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Avanço da cajucultura no RN é tema de audiência pública promovida por Isaac da Casca

Com uma produção nacional liderada pelo Ceará e seguida pelo Piauí, o RN ocupa o terceiro lugar no ranking da cajucultura e em 2022 apresentou o maior aumento de produtividade, com 354 toneladas por hectare, contra as 233 do ano anterior. A projeção, segundo estudos do Sebrae/RN, é que o Estado lidere a produção nacional, mas para atingir esse objetivo, precisa avançar em vários pontos. O tema “Os desafios e oportunidades da cajucultura no RN” foi debatido pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, através do mandato do deputado Isaac da Casca (MDB), numa audiência pública em Serra do Mel, ontem (28).

O debate foi em parceria com a Câmara Municipal do município. Serra do Mel é onde se concentra a maior parte da produção e a audiência reuniu produtores, lideranças políticas e representantes do governo do Estado, Sebrae, Banco do Nordeste, Instituto Caju Brasil, Fiern, Fecomércio. Entre outros.

Estiagem, envelhecimento dos pomares, necessidade de inovação fizeram a produção cair no RN. Com quase 50 mil hectares plantados, o Estado produz atualmente cerca de 10,9 toneladas de pedúnculo (fruto) e 5 mil toneladas de castanha por ano, segundo o IBGE.

Ao propor o debate, o deputado Isaac da Casca, que é empresário no ramo, destacou o início da sua vida profissional em Serra do Mel e a necessidade de fazer o setor avançar: “Esta é uma luta conjunta, onde é preciso cada vez mais assistência técnica para o produtor”, disse o parlamentar, que levou especialistas para apresentarem um estudo detalhado sobre a produção no RN, detalhado antes do debate.

Uma das propostas do estudo é fortalecer o modal rodoviário para escoamento da produção e da distribuição, além de redução de tributos para a atividade, a fim de consolidar o RN como líder sustentável da cadeia produtiva e aumentar as importações. O deputado, inclusive, já apresentou projeto de lei que tramita no Legislativo do RN para que o governo estadual inclua a fruta na merenda escolar e em refeições de presídios e hospitais públicos.

O prefeito recém eleito de Serra do Mel, Kênio Azevedo, também reforçou a necessidade de aumento da produtividade e citou o aumento dos custos para os produtores: “Todos os custos aumentaram, como combustível, insumos, mas a castanha não sofreu aumento de preços e de nossa parte iremos continuar disponibilizando mudas e manter parcerias com Senar, Ufersa e outros órgãos”, disse.

O vereador e presidente da Câmara Municipal, vereador Thiago Freitas, disse que a soma de esforços é necessária para “levar a cajucultura ao seu merecido lugar”. O vereador disse que outros países já produzem em larga escala, como a Costa do Marfim e que o RN precisa desenvolver todo o seu potencial. “Com essa soma de esforços poderemos ter uma cajucultura mais forte. Não adianta produzir com qualidade, se não temos a quem vender, é preciso abrir as portas do mercado para que nosso produto chegue”, disse ele, exemplificando com o mercado paulista, onde apenas 3% da população conhece o fruto.

Representando a Secretaria de Agricultura do RN, Antonio Carlos Magalhães Alves disse que a secretaria tem o maior interesse de que a atividade prospere cada vez mais. “Estamos de portas abertas e à disposição da cajucultura e no momento em que o caju e seus produtos derivados entrarem na merenda escolar, nos restaurantes populares, isso será de grande valia para o setor”, disse.

Presidente da Câmara Técnica da Cajucultura, Elano Gomes Pinto reforçou a necessidade de que os parlamentares destinem emendas para a Câmara Tênica, a fim de que ela continue fazendo o seu papel: “A Câmara representa os produtores e tem membros do Sebrae e outros importantes parceiros que formam um aglomerados de pessoas preocupadas com o futuro da cajucultura”, disse.

Agente de Desenvolvimento do Banco Nordeste, Sérgio Luiz destacou o desenvolvimento que a atividade leva aos municípios. “Severiano Melo não tem mendigos, porque a atividade emprega mais de 10 mil pessoas. No entanto é preciso uma reforma tributária que beneficie o pequeno produtor”, disse. O representante do Banco do Nordeste, Sérgio Luiz, ressaltou a importância da atividade: de cada 100 contratos rurais do RN firmados pelo banco, 97 são proveniente da cajucultura.

A inovação tecnológica para a atividade foi defendida em praticamente todos os pronunciamentos. Franco Marinho, do Sebrae, citou a parceria de cinco anos com o município de Serra do Mel, na qual mais de 480 produtores foram atendidos na busca de inovar suas práticas. “Acreditamos que iremos ampliar ainda mais essas parcerias para o desenvolvimento da cajucultura”, disse.

Também se pronunciaram o deputado federal Sargento Gonçalves; o gerente de economia da FIERN, Pedro Albuquerque e o vice-presidente da Fecomércio Mossoró, Michelson Frota. Finalizando, Isaac da Casca afirmou: “A cajucultura é uma atividade essencial ao desenvolvimento econômico. Vamos somar esforços, buscar todo o apoio da bancada federal e lutar pela reforma tributária”, finalizou.

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Desafios da cajucultura é debatido em Mossoró

A audiência pública sobre os novos desafios da Cajucultura no Rio Grande do Norte (RN), realizada nesta sexta-feira (24), na Câmara Municipal de Mossoró, debateu a cadeia produtiva: o beneficiamento da fruta e políticas de valorização e apoio aos produtores do RN. O encontro foi resultado de proposição da deputada estadual Isolda Dantas do PT e reuniu os principais envolvidos na cadeia produtiva, com o objetivo de obter êxito nas reivindicações referentes à pauta da castanha no estado. O RN é o terceiro maior produtor de castanha de caju do país, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2022, o estado produziu 18 mil toneladas do produto.

Durante a audiência, produtores da região Oeste compartilharam suas necessidades; o produtor de Severiano Melo e membro da Câmara Técnica da Cajucultura do RN, Elano Gomes, destacou que o município gera, somente no segmento da cajucultura, pelo menos dois mil postos de emprego no segundo semestre, anualmente, sinalizando que a estrutura hoje, no local, não é só produtiva, mas também turística, ressaltando a importância não só econômica, mas também social. A produtora Toinha, da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do RN (FETARN), também compartilhou as preocupações atuais dos trabalhadores e trabalhadoras da cajucultura, quanto à produção de energia eólica.

A deputada Isolda destacou a importância do setor para as famílias locais e ressaltou a necessidade de fortalecer as políticas e assistência técnica relacionadas à cadeia produtiva da Cajucultura: “não só faz parte da nossa identidade, mas movimenta a nossa economia; por isso é muito importante, de forma coletiva, elencamos quais os desafios e quem e quais esferas podem resolver esses problemas para vencer os desafios”. Durante os debates, foram discutidas estratégias para impulsionar o desenvolvimento do setor, incluindo a integração regional, o programa de renovação dos pomares, o aproveitamento do pedúnculo, assistência técnica e pesquisa para desenvolvimento de equipamentos específicos, bem como a definição de políticas de Estado e um preço mínimo que remunere adequadamente os produtores.

Fátima Torres, representando a Central de Comercialização da Agricultura Familiar (CECAFES), foi enfática ao cobrar das autoridades soluções reais para a cadeia produtiva: “faltaram políticas públicas que beneficiassem essa cadeia produtiva. Faltou apoio financeiro, assistência técnica, estudos, valorização, capital de giro e uma política estadual de preço mínimo. Há anos estamos sozinhos. Só com a solução para esses pontos, essa cadeia produtiva será do tamanho que ela merece ser”, enfatizou.

O especialista em cajucultura, Vitor Hugo fez uma explanação sobre a viabilidade econômica da castanha, destacando os gargalos da cadeia. “São pontos como o baixo nível tecnológico, desarticulação da cadeia, falta de acesso ao crédito, promoção da cadeia no mercado interno, importação da castanha e da amêndoa e atração de pequenas e médias empresas processadoras”. O especialista ressaltou a importância do debate para os que fazem a cadeia produtiva. “É muito interessante ver uma parlamentar apoiando uma cadeia, que muitas vezes parece invisível, como é a cajucultura do nosso Estado. Daí a importância desse debate”, disse.

Também participaram da audiência, o Prof. Vinicius Galdino, da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN); Eriflávio Maia, Gestor de Negócios do Banco do Nordeste; Raimundo Canuto da FETRAF; Marcirio Lemos, representando a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural e da Agricultura Familiar (SEDRAF) e o presidente da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), Rodrigo Maranhão.

O evento proporcionou um espaço colaborativo para reunir forças e encontrar soluções conjuntas visando o crescimento sustentável da produção de caju no estado. A deputada Isolda reafirmou o compromisso de continuar trabalhando em prol do fortalecimento do setor da Cajucultura e agradeceu a participação ativa de todas as entidades, prefeitos, vereadores e secretários de agricultura da região, cajucultores, produtores técnicos e instituições envolvidas na audiência.

Ao final da audiência, os principais encaminhamentos da discussão consistiram na proposição de um significativo evento voltado para a cajucultura na região Oeste; na realização de uma reunião com a bancada federal para apresentar as demandas do setor; na iniciativa de estabelecer a Frente Parlamentar da Cajucultura na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (ALRN); na inclusão do tema da cajucultura no programa de aquisição de máquinas; e no diálogo com o Ministério do Meio Ambiente (MMA) para a consideração da planta do caju como crédito de carbono.

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Isolda traz debate sobre cajucultura para Mossoró

A deputada estadual Isolda Dantas (PT) propõe audiência pública para debater a cajucultura do estado. O debate acontece na próxima sexta-feira (24), a partir das 14h, no plenário da Câmara Municipal de Mossoró.

 Para o evento foram convidadas entidades governamentais como Secretaria de Agricultura e Pesca, EMATER, SEDRAF, EMPARN, Secretaria de Tributação, representação do Comitê Estadual de Cajucultura, MST e às universidades UERN e UFERSA.

 A propositora da audiência, deputada Isolda, afirma que: “O tema sobre Cajucultura é extremamente relevante. Quem está por dentro da realidade da região Oeste sabe que esse setor é fundamental para muitas famílias locais. Propusemos o debate para, em coletivo, juntar forças e fortalecer as políticas públicas dessa cadeia produtiva. Queremos debater e encontrar soluções juntos para essa produção que não para e faz a economia girar.”