Categorias
Matéria

RN gerou mais de 3000 empregos na construção civil no primeiro semestre de 2023

Segundo informações divulgadas pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Rio Grande do Norte (Sinduscon/RN), por meio de levantamento feito no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, o estado vem apresentando uma variação positiva no primeiro semestre de 2023, com a geração de quase 3.000 postos de trabalho.

Nos primeiros meses de 2023, a construção civil foi a área que mais gerou empregos em todo o Brasil. De acordo com dados do Ministério do Trabalho, 121.789 vagas foram preenchidas formalmente, fazendo com que o setor encabece a lista de áreas da economia que mais estão empregando.

“Quando ampliamos o período, levando em consideração os anos de 2022 e 2021, geramos mais de 11.000 empregos de carteira assinada”, comemora o vice-presidente de obras públicas do Sinduscon/RN, Marcus Aguiar. Os dados positivos são uma amostra da importância da construção civil para a economia do Brasil e do RN. “Investimentos em energias renováveis, retomadas de algumas obras públicas e novos investimentos no mercado imobiliário podem justificar esses números”, complementa Aguiar.

Para os próximos meses, a expectativa é de que novas vagas sejam abertas, em virtude da implementação do programa social do Governo Federal, o Minha Casa, Minha Vida. “Há também a expectativa de obras públicas anunciadas pelos governos municipais, estaduais e federais, bem como o início de novas obras de incorporação imobiliária, muito em razão da revisão do plano diretor de Natal”, afirma o vice-presidente do sindicato.

Atualmente, com a marca de aproximadamente 36.000 empregos formais registrados, vale destacar que, por sua capilaridade, a geração de empregos na construção civil tem a capacidade de refletir no crescimento de vagas em diversas outras atividades da economia. “Esse reflexo é visto no comércio, com o fornecimento de insumos para obras, até em atividades menos lembradas, como o fornecimento de alimentação e o setor de transportes”, ressalta Aguiar.

Categorias
Matéria

RN tem o maior crescimento do custo da construção civil desde 2014

O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) para o Rio Grande do Norte, divulgado pelo IBGE, fechou 2022 com alta de 16,42%, maior taxa desde 2014 na série com desoneração, com elevação de 0,15 ponto percentual em relação a 2021 (16,78%). Em dezembro, a taxa apresentou variação de 0,60%, ficando 0,66 ponto percentual acima do mês anterior (–0,06%), mas acompanhando a tendência nacional de desaceleração no ano e registrando o terceiro menor índice de 2022.

O Sinapi mede o custo nacional para o setor habitacional por metro quadrado, que passou para R$ 1.542,57 em dezembro no RN, sendo R$ 963,62 relativos aos materiais e R$ 578,95 à mão de obra. Em novembro, o custo havia sido de R$ 1.533,35. Nacionalmente, para o mês de dezembro, esse valor ficou em R$ 1.679,25. No Nordeste, a Paraíba foi o estado com maior custo da construção civil por metro quadrado, com R$ 1.591,40.

A parcela dos materiais apresentou variação de 0,77%, sendo –0,10% e 0,26% as variações de novembro e outubro respectivamente. Ante o índice de dezembro de 2021, (0,60%), houve aumento de 0,17 ponto percentual.

Já a parcela de mão de obra variou em 0,33% na comparação com novembro (0%), subindo 0,33 ponto percentual. Em relação a dezembro de 2021, houve aumento de 0,33 ponto percentual, quando a variação observada também foi de 0%.

O resultado acumulado no ano de 2022 registrou variação de 16,42% nos materiais, enquanto a parcela do custo referente aos gastos com mão de obra atingiu 17,82%. Em 2021, a parcela de materiais fechou com variação no ano de 24,74%, e a mão de obra, em 5,41%.

Custos da construção civil no Rio Grande do Norte têm o maior aumento do Nordeste em 2022

O estado potiguar teve, em números absolutos, um dos menores custos no setor de construção civil dentre todas as unidades da federação, com apenas Alagoas (R$ 1.505,81) e Sergipe (R$ 1.475,66) apresentando custos mais baratos. No entanto, em termos percentuais, o estado teve a maior elevação de custos do Nordeste e uma das maiores do país, ficando apenas atrás de Mato Grosso (20,52%) e Rondônia (16,96%).

A pesquisa

O Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi) tem por objetivo a produção de séries mensais de custos e índices para o setor habitacional, e a produção de séries mensais de salários medianos de mão de obra e preços medianos de materiais, máquinas e equipamentos e serviços da construção para os setores de saneamento básico, infraestrutura e habitação. O Sistema é uma produção conjunta do IBGE e da Caixa Econômica Federal. As estatísticas do Sinapi são fundamentais na programação de investimentos, sobretudo para o setor público. Os preços e custos auxiliam na elaboração, análise e avaliação de orçamentos.

As principais variáveis pesquisadas pelo Sinapi são os preços dos insumos e os salários da mão de obra utilizados na construção civil. O preço adotado no Sinapi corresponde ao valor cobrado à vista para um insumo pesquisado, considerando-se os impostos IPI e ICMS, deduzidos os eventuais descontos por oferta ou promoção e sem incorporação de frete. O salário corresponde ao salário-hora bruto da categoria profissional, calculado com base no piso da empresa pesquisada, referente à jornada normal de trabalho de 44 horas semanais, totalizando 220 horas num mês. Salários contratados para execução de “serviços por empreitada” não são considerados.

Sinapi: quadro resumo – Com desoneração da folha de pagamento de empresas do setor

Custo médio total do m² (reais) Custo médio do m² – componente material (reais) Custo médio do m² – componente mão de obra (reais) Variação no mês (%) Variação no ano (%) Variação em 12 meses (%)
Brasil 1.679,25 1001,20 678,05 0,08 10,90 10,90
RN 1.542,57 963,62 578,95 0,60 16,93 16,93

Sinapi: quadro resumo – Sem desoneração da folha de pagamento de empresas do setor

Custo médio total do m² (reais) Custo médio do m² – componente material (reais) Custo médio do m² – componente mão de obra (reais)

Variação no mês (%)

Variação no ano (%) Variação em 12 meses (%)
Brasil 1.783,53 1.001,70 781,83 0,08 10,95 12,95
RN 1.631,57 964,27 667,30 0,59 17,00 17,00

Fonte: IBGE