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Vencedora de leilão para comprar campos de petróleo no RN tem registro de Microempresa. Autoridades demonstram desconfiança

A 3R Petroleum venceu o leilão de US$ 453,1 milhões (equivalente a R$ 1,7 bilhão) para operar 100% de 32 campos de petróleo e 50% de outros dois no Rio Grande do Norte.

Até aí nada de ilegal no processo, mas existem alguns pontos que provocam estranheza. 1) trata-se de uma microempresa cujo faturamento anual é de R$ 360 mil anuais; 2) o site Investidores Petrobras informa que será a primeira operação da 3R Petróleo (ver AQUI).

Como pode uma empresa com faturamento anual de R$ 360 mil desembolsar R$ 1,7 bilhão para comprar estes ativos?

O assunto foi levantado pelo futuro senador Jean Paul Prates, especialista na área energética, e pelo secretário-geral do Sindicato dos Petroleiros (SINDPETR) Pedro Lúcio.

Jean Paul Prates informou no Twitter que a Agência Nacional do Petróleo (ANP) e o Senado devem pedir esclarecimentos. “A Petrobras informou ao mercado que escolheu a empresa 3R Petroleum ME (sem qq histórico de operações, reativada meses atrás) para repassar 34 campos produtores de petroleo no RN por ~R$ 1.7bilhão. A @ANPgovbr deverá analisar detalhadamente esta cessão sob pena de prevaricação. O @SenadoFederal deverá solicitar esclarecimentos em breve sobre os critérios de escolha usados pela Petrobras para a cessão de 100% de 32 campos e 50% de outros 2, do Polo Riacho da Forquilha, RN. A microempresa 3R Petroleum ofereceu US$ 453,1 milhões e nunca operou um campo”, frisou.

Já Pedro Lúcio mostra preocupação com a possibilidade de a nova empresa prejudicar ainda mais a indústria do Petróleo no Estado. “Casos como esse, em que novas empresas assumiram operações em campos maduros levaram à extinção precoce de campos de exploração de petróleo bastante proeminentes na Bahia, em Alagoas e Sergipe. É a antecipação da extinção da indústria petrolífera no Estado”, avisou.

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Petrobras vende quase meio bilhão de dólares em campos de petróleo no RN

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Petrobras vende quase meio bilhão de dólares em campos de petróleo no RN

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A Petrobras aprovou, nessa terça-feira, 28, a cessão de sua participação total em 34 campos de produção terrestres na Bacia Potiguar, no estado do Rio Grande do Norte, para a 3R Petroleum por US$ 453,1 milhões.

Segundo a estatal, a operação ainda está sujeita a algumas condições, como a aprovação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e eventual direito de preferência.

 Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a estatal destaca que as 34 concessões são campos maduros em produção há mais de 40 anos, localizados a 40 km ao sul de Mossoró (RN). Reunidos, os campos formam o Polo Riacho da Forquilha, com uma produção de cerca de 6 mil barris de petróleo por dia.

Todas as concessões são 100% Petrobras à exceção dos campos de Cardeal e Colibri onde a estatal detém 50% de participação tendo a Partex como operadora com 50% de participação, e os campos de Sabiá da Mata e Sabiá Bico-de-Osso onde a Petrobras tem 70% de participação tendo a Sonangol como parceira e operadora com 30% de participação.

Mais acordos

A estatal também anunciou a cessão de sua participação em três campos da Bacia de Campos para a Perenco, por US$ 370 milhões. São os campos de Pargo, Carapeba e

Vermelho, em águas rasas na costa do Rio de Janeiro. Do total, 20% (US$ 74 milhões) serão pagos na assinatura e a outra parte no fechamento da transação, quando a Petrobras explica que o sistema de produção é integrado, tendo sete plataformas do tipo “jaqueta xa”, com produção atual de cerca de 9 mil barris de petróleo por dia.

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Beto Rosado apresenta projeto que prevê venda de poços maduros de petróleo

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O deputado federal Beto Rosado (PP) apresentou, nesta quarta-feira (26), durante o Fórum Onshore, no Rio de Janeiro, o Projeto de Lei 4663/2016, de sua autoria, que prevê a venda dos campos maduros de petróleo que a Petrobras não tem mais interesse de explorar aos produtores independentes.

Apesar de a Petrobras já ter tomado a iniciativa, após a apresentação do projeto de Beto, de licitar a venda dos poços, o parlamentar destacou que a regulamentação desse processo é necessária para dar condições de produção aos vencedores dos leilões.  “O nosso projeto prevê não somente a venda dos Campos maduros, mas as condições para que ela ocorra de forma a dar sustentabilidade à produção futura, tanto na questão contratual, na logística, no quesito ambiental, na tecnologia para a produção, no financiamento e os demais fatores”, destacou o progressista. 

Para Beto, a venda dos campos maduros representa a retomada da geração de emprego e renda no setor, a volta dos royalties perdidos por municípios e estados produtores e, principalmente, o avanço da economia. “Os poços maduros possuem capacidade de exploração em até 70% do conteúdo, como nos Estados Unidos. A Petrobras está deixando de produzir em 30%. Ou seja, ainda tem 40% de matéria-prima a ser extraída. Precisamos retomar essa produção”, reforçou o parlamentar.