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Especialista alerta para risco de exposição a crimes virtuais ao responder trends do Instagram

As redes sociais sempre foram espaço de socialização e troca de experiências e opiniões. Com o passar do tempo, estas plataformas passaram a oferecer oportunidades de ganhos financeiros para anunciantes e para as próprias empresas que administram as redes.

Uma forma das redes sociais coletarem informações e personalizarem anúncios é por meio de trends que viralizam rapidamente, mas que geralmente pedem informações pessoais do usuário.

De acordo com Douglas Santos, professor da Universidade Potiguar (UnP), integrante do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima, trends, como a que está em alta no Instagram, que leva o usuário a revelar dados pessoais, signo e outras preferências é muito perigosa.

“A divulgação de informações como peso, altura, localização, idade, cidade e afins podem servir para que empresas formem um perfil de consumo que vai influenciar no envio de anúncios indesejados ou até mesmo golpes de estelionatários”, alerta.

Empresas de qualquer segmento podem se apropriar dos dados e informações divulgados pelo usuário para criar anúncios indesejados e, com isso, lucrar com as informações particulares de quem está nas redes sociais apenas para se distrair ou se divertir.

Crimes virtuais

Ainda de acordo com o professor da UnP, os dados pessoais têm grande valor de mercado para as empresas, mas não apenas elas podem lucrar com a exposição nas redes sociais.

“Os crimes virtuais não são incomuns na atualidade. E com dados particulares divulgados com tanta facilidade, como hoje em dia, o usuário pode acabar colaborando para cair em algum golpe ou para ter seu nome envolvido em algo ilícito”, alerta o docente.

Limitar as informações compartilhadas, usar senhas de acesso consideradas fortes e ajustar as configurações de privacidade da rede social que será utilizada são medidas que, somadas à discrição no que é publicado, podem colaborar para proteger o usuário.

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Do Blog

Tentando voltar ao normal numa situação anormal

Na tarde da quarta-feira fui surpreendido com um ataque hacker as minhas contas no Instagram, Facebook, Microsoft e no WhatsApp do Blog.

Não tive tempo hábil de evitar o estrago e o transtorno que isso me causou profissionalmente é incalculável. São informações que deixei de receber, mas também uma série de crimes que atingem em cheio a minha reputação enquanto jornalista com ofertas criminosas de pix de R$ 200 em troca de R$ 700 (tem que ser muito desligado para cair numa dessas) e posts que contrariam a nossa linha editorial e layout do Blog, inclusive usando material de terceiros.

O que mais me impressionou foi eles terem trocado a linha do meu chip da OI e colocando nele um outro número no nome de uma mulher chamada Jessilene Barbosa. A OI dificulta ao máximo que tenhamos contatos com seres humanos nos empurrando no looping com robôs. Mas essa questão eu consegui resolver e em breve reaverei meu número, que uso há 17 anos. De posse do meu números eles conseguiram tomar minhas redes sociais.

A sensação é de impotência também porque as políticas de privacidade da Microsoft e Meta (dona do Facebook, Instagram e WhatsApp) privilegia os criminosos invertendo os papéis.

Quem quer recuperar suas contas é tratado como alguém malicioso enquanto os criminosos seguem chafurdando nosso nome na lama.

Tentei de todas as formas resolver o problema com a Microsoft. Com a Meta é quase intransponível. Dão muitas “dicas” e nenhum caminho para que possamos aplicá-las.

Também acionei a Polícia Civil por meio de um Boletim de Ocorrência, mas não vou deixar barato. Estou tomando todas as providências e recebi a garantia de que o caso será investigado.

Outra providência tomada foi entrar com uma ação na Justiça contra a Microsoft e Meta pedindo a recuperação das minhas contas e indenização por danos morais.

O meu trabalho está bem prejudicado. São 17 mil seguidores no Instagram, um e-mail com 18 anos de uso, um contato telefônico de 17 anos, um WhatsApp com mais de 250 grupos e lista de transmissão com cinco mil pessoas.

O alcance das minhas postagens ficou limitado e isso agrada setores da política potiguar.

Ultimamente este Blog vinha desagradando gente graúda no Rio Grande do Norte e com redes de contatos em nível nacional. Não quero aqui dizer que tenho certeza de que há interesse político nisso tudo. Num primeiro momento até descartei essa possibilidade, mas a postura dos que roubaram minha conta no Instagram indica que não é teoria da conspiração de que há interesses políticos em diminuir o meu alcance. Bloquearam minha esposa, familiares e amigos próximos nas redes sociais hackeadas.

Peço a você que denuncie minhas contas hackeadas para que a Meta tome providências e que pessoas não sejam alvo de criminosos. É inevitável cogitar que se trata de alguém que conhece meu ciclo de amizades e rotina. Não tenho mais condições de descartar a possibilidade de crime político.

Já fiz o que estava ao meu alcance. Agora é aguardar que a Justiça. Enquanto isso vou tentando voltar a normalidade numa situação anormal.