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Desafios da cajucultura é debatido em Mossoró

A audiência pública sobre os novos desafios da Cajucultura no Rio Grande do Norte (RN), realizada nesta sexta-feira (24), na Câmara Municipal de Mossoró, debateu a cadeia produtiva: o beneficiamento da fruta e políticas de valorização e apoio aos produtores do RN. O encontro foi resultado de proposição da deputada estadual Isolda Dantas do PT e reuniu os principais envolvidos na cadeia produtiva, com o objetivo de obter êxito nas reivindicações referentes à pauta da castanha no estado. O RN é o terceiro maior produtor de castanha de caju do país, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2022, o estado produziu 18 mil toneladas do produto.

Durante a audiência, produtores da região Oeste compartilharam suas necessidades; o produtor de Severiano Melo e membro da Câmara Técnica da Cajucultura do RN, Elano Gomes, destacou que o município gera, somente no segmento da cajucultura, pelo menos dois mil postos de emprego no segundo semestre, anualmente, sinalizando que a estrutura hoje, no local, não é só produtiva, mas também turística, ressaltando a importância não só econômica, mas também social. A produtora Toinha, da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do RN (FETARN), também compartilhou as preocupações atuais dos trabalhadores e trabalhadoras da cajucultura, quanto à produção de energia eólica.

A deputada Isolda destacou a importância do setor para as famílias locais e ressaltou a necessidade de fortalecer as políticas e assistência técnica relacionadas à cadeia produtiva da Cajucultura: “não só faz parte da nossa identidade, mas movimenta a nossa economia; por isso é muito importante, de forma coletiva, elencamos quais os desafios e quem e quais esferas podem resolver esses problemas para vencer os desafios”. Durante os debates, foram discutidas estratégias para impulsionar o desenvolvimento do setor, incluindo a integração regional, o programa de renovação dos pomares, o aproveitamento do pedúnculo, assistência técnica e pesquisa para desenvolvimento de equipamentos específicos, bem como a definição de políticas de Estado e um preço mínimo que remunere adequadamente os produtores.

Fátima Torres, representando a Central de Comercialização da Agricultura Familiar (CECAFES), foi enfática ao cobrar das autoridades soluções reais para a cadeia produtiva: “faltaram políticas públicas que beneficiassem essa cadeia produtiva. Faltou apoio financeiro, assistência técnica, estudos, valorização, capital de giro e uma política estadual de preço mínimo. Há anos estamos sozinhos. Só com a solução para esses pontos, essa cadeia produtiva será do tamanho que ela merece ser”, enfatizou.

O especialista em cajucultura, Vitor Hugo fez uma explanação sobre a viabilidade econômica da castanha, destacando os gargalos da cadeia. “São pontos como o baixo nível tecnológico, desarticulação da cadeia, falta de acesso ao crédito, promoção da cadeia no mercado interno, importação da castanha e da amêndoa e atração de pequenas e médias empresas processadoras”. O especialista ressaltou a importância do debate para os que fazem a cadeia produtiva. “É muito interessante ver uma parlamentar apoiando uma cadeia, que muitas vezes parece invisível, como é a cajucultura do nosso Estado. Daí a importância desse debate”, disse.

Também participaram da audiência, o Prof. Vinicius Galdino, da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN); Eriflávio Maia, Gestor de Negócios do Banco do Nordeste; Raimundo Canuto da FETRAF; Marcirio Lemos, representando a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural e da Agricultura Familiar (SEDRAF) e o presidente da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), Rodrigo Maranhão.

O evento proporcionou um espaço colaborativo para reunir forças e encontrar soluções conjuntas visando o crescimento sustentável da produção de caju no estado. A deputada Isolda reafirmou o compromisso de continuar trabalhando em prol do fortalecimento do setor da Cajucultura e agradeceu a participação ativa de todas as entidades, prefeitos, vereadores e secretários de agricultura da região, cajucultores, produtores técnicos e instituições envolvidas na audiência.

Ao final da audiência, os principais encaminhamentos da discussão consistiram na proposição de um significativo evento voltado para a cajucultura na região Oeste; na realização de uma reunião com a bancada federal para apresentar as demandas do setor; na iniciativa de estabelecer a Frente Parlamentar da Cajucultura na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (ALRN); na inclusão do tema da cajucultura no programa de aquisição de máquinas; e no diálogo com o Ministério do Meio Ambiente (MMA) para a consideração da planta do caju como crédito de carbono.

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Isolda traz debate sobre cajucultura para Mossoró

A deputada estadual Isolda Dantas (PT) propõe audiência pública para debater a cajucultura do estado. O debate acontece na próxima sexta-feira (24), a partir das 14h, no plenário da Câmara Municipal de Mossoró.

 Para o evento foram convidadas entidades governamentais como Secretaria de Agricultura e Pesca, EMATER, SEDRAF, EMPARN, Secretaria de Tributação, representação do Comitê Estadual de Cajucultura, MST e às universidades UERN e UFERSA.

 A propositora da audiência, deputada Isolda, afirma que: “O tema sobre Cajucultura é extremamente relevante. Quem está por dentro da realidade da região Oeste sabe que esse setor é fundamental para muitas famílias locais. Propusemos o debate para, em coletivo, juntar forças e fortalecer as políticas públicas dessa cadeia produtiva. Queremos debater e encontrar soluções juntos para essa produção que não para e faz a economia girar.”