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Análise

Styvenson no PP leva mudança de postura ao extremo e abala discurso moralista

Após a cacetada eleitoral de 2022 quando conseguiu a proeza de ficar atrás do inexpressivo ex-vice-governador Fábio Dantas (SD) na eleição para o Governo do Estado, o senador Styvenson Valentim (PODE) decidiu mudar de postura.

Após uma disputa eleitoral em que não fez campanha, se limitando aos debates e redes sociais, ele decidiu jogar o jogo em pé de igualdade.

Agora usa verba de gabinete, vai usar horário de rádio e TV, fundo eleitoral e fundo partidário. Tudo sob a justificativa de que quer disputar as próximas eleições em igualdade de condições.

Styvenson aprendeu com a derrota e mudar é sempre bom. Quanto menos antipolítica, melhor.

Agora a mudança de Styvenson vai ao extremo. O senador vai assumir o controle do PP, um partido símbolo do fisiologismo e de escândalos de corrupção. Em um levantamento do Congresso em Foco em 2022, o partido era o segundo em quantidade de deputados que respondem a processos.

Styvenson chegará ao partido, um dos campeões de escândalos na Lava Jato, sob as benções do senador piauiense Ciro Nogueira, presidente nacional do PP, outro notório protagonista notícias que caberiam tranquilamente nas páginas policiais.

O discurso moralista de Styvenson fica com a sombra da contradição vestindo as cores do PP.