O mês de novembro de 2022 nem terminou, mas o potiguar vem percebendo um mês mais chuvoso quando comparado a anos anteriores. As análises do Sistema de Monitoramento Hidrometereológico da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn) registram a média, até esta terça (22), em 24,3 milímetros (mm) no Estado, superando em 130,6% a média esperada para o mês inteiro, que era de 10,6mm.
A região Oeste do RN atingiu a média de 46,9mm enquanto que o volume esperado era de 11,1mm. Os municípios que mais choveram foram Serra Negra do Norte, com 161,6mm e Luís Gomes, com 145.2mm. “O mês de novembro de 2022 tem apresentado boas chuvas, distribuídas em praticamente todas as regiões do Estado com maior concentração nas Regiões do Seridó e no Alto Oeste. O ano de 1947, teve chuva boas em todo o estado. Luiz Gomes, apresentou valor de 167,4mm no mês de novembro. A média em novembro naquele ano foi de 57,1mm”, comentou o chefe da unidade instrumental de Meteorologia da Emparn, Gilmar Bristot.
As chuvas são causadas, segundo Bristot devido a restos de Frentes Frias das regiões Sul/Sudeste, que conseguiram atingir a Região Nordeste neste ano associada ainda a presença do fenômeno La Niña, que mesmo com intensidade fraca contribuiu para a ocorrência das chuvas no território potiguar. “Climatologicamente, o mês de novembro apresenta índices pluviométricos em torno de 10,6mm. Neste ano foi diferente com a presença das Frentes Frias e da La Niña”, disse o metereologista.
Previsão – A tendência para os próximos meses, dezembro de 2022, janeiro e fevereiro de 2023, de acordo com as análises, é de ocorrência de chuvas com volumes de normal a acima do normal. “Existe a previsão do fenômeno La ñina permanecer no Oceano Pacífico até meados de 2023 e as condições termodinâmicas do Oceano Atlântico se manter mais aquecidas e devido a isso, há uma forte tendência de precipitações de normal a acima do normal”, finalizou Bristot
Monitoramento da Secretaria Municipal de Agricultura e Desenvolvimento Rural (SEADRU), junto a líderes comunitários na zona rural de Mossoró, mostrou que em algumas comunidades rurais do município houve registro de pluviometria acima de 100 milímetros. Em outras o volume foi igual ou superior a 65 milímetros.
“Algumas comunidades rurais da nossa cidade, principalmente às localizadas na parte Norte, registraram grandes volumes de chuvas nesta quinta-feira. Tivemos pluviometria acima de 100 milímetros em algumas delas. Em outras também tivemos bons volumes. Várias delas acima de 60 milímetros”, disse o professor de Ciências Naturais e Exatas, Alciomar Lopes, que realiza o trabalho de monitoramento da meteorologia na Secretaria de Agricultura de Mossoró.
Pelo levantamento realizado pela SEADRU, as maiores precipitações ocorreram no polo Maísa. Na comunidade de Oziel Alves choveu 120 milímetros, mesmo volume na Maísa. No Recanto da Esperança, o pluviômetro instalado na localidade registrou 109 mm. Em Montana, foram 102 milímetros e 100 mm em Olga Benário. Houve precipitação de 75 milímetros em Espinheirinho, São Romão e Cordão de Sombra. Chuva de 70 milímetros foi registrada em Coqueiro e de 65 milímetros em Lajedo.
“A explicação para o grande volume de chuvas nesse primeiro mês do ano é devido à quantidade de nuvens bastante carregadas que circundam nossa região. Essas chuvas estão vindo da região Norte. O esfriamento das águas do Pacífico jogando umidade para o continente chegam a nossa região convergendo-se com a alta temperatura da nossa região formando a ZCIT, Zona de Convergência Inter Tropical”, destacou Alciomar.
Segundo Alciomar, janeiro vem se configurando num dos meses mais chuvosos dos últimos 30 anos para o período. Ele explica que já choveu quase 120 milímetros a mais do que o esperado para o mês.
“Dos 28 dias deste mês de janeiro, em 15 deles houve pluviometria. Nós temos um acumulado de 166,9 milímetros, onde o volume esperado dentro da normalidade era de 48 milímetros. Esse acumulado corresponde a 247% a mais de pluviometria”, disse.
ZONA URBANA
Alciomar Lopes também destacou que houve uma boa pluviometria na zona urbana da cidade. Segundo ele, no pluviômetro instalado no Alto da Conceição a precipitação registrada foi de 47,1 milímetros. Já no da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), o registro foi de 22 mm. No pluviômetro instalado no conjunto Santa Delmira, o volume foi de 47 milímetros e no da Estação Automática da Emparn a chuva foi de 38,4 milímetros.
Os oito pluviômetros instalados nas quatro regiões de Mossoró registraram, entre o final da noite deste domingo (26) e madrugada desta segunda-feira (27), média de 35 milímetros de chuvas. Os equipamentos somados registraram 280mm.
O maior registro aconteceu no pluviômetro da Secretaria Municipal de Agricultura e Desenvolvimento Rural (SEADRU), instalado no Alto da Conceição. Foram registrados no período 53,2mm. O segundo com o maior acumulado foi o da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA). Nele o registro foi de 47mm.
Já o terceiro maior volume foi verificado no equipamento instalado na rua Nilo Peçanha. Lá a precipitação chegou a 35,55m. Na sequência aparecem o pluviômetro da CPRM (33,5mm), o da Cândido Barros (32,16mm), da Marechal Floriano (31,02mm), Margarida Militão (25,82mm) e da Marinho Dantas (22,43mm).
“Foi uma surpresa muito grande para a gente que faz os estudos meteorológicos, pois esperávamos uma chuva de aproximadamente 10 milímetros. A chuva começou por volta das 23 horas com muita rajada de vento e teve prolongamento até o final da madrugada”, informou o professor de Ciências Extas e Naturais da Secretaria de Agricultura de Mossoró, Alciomar Lopes.
Alciomar Lopes destaca ainda que é boa a previsão para esses últimos dias de dezembro e os primeiros dias de janeiro. Segundo ele, a previsão mostra que apenas nesta terça-feira (28) não há probabilidade de chuvas no município.
“As previsões para os próximos dias são boas para chuvas na nossa cidade. Até a próxima sexta-feira (31) é esperado chuvas todos os dias. Até agora o único dia que não está mostrando que terá chuvas é amanhã (terça-feira). Já para o mês de janeiro nós temos previsão de chuvas nos três primeiros dias do ano novo. Essas chuvas podem ser leves e se acontecer o que aconteceu de ontem para hoje não será de se admirar (referindo-se que pode haver chuvas fortes)”.
O professor enfatiza que essas chuvas em dezembro é por conta da massa de ar fria que está vindo do Pacífico Equatorial e se intensificou e chegou ao Rio Grande do Norte. “Ela veio da região do Amazonas, passou pelo Maranhão, Piauí, Ceará e chegou ao nosso Estado”, finalizou.
Levantamento da Secretaria Municipal de Agricultura e Desenvolvimento Rural (SEADRU) mostrou que o período chuvoso em Mossoró alcançou 92,7% da média esperada que é de 612,6 milímetros. De acordo com professor responsável pelo departamento de Meteoreologia, Alciomar Lopes, choveu entre janeiro e junho desse ano na Capital do Oeste 568,1mm. Mesmo assim, o período chuvoso no município foi considerado irregular no ano vigente.
O titular da SEADRU, Faviano Moreira, disse que a distribuição de chuva que ocorreu de forma irregular em Mossoró proporcionou uma safra também irregular. Ele destacou que quem realizou o plantio cedo de suas culturas teve uma considerável perda na safra, enquanto quem deixou para plantar um pouco mais tarde foi possível fazer parte da colheita.
“Para aqueles produtores que realizaram o plantio cedo de suas culturas ocorreu uma perda de safra muito grande. Para aqueles produtores que realizaram o plantio um pouco mais tarde foi possível fazer colheita de parte da safra. Tecnicamente o município de Mossoró perdeu 50% da safra. Não foi questão de falta de chuva e sim de irregularidade. Choveu quase 600mm, sendo que destes quase 450 foram em somente 45 dias. O período chuvoso foi muito irregular. Essa irregularidade causou essa perda de safra para quem fez plantio cedo. Para quem plantou em fevereiro, no começo de março ocorreu a perda de safra”, explicou.
Por conta dessa perda, Faviano Moreira explicou que alguns agricultores do município tiveram acesso a programas para amenizar o impacto do prejuízo com a irregularidade das chuvas. “Alguns agricultores do município tiveram acesso ao Seguro-Safra ou Programa Garantia Safra, que é justamente quando ocorre perda de safra por situação de estiagem. No nosso caso foi a irregularidade das chuvas no período”.
O destaque ficou para os meses de março, abril e maio. O volume acumulado em 44 dias chegou a 447,7 milímetros, o que equivaleu a pouco mais de 78% de todo o volume registrado na segunda maior cidade do Rio Grande do Norte no período chuvoso. Fevereiro também teve acumulado de chuvas acima dos 100 milímetros.
Já os meses de janeiro e junho registraram os menores acumulados do ano. O primeiro e sexto mês de 2021, respectivamente, registraram, apenas 9,3 milímetros de chuvas em todo o período.
RIO GRANDE DO NORTE – As análises da Empresa de Pesquisa Agropecuária Rio Grande do Norte (EMPARN) apontaram que Rio Grande do Norte registrou 90,2% abaixo do volume médio de chuva esperado para o mês de junho. A expectativa era de um volume médio de 90,2 milímetros (mm) porém, o estado registrou apenas 9,0mm.
O mês de maio caminha para ser o mais chuvoso de 2021 em Mossoró por conta das últimas chuvas registradas no município nesses primeiros dez dias do quinto mês do ano. De acordo com dados da Secretaria Municipal de Agricultura e Desenvolvimento Rural (SEADRU), faltam pouco mais de 10 milímetros para que o maio ultrapasse o mês de março.
O terceiro mês do ano é até o momento o mais chuvoso de 2021. Março somou 152,6 milímetros. Até essa segunda-feira, maio acumulava 142,6mm. Esse índice pluviométrico corresponde somente aos 10 primeiros dias. O professor de Ciências Naturais Alciomar Lopes explica que esse volume de chuvas em maio está sendo tratado como surpresa porque historicamente as chuvas nesse mês são menores do que nos outros meses da chamada quadra chuvosa na região.
“Conforme os dados que nós temos aqui na meteorologia, março tem 152,6 milímetros e maio, em dez dias, temos 142,6mm, uma diferença de 10 milímetros e ainda temos 20 dias pela frente. A meteorologia está mostrando que o índice pluviométrico para maio será bem mais elevado e isso é uma surpresa para nós que fazemos esse trabalho, pois geralmente no mês de maio é um mês em declínio pluviométrico”, contou.
O técnico da Secretaria de Agricultura diz ainda que dois fatores contribuem para essas chuvas em maio. Um deles é bem conhecido na região e que estava atuando no início do ano próximo ao estado do Amazonas e o segundo bem menos citado por aqui.
“Existem dois fenômenos que estão atuando. O primeiro é a Zona de Convergência Intertropical, que no início do ano se encontrava lá próximo ao Amazonas, próximo ao Peru (país). A mudança climática nos dois oceanos, no Pacífico neutralizou e no Atlântico aqueceu, fez com que a Zona de Convergência descesse até nosso estado. Hoje ela se localiza entre o estado do Ceará e o Rio Grande do Norte provocando esse alto índice de pluviometria. O segundo fator é a chamada Ondas de Leste, ou conhecida como Cavado. Essas ondas se formam próximas ao Centro-Oeste e vai subindo onde se encontra com a massa quente da nossa região o que provoca essas chuvas finas que a gente está vendo e que elas podem se prolongar até agosto”.
Até a tarde da quinta-feira passada, 18, Mossoró registrou um acumulado de chuvas de 1.126 mm. Em mais de um século de dados registrados sobre chuvas, apenas em 20 anos, a cidade ultrapassou os 1.000 mm. “Nesses 120 anos de dados somente em 20 choveu mais de 1.000 mm em Mossoró, esse ano é um”, comenta o meteorologista e professor da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), José Espínola.
Esses 1.126 milímetros foram distribuídos em 106 dias ao longo do primeiro semestre de 2020. O meteorologista comenta que desde 2000 apenas em quatro anos – 2002, 2004, 2009 e 2020 – choveu mais de 1.000 mm.
A média anual, segundo José Espínola, é 653 mm. Ele lembra que as previsões iniciais já indicavam que o volume de chuvas ficaria acima da média, mas em Mossoró choveu 77% a mais.
Em nove dias do mês de janeiro choveu 32 mm, a média para o período é 67 mm; em fevereiro foram 308 mm em 16 dias, a média é 95 mm; no mês de março choveu 225 mm em 24 dias, a média é de 163 mm para o mês; em 24 dias de chuva em abril o volume de chuvas foi de 263 mm, a média é 168 mm; no mês de maio foram 96 mm em 22 dias de chuva, a média é de 93 mm; e até o dia 18 de junho o volume registrado em onze dias do mês foi 102 mm, a média é 49 mm.
O meteorologista explica que, teoricamente, nosso período chuvoso se concentra em quatro meses – fevereiro, março, abril e maio – sendo março e abril os meses em que chove mais. Esse ano foi exceção, pois fevereiro registrou a maior média, isso porque, em um só dia choveu o equivalente a 105 mm. Porém, de acordo com José Espínola, quando o ano é bom de chuvas assim, elas podem cair até o mês de agosto.
As chuvas que caem sobre a região agora, no entanto, dependem das condições chuvosas de Natal. De acordo com o meteorologista, a Zona de Convergência Intertropical, que é o que provoca a maior parte das chuvas em Mossoró, já se afastou e não está mais inclinada para esta região. São as ondas de Leste que estão trazendo as chuvas para a região agora.
As chuvas, como menciona Espínola, diminuíram, mas ainda podem cair. Porém, não serão mais chuvas de 100 mm, que agora se concentram na região Leste. “Agora o período chuvoso é lá. Não é mais o nosso, mas a gente agradece”, diz o meteorologista.
“Agradece entre aspas”, acrescenta. Isso porque, quem planta não costuma gostar de chuvas nesse período, pois já é época de colheita e deixa a produção encharcada, fazendo com os produtos estraguem. Além disso, favorece o aparecimento de lagartas, como explica o meteorologista.
Reservatórios
A intensidade das precipitações pluviométricas favoreceu o aumento do volume em reservatórios do Estado. O meteorologista José Espínola informa que, segundo leitura realizada na quinta-feira passada, 18, a Barragem Armando Ribeiro Gonçalves está com 65,5% da sua capacidade total, que é de 2,4 bilhões de m³.
A Barragem de Umari, em Upanema está, praticamente, sangrando.
A Barragem de Santa Cruz, em Apodi, estava com 35,8% de sua capacidade, segundo o meteorologista, a capacidade máxima do reservatório é duas vezes a de Upanema.
O meteorologista comenta que a situação dos reservatórios é muito boa.
“De uma maneira geral, foi excelente o período chuvoso desse ano”, comenta José Espínola, acrescentando que, para a agricultura o período também foi bom, porque as chuvas foram bem distribuídas.
Dos 167 municípios do Rio Grande do Norte em 25 já choveu mais de 800 mm; 60 cidades já registraram mais de 600 mm este ano. Índices acima da média para um Estado onde as precipitações médias totalizam de 600 a 700 milímetros, como informa o meteorologista e professor da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), José Espínola Sobrinho.
Ele lembra que desde janeiro as previsões meteorológicas apontavam para chuvas acima da média na maioria das localidades.
Em Mossoró, especificamente, até a segunda, 27, choveu 808 mm, ao longo de 70 dias. Em nove dias de chuvas em janeiro os registros somaram 32 mm, um pouco abaixo da média, que é de 67 mm. Em fevereiro foram 16 dias chuvosos, totalizando 308 mm, mais que o triplo da média, que é de 95 mm; porém, como lembra o meteorologista, em um só dia Mossoró registrou uma chuva de 103 mm. Já em março, foram 24 dias de chuvas e um acumulado 225 mm, também acima da média que é de 163 mm. Até segunda, 27, já havia chovido 243 mm ao longo de 21 dias neste mês de abril, a média para o mês é 168 mm, segundo o meteorologista.
No ano passado as chuvas na cidade se distribuíram ao longo de 98 dias. Mesmo assim, o acumulado foi menor, 752 mm.
A previsão é de que nos próximos três meses as chuvas totalizem cerca de 175 mm, segundo reunião realizada entre os meteorologistas do Nordeste por videoconferência na semana passada, como informa José Espínola.
Como nos últimos meses choveu acima dos níveis médios e o Atlântico Sul continua aquecido, isso pode se configurar. “Nos meus 42 anos que trabalho em Meteorologia, eu nunca tinha visto o Atlântico ficar quente de dezembro até agora direto”, observa Espínola.
Esse comportamento oceânico é, segundo ele, a explicação para alguns fenômenos que foram observados na região no período chuvoso deste ano, como a ocorrência de raios e até a presença de nuvem de rolo.
O meteorologista explica que há muita energia envolvida na atmosfera. Como o Atlântico está muito quente, gera energia e ela precisa se dissipar e isso ocorre em forma de raios e ventos.
De acordo com Espínola, é possível que ainda ocorram fenômenos como relâmpagos e trovões, principalmente nos dias mais quentes.
Por isso o meteorologista alerta para que as pessoas estejam precavidas. “Essas chuvas à tarde com relâmpago são muito perigosas”, diz ele, alertando para que sejam evitados banhos de mar, caminhadas na rua com guarda-chuvas, cujos cabos metálicos podem funcionar como verdadeiros para-raios. Ele alerta também para evitar banhos de chuveiro elétrico, pois se um raio cair próximo ao local, como o chuveiro está conectado a uma rede elétrica e a água serve como condutora, pode ser perigoso.
Municípios onde acumulado de chuvas ultrapassou 800 mm – De 1º de janeiro a 29 de abril:
Martins (particular): 1244,7
Portalegre (particular): 1090,3
Riacho de Santana (EMATER): 1063,5
Natal (UFRN): 1035
Caraúbas (particular): 975,9
Antônio Martins (EMATER): 906
Pau dos Ferros (particular):897
João Dias (EMATER): 895,9
Serrinha dos Pintos (Prefeitura): 894,7
Santana do Matos (EMATER): 885,6
São Francisco do Oeste (Prefeitura): 881,8
Lucrécia (EMATER): 881,4
Viçosa (Prefeitura): 877,8
Campo Grande (particular 2): 855,2
Dr. Severiano (EMATER): 853,3
Parnamirim (Base física da EMPARN): 850,3
Coronel João Pessoa (EMATER): 840,7
Tibau (Prefeitura): 839,4
Francisco Dantas (EMATER): 833
Itau (particular): 827
Messias Targino (Prefeitura): 825,7
Timbaúba dos Batistas (Prefeitura – Fazenda Timbaúba): 822
Mossoró (Prefeitura): 817,8
Água Nova (Prefeitura) 816,1
Patu (particular): 805,4
Benefícios para agricultura e para os reservatórios
De acordo com o meteorologista, apesar de agricultores de algumas regiões já terem reclamado do solo encharcado, de uma maneira geral esse período chuvoso tem sido excelente para a agricultura. Isso porque as chuvas estão caindo aos poucos, com exceção de algumas mais intensas, que são boas para os reservatórios, mas não servem para a agricultura, uma vez que encharcam o solo e o solo da região é raso.
Segundo ele, o ideal para a agricultura são as chuvas de 10 mm a 15 mm, com intervalo de alguns dias entre elas.
Justamente porque o solo está encharcado e os pequenos açudes já encheram, o período chuvoso deste ano também está propício para os reservatórios. O meteorologista comenta que toda chuva que cai a partir de agora vai para os grandes reservatório e cita como exemplos a Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, que ontem, 27, estava com quase 50% de sua capacidade, e a Barragem de Umari, em Upanema, que está com cerca de 80% do seu volume total.
Nevoeiro
Quem levantou cedo em Mossoró foi surpreendido pela mudança na paisagem de alguns pontos da cidade, que chegou a ficar escondida sob um nevoeiro. O fenômeno é consequência da temperatura mais baixa e da umidade elevada, registradas no início da manhã da terça-feira passada, 28, como informa José Espínola Sobrinho.
Ele explica que por volta das 5h30 a temperatura em Mossoró era de 23º e a umidade estava entre 95% e 100%. Como ontem o dia permaneceu nublado com chuvas durante toda a tarde e houve pouca radiação. A radiação que havia sido absorvida começa a ser perdida e o vapor não consegue subir para a atmosfera porque a umidade já está saturada, assim, as nuvens se formaram mais próximo à superfície.
Correção realizada às 17h25 de 29 de abril: 25 municípios potiguares ultrapassaram o acumulado de 800 mm de chuvas e não 30 cidades.
A leitora do Blog do Barreto Anykelly envia ao Blog do Barreto um vídeo em que ela mostra o desespero que tomou conta dela quando a água da chuva invadiu a casa de seu irmão na Comunidade Rural da Barrinha.