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Análise: Rogério é massacrado no debate na Band

O debate entre os candidatos ao Senado na Band RN foi fraco no campo das ideias, mas para que gosta de uma boa rinha de políticos foi um prato cheio de insultos e dedos apontados com direito a entrevero nos bastidores entre o ex-ministro Rogério Marinho (PL) e o pesolista Freitas Junior.

O principal alvo dos ataques foi Rogério. Os ataques à ele foram desde as reformas trabalhista e da previdência, passando pelo escândalo do saco preto na Urbana e contratação de servidores fantasmas na Câmara Municipal de Natal.

Rogério ainda apanhou pela grande quantidade de empresários de fora que estão doando para a campanha dele. A iniciativa é vista como um gesto de gratidão pelas reformas que tiraram direitos dos trabalhadores que ajudou a aprovar.

O bolsonarista, que é bem articulado, até tentou se safar na retórica, mas terminou o debate completamente transtornado.

O segundo que mais apanhou foi o ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT). Ele foi enquadrado pelos escândalos de sua gestão em Natal como a Operação Cidade Luz e teve o dedo apontado para suas contradições políticas. O pior momento foi quando levou um xeque-mate do deputado federal Rafael Motta (PSB) por ter votado em Bolsonaro em 2018 e por manter o voto em Ciro.

Rafael foi mais estilingue do que vidraça, mas teve que ouvir também por ter votado a favor do impeachment de Dilma, foi acusado de se omitir nos debates das reformas que Rogério articulou e o ex-ministro lembrou da Operação Candeeiro, que atinge o pai do pessebista, o ex-presidente da Assembleia Legislativa Ricardo Motta.

Freitas Junior foi um bom coadjuvante. Cumpriu o papel de franco atirador sem poupar nenhum dos adversários.

O candidato do Podemos Geraldo Pinho foi o mais discreto e passou longe das principais polêmicas.

O melhor do debate foram as regras que permitem que nenhum candidato deixe de perguntar ao adversário e pela firmeza com que a jornalista Anna Ruth Dantas conduziu as situações mais tensas.