A rejeição ao senador José Agripino (DEM) entre os leitores do Blog do Barreto ficou evidenciada na enquete desta semana. Para 92,36% dos leitores que participaram da enquete que perguntou se o demista deveria desistir da reeleição optaram pela alternativa que sugeria a aposentadoria do líder político. “Ele não tem nenhuma contribuição a dar como político. Já está mais do que comprovado que é um político inoperante!”, justificou Ivanaldo Xavier.
Para 4,84% ele não deveria desistir da reeleição. Mesmo assim as manifestações nesse sentido não foram simpáticas ao senador. “Deveria continuar como senador pra ser humilhado nas urnas pois essa estratégia de ser candidato a dep Federal e só pra não perder o foro privilegiando só os leigos que não entendem”, frisou.
Apenas 2,8% concordam que ele fez certo em tentar uma candidatura a deputado federal. Nenhum dos leitores que votaram nesta opção se manifestaram.
Agripino confirmou ontem que não disputa a reeleição tentando uma vaga de deputado federal.
Nota do Blog: O editor desta página foi cobrado em vários posts por não tem incluindo a opção que ele deveria ser preso. A alternativa não foi incluída por não se tratar de uma hipótese eleitoral.
Sempre lembrado nas redes sociais o capitão Styvenson Valetim gravou um vídeo para as redes sociais autorizando a inclusão do nome dele nas pesquisas de intenção de voto para as eleições desse.
Ele disse querer tirar a dúvida se são apenas manifestações de amigos ou se é posição geral da sociedade. “Nunca foi desejo meu nem aspiração minha”, frisou.
Ele reforçou que autoriza que partidos e empresas coloquem o nome dele nas pesquisas. “Traga esse resultado depois de feito para eu avaliar se entro ou não entro”, acrescentou.
Segundo a mídia natalense, o Solidariedade fez sondagens ao capitão.
Por ser militar, Styvenson pode não precisa estar a filiado a partido político na pré-campanha. Basta ser aclamado em convenção por qualquer agremiação.
Abaixo nota do Solidariedade confirmando que o ex-prefeito de Olho D’água dos Borges Brenno Queiroga será seu candidato ao Governo. A vereadora Clorisa Linhares não será o nome do partido.
NOTA OFICIAL
SOLIDARIEDADE DECIDE QUE PRÉ-CANDIDATO AO GOVERNO DO ESTADO SERÁ O ENGENHEIRO BRENNO QUEIROGA
Por decisão da maioria da Executiva Estadual do Partido Solidariedade, o engenheiro Brenno Queiroga, 37 anos, ex-prefeito de Olho D’água do Borges, foi definido como o pré-candidato a governador do Rio Grande do Norte.
O Solidariedade/RN vem, de público, agradecer à vereadora do município de Grossos, Clorisa Linhares, uma das filiadas que muito nos orgulha, por ter, generosamente, disponibilizado seu perfil para também disputar o Governo do Estado e ajudar a levar o nome do partido de forma positiva por todo o Rio Grande do Norte.
A apresentação formal da pré-candidatura de Brenno Queiroga deve acontecer nos próximos dias, como ato preparatório para a vinda do candidato a presidente do Solidariedade, Aldo Rebelo, no próximo 15 de junho, a Natal.
O ano de 2018 é crucial para o grupo da vereadora Sandra Rosado, um dos mais importantes do Rio Grande do Norte que nos últimos anos vem perdendo fôlego ao acumular seguidas derrotas.
O sandrismo foi rebaixado de status político em Mossoró após fechar parceria política com o rosalbismo. O natural quando dois grupos antagônicos se unem é o aderente indicar o vice. Isso não aconteceu e nem mesmo foi dada uma compensação como o apoio para presidir a Câmara Municipal.
O líder do rosalbismo Carlos Augusto Rosado foi diminuindo o sandrismo ao impor seis derrotas em sete eleições disputadas pela Prefeitura de Mossoró. Cada derrota, um desgaste e a doença do ocaso político foi cada dia se alastrando.
Hoje o grupo de Sandra respira por aparelhos. Não tem recursos próprios para uma campanha e a reeleição de Larissa Rosado está em risco. A própria Sandra Rosado tem chances remotas de se eleger deputada federal.
Os aparelhos que mantêm o sandrismo respirando estão sob controle político de Carlos Augusto Rosado. Ele não cedeu a vice-prefeitura ao grupo da prima nem lhe deu apoio para comandar a Câmara Municipal justamente para não dar um remédio que curasse as dificuldades de um grupo político que no fundo continua rival.
Ir para o ninho tucano é uma oportunidade para o sandrismo sair da UTI e repousar numa enfermaria política. O PSDB está sob comando do presidente da Assembleia Legislativa Ezequiel Ferreira de Souza, um amigo de longa data para Larissa Rosado e pode lhe garantir alguma estrutura para as eleições desse ano.
O “partido do presidente da Assembleia” é sempre forte nas eleições proporcionais e Larissa, que tem tudo para ser bem votada novamente em Mossoró, pode ter em 2018, com a ajuda de Ezequiel, os apoios que lhe tiraram a reeleição em 2014.
O sandrismo fez uma escolha segura para ganhar uma sobrevida e tirar do controle de Carlos Augusto Rosado os aparelhos que lhe dão alguma sobrevida política.
Resta saber se teremos a “melhora da morte” ou a retomada da saúde política. Vamos esperar para ver como as urnas vão reagir a essa medicação.
A pesquisa do Instituto Consult mostra o senador José Agripino (DEM) em dificuldades. A decadência dele simboliza também a derrocada política de seu parceiro político, Garibaldi Alves Filho (MDB) que não consegue apresentar a mesma desenvoltura de pleitos anteriores.
Em ascensão um nome de sobrenome tradicional que tenta ser diferenciar dos colegas através de posições alinhadas com a esquerda. Assim Zenaide Maia (que está trocando o PR pelo PHS) vai se desgarrando de Agripino na soma de primeiro e segundo voto.
Na pesquisa de ontem temos o seguinte cenário:
GARIBALDI ALVES FILHO – 21.88
ZENAIDE MAIA – 19.06
JOSE AGRIPINO – 13.71
CARLOS EDUARDO – 8.88
GERALDO MELO – 6.82
NEY LOPES – 4.35
MAGNÓLIA FIGUEIREDO – 4.29
FLAVIO ROCHA – 2.53
FABIO DANTAS – 1.82
JOANILSON DE PAULA REGO – 1.53
TIÃO COUTO – 1.06
LUIZ ROBERTO BARCELLOS – 0.29
OUTRO – 0.18
NENHUM – 81.29
NÃO SABE DIZER – 32.29
Em dezembro o cenário da soma de primeiro e segundo voto era:
Garibaldi Alves Filho: 18,88%
Zenaide Maia: 15,24%
José Agripino: 13,12%
Magnólia Figueiredo: 5%
Tião Couto: 2,53%
Outro: 1,52%
Luiz Roberto: 1,41%
Marcelo Queiroz: 1%
Nenhum: 95,94%
Não sabe dizer: 45,35%
Garibaldi subiu acima dos limites da margem de erro (2,3% para mais ou menos) e Zenaide abriu quase 6% de vantagem sobre Agripino na soma de primeiro e segundo voto (que em eleição com dois votos para senador ultrapassa 100%).
Há muitos anos no topo da política potiguar e com brilho em nível nacional, Garibaldi e Agripino vivem um ocaso em suas carreiras. São os campeões na rejeição segundo o instituto Consult:
JOSE AGRIPINO 21.7
GARIBALDI ALVES FILHO 16.5
GERALDO MELO 7.8
FABIO DANTAS 6.1
CARLOS EDUARDO 5.8
NEY LOPES 5.3
LUIZ ROBERTO BARCELLOS 5.2
MAGNÓLIA FIGUEIREDO 3.7
ZENAIDE MAIA 3.5
FLAVIO ROCHA 3.1
JOANILSON DE PAULA REGO 3.0
TIÃO COUTO 2.1
OUTRO 0.1
NENHUM 4.9
NÃO SABE DIZER 22.4
TODOS 28.4
É preciso lembrar que a essa altura dos preparativos para as eleições de 2010, quando foram reeleitos, Agripino e Garibaldi lideravam com folga e somavam 60% de primeiro e segundo voto nas pesquisas. Hoje o cenário é totalmente diferente para a dupla.
Carismático, Garibaldi ainda tem algum fôlego na corrida ao Senado, mas ele mesmo reconhece que essa será a eleição mais difícil de sua vitoriosa carreira política.
Zenaide Maia está em ascensão e já mostra que está encaminhando uma derrota para José Agripino, que jamais poderá ser subestimado.
Ainda não surgiu um segundo nome para fazer companhia a Zenaide no papel de ameaça às reeleições de Agripino e Garibaldi.
Hoje no Bom Dia Mossoró (TCM) comentamos o excesso de pré-candidatos ao Governo do Estado. O congestionamento de nomes dá ao pleito deste ano grandes chances de decisão em segundo turno.
A tradicional elite política do Estado está em baixa com eleitorado potiguar. O sobrenome Alves do prefeito de Natal Carlos Eduardo (PDT) pesa contra ele numa eventual postulação ao Governo do Estado. Por mais que seu marketing sempre o omita, a origem político-familiar é inegável.
O prefeito de Natal aproveitou o carnaval cada vez maior na capital para circular no meio do povo. Entre vaias e cumprimentos, sobreviveu enquanto o primo Garibaldi Filho (MDB) e o aliado José Agripino (DEM) passaram longe da folia.
De todos os nomes colocados ao Governo, Carlos Eduardo Alves é quem tem o tempo mais curto para tomar uma posição e é quem tem mais a perder: se decidir levantar-se da cadeira mais confortável do Palácio Felipe Camarão, vai trocar dois anos e oito meses de mandato numa prefeitura rica para encarar uma eleição dura para quem é integrante dos velhos clãs políticos.
Daí a necessidade de reforçar o empenho em melhorar a popularidade que vem em queda livre após trucidar os adversários nas urnas em 2016.
Entre 2013 e 2017 sua popularidade caiu consideravelmente. Os números são duros e desfavoráveis ao prefeito.
A pesquisa do Instituto Certus divulgada em outubro do ano passado mostrou um eleitor natalense dividido em relação ao prefeito: 52,15% de aprovação contra 44,39% de desaprovação. Pouco para quem chegou a ter quase 70% de aprovação em novembro de 2013 quando surfava na fama de quem “consertou Natal” no pós-Micarla.
Em dezembro de 2017, o Instituto Seta ainda trouxe números mais desalentadores para o prefeito de Natal. Para 65% dos entrevistados, a gestão de Carlos Eduardo é “ruim” ou “péssima”. É um cenário que mostra que após ser reeleito com folga a situação do pedetista inverteu-se em pouco mais de um ano após a vitória consagradora que ensaiou colocá-lo no posto de “Governador de Férias”.
Até aqui as sondagens mostram que tudo não passou de um ensaio, nada além disso. Prova? Em pesquisa do Instituto Certus realizada em outubro Carlos Eduardo lidera com margem muito apertada para o Governo:
Governo (Estimulada)
Carlos Eduardo (PDT): 22,77%
Fátima Bezerra (PT): 17,66%
Robinson Faria (PSD): 3,14%
Cláudio Santos (Sem partido): 2,97%
Não Sabe e Nenhum: 52,80%
Natal é o maior colégio eleitoral do Estado, mas seus 22% do eleitorado não elegem um governador sozinho ainda mais quando este não goza de grande popularidade onde é gestor. Esse quadro torna o discurso dele ao chegar ao eleitorado do interior onde o peso do serviço prestado é significativo.
Fator Micarla
O maior cabo eleitoral de Carlos Eduardo nas eleições de 2012 e 2016 foi a ex-prefeita Micarla de Sousa, a mais impopular da história de Natal. Após atrasar salários ao longo do ano passado essa “fantasminha camarada” deixou de servir como parâmetro.
Agora Carlos é obrigado a tocar o mandato e provar que pode fazer melhor que o governador Robinson Faria (PSD). Até agora o que há é a repetição em Natal, com menos gravidade, do que acontece no Estado.
Experiência
Catapultado como anti-Micarla em Natal, Carlos Eduardo foi candidato ao Governo do Estado em 2010. Teve pouco mais de 160 mil votos em todo o Rio Grande do Norte acumulando votações pífias até mesmo na capital onde ficou em terceiro lugar atrás de Rosalba Ciarlini e Iberê Ferreira de Souza.
O mau desempenho se repetiu em cidade da Grande Natal como Macaíba (4%) e São Gonçalo do Amarante (5%). Em Mossoró, segundo maior colégio eleitoral do Estado ele obteve constrangedores 1.031 sufrágios.
Claro que diferente de 2010, quando era candidato de si mesmo, oito anos depois ele terá a estrutura política das oligarquias Alves e Maia, quiçá de ao menos uma ala dos Rosados. Mas o problema é que as pesquisas apontam um caminho inverso na corrida ao Governo do Rio Grande do Norte. O atalho oligárquico não é o melhor caminho afinal de contas a pesquisa Consult/FIERN divulgada em dezembro apontou que 75,18% dos potiguares não seguirão a orientação de líderes políticos na hora de definir o voto.
A postulação de Carlos Eduardo Alves é de extremo risco. Os números mostram isso.
Os 21 vereadores eleitos no último dia 2 de outubro gastaram em média R$ 12,84 para cada voto conquistado. O levantamento enviado ao Blog do Barreto por um colaborador há algumas semanas. Estrategicamente esperamos a atualização do sistema da Justiça Eleitoral para ver se haveria alguma alteração, o que acabou não acontecendo.
O candidato mais votado nas eleições deste ano, Zé Peixeiro (PTC), gastou em média R$ 33,68 para cada um dos 2.802 sufrágios recebidos nas urnas. Ele também está no topo do ranking dos custos de campanha. Teve despesas que totalizam R$ 94.376,60. Também foi o campeão em arrecadação: R$ 113.813,20.
Quem menos gastou para cada voto conquistado foi Ozaniel Mesquita (PR). Foram incríveis R$ 0,99 para cada um dos 1.574 votos recebidos. Ele teve a menor despesa: R$ 1.565. Já quem menos arrecadou foi Didi de Arnor (PRB) que teve apenas R$ 6.359,50, gastando penas R$ 2.480,00 para ser eleito. Foram R$ 2,43 para cada um dos 1.021 votos recebidos.
O Blog do Barreto foi informado que o Ministério Público pode pedir a cassação dos registros de candidaturas de alguns vereadores justamente por irregularidades na prestação de contas.
O PSDB cresceu muito. O PRB deu um salto para deixar de ser um partido periférico. Aécio Neves mostrou fragilidade em Minas Gerais e Geraldo Alckmin mostrou que está forte para 2018.
A antipolítica está em alta com as vitória de João Dória em São Paulo e Kalil em Belo Horizonte.
Mas o que mais chamou a atenção nessas eleições foi a derrocada do PT. A legenda que comanda a esquerda brasileira vive o pior momento da história. Só elegeu um prefeito de capital. Perdeu cidades importantes na Grande São Paulo, no chamado cinturão vermelho, e de quebra perdeu sete em cada dez votos num comparativo entre 2012 e 2016.
O antipetismo vive o auge. O PT está no pior momento. A legenda virou símbolo de corrupção e por mais que não seja a campeã em envolvidas na Lava Jato a imagem do partido está encalacrada aos escândalos de corrupção.
As narrativas petistas que sempre se sobressaíram, agora não são mais hegemônicas. Uma ala mais conservadora da sociedade rompeu o silêncio e as bandeiras petistas encontram antagonistas que defende, inclusive, pensamentos preconceitos.
A onda antipetista venceu em 2016. O partido vai ter que se reinventar como o DEM fez num passado não muito distante. Como o maior partido de direita do país, o PT pode voltar a respirar, mas sem ter a mesma força de antes.
Ainda é cedo para fazer avaliações, mas não será fácil. O vácuo da esquerda deixado pelo PT pode ser assumido por outra agremiação ou o partido pode recuperar terreno. Por mais que os radicais de direita não aceitem o pensamento progressista não vai ser varrido do mapa do mesmo jeito que o de direita não foi quando esteve em baixa.
A política é feita de ciclos. O atual é o de fortalecimento do antipetismo.