mossoró-RN.

O processo de Intervenção Judicial começou em outubro de 2014, após a então Casa de Saúde Dix Sept Rosado fechar por falta de pagamento dos servidores, estrutura física e equipamentos precários, assim como dívidas milionárias junto a instituições bancárias do Rio Grande do Norte e do Ceará, fornecedores e prestadores de serviços.

São cinco processos, sendo que dois da Justiça Estadual, dois na Justiça do Trabalho e um na Justiça Federal. Em todos, a ordem expressa pelo Poder Judiciário é para os interventores reabrir, restaurar e ampliar os serviços maternos infantis no Hospital Maternidade Almeida Castro, bem como garantir sua viabilidade de funcionamento.

Quando começou a intervenção, o Hospital Maternidade Almeida Castro estava fechado.

 

Atualmente são 180 leitos funcionando

Centro Obstétrico reconstruído, ampliado e equipado (novembro de 2017)

Pacientes admitidos

2016 – 4.446

2017 – 6.201

2018 – 4.916 (janeiro/agosto)

 

Gestação de Alto Risco (2016)

Pacientes admitidos

2016 – 118

2017 – 771

2018 – 653 (janeiro/agosto)

 

 

17 leitos de UTI Neonatal – Começou com 7 – Foi construída e equipada (novembro de 2016)

 

Pacientes admitidos

2016 – 87

2017 – 342

2018 – 291 (janeiro/agosto)

 

13 leitos de UCINCO – Começou 8. Foi reformado e ampliado (novembro de 2016)

 

Pacientes admitidos

2016 – 98

2017 – 437

2018 – 431 (janeiro/agosto)

 

18 leitos de UCINCA – Começou 8. foi reconstruído, ampliado e equipado (novembro de 2015)

 

Pacientes admitidos

2016 – 168

2017 – 368

2018 – 287 (janeiro/agosto)

 

08 leitos de UTI Adulto – Começou com 5. Foi instalada no segundo semestre de 2016

 

Pacientes admitidos

2016 – 140

2017 – 508

2018 – 351

 

Obs: Taxa de ocupação acima de 90%

Posto de Coleta de Leite Humano agregado ao banco de Leite do Estado

Laboratório completo para a demanda de exames da maternidade

Média de 18,5 partos ao dia (estatística dos primeiros seis meses de 2018)

10% destes partos são de bebes de baixo peso

15% são bebês que nascem prematuros

47% dos partos são de mulheres de Mossoró/RN

53% dos partos são de mulheres de outras regiões, inclusive de estados vizinhos.

421 servidores, entre técnicos de enfermagem, enfermeiros, ASGs e etc.

Cobertura de madeira e telhado totalmente substituído.

Estrutura elétrica quase que 100% substituída

Estrutura hidráulica 70% substituída

Recuperação da frente da maternidade (em conclusão)

Fonte de recursos

Sistema Único de Saúde (SUS) envia R$ 1.130.000,00/mês (valor fixo) para o Hospital Maternidade Almeida Castro. Este valor é específico para a Maternidade Almeida Castro.

O SUS envia R$ 800 mil/mês em média como forma de pagamento pelos partos, internações e exames (maternidade presta o serviço, informa ao SUS, o município de Mossoró faz auditoria nesta prestação de contas, e o SUS envia o pagamento por estes serviços para o Fundo Municipal de Saúde, geralmente no dia 10 de cada mês, via Fundo Nacional de Saúde para o Fundo Municipal de Saúde) realizados na Maternidade Almeida Castro.

As Cooperativas médicas

Como Mossoró não tinha maternidade na época do decreto de intervenção e não tem até hoje para os atendimento de baixa e média complexidade (responsabilidade do município), o juiz interventor determinou que a Prefeitura de Mossoró mantivesse os contratos com a Clinica de Anestesiologia de Mossoró (CAM), Núcleo de Ginecologia e Obstetrícia (NGO) e NeoClinica (estes contratos já existiam antes da intervenção) para que os médicos destas cooperativas continuassem atendendo na Maternidade Almeida Castro durante a intervenção. Este contrato é entre a Prefeitura de Mossoró e estas três cooperativas. Os recursos não passam pelos interventores na APAMIM.

Obs: O contrato de serviços com a Neoclínica com a Prefeitura de Mossoró não é só para prestar serviços médicos no Hospital Maternidade Almeida Castro. É para prestar os serviços médicos também na UTI Pediátrica, que está instalada no Hospital Wilson Rosado.

Valor médio destinado a estas três cooperativas médicas – R$ 700 mil/mês.

Quando o Governo do Estado fechou o Hospital da Mulher, em 2016, transferiu os serviços das cinco cooperativas médicas (Cooperfisio, CAM, NeoClinica, NGO e SAMA) para o Hospital Maternidade Almeida Castro, em acordo firmado com a Justiça Federal. Isto está consignado na decisão judicial de 28 de setembro de 2016.  Estes cinco contratos são entre o Estado e as cinco cooperativas. Os recursos não passam pelos interventores.

Valor médio destinado pelo Estado a estas cinco cooperativas médicas é de R$ 900 mil/mês

Os recursos do Sistema Único de Saúde são repassados para a Maternidade Almeida Castro através do Fundo Municipal de Saúde, que é administrado pela Prefeitura Municipal de Mossoró.  São depositados entre o dia 10 e 20 de cada mês, cabendo ao gestor municipal repassar estes recursos em até 10 dias para o Hospital Maternidade Almeida Castro.

No caso da gestão Rosalba Ciarlini, os recursos não estão sendo repassados no prazo previsto, sendo necessário a Assessoria Jurídica da Intervenção Judicial solicitar, em juízo, que os recursos sejam bloqueados para que cheguem ao seu destino.

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Prefeitura acusa APAMIM de descumprir medida judicial relacionada à transparência

Segue a guerra entre a Prefeitura de Mossoró e a junta interventora da Associação de Assistência e Proteção à Maternidade e Infância de Mossoró (APAMIM). Agora a assessoria de comunicação município denuncia a instituição de descumprir uma determinação judicial.

Confira no texto abaixo:

Em decisão de junho deste ano, a justiça determinou que a Associação de Assistência e Proteção à Maternidade e Infância de Mossoró (APAMIM) divulgue o detalhamento dos dados financeiros mensalmente, com prazo estipulado até o 15° dia do mês subsequente. No entanto, as informações ainda não foram atualizadas no Portal da Transparência.

“(…)visando ao desafogamento deste processo e ao aprimoramento desta intervenção, determino à APAMIM que, através de site ou meio eletrônico adequado, a ser criado no prazo de 30 (trinta) dias, promova ali a devida prestação de contas, a qual deverá ser atualizada mensalmente, até o 15º dia útil do mês subsequente”, detalha o despacho publicado em junho.

A Procuradoria reiterou em requerimento a solicitação da atualização dos dados, sob pena de multa diária para a APAMIM.

A Prefeitura de Mossoró apresentou no sábado (10) o detalhamento financeiro dos últimos três anos com relação ao investimento e repasses SUS direcionados à APAMIM. O valor total é superior a R$ 27 milhões. O Município informou também a solicitação de auditoria para dar transparência e clareza à sociedade sobre os altos investimentos de recursos públicos naquela unidade.

*O site para acesso as informações é http://www.dunnas.com.br/

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Junta interventora rebate ameaça de auditoria da prefeitura e avisa: os valores já são auditados

Por meio de uma longa nota a Associação de Proteção a Maternidade e Infância de Mossoró (APAMIM) se manifestou a respeito da ameaça da Prefeitura de Mossoró de fazer uma auditoria nas contas do hospital (ver AQUI).

Leia a nota abaixo:

Recursos repassados pela Prefeitura de Mossoró a APAMIM são por serviços auditados

A Junta de Intervenção Judicial na Associação de Proteção a Maternidade e Infância de Mossoró (APAMIM), a bem da verdade, emite nota de esclarecimento neste sábado, 10, a respeito da notícia enviada à imprensa pela Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Mossoró com dados distorcidos e apresentados fora do contexto real dos fatos.

Segue.

Primeiramente cabe destacar que o Hospital Maternidade Almeida Castro, da APAMIM, é referência para saúde materna, neonatal e infantil a três regiões do Rio Grande do Norte/RN. Os valores repassados pela Prefeitura de Mossoró a APAMIM, que vem do Sistema Único de Saúde (SUS), são auditados e devidamente autorizados mensalmente pelo gestor municipal.

Com relação aos valores pagos pela Prefeitura de Mossoró, referentes aos atendimentos feitos a pacientes de outras regiões, cabe lembrar que o gestor mossoroense pode utilizar de instrumento de pactuação para chamar os municípios de origem destes pacientes para que estes repassem a Prefeitura Mossoró os valores devidos por estes serviços, especialmente, levando em consideração o aumento do envio de pacientes destas regiões para Mossoró.

O aumento no envio de parturientes para Mossoró, especificamente, à Maternidade Almeida Castro, devesse ao fato da mesma ser a única da região Oeste do RN com estrutura adequada, profissionais capacitados e na quantidade necessária para realizar partos de alto risco, com suporte de apoio bem estruturado de 17 leitos de Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), 13 leitos de Cuidado Intermediário Neonatal Convencional (UCINCo) e 18 leitos de Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Canguru (UCINCa), além de vários outros serviços complementares.

Com 8 leitos de Unidade de Terapia Intensiva Adulto, o Hospital Maternidade Almeida Castro é também, referência materno infantil. Com esta estrutura, o Hospital Maternidade Almeida realizou, nos primeiros seis meses de 2018, uma média de 18,5 partos ao dia, sendo que 49% destes partos são do município de Mossoró e os demais de outros municípios. Média de 25% destes partos são prematuros (15%) e/ou baixo peso (10%), o que revela centenas de vidas salvas ao ano em função da estrutura montada pela a intervenção judicial, seguindo precisamente o que determinou o decreto Judicial de intervenção de setembro de 2014.

Dessa forma, vale salientar que a maternidade sobrevive dos recursos SUS, conforme foi preconizado pelo juízo interventor nas decisões iniciais (em setembro de 2014) e nas decisões subsequentes (em setembro de 2016 e março de 2017), tendo o município de Mossoró e o Governo do estado do Rio Grande do Norte, sido representado nestas audiências através de seus gestores devidamente acompanhados com assessores jurídicos.

Importante relembrar ainda que o pagamento das cooperativas pela Prefeitura de Mossoró está previsto na decisão judicial de intervenção. Observando, principalmente, que esta obrigação da Prefeitura de Mossoró já existia de muito antes do decreto de intervenção judicial na APAMIM, em 2014. Com relação às cinco cooperativas médicas contratadas pelo Estado, estas foram inseridas no contexto da Maternidade Almeida Castro, em 2016, em audiência judicial, após o fim das atividades do Hospital da Mulher.

Quanto aos valores corretos repassados pela Prefeitura de Mossoró a APAMIM, os quais os interventores administram para pagar dívidas milionárias adquiridas antes da intervenção judicial em 2014 junto a bancos, fornecedores e servidores, bem como manter a estrutura funcionando com 180 leitos, e, ainda, investir na recuperação da estrutura física e compra de novos equipamentos, nesta segunda-feira, dia 12 de novembro, será emitido, no horário da tarde, uma nota detalhando a origem real destes recursos e o destino.

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Prefeitura solicita auditoria sobre plantões das cooperativas médicas em maternidade

Sob intervenção judicial há mais de 4 anos, a Associação de Proteção e Assistência à Maternidade e Infância de Mossoró (APAMIM) teve custo anual só em 2018 de R$ 7.975.041,58 (sete milhões, novecentos e setenta e cinco mil, quarenta e um reais e cinquenta e oito centavos). Calculando o valor cobrado pela associação nos últimos três anos, o valor supera R$ 27 milhões de reais para pagamento de despesas médicas e hospitalares. A questão é que os repasses SUS de 2016, 2017 e 2018 são de pouco mais de R$ 16 milhões, gerando um déficit de cerca de R$ 11 milhões por ano.

A Procuradoria Geral do Município solicitou uma auditoria dos valores pagos em plantões e às cooperativas médicas. No entanto, a solicitação ainda não foi deferida pelo juiz. O objetivo é entender com clareza para onde estão sendo direcionados especificamente os investimentos repassados à APAMIM.  Em um levantamento mensal deste ano, o valor cobrado pela associação é de R$ 996.880,20 (novecentos e noventa e seis mil, oitocentos e oitenta reais e vinte centavos), sendo que o SUS paga o equivalente a R$ 457.448,78 (quatrocentos e cinquenta e sete mil, quatrocentos e quarenta e oito reais e setenta e oito centavos).

Outra questão fundamental é o número de pacientes atendido de outras cidades da região. “O atendimento dos municípios circunvizinhos ultrapassa 56%. A pactuação existe, mas o repasse não está sendo feito. Com isso, a Prefeitura assume um custo alto sem qualquer colaboração para pagar essa conta”, informa Karina Ferreira, procuradora geral do Município.

Mesmo com receitas insuficientes para arcar com o alto investimento, a Prefeitura informa que tem buscado honrar os pagamentos para evitar a interrupção no atendimento à população.

Informações da Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Mossoró

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