A Folha de S. Paulo veiculou neste domingo uma reportagem intitulada “’Barões da água’ largam em vantagem para eleger aliados prefeitos em 2024” em que cita exemplos de políticos que usam a estrutura de recursos hídricos para se capitalizar politicamente e fortalecer apadrinhados nas eleições do ano que vem.
A matéria cita que a estrutura do Ministério do Desenvolvimento Regional segue sendo usada para distribuir poços sendo abertos, caixas-d’água entregues e novos carros-pipa em locais estratégicos.
Órgãos como a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e o Departamento Nacional de Obras contra as Secas (DNOCS) são estratégicos neste trabalho.
A reportagem cita o senador Rogério Marinho (PL), ex-ministro do desenvolvimento regional no governo Bolsonaro, como sendo exemplo de quem explorou a estrutura da Codevasf para se promover se colocando como “senador das águas” nas eleições do ano passado.
Rogério é acusado de ter usado a estrutura federal de forma ilegal para obter apoio e responde a processo na Justiça Eleitoral. “Um de seus oponentes pediu à Justiça Eleitoral a abertura de duas ações de investigação sobre as condutas de Marinho, que ainda estão em andamento”, diz trecho da reportagem. “Marinho foi eleito e diz que toda sua atuação foi pautada pela legalidade e por critérios técnicos, e tem “tranquilidade quanto ao desfecho” das investigações eleitorais”, complementa.
Outros nomes citados como “barões da água” são os deputado Arthur Lira (PP/AL), Elmar Nascimento (União/BA) e deputado federal Gustinho Ribeiro (Republicanos/SE). Além do senador Marcelo Castro (MDB-PI).