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Isolda faz balanço de viagem à China

Relatando pontos de destaque da visita que fez recentemente à China a convite do governo, a deputada Isolda Dantas (PT) citou avanços que podem ser implementados no RN. A parlamentar fez o relato durante pronunciamento na sessão plenária da Assembleia Legislativa desta quarta-feira (24).

“Fomos conhecer experiências exitosas daquele país em relação às fábricas e universidades. Eu sabia que ficaria muito impressionada ao conhecer um país de cultura milenar, com regime político bastante diverso, mas não sabia que ficaria tão impressionada. A China tem muito a nos ensinar, como também temos a ensinar ao governo chinês”, afirmou.

Isolda citou especialmente a fábrica de vidro, com tecnologia avançada. A China produz atualmente cerca de 30% do vidro mundial. Citou também a fábrica de bateria. O país, de forma estratégica, vem expandindo o uso do carro elétrico para controle da poluição.

“Visitamos também uma fábrica de material esportivo. A China pensa de forma estratégica como querem ser em 2050.  Impressionou a capacidade de planejamento, a relação com o empresariado. O governo traça um planejamento do que querem ter em 2050, define metas e o empresariado recebe incentivos para investir e atender aquelas metas”, afirmou.

Isolda citou que também conheceu a parte pobre. “Na China tem pobreza, mas celebram desde 2020 o fim da fome e da pobreza extrema. Visitei uma comunidade, a última de extrema pobreza, em que a comunidade de pescadores vivia em barcos e em 2020 o governo entregou um conjunto com todas as condições de estrada, saneamento, escola e a pobreza extrema foi erradicada”, disse.

A parlamentar afirmou que um dos momentos mais importantes que motivou a sua ida foi a visita a duas universidades, especialmente a agrícola, que tem parceria com o Consórcio Nordeste para implementar a mecanização da agricultura familiar. Citou também os avanços na tecnologia, como o caso de uma máquina de colher arroz que produz em uma hora o volume de colheita que se faz em uma semana.

“É uma parceria concreta com o RN e essa semana chega a professora que me recebeu lá”, disse. Já se reportando ao RN, outro destaque de Isolda foi o Centro de Treinamento de testagem de máquinas agrícolas em Apodi, inaugurado em janeiro, com representante da China e do governo federal brasileiro e que já conta com 30 máquinas doadas para fazer a testagem e adaptação da produção no RN. “Nossa expectativa é que tenham empresários chineses investindo em tecnologia adaptada. É uma parceria muito promissora, a China tem muito o que aprender com o Brasil e nós com eles, não podemos deixar de reconhecer que estão na nossa frente, em tecnologia e fazer que o povo tenha qualidade de vida”, finalizou.

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RN recebe missão chinesa para teste de equipamentos agrícolas

O Governo do RN recebe nesta quinta-feira, 13, a missão sino-brasileira que vem conhecer e validar as áreas onde serão testadas máquinas agrícolas fabricadas na China adaptadas à agricultura familiar. A visita é resultado do memorando de entendimento firmado na viagem da governadora Fátima Bezerra e secretários de Estado à China entre os dias 11 e 19 de abril deste ano.

A governadora e o secretário do desenvolvimento rural e da agricultura familiar (Sedraf), Alexandre Lima, representaram o Rio Grande do Norte e os demais estados nordestinos na agenda da agricultura familiar que ocorreu paralelamente à Missão Oficial do Brasil à China, principal parceiro comercial do País.

Como resultado prático dos contatos mantidos na China, o Rio Grande do Norte recebe a comitiva de especialistas em desenvolvimento de máquinas agrícolas de pequeno porte, da Faculdade de Engenharia da Universidade Agrícola da China (CAU), chefiada pela professora Yang Minli.

Para a recepção aos chineses, o Governo do RN, por meio da Sedraf, convidou instituições de ensino, pesquisa e extensão, para somarem no processo de testagem do maquinário pelas famílias agricultoras potiguares: a Fundação de Amparo e Promoção da Ciência, Tecnologia e Inovação do RN (FAPERN), Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA) e Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN).

“A mecanização agrícola adaptada à realidade da agricultura familiar no Nordeste brasileiro é uma pauta que vem sendo discutida desde 2020 pela Câmara Temática do Consórcio Nordeste, que reúne gestores e gestoras dos nove estados da região e que é coordenada por mim e pelo secretário Alexandre Lima”, afirmou a governadora Fátima Bezerra.

Ela destacou que a cooperação com a China visa superar o baixo índice de mecanização na agricultura familiar, especialmente do Nordeste, onde, segundo o IBGE (2017), somente 2,3% dos pequenos produtores possuem mecanização. “Estamos buscando que a mecanização se efetive no Nordeste para que a agricultura familiar possa cada vez mais produzir alimentos saudáveis. Hoje este setor já produz 70% dos alimentos saudáveis que são consumidos pela população brasileira”, afirmou.

Pelo acordo firmado com a China o RN vai receber como doação até outubro próximo 31 máquinas, de 22 modelos, produzidas por sete fabricantes. O valor médio destes equipamentos convertido do dólar norte-americano é de R$ 1 milhão.

“As máquinas de pequeno porte são do tipo motocultivadores, microtratores, roçadeiras, plantadeiras e semeadeiras. E pela facilidade no manuseio possibilitam a inserção de mulheres e jovens na atividade laboral do manejo com a terra, e terão o papel fundamental de contribuir para fixar toda a família agricultora no campo”, informou o secretário Alexandre Lima.

A comitiva chinesa é composta por Yang Minli, presidente do Instituto Internacional de Equipamentos Agrícolas “Cinturão e Rota Inovação e Agricultura Inteligente”, a diretora da Faculdade de Engenharia da Universidade Agrícola da China (CAU); Zhang Zhao, professor da CAU; Dou Dong, professora assistente de pesquisa da CAU; Weiyan Zhu, coordenadora da Associação Internacional para a Cooperação Popular – IAPC – BAOBAB Ásia; Luiz Zarref, coordenador da Baobab América Latina; Cecília Santos, gerente de projetos da Baobab América Latina; e Chen Yihui, intérprete. Outro grupo composto por professores da CAU chega nesta sexta-feira, 14.

Yang Minli disse que o objetivo da missão é contribuir para desenvolver a agricultura familiar. “A governadora do Rio Grande do Norte buscou a consolidação deste projeto. Assinamos um memorando de entendimento que também envolve o Ministério da Tecnologia da China para um intercâmbio de transferência de tecnologia e fabricação de equipamentos no Nordeste brasileiro, incentivando a produção de alimentos e a industrialização na região. Após esta viagem vamos entregar um relatório ao Ministério da Tecnologia. Os equipamentos de pequeno porte facilitam a inserção das mulheres e jovens na produção. Na China, em média a área de produção da agricultura familiar é de 0,7 hectares e a mecanização promoveu aumento da produtividade e a superação da pobreza”.

Ainda nesta quinta-feira a comitiva visita o município de Apodi para conhecer as áreas onde serão realizados os testes.

O ato de recepção da missão sino-brasileira no auditório da Governadoria, em Natal, contou também com a participação dos secretários de Estado Jaime Calado (Sedec), Guilherme Saldanha (Sape), Daniel Cabral (Comunicação), adjuntos da Sedraf, Cícero Araújo, coordenador de desenvolvimento energético da Sedec, Hugo Fonseca, presidente da Fapern, Gilton Sampaio. Também participaram secretários de Estado e dirigentes de órgãos estaduais ligados à agricultura familiar dos Estados do Ceará, Maranhão, Piauí e Paraíba, representantes do ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) do MST e da deputada estadual Divaneide Basílio.

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Governadora fica na China até o dia 19

Em missão oficial na China desde o dia 13, a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, segue em agenda com a comitiva potiguar até o próximo dia 19 de abril.  A viagem tem como objetivo estreitar as relações comerciais com o país asiático e atrair investimentos para o Estado.

Durante a viagem, a governadora tem uma agenda intensa de compromissos. Ela irá se reunir com autoridades chinesas e empresários para apresentar as potencialidades do Rio Grande do Norte e buscar parcerias que possam impulsionar o desenvolvimento econômico do estado. A partir deste sábado (15), Fátima Bezerra representará o Brasil e o Estado do RN na reunião com investidores e instituições chinesas de promoção ao comércio e desenvolvimento econômico.

No sábado a tarde, a governadora, juntamente com a Associação Sino-Brasileira de Mineração (ASBM), visita a CAGS (China Academy Of Geological Sciences). A reunião discutirá o desenvolvimento de pesquisas geológicas, entre outros projetos, conforme acordo já firmado entre a CAGS e a Universidade Federal do rio Grande do Norte (UFRN). Em seguida, a governadora tratará sobre a assinatura do acordo de cooperação para o Laboratório de Certificação de Gemas do RN vinculado ao IFRN.

A criação de um laboratório de gemas com certificação internacional busca abrir um grande mercado para os produtores de gemas do Brasil no mercado da China, Ásia e todo o mundo. A ideia é que o Governo do Estado do Rio Grande do Norte promova a fundação do Instituto Brasileiro de Gemologia Ensaios e Testes (IBGET), que fará acordo com a Hainan Emerald Holding Group.

No domingo (16), a governadora Fátima Bezerra tem um encontro com representantes da província de Hebei e visita a mais nova e moderna cidade da China, a Xiong An. A agenda inclui visitas a empresas e instituições chinesas que têm interesse em investir no Estado. Na segunda-feira (17), estão previstas visitas às empresas chinesas como a fábrica de Tratores de Sifang, a empresa Zoomlion e à fábrica Debont Corp.

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Fábio Faria processa ex-ministro

Por Matheus Teixeira

Folha de S. Paulo

O ministro das Comunicações, Fábio Faria, entrou com um processo na Justiça por injúria, calúnia e difamação contra o ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo.

Os advogados afirmam que a imagem de Faria foi “severamente atingida” pela afirmação de Araújo de que o ministro teria entregado o leilão do 5G para a China.

Este é mais um episódio do embate entre o centrão, que integra a base de apoio do presidente Jair Bolsonaro, e os apoiadores do chefe do Executivo que compõem a chamada ala ideológica, que costuma seguir ideias mais radicais e que têm como guru o escritor Olavo de Carvalho.

A declaração de Araújo que motivou o processo foi feita no podcast ConservaTalk. A informação foi divulgada pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, e confirmada pela Folha.

No programa, o ex-ministro diz que “o centrão acha que a política externa é fazer tudo o que a China quer” e cita três atores que seriam responsáveis por isso.

“Três pessoas que são chaves nisso: Ciro Nogueira, Fábio Faria, que entregou o 5G para a China, e Fábio Arruda”, disse.

A defesa de Faria, porém, afirma que “é perceptível que as ofensas não continham nenhum cunho informativo” e foram propaladas “com o nítido condão de violar a honra” do ministro.

“Tanto é assim, que o discurso de ódio do querelado restou desacompanhado de qualquer elemento informativo concreto que pudesse respaldar suas afirmações”, dizem os advogados Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso. A ação tramita na 7ª Vara Criminal de Brasília.

No podcast, Ernesto também disse que não sabe “qual era o grau de interesse econômico que essas figuras têm com a China” e diz que, para ele, o PP, que faz parte da base do governo, é o “partido de Pequim”. Faria, porém, é filiado ao PSD.

“Querelado passa a sugerir que o partido do querelante seria financiado diretamente pela República da China e, portanto, no seu entender, as ações do Ministério das Comunicações do Brasil estariam pautadas, na realidade, pelos interesses do país oriental”, afirmam os advogados.

O leilão do 5G no país ocorreu em novembro do ano passado após inúmeras idas e vindas. Ao final, as maiores operadoras de telefonia móvel do país, Claro, Vivo e Tim, arremataram as principais faixas do leilão realizado pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).

Nota do Blog: Fábio Faria tem razão nessa. A fala de Ernesto Araújo foi totalmente irresponsável.

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O comércio internacional pós-covid-19

Por João Marcos Andrade*

Pode soar como prepotência ou até mesmo arrogância iniciar um artigo diretamente vinculado a um tema tão sério e impactante como é a pandemia provocada pela covid-19 já com um tom de visão, prospecção, imaginação, enfim, de sentimentos que expressem o que virá a ocorrer ao findar esse doloroso e angustiante período.

Mas não, o propósito da condução deste texto é aproximar ao máximo a nossa leitura ao cenário que se deslumbra tão logo saiamos globalmente dessa situação desmotivadora e prejudicial sobre vários aspectos, dentre eles econômicos, exatamente a partir de um momento em que se iniciava uma percepção de otimismo — e consequente confiança do mercado como um todo em relação ao Brasil.

Assim passamos a viver um presente muito implacável quanto ao sentido de possibilidade de estimativa, previsão, e projeções em relação a vários setores. Dentre eles, o Comércio Internacional, que desde o início da crise, ainda no seu epicentro na província de Wuhan na China, já impactava severamente os resultados de balanças comerciais de vários países, dada a importância da produção do mercado chinês em relação à composição dos aspectos presentes nas negociações “mundo afora”.

Esse “impacto” inicialmente no mercado asiático apresentava contornos de desorganização e decomposição de projetos industriais, ou mesmo de negócios de comércio, a partir de paradas de exportações da China para atender seus clientes globais. Pois, à medida que o vírus se espalhava da Ásia até o restante do planeta, praticamente o impacto tomava contornos de imprevisibilidade quanto à extensão que se observaria.

Tais ocorrências de certa forma obrigaram os governos e as empresas a se readequarem e a revisarem seus planejamentos mesmo antes do primeiro trimestre do ano. Ou seja, muitas empresas sequer haviam recebido insumos para produção de seus bens a serem vendidos naquele período, pois passaram a ser “peça de alto desejo”.

Esse novo cenário demanda urgente reorganização. Porém, sem uma sólida base para tomada de decisão, tendo em vista a impossibilidade de se vislumbrar um final da crise em curto ou médio prazo, e até mais, conforme os níveis de “estrago” aumentam, o longo prazo parece ser o único e mais certo caminho a ser trilhado visando um novo target (alvo – termo muito utilizado nas negociações internacionais).

Diante de tudo isso, já é hora de se buscar um novo horizonte, um pós-crise. E como em praticamente todas elas sempre surgem oportunidades, é momento de novos começos, novos desafios, principalmente considerando que a Balança Comercial Brasileira atingiu patamares de USD 402,7 bilhões entre Importações e Exportações em 2019 (dados do Ministério da Economia), dos quais aproximadamente USD 225,3 bilhões foram obtidos nas exportações.

O país encerra o primeiro trimestre de 2020 com resultado de sua Balança Comercial entre USD 49,5 bilhões nas vendas ao exterior (exportações), contra aproximadamente USD 43,9 bilhões nas aquisições do exterior (importações), sendo que ao compararmos os dados, no mesmo período do ano passado, nossas exportações atingiam valores próximos de USD 51,1 bilhões, contra USD 42,1 bilhões nas importações, apresentando já nesses primeiros 90 dias do ano, diferenças consideráveis em seus valores – momento ainda não significativo sob o ponto de vista de otimismo quanto ao fim da crise do vírus. Porém, em tese, uma exposição de valores que certamente apresentará diferenças mais acentuadas em relação aos próximos períodos, na medida em que os impactos são sentidos globalmente, já com pequenos sinais de retração na economia global, combustível principal para os saldos negativos das balanças comerciais dos países.

Mas sempre há “vida que segue”, aquilo que precisamos enfrentar no futuro, e este já se apresenta como “incerto”, porém com uma dose muito forte de mistério. Isso ocorre exatamente porque é certo que novas medidas econômicas deverão ser apresentadas pelos governos para restabelecimento de suas economias: novas regras, novos procedimentos para as práticas comerciais globais. Sendo que, mesmo no início do agravamento da crise, os países mais expoentes no Comércio Internacional já reviam alguns procedimentos, como redução tarifária para aquisições de produtos de combate ao coronavírus e medidas de flexibilização às regulamentações para entradas de produtos médicos de acordo com suas regras de vigilância sanitária.

O Brasil, por exemplo, através de Resoluções, Portarias, Instruções Normativas e outras normas legais, conseguiu reduzir alíquotas do Imposto de Importação em dezenas de produtos importados relacionados diretamente ao combate ao vírus, além de outras medidas que permitiram (e permitirão, inicialmente até 31/12/2020) empresas brasileiras adquirirem no mercado externo produtos para comercialização interna. Com tais “incentivos” fiscais (termo este com grifo nosso exatamente por se tratar de uma necessidade de questões humanitárias), a face do “incentivo” fiscal não como meio de alavancagem de negócios, mas sim abertura de portas e facilitação para que na maior extensão possível as empresas encontrem alternativas de alimentar o setor de saúde público e privado, do maior número possível de recursos para o combate ao vírus.

Segundo dados do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) de 14 de abril de 2020, os dados das pesquisas relativas ao Comércio Internacional davam conta de que é esperado um impacto negativo de aproximadamente 20% nos resultados das negociações internacionais para o corrente ano, sendo que destes, se forem avaliados sob previsões otimistas, chega-se a 15% contra 25% para quem optar pela ótica pessimista.

É fato que qualquer um dos números é muito delicado e extremamente prejudicial para a economia como um todo, pois os países dependem cada vez mais uns dos outros. A queda nos negócios internacionais acentua eventos deficitários ao mesmo tempo em que, ao citarmos dados baseados em pesquisas, é necessário também manifestarmos nossas convicções no aspecto otimista de que, como agentes de transformação que somos, precisamos unir esforços e buscarmos uma fórmula de alavancar negócios globais para juntos retomarmos o crescimento tanto do PIB brasileiro e, por extensão, mundial, sem jamais esquecer dos menos favorecidos. Afinal, antes do Comércio Internacional, precisamos “olhar os nossos”, quem está mais próximo e dependendo de nosso auxílio, seja de qual natureza for.

Realidade cruel, mas convicção de que com saúde seremos e sairemos vitoriosos no pós-covid-19.

*É professor dos cursos de Global Trading e Comércio Exterior do Centro Universitário Internacional Uninter.

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Foro de Moscow

Foro de Moscow: MDB junta os cacos em Mossoró, Alô Frida, nova secretária, imposto do pecado e muito mais

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Fátima vai à China

Fátima vai viajar (Foto: web)

A Assembleia Legislativa autorizou, durante a sessão plenária desta quinta-feira (14), a governadora do Estado Fátima Bezerra (PT) a se ausentar do Brasil entre os dias 15 de novembro e 4 de dezembro, para realizar viagem internacional à Europa e à China. O pedido foi feito com base na Constituição do Estado, que exige o aval do legislativo estadual quando de afastamentos superiores ao período de 15 dias.

De acordo com a autorização solicitada pela chefe do Executivo, ela vai à França, à Itália e à Alemanha dentro da programação da “Missão Europa”, ao lado de todos os governadores do Nordeste. Do continente europeu, Fátima Bezerra segue para a China, onde participa do seminário “Um Cinturão, Uma Rota”, com o objetivo de atrair novos investimentos para o Rio Grande do Norte.

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RN receberá R$ 2 bilhões em investimentos da China

Chineses vão investir em energia (Foto: Demis Roussos)

Como resultado da missão liderada pela cônsul geral da China no Brasil, Yan Yuquing, que trouxe um grupo de 30 dirigentes de empresas e empresários daquele país  ao Rio Grande do Norte no início deste mês, a governadora Fátima Bezerra recebeu nesta sexta-feira, 26, em audiência, o vice-presidente da SPIC – State Power Investment Corporation, estatal chinesa do setor energético que no Brasil possui a hidrelétrica de São Simão, em Minas Gerais e dois parques eólicos na Paraíba.

A empresa chinesa planeja investir R$ 4 bilhões na região Nordeste, sendo R$ 2 bilhões no Rio Grande do Norte. A SPIC já possui escritório no RN e 15 funcionários; e quer investir na produção de energia eólica e solar. A estatal chinesa também pretende instalar um centro de desenvolvimento e aperfeiçoamento de tecnologia no Rio Grande do Norte e uma fábrica de produtos e insumos para a geração de energia.

“O Rio Grande do Norte é o melhor lugar do Nordeste para investirmos. Nosso negócio é explorar a geração de energia eólica e solar. Também somos fabricantes de produtos e insumos para os parques de energia e queremos instalar uma fábrica aqui”, afirmou o vice-presidente da SPIC , Anjian Lu, que estava acompanhado do diretor chefe de tecnologia da SPIC,  David Yang e do gerente geral, Steven Ang Zou.

A estatal chinesa quer iniciar os investimentos no RN ainda este ano e vai contar com a agilidade do Governo do Estado na liberação de licenças ambientais e incentivos. “Os investidores são muito bem-vindos. O nosso estado é rico em recursos naturais, mas precisa de investimentos para transformá-los em emprego, renda e riqueza para o nosso povo”, afirmou a governadora Fátima Bezerra.

A governadora também destacou que o momento é propício para os novos investimentos. “Estamos implantando uma política inteligente de incentivos.  Queremos atrair mais e mais investimentos para gerar desenvolvimento econômico e desenvolvimento social”.

Na reunião ficou definido que o Governo do Estado e a SPIC vão assinar um termo de compromisso definindo as atribuições das partes e estratégias para viabilizar os investimentos. A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômica – Sedec está trabalhando na redação do termo. O secretário da Sedec, Jaime Calado, registrou que “o RN tem capacidade para produzir 25 giga watts em energia eólica. Hoje o nosso Estado é o maior produtor do país com 4 giga watts e 162 parques que apresentam lucratividade superior acima do esperado. Temos ainda muito a crescer”.