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Sob Rogério Marinho, Codevasf fez licitação sem justificativa e superfaturada para desovar emendas, revela reportagem

Reportagem publicada hoje na Folha de S. Paulo traz mais um escândalo envolvendo a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), estatal subordinada ao Ministério do Desenvolvimento Regional, comandado pelo hoje candidato ao Senado Rogério Marinho (PL).

Em 2020, já com Rogério a frente do Ministério, a Codevasf fez uma licitação para compra de tubos de PVC sem demonstrar a necessidade da compra e com superfaturamentos que foram alertados em duas ocasiões pela Controladoria-Geral da União.

“O processo de licitação ilustra como o descontrole administrativo e a atuação a reboque dos padrinhos das emendas parlamentares no governo Jair Bolsonaro (PL) abre brechas para irregularidades até mesmo nas compras mais básicas da estatal, que tem como vocação histórica a promoção de projetos de irrigação no semiárido”, diz a reportagem.

Desde então já foram gastos mais de R$ 2 milhões do contrato na aplicação de emendas parlamentares na Bahia.

A própria Codevasf reconheceu a influência política na aplicação dos recursos. “Esses recursos [de emendas] são descentralizados à Codevasf a partir de articulações político-institucionais, as quais não estão vinculadas estritamente a um cronograma preestabelecido, o que de fato dificulta e/ou inviabiliza um planejamento preciso do dimensionamento da demanda a ser adquirida”, admitiu em nota à Folha de S. Paulo. “Os parlamentares, por meio de interações com lideranças e seus assessores, efetuam o levantamento de necessidades para balizar as aquisições e/ou contratações”, acrescentou.

Com ascensão de Rogério Marinho ao Ministério do Desenvolvimento Regional, a Codevasf mudou seu perfil e passou a ter mais influência de políticos e envio de emendas via orçamento secreto.

Leia a reportagem completa AQUI.

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Codevasf joga para os prefeitos a responsabilidade sobre contratos investigados

Por meio de nota a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) se pronunciou a respeito da Operação Odoacro realizada em 16 endereços nas cidades maranhenses de São Luís, Dom Pedro, Codó, Santo Antônio dos Lopes e Barreirinhas.

A investigação apura fraudes e lavagem de dinheiro usando recursos federais da Codevasf. A estatal jogou a responsabilidade para os prefeitos.

Confira a nota:

Em atenção a reportagens que mencionam a Codevasf no contexto de operação da Polícia Federal realizada nesta quarta-feira (20/07) no Maranhão, a Companhia informa:

  1. O processo associado à operação policial tem por objetivo investigar a contratação da empresa Construservice por prefeituras municipais do Maranhão, com o emprego de recursos federais provenientes de convênios.
  2. Os dois convênios que motivaram as ações de busca e apreensão não são de responsabilidade da Codevasf. Assim, a ação policial foi empreendida não em face da Companhia ou de qualquer de seus dirigentes ou empregados — ela foi destinada a apurar eventuais irregularidades em contratos de prefeituras com a empresa Construservice.
  3. Em qualquer caso, no contexto da execução de convênios, compete às prefeituras municipais realizar os procedimentos licitatórios e as contratações necessárias ao emprego adequado de recursos orçamentários.
  4. A Codevasf colabora com o trabalho das autoridades policiais e proverá suporte integral às investigações. A Companhia mantém compromisso com a elucidação dos fatos e com a integridade de seus projetos de desenvolvimento regional. Por rigor no controle de procedimentos, a Empresa submeterá à avaliação de sua Auditoria Interna todos os contratos firmados com a empresa Construservice.

Assessoria de Comunicação

Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf)

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PF faz operação para investigar esquema no Ministério que foi comandado por Rogério Marinho

Hoje a Polícia Federal realizou operação para prender suspeitos envolvidos em esquema de corrupção envolvendo a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).

A ‘Operação Odoacro’ cumpriu 16 mandados de busca e um de prisão nas cidades em São Luís, Dom Pedro, Codó, Santo Antônio dos Lopes e Barreirinhas, no Maranhão.

Foram apreendidos R$ 1,3 milhão em dinheiro e itens luxuosos.

A PF prendeu Eduardo Costa Barros, o ‘Eduardo DP’, sócio oculto da Construservice, empresa envolvida em obras suspeitas da Codevasf.

A estatal foi turbinada na gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL) a partir da atuação do então ministro do desenvolvimento regional Rogério Marinho (PL), pré-candidato ao Senado.

A empresa cujo objetivo é realizar obras estruturantes no Nordeste está no centro dos esquemas conhecidos como “Tratoraço” e “Orçamento Secreto”.

Os gastos da Codevasf subiram de R$ 1,3 bilhão para R$ 3,4 bilhões na passagem de Rogério pelo comando do Ministério do Desenvolvimento Regional.

Para saber mais sobre a ‘Operação Odoacro’ clique nos links abaixo:

https://www1.folha.uol.com.br/poder/2022/07/pf-faz-operacao-que-mira-fraudes-e-desvios-de-verba-na-codevasf-sob-bolsonaro.shtml

https://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2022/07/20/policia-federal-realiza-operacao-contra-desvios-de-dinheiro-publico-da-codevasf-no-maranhao.ghtml

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Codevasf nega responsabilidade de Rogério em contratos da estatal

Assessoria de Comunicação da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) enviou nota em que nega o envolvimento do ex-ministro Rogério Marinho (PL) nos processos administrativos da estatal e da versão sobre a denúncia da Folha de S. Paulo de obras sem a devida comprovação dos valores (leia AQUI).

Nota Ministério do Desenvolvimento Regional

 

A Codevasf é uma empresa pública constituída sob a forma de sociedade anônima de capital fechado que, apesar de vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Regional, tem autonomia administrativa, atuando nos termos da Lei das Estatais (LEI Nº 13.303). Não se pode, portanto, atribuir ao ex-ministro Rogério Marinho ou ao Ministério do Desenvolvimento Regional responsabilidade sobre processos gerenciais da companhia.

A título de esclarecimento, encaminho também nota publicada pela assessoria de comunicação da CODEVASF.

 

Nota oficial sobre pregões de pavimentação e balanço da Codevasf

Ao contrário do que a reportagem afirma, a Codevasf possui integral controle sobre suas obras, investimentos e procedimentos. O balanço de 2021 da Companhia foi aprovado pelos Conselhos Fiscal e de Administração da Empresa, compostos por membros independentes. A manifestação da auditoria apresentada como ressalva ao balanço diz respeito a sistematização de informações — a Codevasf desenvolveu novo método de sistematização para atendimento à auditoria. O trabalho da auditoria independente é parte da sólida estrutura de governança da Companhia.

Assessoria de Comunicação

Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba — Codevasf

Atenciosamente,

Rodrigo Saccone

Assessoria de Comunicação Social do Ministério do Desenvolvimento Regional

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Estatal sob comando de Rogério recebeu R$ 3 bi e não comprovou valores das obras

A Folha de S. Paulo veiculou neste domingo reportagem que mostra a farra na aplicação de recursos sem a devida comprovação dos valores na Companhia Vale do Rio São Francisco (Codevasf) subordinada ao então ministro do desenvolvimento regional Rogério Marinho(PL).

Confira o texto na íntegra:

Estatal recebeu R$ 3 bi em emendas sob Bolsonaro não consegue provar valor de obras.

 Auditoria independente vê problemas nos dados da Codevasf, mostra relatório obtido pela Folha

 

10.04.2022

Folha de SP

 

Fábio Pupo

 

Brasília Recebedora de ao menos R$ 3 bilhões dos cofres públicos por meio de emendas parlamentares durante o governo Jair Bolsonaro (PL), a estatal Codevasf chegou ao fim de 2021 sem comprovar no balanço o valor real das obras que executa.

O problema foi identificado em relatório da auditoria independente Russell Bedford. Obtido pela Folha, o documento faz uma ressalva nas contas dizendo que a Codevasf encerrou o exercício “verificando a existência das operações” da carteira de obras para apresentar os números de maneira confiável.

“A companhia purou todas as operações registradas na contabilidade, mas ainda está verificando a existência das operações registradas para realizar os devidos ajustes contábeis e, assim, apresentar o saldo contábil de forma fidedigna”, afirmam os auditores.

A Codevasf é a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba e foi entregue por Bolsonaro ao centrão em troca de apoio político no Congresso.

A Codevasf é vinculada ao MDR (Ministério do Desenvolvimento Regional), pasta comandada até o mês passado por Rogério Marinho (PL). Pré-candidato ao Senado no Rio Grande do Norte, ele defende as emendas e teve diversos embates com o ministro Paulo Guedes (Economia) por despesas públicas.

Questionada se não sabe o valor das próprias obras em andamento e o que tem gerado o problema, a estatal afirmou, em nota, que “a manifestação da auditoria independente apresentada como ressalva diz respeito a sistematização de informações” e que “desenvolveu novo método” para resolver o problema.

Mesmo com os atritos com Guedes, a estatal foi turbinada pelas emendas parlamentares durante o governo Bolsonaro. Em 2021, deputados e senadores destinaram o equivalente a 61% da dotação orçamentária total da empresa.

Neste sábado (9), reportagem da Folha mostrou o afrouxamento no controle sobre obras de pavimentação feitas pela estatal, como licitações realizadas com dados fictícios que valem para estados inteiros. Essa estratégia é usada com o objetivo de acomodar a crescente injeção de verbas de emendas.

A ressalva da Russell Bedford foi feita no item “Obras em andamento, Estudos e Projetos e Instalações”. A Codevasf afirmou no balanço ter um saldo de R$ 2,7 bilhões na rubrica, mas os auditores não conseguem confirmar o valor.

No relatório, a firma de auditoria diz que não é possível opinar “sobre os saldos dessas contas e os componentes das demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa”. A Codevasf registrou um prejuízo de R$ 358 milhões em 2021.

Todas as empresas públicas precisam elaborar balanço financeiro e é obrigatório que os números sejam analisados por uma auditoria independente. As exigências estão na Lei das Estatais, aprovada e sancionada em 2016, durante o governo Michel Temer.

A Russell Bedford orientou que a Codevasf elabore um relatório para conciliar os números e auxiliar nos controles patrimoniais.

Em nota ,a estatal afirma que “o balanço anual foi aprovado pelos conselhos competentes com a orientação de que ações sejam empreendidas em atenção ao trabalho da auditoria”, afirma a empresa.

Questionada em um segundo momento o que exatamente ainda precisaria ser levantado e se o problema já havia sido resolvido, a Codevasf afirmou que as informações dizem respeito a “ações empreendidas pela companhia” e que o novo sistema será implementado “ao longo de 2022”.

Procurando,o  MDR afirmou que a Codevasf “é uma empresa pública, constituída sob a forma de sociedade anônima de capital fechado que, apesar de vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Regional, tem autonomia administrativa”.

As ressalvas  nos balanços das empresas são feitas pelos auditores independentes quando constatado que os dados fornecidos pela administração têm risco de não obedecer aspectos legais ou não representar corretamente a realidade, o que pode prejudicar os acionistas –no caso, a União.

Problemas no balanço da Codevasf podem causar prejuízo direto aos cofres públicos, já que ela é uma empresa dependente de recursos do Tesouro Nacional.

Camila Boscov, professora de contabilidade financeira do Insper, afirma que a ressalva significa que a auditoria não teve acesso a dados que confirmem o valor registrado.

“A auditoria não conseguiu encontrar documentos que comprovem que o valor ali contabilizado faz sentido. Nesse caso, a firma de auditoria não consegue saber se o valor mensurado está correto ou não, pois não tem informações suficientes para fazer essa afirmação”, explica.

Os problemas no  balanço se somam a um relatório da CGU (Controladoria-Geral da União) publicado nos últimos dias, que afirma terem sido “identificadas falhas nos procedimentos de monitoramento da execução física das obras de pavimentação, que ocorre, predominantemente, nas superintendências regionais da Codevasf”.

Além disso,a  CGU detectou a ocorrência de sobrepreço de R$ 3,3 milhões em dez máquinas compradas pela Codevasf com recursos das emendas de relator no ano passado.

O relatório diz ainda que não houve a realização de estudos ou análise sobre a necessidade de certas despesas feitas por meio de emendas parlamentares. Para a CGU, isso indica que as ações podem estar sendo escolhidas para atender interesses privados.

Mais da metade dos valores direcionados pelo Congresso à Codevasf em 2021 vieram por meio das chamadas emendas do relator –que, em tese, servem para o Parlamento ajustar os números propostos pelo governo.

Mas, na prática, as emendas de relator têm sido usadas pelo governo Bolsonaro como um instrumento para parlamentares aliados direcionarem recursos a destinos de interesse (em geral, obras no interior do país). Em 2021, foram mais de R$ 16 bilhões reservados pelo instrumento.

 

Em dezembro, a  Folha visitou uma das cidades que executa obras com as emendas de relator, em Rio Largo (AL).

O prefeito Gilberto Gonçalves (PP), aliado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), chegou a divulgar um vídeo em meio às obras. Mas, dois dias após a gravação, a reportagem constatou que não havia máquinas nem equipamentos no local.

 

 

 

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Governo do RN e Codevasf fecham acordo para pavimentação da Estrada do Melão

O Governo do Rio Grande do Norte definiu no início da noite desta sexta-feira (11) a formalização de um termo de cooperação com a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) para pavimentação de 15 quilômetros da Estrada do Melão localizada entre os municípios de Baraúnas e Mossoró. A rodovia é de fundamental importância para o escoamento da fruticultura e da produção da agricultura familiar praticada nos vários assentamentos de trabalhadores rurais naquela área.

Pelo termo de cooperação que define a parceria, a Codevasf ficará responsável pela pavimentação de 10 quilômetros. O Governo do RN vai pavimentar seis quilômetros e construir a ponte do trecho dois. Até o segundo semestre a Codevasf se compromete a viabilizar recursos para a conclusão dos 16 quilômetros restantes para a gestão estadual executar as obras.

“Chegamos a bom termo e vamos realizar uma obra de grande importância. Nosso Governo é do diálogo e da transparência. Com este entendimento, vamos somar os orçamentos do Estado e da administração federal e fazer a estrada toda. Para nós é importante trabalharmos juntos para levar melhorias à população, oferecer infraestrutura para geração de oportunidades de trabalho, emprego, renda e desenvolver o Estado”, afirmou a governadora Fátima Bezerra.

A chefe do Executivo disse ainda que “a partir de agora temos um diálogo direto com a Codevasf e vamos firmar entendimento institucional para oficializar intervenções em áreas de dominialidade do Estado. Estamos abertos e à disposição para fazer o melhor para a população, dentro dos preceitos legais”.

O diretor-presidente da Codevasf, Marcelo Andrade, reforçou: “saímos daqui com um acordo. Faremos os 10 quilômetros e o Estado fará a ponte e os seis quilômetros seguintes. E a Codevasf se compromete a viabilizar recursos para os últimos 16 quilômetros no segundo semestre deste ano”.

Secretário de Estado de Gestão de Metas, Projetos e de Relações Institucionais (Segri), Fernando Mineiro considerou o entendimento um avanço porque efetiva parceria que vai entregar uma obra de grande importância para o povo e para a economia do nosso Estado.

Na sala de reuniões da governadoria, Fátima Bezerra recebeu o diretor-presidente da Codevasf, Marcelo Andrade, que esteve acompanhado doo superintendente regional no RN, Wellington Dias; do assessor jurídico Alessandro Reis, e do chefe de gabinete Marcelo Silva Peixoto. Da equipe do Governo também acompanharam a governadora os secretários de Estado: Aldemir Freire (Seplan); Alexandre Lima (Sedraf); Daniel Cabral (Comunicação); secretários adjuntos – Socorro Batista (Gabinete Civil), Marcelo Lima Junior (Sape), Gaspar Andrade (Infraestrutura); o procurador-geral do Estado, Luiz Antônio Marinho; diretor-geral do DER, Manoel Marques, assessor técnico da Sedec, Guido Salvi.

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Rogério Marinho é alvo de denúncias da imprensa acusando de usar ministério para montar estrutura eleitoreira no RN

Rogério Marinho tenta abrir as portas do Senado com ajuda de estrutura federal (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ABR)

Acusado de operar o orçamento paralelo que utiliza recursos da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) para distribuição de benesses para parlamentares da base bolsonarista no Congresso Nacional, o ministro Rogério Marinho está sendo constantemente acusado pela mídia nacional de usar a estrutura do Governo Federal para operar se fortalecer politicamente no Rio Grande do Norte.

A última reportagem publicada em O Globo cita que Rogério aponta que de 48 prefeitos recebidos 19 foram do Rio Grande do Norte. Já as agendas com deputados e senadores potiguares totalizam 40, perdendo apenas para Minas Gerais.

Em Nota, o Ministério do Desenvolvimento Regional disse ser natural que isso ocorra. “É natural que, por ser do Rio Grande do Norte, as demandas vindas do estado sejam frequentes. Não temos relatos de políticos, parlamentares ou representantes de estados e municípios que tenham sido preteridos em benefício de potiguares”, destacou.

Rogério chegou a ser acusado de aumentar em 223% os repasses para o Estado. Na época ele ironizou: “Se isso fosse verdade eu já estaria eleito governador”.

Disputar o Governo do Estado é um projeto descartado pelo ministro embora ele seja incentivado por nomes como o ex-governador Robinson Faria (PSD), o prefeito de Natal Álvaro Dias (PSDB) e o presidente Jair Bolsonaro. O foco dele é o Senado. É para isso que ele tem trabalhado.

Terreno da UFERSA está recebendo veículos da Codevasf (Foto: cedida)

Ele tem cumprindo agendas frequentemente no Rio Grande do Norte onde anuncia obras e é incensado por aliados.

A Codevasf tem sido um braço importante para ações do Ministério do Desenvolvimento Regional no Rio Grande do Norte. Vários equipamentos agrícolas estão sendo colocados em um terreno na Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA). Foram investidos R$ 48,8 milhões na aquisição de 369 itens que serão entregues a prefeituras e entidades sem fins lucrativos, segundo a própria estatal informou ao Blog do Barreto.

Confira reportagens que abordam o uso político do MDR por parte de Rogério Marinho:

https://oglobo.globo.com/brasil/ministros-de-bolsonaro-que-devem-ser-candidatos-em-2022-priorizam-agendas-em-bases-eleitorais-25089638

https://istoe.com.br/ministro-rogerio-marinho-aumenta-verba-para-seu-estado-em-223/

 

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Codevasf explica situação de equipamentos guardados na UFERSA e revela volume de investimentos no RN

Tratores da Codevasf estão guardados na UFERSA até serem encaminhados para Prefeituras e entidades sem fins lucrativos (Foto: cedida)

Em resposta a questionamentos do Blog do Barreto a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) explicou que os equipamentos como tratores e caminhões colocados em um terreno da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA) serão doados para entidades públicas como prefeituras ou entidades sem fins lucrativos de interesse social entre as quais associações e cooperativas.

Por meio da assessoria de comunicação a empresa estatal informou que “os entes beneficiários são definidos após procedimentos de análise de habilitação e de aptidão do potencial beneficiário e de avaliação de conveniência socioeconômica das doações. Atualmente a Codevasf tem realizado os processos de recebimento e avaliação dos bens”.

A previsão de investimentos no Rio Grande do Norte é de R$ 48,8 milhões na aquisição de 369 itens, entre máquinas, implementos agrícolas e veículos. “Os bens serão doados no âmbito de projetos de suporte a atividades produtivas e a ações de infraestrutura”, diz a assessoria.

A entidade ainda enviou uma nota de esclarecimento sobre os equipamentos que estão sendo colocados na UFERSA.

Em atenção a referências recentes a equipamentos adquiridos pela Codevasf armazenados no campus da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA) em Mossoró (RN), a Companhia esclarece:

  1. A Codevasf solicitou à UFERSA, neste ano, cessão de uso gratuito de pátio da instituição para armazenamento temporário de máquinas, implementos agrícolas, caminhões e veículos, até que ocorra a doação desses bens a seus beneficiários. A UFERSA, instituição pública federal como a Codevasf, manifestou-se favoravelmente à demanda, com respaldo de parecer da Procuradoria Federal / Advocacia Geral da União, e firmou com a Companhia contrato de cessão não onerosa. A finalidade única do contrato é permitir o armazenamento temporário de bens da Codevasf em área de propriedade da universidade.
  2. A aquisição de máquinas e equipamentos do gênero pela Codevasf ocorre por meio de licitação pública na modalidade Pregão Eletrônico. Essas licitações são realizadas pelo Portal de Compras do Governo Federal (plataforma Comprasnet). Atos associados aos procedimentos licitatórios são publicados no Diário Oficial da União e informações relacionadas ficam à disposição dos interessados no site da Codevasf e no referido Portal.

Atenciosamente,

Assessoria de Comunicação | Codevasf

Saiba mais sobre o assunto AQUI

 

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UFERSA confirma que guarda tratores e equipamentos da Codevasf, empresa envolvida no escândalo do orçamento paralelo de Rogério Marinho

UFERSA reconhece que veículos e equipamentos eram da Codevasf (Foto: cedida)

Por meio de uma nota enviada ao Blog do Barreto a Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA) confirmou que um de seus terrenos está sendo usado para guardar tratores e equipamentos enviados pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).

Desde maio circulam nas redes sociais imagens dos equipamentos. O Blog do Barreto na época tentou confirmar a veracidade das imagens, mas a UFERSA não se pronunciou.

Somente no final da noite de ontem, por meio de uma nota, a instituição confirmou que os tratores e equipamentos que estão chegando (sim, de maio para cá outros vieram, inclusive na semana passada) são da Codevasf.

Nova leva de tratores chegou na UFERSA semana passada (Foto: cedida)

“Neste sentido, alguns tratores e outros veículos que estão sendo fotografados e divulgados chegando na área desta Instituição não pertencem à UFERSA, mas sim fazem parte do Contrato de Cessão de Uso Não Onerosa de parte do terreno da UFERSA, celebrado entre a CODEVASF (Empresa Pública Federal) e a UFERSA (Autarquia Federal), não havendo qualquer tipo de ilegalidade no ato firmado. A UFERSA apenas cedeu parte de seu terreno, de forma temporária, para guarda de veículos de uma Empresa Pública Federal, sendo o ato jurídico autorizado pela Procuradoria Federal”, diz a nota.

A nota ainda explica que os equipamentos serão encaminhados para municípios do Rio Grande do Norte.

A  Lei nº 14.053, de 08 de setembro de 2020 autorizou a Codevasf a atuar nos 167 municípios do Rio Grande do Norte permitindo  envio de recurso da companhia pública para o Estado.

O Blog do Barreto tentou contato telefônico e por e-mail com a Codevasf para buscar informações a respeito da quantidade de cidades beneficiadas com os investimentos, quantos equipamentos estão sendo enviados e o montando de recursos que estão vindo para o Estado. No entanto, não obtivemos resposta.

Leia nota da Ufersa sobre os tratores da Codevasf

Rogério Marinho é alvo de denúncias uso eleitoreiro e compra de apoio político para Bolsonaro com recursos da Codesvasf

Desde maio o ministro do desenvolvimento regional Rogério Marinho vem sendo alvo de denúncias de uso eleitoreiro e compra de apoio político através do envio de recursos da Codevasf.

O escândalo ficou conhecido como “Orçamento Paralelo” ou “Tratoraço”.

Segundo levantamento do jornal O Estado de S. Paulo, Marinho teria usado a empresa estatal para liberar “emendas paralelas” que totalizariam R$ 3 milhões em troca de apoio político de deputados e senadores para Bolsonaro.

O parlamentar teria também buscado se fortalecer para seu projeto político no Rio Grande do Norte onde sonha ser eleito senador em 2022.

Os parlamentares solicitaram através de ofícios o envio de equipamentos agrícolas para as bases políticas.