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MP abre investigações sobre irregularidades apontadas na auditoria da Arena das Dunas

Gestão de Rosalba é foco das investigações (Foto: Alberto Leando/Portal no Ar)

A 46ª Promotoria de Justiça da Comarca de Natal, através do promotor Leonardo Cartaxo Trigueiro, converteu a notícia fato nº116.2020.000166 em Inquérito Civil Público que vai investigar as irregularidades apontadas na Parceria Público Privada para as obras da Arena das Dunas.

As investigações serão em torno da relação contratual entre o Governo do Estado e a SPE ARENA DAS DUNAS CONCESSÃO E EVENTOS S.A.

No dia 11 de maio a Controladora Geral do Estado anunciou o resultado final de uma auditoria requerida pelo deputado estadual Sandro Pimentel (PSOL). O resultado apontou que o financiamento das obras da Arena das Dunas custou R$ 361 milhões a mais do que o previsto. Também mostrou que alteração da partilha dos lucros do estádio feita pelo então secretário extraordinário da copa Demétrios Torres gerou um prejuízo de R$ 16 milhões ao Estado.

Além disso, em 2016 o Tribunal de Contas do Estado (TCE) já apontara sobrepreço nas obras da Arena das Dunas que até abril daquele ano teria causado prejuízo de R$ 77 milhões aos cofres públicos. Já em 2015, o mesmo órgão já tinha indicado ilegalidades em em contratos de consultoria no valor de R$ 2,65 milhões.

Não por acaso, o Ministério Público solicitou ao TCE informações sobre o andamento dos processos e as providências já tomadas.

Uma das medidas já tomadas pelo TCE foi o pedido de ressarcimento de R$ 3,4 milhões da empresa Valora Participações Ltda e de auxiliares da então governadora Rosalba Ciarlini. A lista é formada por Múcio Gurgel de Sá, Fernando Fernandes de Oliveira, Adriana Andrade Sinedino de Oliveira, Plínio Teixeira Campos, José Ferreira de Souza Filho, Francisca Marta Duarte Machado, Túlio Fernandes de Mattos Serejo, Armando José Silva, Maria de Fátima M. Marques, Ramzi Giries Elali e Demétrio Paulo Torres.

Em dezembro, a hoje prefeita de Mossoró foi alvo da operação “Mão na Bola” que investiga corrupção nas obras da Arena das Dunas. Já em fevereiro, Rosalba foi acusada de receber R$ 16 milhões em propina em delação premiada de executivos da OAS.

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Administração da Arena das Dunas se defende em nota. Rosalba segue calada

Empresa que administra estádio se manifesta (Foto: divulgação)

A Arena das Dunas Concessão e Eventos S.A. se manifestou por meio de nota a respeito da auditoria da Controladoria Geral do Estado que apontou uma série de irregularidades e danos ao erário que podem chegar a R$ 451 milhões.

Já a ex-governadora e atual prefeita de Mossoró Rosalba Ciarlini (PP) segue sem se manifestar oficialmente sobre a auditoria. Foi na gestão dela que os contratos foram assinados.

Na nota a Arena alega que o relatório foi disponibilizado de forma incompleta para a imprensa potiguar além de apresentar equívocos.

Vale dizer, a contratação desta Parceria Público Privada foi previamente avaliada e contou com a contribuição de todos os órgãos de controle pertinentes, o que culminou com o lançamento da concorrência pública internacional, a qual a concessionária se vinculou posteriormente aceitando os termos determinados pelo próprio Estado do Rio Grande do Norte.

Confira a nota de esclarecimento completa

Saiba mais

Rosalba finge que não tem relação com auditoria da Arena das Dunas

Arena das Dunas deixou de repassar R$ 16,3 milhões ao Governo do RN

RN tem previsão de pagar R$ 361 milhões a mais do que o necessário pela Arena das Dunas

Manutenção da Arena das Dunas custa mais que o dobro de estádio de Pernambuco usado na copa

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Rosalba finge que não tem relação com auditoria da Arena das Dunas

 

Rosalba se cala sobre auditoria (Foto: Alberto Leando/Portal no Ar)

Até aqui a prefeita de Mossoró Rosalba Ciarlini (PP) escolheu o silêncio como estratégia em relação a auditoria da Controladoria-Geral do Estado sobre o modelo de financiamento da Arena das Dunas.

Era ela a governadora do Rio Grande do Norte quando os contratos com a OAS foram celebrados prevendo pagamento R$ 361 milhões só de ágio. Foi na gestão dela que se escolheu um modelo de financiamento em que se construiu um estádio por R$ 398 milhões e vai se pagar ao final do financiamento R$ 1,199 bilhão.

Era indicado por ela o secretário que mudou numa canetada o modelo de partilha do lucro entre a concessionária da Arena das Dunas e o Governo do Estado gerando um prejuízo de R$ 16 milhões aos cofres públicos.

Rosalba tem muito a explicar ao povo do Rio Grande do Norte e especial ao de Mossoró. Ela escolheu o silêncio. Calou-se apostando na omissão de 99% do noticiário sobre o assunto que não associou os números da auditoria ao governo de então.

É como se aqueles números tivessem brotado do nada.

Rosalba é alvo de dois questionamentos do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Um aponta sobrepreço nas obras e outro que questiona os valores gastos em consultorias contratadas pelo governo de Iberê Ferreira de Souza e mantidas por ela.

Os danos ao erário podem chegar a R$ 451 milhões. É um valor semelhante ao que o controlador-geral do Estado Pedro Lopes espera economizar caso todas as medidas recomendadas sejam tomadas.

Além disso, a prefeita chegou a ser alvo de delação premiada feita por funcionários da OAS. Ela é acusada de receber R$ 16 milhões em propina em troca da obra da Arena das Dunas.

Não por acaso, a hoje prefeita de Mossoró foi alvo de operação abafadíssima da Polícia Federal em 10 de dezembro do ano passado que investiga desvios de recursos nas obras da Arena das Dunas.

A Operação Mão na Bola visitou os apartamentos da prefeita em Natal e Mossoró.

Para não restar dúvidas deixo abaixo quatro links sobre tudo que cito neste texto e uma pergunta: prefeita, o resultado dessa auditoria tem relação com os fatos sob questionamentos da Polícia Federal e TCE?

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Foro de Moscow 89 – COVID: JÁ HÁ FILAS DE ESPERA NOS HOSPITAIS DO ESTADO

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Arena das Dunas deixou de repassar R$ 16,3 milhões ao Governo do RN

O consórcio que gere a Arena das Dunas deve ao Governo do Estado R$ 16.316.665,86 (dezesseis milhões, trezentos e dezesseis mil, seiscentos e sessenta e cinco reais, oitenta e seis centavos) relativos a eventos realizados no estádio cujo lucro deveria ser partilhado.

Os dados foram constatados na auditoria realizada pela Controladoria Geral do Estado. Estes valores se refere ao contrato de fontes adicionais de receitas.

De um total de R$ R$ 17.828.555,74 (dezessete milhões, oitocentos e vinte e oito mil, quinhentos e cinquenta e cinco reais e setenta e quatro centavos) foram pagos R$ 1.511.889,88 (um milhão, quinhentos e onze mil, oitocentos e oitenta e nove reais, oitenta e oito centavos). “São fontes adicionais de receita cujo 50% da receita líquida pertencem ao Governo”, diz o controlador-geral do Estado Pedro Lopes em conversa com o Blog do Barreto.

Aos auditores a concessionária da Arena das Dunas informou que os cálculos foram feitos na gestão da então governadora Rosalba Ciarlini através do ofício nº 065/2013 assinado pelo então Secretário da Secretaria Extraordinária para Assuntos Relativos à Copa do Mundo de 2014 (SECOPA), o Engenheiro Demétrio Paulo Torres.

O que ele fez? Determinou que a partilha dos lucros dos eventos deveriam ser a partir da receita bruta, aferida dessas fontes, os impostos e os custos necessários para a geração dessas receitas. “O secretário apresentou uma metodologia de receita líquida para lucro bruto. Foi um grave erro porque na clausula contratual e em nenhuma hipótese ela poderia ser modificada por ofício”, explica Pedro Lopes que reforçou: “A empresa deve pagar o que deve ao Governo”.

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RN tem previsão de pagar R$ 361 milhões a mais do que o necessário pela Arena das Dunas

O Governo do Rio Grande do Norte vai pagar R$ 361.206.446,08 a mais que o necessário para quitar a dívida pela construção da Arena das Dunas. É o que aponta a auditoria realizada pela Controladoria-Geral do Estado.

Ao contratar a construtora OAS para realizar a obra, o Governo do Estado firmou contrato no valor de R$ 396.571.000,00 (trezentos e noventa e seis milhões, quinhentos e setenta e um mil reais) junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para demolição do antigo “Machadão” e construção da Arena das Dunas. Em 8 de maio de 2012, a concessionária assinou um contrato de crédito junto à instituição financeira Vinci Crédito e Desenvolvimento, no valor de R$ 79.280.000,00 (setenta e nove milhões e duzentos e oitenta mil reais).

A soma das duas dívidas totaliza R$ 1.199.019.649,08 (um bilhão, cento e noventa e nove milhões, dezenove mil, seiscentos e quarenta e nove reais e oito centavos). No entanto, a auditoria apontou que para quitar o que realmente é basta pagar 837.813.203,00 (oitocentos e trinta e sete milhões, oitocentos e treze mil e duzentos e três reais).

Levando em consideração os mais de R$ 600 milhões já pagos faltam R$ 211.141.930,07 (duzentos e onze milhões, cento e quarenta e um mil, novecentos e trinta reais e sete centavos) para o Governo do Estado finalizar a dívida.

“A nossa recomendação é que o Governo do Estado renegocie com a Arena das Dunas e só pague até os R$ 837 milhões”, diz ao Blog do Barreto o controlador-geral do Estado Pedro Lopes.

O controlador informou também que o relatório foi encaminhado para análise do Tribunal de Contas do Estado (TCE). “Também encaminhamos ao Tribunal Contas para analisar este relatório”, concluiu.

 

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Manutenção da Arena das Dunas custa mais que o dobro de estádio de Pernambuco usado na copa

A manutenção Arena das Dunas custou aos cofres públicos R$ 2.181.719,74 em abril de 2020. Os valores assustam quando comparados com a média mensal de R$ 900 mil pagas pela Arena das Dunas ao longo de 2028.

São estádio com estrutura semelhantes sendo que a Arena das Dunas tem capacidade para 31.368 expectadores e o estádio pernambucano  44.300.

A auditoria da dívida da Arena das Dunas avalia que apesar das particularidades de cada estádio há um gasto acima do necessário: “a diferença exorbitante quanto aos valores em questão (visto que o Estado do Rio Grande do Norte paga mais do que o dobro dos custos tidos pelo Estado de Pernambuco, por exemplo), sem dúvidas, configura indício de que o montante devido mensalmente pelo Estado do Rio Grande do Norte excede o necessário para a prestação, pela concessionária, dos serviços em pauta”.

A auditoria recomenda que os valores sejam renegociados.