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Enfim o Teatro Lauro Monte voltará a funcionar

Um sonho antigo da classe artística mossoroense finalmente vai sair do papel. As obras de restauração do Teatro Lauro Monte ficaram prontas e a reinauguração do espaço cultural será no dia 15 de outubro.

Há mais de dez anos sem funcionar, o Teatro Lauro Monte foi alvo de várias promessas não cumpridas como a da então governadora Rosalba Ciarlini (PP) que chegou a anunciar a recuperação do equipamento, mas o contrato com a construtora não foi cumprido (ver AQUI) e as obras foram interrompidas.

Na segunda-feira, às 16h, o secretário Vagner Araújo estará realizando visita técnica à obra do Teatro Lauro Monte, na ocasião, o secretário concederá entrevista sobre a finalização do cronograma da obra.

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O fogo que consome o Brasil

Quinta da Boa Vista

Por Paulo Stucchi*

Para muita gente, a noite de domingo é incômoda por si, pois antecipa uma nova segunda-feira, e, com ela, uma nova semana de trabalho, marcando assim o fim do descanso do final de semana – que, para muitos, grupo no qual me incluo, há muito tempo não é de tanto descanso assim.

Porém, nem mesmo minha cama, cujo colchão me costuma a servir de refúgio para os dias mais sombrios, abraçou-me com seu costumeiro conforto. Instalado nela, acompanhava, pelo celular (este onipresente aparelhinho que, em troca de nossa escravidão, nos conecta com o mundo) os desdobramentos do incêndio calamitoso que praticamente acabou com o acervo do Museu Nacional do Rio de Janeiro, um dos maiores em mais importantes museus de história nacional e ciências das Américas. Foi uma noite de sobressaltos e pesadelos.

Ao olhar para as imagens das chamas lambendo o que restara da bicentenária construção, não pode deixar de constatar, com tristeza, que aquele fogo tinha algo muito mais simbólico em seu poder destrutivo. Mais do que o acervo e as paredes do Museu Nacional ardiam e desfaleciam em fuligem; o que queimava, e ainda queima, é o próprio Brasil.

O exercício de abstração me foi inevitável diante da tragédia. O museu que é consumido pelas chamas é o símbolo máximo do país que assiste ao esfacelamento de suas instituições. A saúde precária, direito de todos, mas de acesso de ninguém; a educação, que, há muito, em todos os níveis (do básico ao superior) dança no ritmo do “finge que ensina, eu finjo que aprendo”, no mais tradicional molejo do jeitinho brasileiro de dourar a pílula em vez de resultar de modo sumário os problemas; a segurança, que passou a ser um direito de quem está do lado de lá da linha (ou seja, daqueles que infringem as leis), seja um traficante, protegido pelo seu código de conduta e fuzis, seja de um político, ministro ou membro da Corte Suprema, protegidos pelos privilégios e pelo pedestal inacessível em que se instalaram, ao qual nada chega – nem mesmo os tentáculos da lei (sim, aqui, lei não tem braço, mas, sim, tentáculos).

Ano após ano, década após década, revalidamos o nosso elitismo cultural, diante do qual a produção do que é considerado cultura erudita (ou seja, pedaços da cultural nacional popular apropriados pelos artistas de classes mais abastadas) afasta a maioria da população do sabor de usufruir de sua própria cultura – vista como algo limitado ao usufruto dos senhores, tal qual no período colonial. O resultado? Um povo que não se apropria do que é seu, que não luta pela sua cultura, e, por conseguinte, pela educação e civismo. A cultura, no Brasil, é saboreada em guetos, enquanto que, à maioria, restam o “popular”, o “de mau gosto”, “o funesto”.

Voltando à minha abstração. Triste constatar que o Brasil tornou-se um país em que nada dá certo. É inevitável pensar nisso. Uma nação para a qual é impossível ligar A com B, sem que muito se perca em propina e resulte num projeto final meia-boca, para “inglês ver”. Não é de se estranhar que, aqui, em terras brazilis, não se consiga preservar o patrimônio cultural, hora ou outra, vítima de uma tragédia de proporções dantescas (antes do Museu Nacional, tivemos o Museu da Língua Portuguesa e a Estação da Luz, em São Paulo). Mal conseguimos cuidar de entregar ao povo o acesso a necessidades básicas; quanto mais, investir na manutenção de museus e centros culturais – como se o acesso a cultura também não fosse parte da construção de um cidadão pleno em seus direitos.

Ao mesmo tempo em que se secam as lágrimas pelo incêndio do Museu Nacional, precipitam-se as acusações. “A responsabilidade é minha, ponho em quem quiser”. Não é assim que se diz; muitos são os culpados, e, também, muitos serão os acusados. Governo Federal, Governo do Estado do Rio, a Universidade e até mesmo o povo, que, como sabemos, não é lá muito chegado a usufruir de espaços, que, por aqui, chamamos de museus (Velharia, oras!).

A morte do Museu Nacional não é a morte de um prédio antigo e de seu acervo. É mais uma execução bem pensada e planejada de uma teia administrativa composta por bandidos, que governa para seus iguais e que tem como finalidade dilapidar os alicerces essenciais para a construção de uma nação: educação/cultura, segurança, saúde, emprego, temas tão lembrados em época de eleição por nossos demagogos de plantão.

O Brasil segue ladeira abaixo. O último a sair, apague a luz. Ou, melhor, que varra as cinzas.

*É psicanalista e jornalista.

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Reportagem

Como um nascido no Brasil deu um Prêmio Nobel a Inglaterra

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Peter Medawar nasceu no Brasil, mas ganhou o Prêmio Nobel para a Inglaterra

Bruno Vaiano

Superinteressante

Em 2015, a SUPER entrevistou o evolucionista Richard Dawkins — e ele comentou de passagem que um de seus ídolos, o prêmio Nobel Peter Medawar, nasceu no Brasil. Não só nasceu como viveu e estudou em Petrópolis, no Rio de Janeiro, até os 14 anos.

Eu achei essa história muito estranha. Afinal, já virou clichê dizer que o Brasil não tem Nobel. Isso fere nosso orgulho. A Argentina tem Nobel. O Peru tem Nobel. A Colômbia tem Nobel. O Brasil não tem Nobel do mesmo jeito que a Inglaterra não ganha uma Copa desde 1966: padrão Mick Jagger de zica e pé-frio. É um desses fatos inescapáveis da vida.

Uma pesquisa rápida revela o essencial sobre o prodígio mais desconhecido da nação: Medawar era filho de um libanês e uma inglesa. Sua família veio para cá quando o patriarca, sócio de uma empresa inglesa que fabricava próteses e instrumentos de dentista, visitou a capital fluminense para instalar uma filial na rua do Ouvidor. O casal gostou do que viu e ficou por aqui mesmo: eles tiveram quatro filhos, morreram e foram enterrados no Brasil.

Medawar pai não era bobo: apesar de gostar do país tropical, sabia que ter um passaporte inglês não faz mal a ninguém. Registrou suas quatro crias tanto aqui como na terra da rainha Elizabeth. Com 14 anos, o Peter adolescente aproveitou sua dupla cidadania para fazer o colegial na Europa — e como já era um gênio desde cedo, emendou uma graduação em zoologia em Oxford. Coisa fina.

Foi aí que chegou o momento mais temido por muitos adolescentes: o serviço militar. Quando completou 18 anos, Medawar filho não quis interromper os estudos para vir aqui fazer a visita obrigatória ao quartel. E sem o certificado de reservista, ele perdeu a cidadania brasileira. Em 1960, quando saiu o Nobel de medicina em seu nome, ninguém mais lembrava que o laureado tinha passado a infância na região serrana do Rio.

O que leva a outra pergunta: naquela época, não prestar serviço militar era mesmo suficiente para perder a cidadania? Ou Medawar simplesmente optou por não ser mais brasileiro para evitar a dor de cabeça?

Em uma reportagem do Fantástico de 1998 (que você pode ver no YouTube), um advogado afirma que Medawar morreu tão brasileiro quanto nasceu: ficar sem certificado de reservista não é suficiente para ser jogado na sarjeta pela nação.

A Folha também fez uma matéria sobre o assunto em 1996, em que há uma breve análise de um professor de Direito da USP. A conclusão dele foi um pouco diferente: de fato, nenhuma das constituições brasileiras — inclua aí as de 1934 e 1937, que vigoravam quando Medawar estava na faculdade — afirma explicitamente que quem não presta serviço militar fica sem cidadania. Na época, porém, “havia essa interpretação”.

O texto da Folha não dá mais detalhes, mas não é difícil de imaginar o porquê de uma medida tão radical: 1937 marca o início do Estado Novo, a ditadura comandada por Getúlio Vargas. Nessa época, tentar escapar do exército na malandragem certamente não era o melhor jeito de ficar bem na fita com a justiça.

Gerdal Medawar, um primo do biólogo que passou a vida no Brasil, afirma que ele, na verdade, renunciou voluntariamente à cidadania brasileira. O pesquisador simplesmente não quis ter a dor de cabeça de interromper a graduação em Oxford para fazer uma visita arriscada ao quartel — que poderia lhe render um ano longe dos estudos. Como ele já tinha a cidadania britânica, garantida por seus pais, não foi tão difícil assim tomar a decisão.

Os Medawar eram razoavelmente bem relacionados: o padrinho do futuro Nobel era ninguém menos que Salgado Filho, na época ministro do Trabalho. O político pediu pessoalmente a Gaspar Dutra, então ministro da Guerra, que liberasse o afilhado do serviço militar. E ouviu um “não”. Dureza.

Conclusão? Com ou sem cidadania, é pouco provável que Medawar tivesse entrado para a história como um Nobel brasileiro. Ele abraçou seu lado inglês sem olhar para trás, e foi na Inglaterra que ele fez todo seu trabalho.

Por último, para você não ir embora curioso: Medawar ganhou o prêmio por suas pesquisas sobre o sistema imunológico — que permitiram os primeiros transplantes de órgãos e tecidos sem rejeição. Mas ele também foi extremamente importante para a compreensão da seleção natural: em 1952, deu a primeira resposta evolutiva satisfatória para a pergunta “por que nós morremos?” Ficou curioso para saber a reposta? Vai ter que esperar o próximo post, que sai semana que vem aqui no Supernovas.

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Reportagem

Artistas locais encontram no financiamento coletivo e na venda antecipada a alternativa para viabilizarem seus projetos

Por Caio César Muniz

Do Coletivo Caboré – UERN

Especial para o Blog do Barreto

Sem apoios institucionais, artistas mossoroenses estão metendo a cara no mundo, explorando as redes sociais e buscando outras formas para realizarem o sonho de terem os seus projetos culturais enfim, efetivados.

Os financiamentos coletivos e a venda antecipada direta dos produtos têm sido uma saída considerada viável para escritores e bandas musicais, por exemplo, que estão em campanha neste momento para atingir as suas junto a editoras e gravadoras.

Renata Nolasco
Renata lança seu primeiro HQ

A jornalista Renata Nolasco, formada pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), roteirista e ilustradora, está com  sua primeira HQ intitulada “Só Ana” em fase de pré-venda no site Catarse. A meta final para a publicação do projeto é de R$ 8.500.

Até às 10h20 do dia 11 de julho, o valor captado tinha atingido a marca dos 24%, ou seja R$ 2.100, com 6 dias de campanha e 59 apoiadores. O projeto vai até o dia 03 de agosto e os interessados em adquirir a obra antecipadamente também podem escolher com quanto querem apoiar e que recompensas querer obter com o apoio. Os valores vão de R$ 10 a R$ 550.

Renata ressalta a importância do modo de comercialização, mas também diz que optou pelo financiamento coletivo por gostar do formato: “Pessoalmente eu gosto de participar de todos os processos, então é uma experiência interessante lidar com as gráficas, fazer a divulgação, os envios… É bastante gratificante”.

Na página do Catarse (Catarse Só Ana) os interessados têm informações sobre a autora, a obra e de como podem apoiar.

acruviana
Banda Acruviana tenta se financiar com “vaquinha” virtual

Acruviana é uma banda mossoroense de rock/indie-blue/ com aspectos regionais já com 4 anos de estrada. Seu primeiro CD, “Primavera do Sertão”, foi lançado em 2016. Agora, pelo site Vakinha (Vakinha Acruviana) criaram uma campanha para lançamento do segundo trabalho, “Zé e a Paz Inquieta” e já estão com a meta garantida e extrapolada.

Max, conta que o novo trabalho traz um pouco da “ressaca” das convulsões sociais que tomaram o Brasil em meados de 2013 e ainda letras relacionadas aos problemas pessoais de nossa geração.

“Iniciamos o financiamento coletivo sem muita fé com R$ 1.000 de meta, mas logo começamos a receber  várias doações e aumentamos para R$ 2.000. Encerramos no dia 10 de julho, quando batemos a meta. A produção completa do disco irá sair por 4000,00”, comenta Max Medeiros, líder da banda.

Como ocorre geralmente com os financiamentos coletivos a banda ofereceu algumas vantagens para o apoio e tiveram ainda muitas colaborações diretas, sem passar pelo site.

andré BisnetoAndré Bisneto é outro jornalista formado pela UERN. O seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) foi transformado no livro “Eu Preta”, segundo o autor quase “por acaso”: “Quando comecei o projeto, eu buscava pela minha ancestralidade. Queria saber de onde eu vinha, e quem venho antes de mim. Mas no final, o livro ficou maior que isso”.

“Eu, Preta” retrata a história de seis mulheres negras desde o brasil oitocentista até hoje e revela um pouco (e às vezes nenhuma) das mudanças de uma geração para outra. Busca investigar o processo de formação da identidade racial e como esse processo é atravessado pela abandono afetivo.

O processo para a publicação de “Eu Preta” foi iniciado pela companheira de Bisneto, Edja Lemos, que manteve contato com várias editoras.

O autor optou pelo selo editorial Letramento, que tem no seu catálogo nomes como o de Djamila Ribeiro, pesquisadora de temas como o feminismo negro, tema que se assemelha ao trabalho de Bisneto.

Para viabilizar a publicação, o autor e editora fecharam um acordo de venda antecipada direta de pelo menos 100 exemplares exclusivamente pelo site (Grupo Letramento) até o dia 10 de agosto ao preço de R$ 29,90.

Zenóbio Oliveira, é mais reconhecido como profissional competente da cinegrafia norte-rio-grandense do que como poeta. Mas sua paixão pelos versos, inspirados na arte também cultivada pelo seu pai o fez reunir vários poemas enfeixados no livro “Verbo Sertanejo”.

zenóbio

“É um livro de poesias, que conta histórias de pessoas, lugares e sentimentos, além das próprias sensações do poeta. São sonetos, cordéis e outros estilos poéticos”, assim Zenódio retrata sua cria literária.

Sem recursos, a forma encontrada pelo poeta está sendo a venda antecipada direta, ou seja, por intermédio de amigos e com depósitos feitos em sua própria conta bancária.

A previsão de lançamento da obra é para agosto e o poeta estabeleceu uma meta de venda de 100 exemplares ao custo de R$ 30,00 que devem ser entregues na noite de autógrafos. Até o dia 13 de julho, as vendas ainda não haviam deslanchado.

“As vendas estão poucas ainda para o tanto que vou precisar. Elas seguem até o final de julho”, comentou o poeta Zenóbio.

Os dados para os interessados na aquisição antecipada do livro são os seguintes:

Zenóbio Francisco de Sousa Oliveira
Caixa Econômica Federal

Agência – 0560

Operação – 013

Conta poupança – 00068949-9

 

Banco do Brasil

Agência – 3526-2

Conta Poupança – 36.732-X

Variação – 051

 

Após o depósito, o comprovante deve ser enviado para o número: (84) 9.9148-2846.

 

Marcus ViníciusMarcus Vinícius é professor, poeta e contador de histórias. Assim como Zenóbio, também optou pela venda antecipada para conseguir a publicação de sua primeira obra literária. “Era uma vez uma história bem contada’ é composto de três histórias infantis, mas que não têm idade fixa. Pode ser criança se dois, oito ou oitenta anos. Histórias que falam de saudades, afetos, sonhos, esperanças” descreve Marcus.

Ilustrado pela artista plástica Nôra Aires, o livro tem previsão de lançamento para o mês de outubro e as vendas também podem ser feitas diretamente com o autor pelas suas redes sociais ao custo de R$ 50,00.

Com sua meta de 100 livros quase atingida, Marcus avalia como positiva a experiência que prossegue até meados de agosto, sem uma data definida: “No meu caso, teve uma boa aceitação por parte das pessoas que não conhecem meu trabalho. Posso dizer que foi uma venda confortável”, avalia.

Os dados para a aquisição antecipada de “Era uma vez uma história bem contada” são os seguintes:

Marcus Venicius Filgueira de Medeiros

Caixa econômica

Agência: 0560 – Operação: 013

Conta: 00076343-5

Assim como no caso de Zenóbio, após o depósito, o comprador deve enviar comprovante para o número (84) 9.9967-3341 para controle interno dos autores.

Como se vê, as leis de amparo na cultura não têm cumprido o seu papel em níveis nacional, no caso da Rouanet, estadual, a Lei Câmara Cascudo, e mesmo a lei municipal Vingt-un Rosado, que se pretendem a ser facilitadores do fazer cultural no país.

 

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Entrevista

Semana de lançamento do livro “Os Rosados Divididos” começa com entrevista com Carlos Cavalcanti

Hoje fui o entrevistado no programa Cidade em Debate apresentado pelo colega Carlos Cavalcanti. Uma conversa sobre o livro “Os Rosados Divididos: como os jornais não contaram essa história”.

Abaixo a conversa na Rádio Difusora.

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Uma história finalmente contada para Mossoró

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Escrever a dissertação de mestrado que se converteu no livro “Os Rosados Divididos: como os jornais não contaram essa história” foi o maior desafio de minha vida. Conciliar o trabalho com a pesquisa acadêmica não foi fácil. Mas a criança nasceu e foi aprovada pela banca coordenada pelo professor Dr. Lemuel Rodrigues, a quem coube a orientação do trabalho.

Dissertação aprovada, título de mestre garantido, restava ir além. Transformar a pesquisa em livro. Mas para isso eram necessários alguns ajustes. Eliminar os trechos mais teóricos era o mais óbvio. Mas eram necessários alguns ajustes de linguagem e uma nova revisão. Isso foi feito. Agora, 14 meses após a defesa acadêmica, o livro está pronto.

Não posso deixar de destacar uma pessoa fundamental para que o projeto desse certo: minha esposa Ianara Brasil. Foi ela quem planejou o lançamento em cada detalhe, quem revisou o livro quando eu não tinha mais paciência e encontrou os erros que ninguém achou deixando o trabalho mais agradável ao leitor. Não posso deixar de agradecer ao escritor Clauder Arcanjo pela disponibilidade em conceder o Selo Sarau das Letras ao meu trabalho.

O livro foi fruto de um ano pesquisa. Li mais de duas mil edições da Gazeta do Oeste e O Mossoroense. Um trabalho cansativo tanto mentalmente quanto fisicamente. Não é tarefa simples trabalhar com fontes primárias. Requer disciplina, sacrifício e muita paciência para achar nas entrelinhas uma história que ninguém queria contar na época. Mas entre 1980 e 1988 achei muita coisa nos mínimos detalhes.

Quem ler o livro encontrará muitas respostas para histórias que se perderam no tempo, limitadas pelas lembranças, deturpações e traições que a memória sempre nos apronta.

Quando os Rosados se dividiram politicamente? Como foi o processo? Quando tivemos o primeiro embate Rosado x Rosado? Como foi? Na eleição de 1988 Rosalba Ciarlini só venceu quando recebeu o apoio de Dix-huit Rosado?

Essas são perguntas que serão respondidas ao longo da leitura. Também terão passagens sobre episódios tensos da política potiguar nos anos 1980 como o “Pacto da Solidão” e “Voto Camarão”.

Teremos a emergência de vários resultados eleitorais dos anos 1980 esquecidos na memória de nosso público.

Escrevi esse trabalho não só para que ele seja lido e reconhecido, mas também para ser alvo de contestação. A história está aí para ser ponto de partida para novos estudos e aprofundamento de um tema jamais avaliado em nível acadêmico. É preciso uma pesquisa no campo da oralidade ouvindo os personagens ainda vivos que tem muito a contar. Talvez eu faça, talvez seja outro. Mas é uma lacuna que ficou por uma questão de delimitação de tempo e tema.

Que surjam novos trabalhos sobre esse tema e vamos ao debate. Aguardo vocês no Memorial da Resistência na quinta-feira, dia 21, às 19h30.

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Ministro da cultura se compromete em destinar recursos para o Mossoró Cidade Junina

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Em audiência com o ministro da Cultura, Roberto Freire, nesta quarta-feira (19), ao lado da prefeita Rosalba Ciarlini (PP), o deputado federal Beto Rosado (PP) pleiteou investimentos federais para a realização do Mossoró Cidade Junina. “A ideia é fazer em Mossoró o maior São João Cultural do Brasil”, afirmou o parlamentar.

O ministro se prontificou a buscar a verba, apesar de não garantir, devido à crise financeira. O deputado e a prefeita pleitearam ainda a inclusão da Arena Cultural que será montada durante o evento na Lei Rouanet, de incentivo à Cultura.

Também participaram da reunião os secretários municipais de Cultura, Eduardo Falcão; Planejamento, Aldo Fernandes; e Agricultura, Katherine Bezerra, além do ex-ministro Henrique Alves.

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Rosalba tenta ajuda para o Cidade Junina no Ministério da Cultura

foto reuniao projeto cidade junina

A prefeita Rosalba Ciarlini terá audiência no Ministério da Cultura, em Brasília, no próximo dia 19. Em pauta, a edição 2017 do Mossoró Cidade Junina. Para este ano, o evento trará novidades, entre elas o Boca da Noite, que será realizado aos moldes do Pingo da Mei Dia, marcando encerramento da festa, no dia 1º de julho.

O Boca da Noite, assim como o Pingo, fará o trajeto do Corredor Cultural, com atrações musicais variadas, no último dia dos festejos juninos, a partir das 18h.

O projeto do evento foi apresentado em reunião realizada no Palácio da Resistência na noite desta terça (17). De acordo com o secretário de Cultura, Eduardo Falcão, o Mossoró Cidade Junina deste ano tem como meta a valorização dos artistas locais e a diversidade cultural. “Estamos organizando um evento que vai atender às expectativas dos mossoroenses e turistas, mesmo diante das dificuldades financeiras que estamos encontrando”, disse.

As demais atrações e a programação completa do Mossoró Cidade Junina deste ano serão divulgadas nas próximas semanas.

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Secretaria Municipal de Cultura retorna com contenção de despesas

Com a recriação da Secretaria Municipal de Cultura, a prefeita Rosalba Ciarlini alterou o Decreto nº 5.025, que determina medidas de diagnóstico da situação administrativa e de contenção de despesas.

A formatação da Secretaria será feita de forma planejada e regulamentada.  Na última composição, não havia limite na nomeação dos cargos comissionados. “A nova Secretaria terá organização e limite. A Secretaria foi criada e precisa de cargos, observando a situação financeira que enfrenta o município”, afirmou  a prefeita Rosalba Ciarlini, esclarecendo que será mantida a determinação de promover uma estrutura administrativa enxuta.

Antes de ser transformada em Secretaria Executiva, fazendo parte da Secretaria Municipal de Educação, a Cultura chegou ter mais de 60 cargos comissionados.

O novo decreto também excetua da proposta do corte de 50% os cargos de diretor e vice-diretor de escolas para as unidades de maior porte, que funcionam em dois turnos, e diretor de Unidades de Saúde.

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Prefeitura organiza acervo da Coleção Mossoroense após denúncia do Blog

Coleção O Mossoroense na Biblioteca

O acervo da Coleção Mossoroense começou a ser organizado pela Prefeitura de Mossoró. O material que estava no Museu Lauro da Escóssia foi transferido para a Biblioteca Ney Pontes Duarte.

A Prefeitura de Mossoró informou por meio da assessoria que o acervo estava em estado de abandono desde 2015 e que a transferência foi feita por uma equipe contratada pela Fundação Vingt-um Rosado.

Os títulos estão sendo catalogados por uma equipe que conta com a colaboração de um servidor da biblioteca.

A assessoria da Prefeitura de Mossoró relatou que o presidente da Fundação Vingt-un Rosado, Dix-sept Rosado Sobrinho relatou o sumiço de um computador pertencente a entidade que estava no Museu Lauro da Escóssia no ano passado.

Nota do Blog: parabéns a Prefeitura de Mossoró. Em vez de procurar culpados ou atacar este operário da informação arregaçou as mangas e deu dignidade ao acervo da Coleção Mossoroense.