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Pequeno resumo de uma pataquada

Por Francisco Otaviano de Queiroz Filho*

*PEQUENO RESUMO DE UMA PATAQUADA*
(Alerta de textão)

É burrice que chama, né? Só pode ser. Ou uma birra besta. Falo do desgaste desnecessário pelo qual passa a prefeita Rosalba Cialini. E, em nível bem mais acentuado, os corajosos vereadores que balançam a cabeça para as ordens da mandatária do Palácio da Resistência.
Na manhã pós-carnaval, à toque de caixa (literalmente?), treze vereadores, alguns sem sequer lerem (todos dizem que leram e EU ACREDITO), aprovaram um projeto de lei antipático e desvantajoso para os servidores públicos, incluindo aí os professores do município.
Goela abaixo e com um argumento pífio e fácil de ser derrubado, sentenciaram (vereadores e prefeitura): 3,75%. É TUDO OU NADA!
“Viva a Prefeita! Viva, viva!” Soam os trompetes na “casa do povo”! Meu ovo! O MEC deu aos professores de todo o país 4,17% de reajuste, este povo está levando muito a sério esta coisa de “país de Mossoró”.
A única oposição na cidade aos desmandos de Rosa, o Sindiserpum, convocou a parte fraca da corda: “Ei, acorda, munganga! Estão tirando os seus direitos!” A parte forte do sindicato, os professores, ouviu o chamamento já que foi nos direitos deles que a “rosa” bateu mais forte. Estão em greve. São aguerridos e conseguiram apoio de pais e alunos.
Agentes de saúde e de endemias, batem cabeça entre si divididos entre cem (ou sem) sindicatos (sindisaúde, sindienfermeiros, sindirecepcionista da UPA, sindi, sindi, sindi…).
Pergunta-se que movimento estes “sindis” têm feito. Eu não tenho visto. E divididos entre cento e cinquenta mil sindicatos, perdem força. A prefeita agradece. Já eram pra estar em greve também. Afora uma parte dos servidores públicos que deve estar ganhando muito bem, pois parece que esta luta não interessa a eles.
A oposição que tem feito a diferença, o Sindiserpum, é barulhento e, ao que parece, incômodo mesmo à prefeita Rosalba Ciarlini e seu povo (enumere-se aí secretários [alguns já quase sem argumentos] e vereadores que tentam defender o indefensável.
“Está certo! É isto mesmo! Os servidores já ganham mais que os profissionais do país inteiro”, dizem os vereadores corajosos que ainda seguram a bandeira da rosa. Alguns nem sabem no que votam, mas se ela manda… votam…
Sete conta treze na Câmara, oposição tem virado motivo de chacota, mas o Sindiserpum… pense num negócio que tem tirado o juízo de Rosalba e seus… é capachos que se diz, né?
A presidente, que não tem nem um metro e meio de altura tem metido medo até no mais alto escalão da Prefeitura. Estão gagos e fazendo uma pataquada atrás da outra. Perdidos que nem cego em tiroteio, quanto mais se mexem, mais afundam e a baixinha só cresce.
No dia da votação do projeto que a moça do Sindiserpum chamou de “cavalo de Tróia” lhes impediram de falar, apesar de todas os pedidos dos vereadores de oposição (coitados, nunca são ouvidos) e do grupo de Marleide, que lotou as dependências da Câmara Municipal de Mossoró.
Marleide, líder, como eu faria, usou da estratégia que melhor lhe teve às mãos, expôs em outdoors os “traidores dos servidores”. Ué, tem título melhor? Alguma mentira?
Processo neles! Piaí, que munganga! Foi a reação edis “esquecidos” dos seus votos ou mesmo ainda, tentando convencer a população de que 3,75 é maior do que 4,17 (eu mesmo acho que é, não é?)
Feito! Gilberto Diógenes, vice-presidente do mesmo sindicato que Marleide e alçado à Câmara devido à eleição de Isolda Dantas à Assembleia Legislativa, como lhe cabia, numa sessão em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, indicou Maria Francineide Cordeiro (Neide, do MST) e Marleide Cunha.
Mas menino! Pra quê? Perdeu-se uma sessão inteira na Câmara Municipal de Mossoró, paga com nosso dinheiro, para derrubar a homenagem à presidente do Sindiserpum. Alguns homens probos daquela casa, que não lembro o nome de todos, mas são só sete, abandonaram a sessão pra garantir a homenagem à sindicalista.
Em vão. Quando a rosa quer, as articulações mais sórdidas são convocadas e até o cabaré de Bilica (com todo o respeito a Bilica) perde quando o assunto é aprovar os direitos do palhaço da resistência. A presidenta da Câmara convocou uma sessão extraordinária e, o que parecia ser um fundo de poço, ficou pior.
Aprovaram para a PESSOA de Marleide Cunha a pecha de “persona non grata”. Título dado às pessoas de má índole, que tenham prejudicado, principalmente, a imagem da cidade. É burrice que chama, né? Nestes tempos virtuais, onde até as sessões da Câmara são ao vivo? Não há outra definição.
Está certo que há DE FATO alguns analfabetos na Câmara. Nunca leram “A Arte da Guerra”, de Sun Tzu, (acho até que eles nem leram a cartilha do ABC, aí que saudade!) ou “O Príncipe”, de Maquiavel, mas as raposas velhas (e tem um bocado lá)… aí é de lascar!
Meninos foram usados, como o basbaque (parece) Emílio Ferreira; a extraterrestre (parece) Maria das Malhas e o nauseabundo (mesmo) Ricardo de Dodoca e, para surpresa se todos, a menção, partiu do “homem de Deus”, Flávio Tácito.
Tiro no pé, a população, a classe política, a igreja, o papa, todos estão se solidarizando à Marleide. Dizem que será candidata a cargo público, ela nega, mas se quiser, pode. Já tem o aval de uma ruma de gente.
Eu pretendia um texto menor, juro, mas a vontade é de escrever um livro… não desista ainda, prometo só mais dois parágrafos.
A linha é muito tênue entre o vencedor e o perdedor. Li num site local que “Rosalba estava comemorando sua vitória”… sério? Se eu fosse ela eu botava as barbas de molho. Parece que a Rosa já não cheira mais como antes. Devagarinho vai murchando, murchando…

*Francisco Otaviano de Queiroz Filho*
(Servidor público aposentado)

*É servidor público aposentado.

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Comandante do Corpo de Bombeiros se recusa a cumprir ordem do Robinson para desinterditar casa de show e é demitido após bate-boca. Governo nega interferência

Coronel Monteiro toou posse em 20 de abril ficou menos de um mês no cargo
Coronel Monteiro tomou posse em 20 de abril ficou menos de um mês no cargo

O coronel Luiz Monteiro da Silva Júnior ficou menos de um mês a frente do Corpo de Bombeiros. A demissão repentina não foi por acaso: ele se recusou a desconsiderar um laudo que interditava uma casa de shows Shock, localizada na Grande Natal.

A discussão se deu porque a vistoria apontou que a Shock estava imprópria para realização de eventos de grande porte como o show, cuja atração principal era Banda A Loba, ocorrido no último sábado. Com o ambiente interditado, o governador recebeu apelos da organização do evento e interviu junto ao então comandante do Corpo de Bombeiros. Monteiro se recusou a cumprir a decisão (ver laudo abaixo) de passar por cima da recomendação de ordem técnica.

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Anúncio do Show da Shock no último sábado
Anúncio do Show da Shock no último sábado

Segundo próprio coronel Monteiro, o Governador ligou exigindo em alto tom de voz que o evento fosse liberado. O militar tentou por diversas vezes explicar que não era um ato discricionário do comando do Corpo de Bombeiros e que nada podia fazer. “Eu não poderia o fazer, ele me chamou de incompetente e disse que iria me exonerar. Eu disse ao Governador que realmente eu era incompetente para fazer algo que contrariasse as normas vigentes, principalmente porque estávamos falando da segurança das pessoas e que ele ficasse tranquilo para fazer o que ele achasse melhor”, frisou aos companheiros em um grupo de WhatsApp.

Em áudio (ver abaixo) o comandante revelou ainda mais detalhes da discussão e da boa vontade em liberar o evento.

O Blog do Barreto fez contato com o coronel Monteiro que estava em uma reunião, mas confirmou as declarações.

A exoneração do Coronel Monteiro já foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE).

REAÇÃO

Em nota o Governo do Estado negou qualquer interferência e afirma que exoneração foi técnica.

Segue o texto da assessoria do governo:

O Governo do RN informa que não houve qualquer pedido do Governador Robinson para descumprimento de competências legais por parte do comando do Corpo de Bombeiros. Em situações semelhantes já ocorridas, como por exemplo quando o Corpo de Bombeiros interditou a Festa do Boi, um evento do próprio Governo, o Governador não fez qualquer interferência e nem exonerou ninguém do comando.

O Governo ressalta que a troca no comando do Corpo de Bombeiros foi meramente técnica, não tendo qualquer conexão com o suposto fato. A questão não foi de legalidade e sim de hierarquia. O Governador Robinson não apoia nada ilegal.

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Ao denunciar corrupção na gestão de Rosalba, primeira dama consolida afastamento de governador e prefeita

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Não tem para onde fugir. A primeira dama e secretária estadual de trabalho, habitação e ação social Julianne Faria escancarou o afastamento político entre o governador Robinson Faria (PSD) e a prefeita Rosalba Ciarlini (PP).

A intenção era mostrar que o marido é um homem rico que não precisa se sujar por causa de R$ 100 mil, mas pelo visto a primeira dama falou demais. Intencional ou não ela declarou que ao assumir o cargo (no primeiro dia do governo Robinson) ela encontrou corrupção. “Ao assumir minha pasta peguei uma secretaria repleta dos mais variados aos quais o MP e o RN tem conhecimento de alguns!”, disparou.

A colocação é o registro de nascimento de mais um distanciamento entre Robinson e um prefeito de Mossoró. Há sete meses, a primeira dama deu a resposta em nome do marido que consolidou e tornou público o rompimento com o então prefeito Francisco José Junior.

Agora ela repete a dose.

Sobre as denúncias de corrupção, que Julianne Faria não detalhou, seria importante ela explicar melhor pelo bem da transparência que ela diz marcar a gestão dela e do marido.

À prefeita de Mossoró Rosalba Ciarlini resta encarar mais uma crise que abala a imagem dela. Isto uma semana depois das delações da Odebrecht.

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Paralisação das atividades da UERN já vale a partir de hoje

A Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) suspendeu as atividades acadêmicas e administrativas a partir da noite desta terça-feira, 25, no Campus Central e Campi Avançados. A decisão Ad Referendum foi motivada pela paralisação dos trabalhadores terceirizados que atuam na limpeza e vigilância. “Considerando que tais serviços são imprescindíveis para o funcionamento instituição e o bem-estar de milhares de discentes, técnicos e docentes que diariamente circulam pela nossa instituição, tomamos essa decisão convictos de que o calendário acadêmico não será comprometido no semestre 2016.1”, assegurou o reitor Pedro Fernandes.

Essa decisão foi pautada no diálogo com o Diretório Central de Estudantes (DCE), Sinditado dos Técnicos Administrativos (SINTAUERN), Associação dos Docentes (ADUERN), Conselho Universitário (Consuni) e Fórum de Diretores de Unidades Acadêmicas.

“Estamos empenhados para que essa situação se resolva o quanto antes”, declarou o reitor, reforçando que as atividades acadêmicas retornarão imediatamente após a normalização dos serviços de limpeza e vigilância.

O funcionamento normal da UERN segue apenas nos Núcleos Avançados de Educação Superior (NAES).

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Governo do Estado está devendo ao Ministério Público

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O Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte – MPRN ajuizou, hoje (21), Mandado de Segurança contra ato omissivo do Governador do Estado do Rio Grande do Norte, em função da ausência de repasse do valor mensal correspondente ao duodécimo a que o Órgão tem direito para o custeio de seus serviços e da remuneração de seus membros, servidores e colaboradores.

O objetivo da medida é garantir a defesa da autonomia da Instituição que, assim como o Poder Judiciário, o Poder Legislativo, o Tribunal de Contas e a Defensoria Pública, deve receber do Poder Executivo, até o dia 20 de cada mês, o repasse financeiro necessário para adimplir com suas obrigações e manter a continuidade de seus serviços.

O MPRN informa que, em que pese contribuir com os esforços de economia decorrentes da frustração de receitas do Estado, o que já ocasionou a redução considerável do valor mensal que tem recebido mês a mês, ainda sim o Poder Executivo não tem cumprido o dever de repasse do montante do duodécimo dentro do prazo constitucional, prejudicando seriamente o planejamento e o funcionamento da Instituição.

Esclarece também que, em função da atual crise econômica, tem efetivado medidas sérias de contenção de despesas, notadamente de pessoal, tendo cortado 10% do seu quadro de promotores e procuradores de justiça, executado um plano de incentivo à aposentadoria de seus membros e parado de repor cargos de servidores vagos, medidas que reduziram significativamente o custo de sua folha de pessoal.

Entende oportuno ainda esclarecer que, em que pese compreender a difícil situação financeira do Poder Executivo para o cumprimento de suas obrigações, é ilegítimo e fora do que determina a Constituição Federal pretender utilizar os valores dos duodécimos dos poderes – já devidamente reduzidos pelos contingenciamentos feitos, na forma da lei – além do prazo determinado para o repasse, conduta que atenta contra o Estado Democrático de Direito, no qual o Poder Executivo é um dos indispensáveis braços, mas não mais que os demais poderes e órgãos com autonomia, entre eles o Ministério Público, os quais, por isso mesmo, têm direito inarredável à proteção dos valores necessários para seus funcionamentos.

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Pesquisa aponta baixa em intenção de compras para o Dia das Crianças

O Dia das Crianças deste ano será mais uma data com menos presentes, tanto em Natal quanto em Mossoró, do que no ano passado. Levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Comércio da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (IPDC/Fecomércio RN) mostrou que a intenção de compras para este ano, em relação ao mesmo período do ano passado, caiu 9,5 pontos percentuais em Natal (59,5% de intenções de compras em 2016, contra 69% em 2015), e 4,5 pontos percentuais em Mossoró (65,6% de intenções em 2016, contra 70,1% em 2015). Entre as justificativas dadas pelos consumidores estão a crise econômica e as suas consequências.

Dos consumidores que irão às compras em Natal, a primeira opção de presentes devem ser os brinquedos, com 56,6% da preferência; seguidos de peças de vestuário com 32,4%; calçados com 6,4% das intenções; e eletrônicos (computadores, notebooks, tablets, celulares, videogames), com 4,1%. Em Mossoró, comportamento semelhante: 54% dos consumidores pretendem presentear com brinquedos; 33,8% com roupas; 8,5% com calçados; e 4,6% com eletrônicos. Nas duas cidades, a maior parte – 48,1%, em Natal e 43,9% em Mossoró – deve comprar apenas um presente, levando em consideração o desejo da criança que será presenteada e o preço do presente.

Na capital, a média de gastos com presente será de R$ 118,32, valor que é 2,4% menor do que o registrado em igual período do ano, que foi de R$ 121,19. O gasto médio com os presentes do Dia das Crianças em Mossoró deve ser um pouco menor: R$ 108,23, valor 1,2% mais baixo do que o obtido pela mesma pesquisa de 2015, quando foi registrado o gasto médio de R$ 109,59. Com relação aos valores dos presentes, 58,8% das pessoas de Natal e 70,1% das pessoas de Mossoró pretendem gastar até R$ 100.

Os consumidores pretendem fazer pesquisa de preço (77,1% em Natal e 76,2% em Mossoró) e não pretendem levar as crianças junto (68,1% em Natal e 74,1% em Mossoró) como forma de não gastar mais do que o planejado. Os entrevistados devem ir ao comércio de rua (53,2% em Natal e 68,6% em Mossoró); e fazer as compras à vista (58,4% em Natal e 59,5% em Mossoró). Os shoppings centers são a segunda opção para local de compras tanto em Natal quanto em Mossoró, com 39,1% e 20,7% das respostas dos entrevistados, respectivamente.

O levantamento do IPDC também avaliou a pretensão dos consumidores em realizar algum tipo de comemoração na data. Para 33% dos natalenses entrevistados, o Dia das Crianças terá algum tipo de celebração relacionada a passeio, o que deve resultar em um gasto médio de R$ 125,80. Pouco mais de um terço dos mossoroenses (34,8%) também cogitam passear com as crianças e preveem gastar, em média, R$ 110,75. A escolha pelo local leva em conta as opções de diversão e lazer ou lugar que a criança deseja ou tem interesse de conhecer, mas a preferência é por shoppings, clubes ou parques.

“Infelizmente já prevíamos que haveria uma redução na intenção de compra, em virtude de todo o contexto econômico que vivemos. Mas saber que ainda teremos quase 60% de consumidores natalenses e 65% dos mossoroenses dispostos a gastar não deixa de ser um alento e um indicativo para que o comércio continue se reinventando e buscando todas as formas de conquistar este cliente”, analisou o presidente da Fecomércio, Marcelo Queiroz.

Em Natal, a coleta dos dados ocorreu entre os dias 08 e 11 de setembro, quando foram entrevistadas 654 pessoas. Em Mossoró, a pesquisa foi aplicada entre 05 e 07 de setembro de 2016, entre 500 pessoas. A pesquisa completa está disponível no site da Fecomércio RN, no link: http://fecomerciorn.com.br/pesquisas/.

 

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Grupo faz protesto para salvar o Hospital da Mulher

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Será realizada hoje, às 8h, uma mobilização em frente ao Hospital da Mulher reivindicando o não fechado do equipamento de saúde.

A organização do movimento convida as grávidas que para participar desta manifestação.

Os trabalhadores e pacientes reclamam do descaso, a omissão e o silêncio do Governo do Estado com relação a falta de insumos e materiais básicos ao funcionamento  do Hospital da Mulher.

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Jório grava áudio no Whatsapp com apelo aos apoiadores (dele) para que respeitem e apoiem Francisco José Junior

 

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Num áudio de Whatsapp que está sendo espalhado em vários grupos, o presidente da Câmara Municipal Jório Nogueira (PSD) faz um apelo comovente para que os integrantes do grupo que colabora com a reeleição dele ajudem e não atrapalhem a candidatura de Francisco José Junior (PSD).

O pessedista pede para que os aliados não “maltratem” o prefeito. “Estou vendo muitas coisas… que estão levando para o outro lado. Quero pedir a vocês que são ligados diretamente a mim… por consideração eu estou fazendo este apelo, certo. E vou repetir mais uma vez: as pessoas que tem… que querem… que me respeita, que querem a nossa vitória… eu vou pedir mais uma vez que não maltratem o nosso candidato a prefeito Francisco”, declarou.

Não maltratem o nosso candidato a prefeito Francisco

Em seguida ele faz um apelo dramático: “Peço aos meus meus verdadeiros amigos, colaboradores da campanha, que têm ligação direta comigo, que possam respeitar e ajudar Francisco José Junior”, disse.

Peço aos meus meus verdadeiros amigos, colaboradores da campanha, que têm ligação direta comigo, que possa respeitar e ajudar Francisco José Junior

O presidente disse ter pessoas no grupo que não são diretamente ligadas a ele e que estão liberadas para votar em outros candidatos. “Tem pessoas, que vou repetir, que não são ligadas a mim diretamente que vão votar em mim por espontânea vontade… essas pessoas que têm outras tendências e que vão votar em outros candidatos eu respeito”, declarou.

No entanto, com quem Jório considera diretamente ligado a ele a conversa é outra: ele quer o apoio integral ao prefeito. “As pessoas da nossa equipe, que andam comigo, que frequentam o comitê, que tem uma ligação direta com nosso grupo… essas pessoas… eu não posso cobrar de uma forma legal, transparente, de uma forma amigável… estão levando para o outro lado”, concluiu.

Ele ainda falou que existem apoiadores postando fotos dele com Rosalba Ciarlini (PP). Ele disse que isso é “natural” porque tem eleitores no grupo dela e no de Tião Couto (PSD). “Isso não significa dizer que Jório Nogueira tenha três candidatos. Jório Nogueira tem um candidato que é Francisco”, frisou. Em seguida ele pede para que parem de postar fotos dele com a de outros candidatos. “Isso não pode partir do nosso grupo: botar uma foto minha com a de Rosalba. Botar uma foto minha com uma de Tião… aí gente não tem cabimento”, alegou.

Ele ainda disse que teve “bocas de chafurdo” e candidatos a vereador se aproveitando da situação para jogá-lo contra o prefeito e a primeira dama Amélia Ciarlini.

O presidente da Câmara ainda negou que tivesse qualquer relação com a crise envolvendo Amélia e a primeira dama do Estado, Juliane Faria. “Acho que cada uma tentou defender o seu marido. Acho até muito bonito”, argumentou.

Abaixo o áudio na íntegra:

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Choro e traição são elementos da política

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Chorar faz bem. Dizem os médicos que é um analgésico natural no combate a dor da alma. O choro da primeira dama Amélia Ciarlini é o assunto do momento. Os sentimentos estão divididos em relação ao constrangimento sofrido por ela ao chorar diante de milhares de pessoas nas redes sociais.

No clima de passionalidade da campanha os militantes rosalbistas tratam o desabafo de Amélia com escárnio. Os silveristas prestam solidariedade. Há quem sinta pena, compaixão. Como existem os tratam com desdém.

O choro de Amélia não é o primeiro nem o último que vemos na política. Ir às lágrimas pode ser um gesto humano ou de fraqueza dependendo do ponto de vista de quem opina.

Os que hoje riem de Amélia não lembram que no passado Rosalba chorou em entrevista a Intertv Cabugi. O motivo das lágrimas era nobre: o sentimento de impotência diante de um pai que lamentava a morte de um filho num dos hospitais da rede estadual. Ela era a governadora.

Mas ela também já chorou por ter seus interesses contrariados como quando o DEM lhe negou o direito de disputar a reeleição. Como Francisco José Junior, Rosalba também sentiu no passado o sentimento da ingratidão desta feita de José Agripino, senador e presidente estadual do DEM. Ela sempre se manteve ao lado dele nas horas boas e difíceis, coisa rara na política. Mas também já ensaiou escapulir do agripinismo.

O próprio Francisco José Junior não pode reclamar de Robinson com tanta veemência. Ele e o pai, o ex-deputado Francisco José, têm um currículo de um verdadeiro camaleão da política. Já foram rosalbistas, sandristas, garibaldistas, henriquistas, agripinistas e há 11 anos mantinha a única relação política sólida na história política deles: a parceria com Robinson Faria.

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Não custa lembrar que Francisco José Junior já acompanhou Robinson em rompimentos, deixando a base de Fafá Rosado em uma curta passagem pelo governismo em 2006. O mesmo fez em 2011 quando o então vice-governador abriu dissidência com Rosalba. Mas Francisco deixou a mãe, Lúcia Bessa, no comando do Hospital Regional Rafael Fernandes durante toda gestão rosalbistas.

Nas eleições de 2012, Francisco José Junior passou o pleito inteiro tendo que reafirmar apoio a Larissa Rosado. Os boatos de que ele apoiava Cláudia Regina “por debaixo dos panos” era recorrente. Antes da posse de Cláudia ele já estava na base dela num acordo que lhe garantiu a presidência da Câmara e a possibilidade (confirmada) de ver cair em seu colo a Prefeitura de Mossoró. No cargo, ele deixou Cláudia para trás, pensou nele. Errado? Na política não existe certo ou errado. Há sobrevivência. É cada um por si.

Osmundo Faria

O próprio Robinson não é santo. Já foi do PMDB, pulou para o PFL (atual DEM) para se aliar a José Agripino, filho de Tarcísio Maia que impediu o pai de Robinson (Osmundo Faria) de ser governador indicado pela ditadura militar em 1974. Na era Wilma de Faria (2003/10), Robinson preferiu se aliar ao governo dando de ombros a Agripino. Quando se viu impedido de disputar o governo em 2010 por falta de apoio de Wilma, Robinson não só passou a atrapalhar a gestão dela como se juntou com a oposição para ser vice de Rosalba e em menos de um ano se tornar um governador dissidente.

A crise entre Robinson e Rosalba não foi uma mera querela política. Ela ficou indignada porque o então vice foi mais rápido e tomou para si a criação do PSD. Rosalba sonhava com um novo partido para ter alforria partidária e evitar os problemas de 2014. Rosalba ficou sem um partido novo que lhe abrisse as portas do Palácio do Planalto.

E Wilma? Essa é um caso à parte. Surgiu na oligarquia Maia, foi aliada dos Alves, depois se tornou a alternativa a polarização Alves/Maia, obrigou as forças tradicionais a se unirem a ela e por fim terminou abraçada com os adversários de outrora. Transitou entre PT e DEM sem qualquer constrangimento. Foi chamada de traidora e corajosa. A camaleoa da política hoje tenta um recomeça pela Câmara Municipal da capital.

O PMDB de Henrique e Garibaldi já foi de tudo. Se juntou e separou na velocidade dos próprios interesses. Também não pode apontar o dedo a ninguém.

Apenas me limitei a alguns fatos no plano local. Choro e traição, traição e choro são elementos da política. No Rio Grande do Norte há muita história para contar.