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Redução do ICMS resultou prejuízo de R$ 1,8 bilhão para o Governo do RN sem reduzir preços no comércio

Em 2023, quando a alíquota de ICMS do Rio Grande do Norte caiu de 20% para 18% (atualmente a mais baixa do Nordeste), o argumento era de que a redução favoreceria o consumo, a competitividade e a população. Hoje, a realidade econômica do Estado sugere o questionamento: onde foi parar o desconto de 2%, se não houve redução nos preços para os consumidores?

O secretário estadual de Fazenda, Carlos Eduardo Xavier, considera que a redução da alíquota do ICMS não alcançou um dos objetivos esperados, que era a diminuição dos preços ao consumidor, e apenas serviu para gerar uma perda na arrecadação, que, somada aos impactos dos cortes no ICMS desde 2022, já chega a R$ 1,8 bilhão.

Agora, o Governo defende a volta da alíquota para equilibrar as contas públicas. “Essa recomposição não é apenas para o presente, mas para os próximos 49 anos, assegurando receita para enfrentar os desafios da reforma tributária e garantir serviços públicos essenciais”, explicou.

A expectativa do Governo com o retorno da alíquota de ICMS para 20% é a de um aumento mensal de R$ 70 milhões na arrecadação, com R$ 17 milhões destinados aos municípios e R$ 10 milhões ao Fundeb, fortalecendo a educação básica. O secretário ainda argumenta que o setor produtivo não será penalizado e que regimes tributários como o Proedi minimizam o impacto.

Sindicato dos Auditores

O SINDIFERN aponta tecnicamente a necessidade de recomposição da alíquota modal porque a redução de 20% para 18% não teve o efeito esperado de redução de preços para o consumidor. Essa constatação fica clara em operações de e-commerce, ou seja, as compras realizadas diretamente pela internet em aplicativos e sites especializados.

Numa hipotética compra de um par de tênis em empresas de outros estados, elas recolhem a diferença do ICMS entre o Estado de origem o RN. Em operações de venda entre estados do Sul/Sudeste e estados do Nordeste, por exemplo, o emitente recolhe 7% para o estado-sede da empresa e a diferença para o estado destinatário.

Se o par de tênis foi vendido a um consumidor do RN, o diferencial de alíquota para o estado destinatário será o valor da sua alíquota interna menos o que ficou para o estado de origem. Assim, o RN receberia 11% de ICMS nesta operação, considerando que a sua alíquota modal hoje é de 18% (18% – 7% = 11%).

Por este exemplo, as empresas que vendem para o RN repassariam um desconto de 2% ao consumidor. Mas isso não ocorre, porque o preço de venda é igual para todo o Brasil, e o RN deixou de arrecadar 2% do ICMS porque a nossa alíquota interna é a menor do Nordeste. Contudo, se a mesma empresa vender o mesmo produto a um consumidor da Paraíba, irá recolher 13% ao estado vizinho, considerando que lá a alíquota modal é de 20% (20% – 7% = 13%).

O presidente do SINDIFERN, Márcio Medeiros, argumenta que a diferença de 2% no ICMS melhoraria a arrecadação, e o valor adicional seria investido em infraestrutura, saúde, educação e segurança. Na atual conjuntura, com alíquota interna de 18%, o Estado do Rio Grande do Norte perde e o consumidor não ganha.

“Os estados vizinhos, com alíquota modal de 20% ou superior, apresentam bom desempenho nos seus índices de desenvolvimento econômico, enquanto o RN enfrenta dificuldades com menos recursos em caixa para realizar investimentos”, disse Márcio.

A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte deverá votar ainda este ano a proposta que ajusta a alíquota interna de ICMS para 20%, garantindo um reforço de caixa para que o Estado garanta os recursos que serão investidos no bem-estar da nossa população.

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Secretário presta esclarecimentos sobre consignados e afirma que pagamentos estão sendo feitos com poucos dias de atraso

O secretário estadual da Fazenda, Carlos Eduardo Xavier, esteve na manhã desta quarta-feira (06) na Comissão de Administração, Serviços Públicos, Trabalho e Segurança Pública da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte. A presença atendeu a convocação aprovada por sugestão do presidente do colegiado, deputado estadual Luiz Eduardo (SDD), para esclarecer questionamentos em torno do atraso no pagamento dos consignados.

Em suas explicações, Carlos Eduardo garantiu o pagamento dos consignados, embora com poucos dias de atraso. Além disso, o gestor aceitou uma possível colaboração dos deputados estaduais, que se colocaram à disposição por iniciativa do deputado Tomba Farias (PSDB), para solicitar ao Banco do Brasil a extensão do prazo de pagamento por cerca de 10 dias.

“Desde junho os pagamentos estão sendo feitos regularmente, mas o vencimento ocorre no dia 20 e estamos fazendo os repasses entre os dias 5 e 8 seguintes. Não é uma apropriação do Estado, não há recursos no dia 20, porém estamos fazendo com poucos dias de atraso. Mas, quando não faz pagamento o sistema do banco bloqueia a permissão para os consignados”, detalhou o secretário.

Ao ser questionado por Luiz Eduardo em relação aos atrasos com as demais instituições financeiras, além do Banco do Brasil, Carlos Eduardo Xavier revelou que há uma dívida de R$ 96 milhões com o BMG em vias de ser negociada para pagamento parcelado, o que ocorrerá no próximo dia 19. Ainda há uma pendência de R$ 6 milhões com o Banco Industrial, também relativo a consignados.

O secretário esclareceu ainda que a venda da folha da conta única para o Banco do Brasil quitou a totalidade do débito. A negociação foi de R$ 383 milhões por 86 meses de administração da folha. Desse valor, R$ 200 milhões ficou com o próprio banco para eliminar a dívida. Cerca de R$ 100 milhões serão pagos ao Estado no final do ano.

A deputada estadual Terezinha Maia (PL) perguntou ao secretário quais os planos para evitar que novos problemas semelhantes se repitam no futuro. Em sua resposta, o gestor enfatizou a importância do programa de refinanciamento de débitos tributários, o Refis, em tramitação na Assembleia, e a inclusão do RN no Programa de Equilíbrio Fiscal (PEF), junto ao Governo Federal.

Já o deputado estadual Coronel Azevedo (PL) apresentou questionamentos sobre o tamanho da dívida pública contratada em operações de crédito, que hoje é pouco superior a R$ 160 milhões referente ao contrato do Governo Cidadão; e em relação aos fornecedores. Quanto a estes, o secretário revelou que quando assumiu a pasta em junho havia “R$ 250 milhões de ordens bancárias geradas pelas Secretarias do Estado e não pagas”.

“Esse é o nosso maior problema. A dívida que temos hoje e nos preocupa é essa com os fornecedores. Não conseguimos dimensionar porque ela é dinâmica. Não tem como valorar, mas não tenho como esconder que é hoje nosso principal problema. Temos problemas com fornecedores na Saúde, Segurança, Assistência social, e temos trabalhado para dar o mínimo de previsibilidade”, disse Carlos Eduardo Xavier.

O secretário ainda admitiu atrasos com hospitais privados, precatórios, Prefeituras e emendas parlamentares. Mas, garantiu, todos estão em negociação para pagamento.

O deputado Luiz Eduardo sugeriu ao Governo a definição de um plano de trabalho voltado a geração de emprego e a melhorias na saúde pública. “Precisamos focar nessas áreas, um projeto de recuperação e esta Casa está à disposição para contribuir”.

Líder do Governo na ALRN, o deputado Francisco do PT parabenizou o trabalho da Comissão e os esclarecimentos do secretário da Fazenda. “O ideal é que não existissem débitos, mas todo governante precisa fazer escolhas, ou paga uma coisa ou outra. E, infelizmente, governos pretéritos geraram dívidas”, disse.

Também participaram da reunião os deputados estaduais Taveira Júnior (União), Isolda Dantas (PT) e Ubaldo Fernandes (PSDB).

 

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Secretário crítica Allyson por se ausentar de reunião que celebrou acordo sobre o ICMS: “preferiu a espetacularização”. Números do prefeito são questionados: “não são débitos do estado”

O secretário estadual da fazenda Carlos Eduardo da fazenda Carlos Eduardo Xavier usou as redes sociais para criticar o prefeito Allyson Bezerra (SD) que voltou a fazer cobranças públicas ao Governo do Estado no dia em que a governadora Fátima Bezerra (PT) estava firmando acordo com a Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn) para pagar o repasse da compensação pelas perdas causadas pelas medidas eleitoreiras do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no ano passado utilizando a redução do ICMS dos combustíveis.

Allyson anunciou no Twitter que a dívida do Governo do Rio Grande do Norte com a Prefeitura de Mossoró seria de R$ 117 milhões em vez de R$ 90 milhões, como anunciado anteriormente. Já Fátima, estava com o presidente da Fermurn e outros prefeitos acertando um parcelamento em cinco vezes da dívida de R$ 12,6 milhões com os municípios. A governadora reafirmou que já está pagando as dívidas relativas ao IPVA, Farmácia Básica e a cota-parte do ICMS.

Em resposta, Carlos Eduardo Xavier declarou que os números da dívida anunciada pelo prefeito estão errados. “Diferentemente dos demais o prefeito de Mossoró apresentou dados de supostos débitos do Governo com o município.  Dentre os valores expostos em suas redes, quase 50% se referem a um questionamento de valores repassados aos demais municípios, ou seja, não são débitos do estado”, frisou.

Em seguida ele criticou a postura de Allyson que esteve presente no protesto de prefeitos no dia 25 de julho e ontem se ausentou da mesa de negociação. “Ao invés de ir para a mesa de negociacao (SIC) o Prefeito preferiu o caminho da espetacularização e politização do tema. Lamentável…”

Na audiência pública realizada ontem na Câmara Municipal de Mossoró o secretário executivo do Tesouro Estadual, Álvaro Luiz Bezerra, disse na audiência que o Governo reconhece uma dívida de R$ 55 milhões com a Prefeitura de Mossoró.

 

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Secretário da fazenda é convocado para explicar atrasos dos repasses dos empréstimos consignados

A Comissão de Administração, Serviços Públicos, Trabalho e Segurança Pública da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte aprovou a convocação do secretário estadual da Fazenda, Carlos Eduardo Xavier. O gestor precisará comparecer a uma reunião do colegiado para esclarecer questionamentos em torno do atraso no pagamento dos empréstimos consignados dos servidores.

A convocação foi proposta pelo presidente da Comissão, deputado estadual Luiz Eduardo (SDD), e foi aprovada por unanimidade. O parlamentar explicou que um requerimento com pedido de informações sobre o assunto já havia sido encaminhado ao Governo, mas que continuava sem respostas mesmo após seguidos apelos feitos ao secretário.

“Nós aguardamos respostas dos ofícios para evitar uma convocação. Estamos questionando a ausência do repasse dos consignados por parte do governo, a negociação dos valores pendentes e considerando informações graves que reportam ausência de repasse.

A Assembleia tem buscado desde março informações oficiais e consolidadas sobre o cumprimento desses pagamentos. São situações que têm causado prejuízo aos servidores. Como não foram cumpridas as solicitações da Comissão, não há outra resposta regimental a não ser a convocação do secretário”, disse Luiz Eduardo.

Além disso, a Comissão de Administração também aprovou um requerimento com pedido de informações endereçado à Secretaria Estadual da Fazenda, por iniciativa do deputado estadual coronel Azevedo (PL). Neste documento, os parlamentares solicitam informações em torno do valor total da dívida do Estado atualmente e quem são os credores com os respectivos valores a receber de cada um.

Outras medidas

Os parlamentares também aprovaram uma série de projetos que aguardavam aval da Comissão. O primeiro, inclusive, de autoria do Governo do Estado. O projeto que institui a Política Estadual de Assistência Social do RN e dispõe sobre a organização do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) foi aprovado por unanimidade.

Em seguida, duas matérias de autoria da deputada Divaneide Basílio (PT) passaram pela Comissão. A primeira, institui o Programa de Atenção e Enfrentamento da Depressão aos Cidadãos LGBTQIA+, e a segunda proíbe práticas discriminatórias que impeçam ou dificultem a doação de sangue pela população LGBTQIA+.

Por proposição do deputado Ubaldo Fernandes (PSDB), foi aprovado o projeto que dispõe sobre a fixação de penalidades administrativas às pessoas físicas ou jurídicas em agentes públicos que discriminem as pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

A Comissão também deu aval a projeto de Coronel Azevedo (PL) que concede isenção do pagamento das taxas e custas relativas à renovação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) aos servidores públicos do Estado, dos quais seja exigido o documento para exercício das funções. A última matéria aprovada, de autoria do deputado Gustavo Carvalho (PSDB), dispõe sobre a prioridade de atendimento de pessoas transplantadas nos estabelecimentos públicos e privados de saúde do RN.

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Secretário revela que despesa com pessoal subiu 19% e que LC 194 “feriu de morte” o ICMS

O Secretário Estadual da Fazenda do Rio Grande do Norte, Carlos Eduardo Xavier, compartilhou em suas redes sociais um balanço que foi previamente publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) com o resultado fiscal potiguar no 3º bimestre de 2023. Ele aproveitou a publicação para apresentar um comparativo com o mesmo período de 2022.

De acordo com os números apresentados, chama a atenção o aumento nos gastos com pessoal, que chegam a quase 20% em um ano. Nos seis primeiros meses de 2022 foram destinados R$ 4.737.230.797,00 enquanto nesse ano os gastos com pagamento de salários foram de R$ 5.676.343.877,30, uma diferença de quase R$ 1 bilhão.

“O fato do gasto com pessoal e encargos ter crescido 19,82% e a receita corrente arrecadada somente 2.49%.  Não há como manter as contas equilibradas com este quadro e, por isso, venho insistindo na necessidade de contenção do crescimento da folha nos próximos ano”, avaliou.

Outro ponto importante e que impressiona nos dados apresentados se refere à diminuição do superávit orçamentário do estado. A redução tem relação com as alterações na política de arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que reduziu drasticamente a arrecadação do RN. Em nível de comparação, em 2022 foi de R$ 1.632.500.172,38, no primeiro bimestre de 2023 o valor foi de R$ 751.110.869,86, uma variação negativa de 53,99%. “A justificativa para o baixo crescimento das receitas no período, ocasionada pela combinação dos efeitos da LC 194, que feriu de morte o ICMS comparado com o mesmo período do ano passado, e a estagnação do FPE causada principalmente pela manutenção dos juros altos”, avaliou.

“A busca no segundo semestre é por um crescimento consistente das receitas de ICMS para que consigamos fechar as contas do ano inclusive com o pagamento do 13° salário. Além disso, vamos atrás de receitas extraordinárias como a adesão ao PEF para a retomada dos investimentos”, complementou.

Ele disse ainda que o gasto com pessoal do Fundeb subiu de 79,55% para 86,46%. “Não sobra quase nada para custeio e investimento”, lamentou.

Confira os dados apresentados:

Fonte: Twitter Cadu Xavier
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Governo trabalha para ter acesso ainda no segundo semestre a R$ 400 milhões para iniciar plano de recuperação de estradas

O Governo do Estado planeja a adequação, reestruturação e até a construção de novas rodovias na malha viária do RN, com a adesão do estado ao Plano de Promoção ao Equilíbrio Fiscal (PEF). A partir de agora o executivo estadual vai cumprir todo o trâmite burocrático para ter acesso já neste segundo semestre a cerca de R$ 400 milhões.

A adesão do Rio Grande do Norte ao PEF, permitirá ao Estado o acesso a linhas de empréstimo de até R$ 1,6 bilhão, até 2026. “Recursos importantes que serão destinados, prioritariamente, à recuperação da malha rodoviária do RN, associado a investimentos na área do turismo e da agricultura familiar”, comemorou a governadora Fátima Bezerra, em Brasília, onde esteve em audiência com o presidente Lula, na última quinta-feira (29).

“É o maior plano de reestruturação rodoviária do nosso estado”, avaliou Gustavo Coelho, secretário estadual de Infraestrutura. O governo já está avaliando quais estradas serão as primeiras a receber as melhorias, assim como estuda a construção de novas rodovias. “São obras que envolvem recursos bastante consideráveis, com esses recursos nós poderemos na verdade fazer uma ampliação desse sistema e uma grande melhoria na nossa malha viária estadual, permitindo além de um avanço na logística para os transportes, proporciona também, deslocamentos com mais segurança”, disse Gustavo Coelho.

Para a diretora do Departamento Estadual de Estradas e Rodagens (DER), Natécia Nunes, o RN seguirá fazendo seu dever de casa, cuidando das rodovias, mas agora de uma forma muito mais abrangente. “Estes recursos são de suma importância porque nossas estradas estão precisando de bastante investimentos, que irão beneficiar por exemplo o turismo e o escoamento dos bens produzidos”, disse. A diretora lembrou que há mais de 15 anos não se fazia um investimento tão significativo na malha viária do estado.

O secretário estadual de Tributação, Carlos Eduardo Xavier, lembrou que a adesão do Rio Grande do Norte é um pleito antigo e que não representa somente o acesso aos financiamentos, mas que é um grande projeto de melhoria dos indicadores fiscais do estado. “É uma trajetória, por exemplo, na redução de gasto com o pessoal, melhoria da poupança corrente do estado. É um programa estrutural e se o estado cumprir as metas, vai chegar a uma condição fiscal muito melhor do que tem agora. É uma grande notícia, agora é botar a mão na massa para viabilizar esta adesão”, ressaltou o secretário.

Segundo Carlos Eduardo, a meta é viabilizar esta adesão em até 45 dias e providenciar a contratação do financiamento em dois ou três meses. “A nossa meta é concluir o mais rápido possível este processo para ter acesso aos primeiros R$ 400 milhões, e já começar a melhoria na malha viária ainda este ano” avaliou.

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Governadora envia projeto de lei que transforma secretaria de tributação pela da fazenda

A governadora Fátima Bezerra (PT) enviou para a Assembleia Legislativa o Projeto de Lei que transforma a Secretaria Estadual de Tributação em Secretaria Estadual da Fazenda, ampliando as funções da pasta.

A Secretaria Estadual de Planejamento será transformada em Secretaria Estadual de Planejamento, Orçamento e Gestão.

A mudança básica é que a função de pagamentos que hoje é feita na pasta do planejamento passa para a de tributação, que terá a finalidade de arrecadar e pagar com a nova finalidade.

“A reorganização administrativa ora proposta é necessária para aperfeiçoar a atuação do Estado, bem como para a implementação de políticas públicas que representam o conjunto de projetos de governo, sempre tendo como finalidade a prestação de serviços de qualidade aos cidadãos do Rio Grande do Norte e o fortalecimento da relação entre poder público e a sociedade potiguar”, escreveu a governadora na justificativa.

O projeto coincide com a indicação de Aldemir Freire para o Banco do Nordeste e a exoneração dele d Secretaria Estadual de Planejamento.

Leia o projeto AQUI.

 

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Alíquota reduzida do ICMS do diesel e GLP está em vigor no RN

Está valendo a partir de hoje (1º de maio) as novas alíquotas de ICMS para o diesel e para o gás de cozinha (GLP). Aqui no Rio Grande do Norte, esta mudança no setor tributário será de redução no imposto, ou seja, os potiguares deverão pagar menos pelo diesel e pelo GLP. No caso do diesel a redução será de R$ -0,11(Em abril era R$ 1,05) e no caso do gás a redução é de R$ -0,16 (Em abril era cobrado R$ 1,41)

Essas alíquotas são únicas, em todos os estados da federação. A partir deste feriado de 1º de maio, a cada litro de diesel comercializado, será pago uma alíquota de ICMS de R$ 0,94. Já no caso do gás de cozinha será de R$ 1,25.

Para o secretário estadual de Tributação, Carlos Eduardo Xavier, a redução da alíquota pode representar a queda também no preço dos produtos ao consumidor. “É isso que nós esperamos que aconteça. Vamos aguardar”, disse.

Assista o vídeo com a explicação:

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Varejo cresce 9,3% no RN e empresas faturam R$ 3,4 bilhões

O comércio varejista do Rio Grande do Norte vem apresentando bons resultados de vendas desde o início do ano. O setor lidera em termos de volume de negociações realizadas ao encerrar março com um crescimento de 9,3% em relação ao mês anterior. No total, foram mais de 31,7 milhões de operações efetuadas no mês passado. Isso equivale a um faturamento da ordem de R$ 3,4 bilhões para as empresas do segmento. No comparativo com o ano passado, o volume é ainda maior, 14% a mais do montante que entrou no caixa desses estabelecimentos.

Os dados foram divulgados pela Secretaria Estadual de Tributação (SET-RN), nesta quinta-feira (20), quando foi publicada a 41ª edição do Boletim Mensal de Atividades Econômicas, estudo que é feito mensalmente pela Secretaria e cujas edições estão disponíveis para consulta no site www.set.rn.gov.br/.

De acordo com o informativo, o volume total movimentado pelos setores em atividade no estado chegou a mais de R$ 13 bilhões no terceiro mês do ano. Além do varejo, o segmento com a segunda maior contribuição para esse resultado foi o atacado que faturou R$ 2,2 bilhões, seguido da indústria de transformação, que obteve um volume movimentado da ordem de R$ 1,9 bilhão. Já o setor de comercialização e distribuição de combustíveis aparece na quarta posição com um faturamento mais de R$ 1,7 bilhão em março.

Geralmente, os combustíveis ocupam a terceira posição no ranking de faturamento mensal, porém, no mês passado, as vendas totais caíram 9,8% em relação ao mesmo mês do ano passado. Em relação ao consumo desses produtos, etanol foi o único a manter estabilidade, enquanto a gasolina e o diesel tiveram elevação no consumo, subindo de 45 milhões para 50 milhões de litros vendidos, no caso da gasolina, entre março de 2022 e março deste ano. No mesmo intervalo, o volume consumido de diesel passou de 37 milhões para 40 milhões de litros.

Arrecadação

O 41º Boletim Mensal de Atividades Econômicas traz também informações sobre arrecadação de impostos no estado. Em março foram recolhidos R$ 667 milhões em receitas próprias, o que representa um crescimento de 5,4% no comparativo com o mesmo mês do ano passado. O principal responsável por essa alta foi o recolhimento de ICMS, que registrou aumento nominal de 4,1% no mês, chegando a 615 milhões arrecadados. Considerando a inflação do período, a arrecadação teve alta real inferior a 1%.

Segundo o IBGE, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPVA), indicador que mede a inflação oficial no Brasil, registrou uma variação, acumulada nos últimos 12 meses, de 4,65%. Por isso, o crescimento dos valores recolhidos não ultrapassou 0,75%. Já a arrecadação de ICMS, descontando o impacto da inflação, acabou em queda de 0,55% ao invés de crescimento.

O secretário estadual de Tributação, Carlos Eduardo Xavier, explica que o resultado no recolhimento do principal tributo do Rio Grande do Norte foi impactado positivamente por ações de monitoramento setorial, realizadas pela Subcoordenadoria de Fiscalizações Estratégicas, Substituição Tributária e Comércio Exterior (SUSCOMEX) da SET. A equipe de auditores e técnicos do setor fizeram uma varredura na área de combustíveis utilizando ferramentas de Business Intelligence (BI) e identificaram irregularidades. Esse trabalho resultou na recuperação de volumes de recursos que seriam sonegados dos cofres públicos do estado.

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Governo do RN ainda não recebeu compensações pelas perdas do ICMS. Alíquota de 20% passa a vigorar a partir de hoje

O Governo do Rio Grande do Norte ainda não recebeu as compensações pelas perdas de arrecadação provocadas pela alteração da legislação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

O Estado teve um prejuízo estimado em R$ 430 milhões e no último dia 10 de março foi acertado com o Governo Federal que pelo menos 60% desse montante seria ressarcido este ano.

O secretário estadual de tributação Carlos Eduardo Xaxier explicou ainda que o montante a ser ressarcido pela União ao Estado para compensar essas receitas frustradas só será de fato definido com a homologação do acordo estabelecido entre as unidades federativas e o governo federal junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde se encontram outras ações e acordos envolvendo a temática fiscal dos estados que estão sendo avaliados por uma comissão de conciliação, liderada pelo ministro Gilmar Mendes.

Até lá a alíquota para combustíveis, transporte interestadual e intermunicipal e serviços de comunicação fica em 20%. “Tão logo ocorra essa homologação da compensação, o governo do estado volta a discutir com deputados a necessidade de vigência dessa alíquota, que já está prevista em lei para retornar aos 18% no próximo ano”, revela o secretário, que também é presidente do Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados (Comsefaz).

Por outro lado a partir deste sábado a taxação dos produtos da cesta básica cai de 18 para 7%. Além disso, a SET decidiu adequar os percentuais de crédito presumido para fins de manutenção das condições relativas aos benefícios fiscais concedidos à diversos setores da economia, incluindo os contribuintes dos regimes especiais, entre 1º de abril e 31 de dezembro deste ano.

Em relação à política de arrecadação do ICMS dos combustíveis, o convênio do Conselho Nacional de Política Fazendária (CONFAZ) estabelece a adoção de um novo modelo de tributação para a gasolina e o etanol anidro. Em vez de um percentual, como vem ocorrendo há mais de três décadas, o recolhimento do imposto seria em valor único fixo por cada litro comercializado desses produtos em todo o país.

A sistemática de recolhimento do tributo passa a ser em valor fixo predeterminado para a quantidade vendida, a chamada cobrança ad rem, e recolhido na base da cadeia em todos os estados. A sugestão do CONFAZ, que se reuniu nesta sexta-feira em Brasília (DF), é que o valor seja de R$ 1,22 por cada litro dos combustíveis. A proposta, no entanto, só terá validade a partir de primeiro de junho deste ano. Essa é outra decisão que também precisará de homologação do STF para de fato entrar em vigor. “Todas essas alternativas ainda não estão consolidadas e, por isso, ainda não se pode contar com possíveis resultados que trarão para as finanças do Rio Grande do Norte”, defende o secretário.