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Câmara presta homenagens a personalidades femininas no dia 10

A Câmara Municipal de Mossoró vai realizar uma Sessão Solene em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, no dia 10 de março, quinta-feira, às 9h da manhã. A iniciativa da Sessão é da vereadora Larissa Rosado (PSDB), através do requerimento nº 17/2022.

Na ocasião, 22 mulheres que prestaram relevantes serviços à cidade de Mossoró serão homenageadas com títulos, troféus e medalhas. A reitora da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Ludimilla Carvalho, agraciada com a comenda Troféu Reitor “Milton Marques de Medeiros” pelo vereador Lamarque Oliveira (PSC), foi convidada para discursar em nome das homenageadas.

O evento será transmitido ao vivo pela TV Câmara Mossoró (canal 23.2 TCM) e pelo site www.mossoro.rn.leg.br.

Seminário Mulheres

A solenidade já é uma tradição anual da Câmara Municipal de Mossoró e agora integrará oficialmente o calendário do Poder Legislativo mossoroense através do Seminário Mulheres, Projeto de Resolução nº 07/2021, da vereadora Marleide Cunha (PT), aprovado na sessão ordinária da terça-feira, 22/02.

Pela resolução, fica instituído o Seminário, que deverá ocorrer na semana do dia 08 de março de cada ano. O objetivo é criar um espaço de debate, reflexão e sugestão de políticas públicas que produzam mudanças de atitudes na sociedade e na vida das mulheres.

No evento, que poderá ser realizado em um ou mais dias, serão destinadas homenagens e honrarias às mulheres. Participarão do Seminário, entidades, organizações, movimentos sociais e populares ligados à temática feminina.

Veja abaixo a lista das homenageadas:

Honraria: Medalha de Reconhecimento da CMM

Homenageada: Francisca Elenira Queiroz de Oliveira

Vereador: Marckuty da Maísa

Honraria: Medalha do Mérito na Saúde “Dr. Duarte Filho”

Homenageada: Talliana Mirelli Marques Freire de Medeiros Sena

Vereadora: Carmem Júlia

Honraria: Título de Cidadão Mossoroense

Homenageada: Edna Goes Bay de Medeiros

Vereador: Costinha

Honraria: Medalha de Reconhecimento da Câmara Municipal de Mossoró

Homenageada: Kaline da Silva Feitosa

Vereador: Edson Carlos

Honraria: Título de Cidadão Mossoroense

Homenageada: Iolanda Fernandes Castro Fagunde

Honraria: Título de Cidadão Mossoroense

Homenageada: Roberta Walter Rosado de Sá Costa

Vereador: Francisco Carlos

Honraria: Medalha de Reconhecimento da CMM “Celina Guimarães”

Homenageada: Dalva Pereira Bezerra

Vereador: Genilson Alves

Honraria: Medalha do Mérito na Saúde “Dr. Duarte Filho”

Homenageada: Claudinete de Sousa Pedro

Vereador: Gideon Ismaias

Honraria: Medalha de Reconhecimento da Câmara Municipal de Mossoró

Homenageada: Clecivânia Fernandes de Holanda Mariano.

Vereador: Isaac da Casca

Honraria: Troféu Reitor “Milton Marques de Medeiros”

Homenageada: Ludimilla Carvalho Serafim de Oliveira

Vereador: Lamarque Oliveira

Honraria: Diploma de Honra ao Mérito Feminino “Ana Floriano” da Câmara Municipal de Mossoró

Homenageada: Maria Lucia Lima Ferreira

Vereadora: Larissa Rosado

Honraria: Medalha de Reconhecimento da CMM

Homenageada: Jacqueline Morgana Dantas Montenegro

Vereador: Lawrence Amorim

Honraria: Medalha do Mérito Servidor Público Municipal da Câmara Municipal de Mossoró

Homenageada: Ana Karina da Silva Freire Nóbrega Araújo

Vereador: Lucas das Malhas

Honraria: Título de Cidadão Mossoroense

Homenageada: Michela Katiuscia Calaça Alves dos Santos

Vereadora: Marleide Cunha

Honraria: Medalha de Reconhecimento da CMM

Homenageada: Sônia Maria Dantas de Medeiros

Vereador: Naldo Feitosa

Honraria: Título de Cidadão Mossoroense

Homenageada: Raimunda Cavalcante Da Silva Ramalho

Vereador: Omar Nogueira

Honraria: Medalha de Reconhecimento “Celina Guimarães” da CMM

Homenageada: Maria das Graças Barbosa de Lima

Vereador: Pablo Aires

Honraria: Medalha de Reconhecimento “Celina Guimarães” da CMM

Homenageada: Antônia Anita da Silva

Vereador: Paulo Igo

Honraria: Medalha de Reconhecimento “Celina Guimarães” da CMM

Homenageada: Lidyane Cristina Gomes De Andrade E Souza

Vereador: Raério Araújo

Honraria: Medalha de Reconhecimento “Celina Guimarães” da CMM

Homenageada: Magaly Gomes de Holanda Martins

Vereador: Tony Fernandes

Honraria: Medalha de Reconhecimento “Celina Guimarães” da CMM

Homenageada: Shyrley Ferreira de Oliveira Lima

Vereador: Wíginis do Gás

Honraria: Medalha de Reconhecimento “Celina Guimarães” da CMM

Homenageada: Clorisa Linhares de Vasconcelos Vale

Vereador: Zé Peixeiro

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8 de março e o que as mulheres querem: mais oportunidades de trabalho, auxílio emergencial, vacina para todos e Fora Bolsonaro

“Só na auto organização e solidariedade feminista somos capazes de enfrentar e resistir”, diz isolda (Foto: cedida)

Por Isolda Dantas*

As consequências da pandemia do coronavírus escancaram as desigualdades estruturais e históricas no Brasil – de gênero, de raça, de classe e também regionais. As desigualdades sempre estiveram aí, mas se aprofundaram na pandemia de tal maneira que negá-las se assemelha ao negacionismo da ciência que rejeita vacinas e receita medicamentos ineficazes. Por esta razão, neste 8 de março, dia de luta das mulheres, em plena pandemia, mulheres de todo o Brasil gritamos por mais oportunidades, auxílio emergencial, vacina para todos e Fora Bolsonaro!

É unânime o entendimento que o desemprego que se abateu no Brasil como consequência da pandemia atinge homens e mulheres, mas somos nós, mulheres, que mais nos prejudicamos. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que o ano de 2020 fechou com saldo negativo de empregos para mulheres no Rio Grande do Norte. Enquanto 3.194 novos postos de trabalho foram ocupados por homens com a recuperação do emprego formal no momento de reabertura das atividades, as mulheres tiveram 1.425 postos de trabalho fechados no mesmo período.

O Caged retrata apenas o cenário do emprego formal; no trabalho informal, os danos são ainda maiores. Segundo o IBGE, 8,5 milhões de mulheres deixaram a força de trabalho no período de um ano no Brasil, entre os terceiros trimestres de 2019 e 2020. Mais da metade da força de trabalho feminina do país está desempregada. Entre os homens, a cifra é oposta: 65,7% estão empregados.

Para compreender por que as diferenças aumentaram na pandemia, basta lembrar do papel atribuído historicamente às mulheres pela estrutura patriarcal da nossa civilização. As mulheres são vistas como responsáveis pelas tarefas domésticas e ao cuidado dos filhos. Com o fechamento das escolas em 2020 e a aparição do trabalho remoto em muitos lares, esse trabalho cresceu. Em 2019, a média de horas semanais dedicadas aos cuidados de pessoas e afazeres domésticos no Rio Grande do Norte foi de 21,5 horas entre as mulheres. Entre os homens, a dedicação cai para 9,5 horas. O que isso quer dizer, além dos números? Que, no lar, as mulheres já trabalhavam mais que o dobro dos homens.

A enorme diferença colocou o Rio Grande do Norte como quarto Estado do país com a maior desigualdade de horas dedicadas ao lar, segundo as estatísticas do IBGE. Somente a Paraíba, Sergipe e Minas Gerais têm diferenças maiores.

Uma pesquisa da Sempreviva Organização Feminista (SOF) realizada em julho do ano passado indica a piora da situação nacional relacionada às horas dedicadas a trabalhos domésticos. Metade das entrevistadas afirmaram que passaram a cuidar de alguém em casa; 40% disse que o sustento dos lares ficou mais difícil. O dano é maior entre as mulheres pobres e negras, que ocupam postos de trabalho mais precários – novamente, consequência de desigualdades profundas e antigas do nosso país – e, muitas vezes, precisam se dividir entre bicos, casas de famílias (no caso das empregadas domésticas) e o próprio lar.

No ano passado, o auxílio-emergencial concedido às famílias conferiu um alívio durante os meses mais duros da pandemia. Em muitos casos, o auxílio facilitou a permanência em casa – importante, diga-se, diante da situação delicada da pandemia no Brasil neste março de 2021 – aliviou aquelas que perderam o emprego. Mas em dezembro o benefício chegou ao fim, num duro golpe do governo federal que insere uma agenda violenta contra a população, e milhares de brasileiras se viram na pobreza extrema.

O governo federal sinaliza o retorno do auxílio-emergencial, atrelada a uma PEC em tramitação no Congresso Nacional, mas em um valor em média, de R$ 250. Inaceitável, diante do aumento do preço da Cesta Básica registrado no ano passado. Sem emprego e sem auxílio, a tendência é as mulheres recorrerem ao trabalho informal, sem garantias e sob o risco de serem infectadas.

A desigualdade de gênero dificulta o retorno das mulheres ao mercado de trabalho, por mais que haja uma recuperação do emprego. Basta relembrar os dados do Caged citados anteriormente. O ano fechou positivo para homens; negativo para mulheres.

Precisamos de políticas públicas que considerem as desigualdades de gênero, raça, de classe e regionais para a recuperação plena do emprego, para a construção de uma sociedade que avance nesta pauta e não que retroceda a cenários piores do que vivíamos antes da pandemia. O governo federal não parece interessado numa política nacional. É preciso uma atuação árdua e incansável para reverter essa situação.

Só na auto organização e solidariedade feminista somos capazes de enfrentar e resistir. Por isso, como deputada estadual fazemos coro junto às mulheres de todo o Brasil. Junto dos movimentos sociais e feministas, dos sindicatos e de todas as trabalhadoras lutamos para reverter esse processo. Neste 8 de março e todos os dias, pela vida das mulheres: mais oportunidades de construir autonomia! Auxílio Emergencial, já! Vacina para todos e todas! E Fora Bolsonaro!

Este artigo não representa necessariamente a mesma opinião do blog. Se não concorda faça um rebatendo que publicaremos como uma segunda opinião sobre o tema.

 

*É Deputada Estadual

 

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Dia Internacional da Mulher

Foto: cedida

Por Thiago Fernando de Queiroz*

Ao analisar em minhas memórias uma mulher que fosse exemplo de força e garra, vieram muitas em minha mente, posso até citar minha mãe e muitas amigas, mas, vou neste momento expor o exemplo da saudosa Benomia Maria Rebouças.

Benomia, nasceu em 20 de setembro de 1970, e, ao nascer, foi diagnosticado que ela havia nascido com Osteogênese imperfeita, mais conhecido como “ossos de vidro”. Mediante essa patologia, Benomia fraturou seus ossos por muitas vezes, tornando-a uma pessoa com deficiência física.

Na infância, levada e determinada como era, queria ir para a escola como as demais garotas de sua idade, porém, pelo medo da família, ela não podia ir à escola, mas, isso não a impedia de estudar. Benomia pedia a sua irmã que a ensinasse a ler, a escrever e ensinar cálculos matemáticos. Como era inteligente demais, ela aprendia rápido.

Chegando em sua adolescência, ela procurou sua liberdade, ou, como muitos pedagogos dizem: Um libertar! Alguns até dizem que a adolescência é um momento de rebeldia e enfrentamentos, contudo, no caso dela, era se libertar da superproteção que a impedia de viver uma “vida normal”.

Já na adolescência ela começou a buscar sua autonomia, pois, muitas pessoas com deficiência são condicionadas a serem tidas como dependentes de tudo e de todos; porém, ela demonstrou sua capacidade a se determinar em ir para a escola e terminar seus estudos.

Benomia terminou seu ensino médio em um supletivo, fez um vestibular e entrou na faculdade, fez a graduação de pedagogia pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN, participou de um concurso público para professora e passou, se tornou professora, e, colocou em seu coração que devia lutar pela inclusão das pessoas com deficiência.

Ela fundou o que é conhecido hoje o Fórum de Mulheres com Deficiência de Mossoró e Região, e, a partir deste grupo, começou a lutar pelo empoderamento da mulher com deficiência, cuidando da autoestima, bem como da autonomia.

Ela lutou muito junto com as entidades de pessoas com deficiência pela inclusão das pessoas com deficiência em Mossoró e no estado do Rio Grande do Norte. Aos dias 12 de fevereiro de 2016 ela parte para o outro mundo, nos deixando uma falta e uma saudade enorme, mas, sua luta nunca foi em vão, pois, ela formou discípulos, e, posso dizer que sou um deles, e, que tive a alegria de aprender com ela.

Ela lutava por todos, e, não só por uns, é, isso que guardo dela. Assim, neste Dia Internacional da Mulher, Benomia Maria Rebouças é a mulher exemplo que define esse dia de memórias de luta e engajamento pelo empoderamento feminino.

Saudades Benomia!

Fiz uma pequena poesia para memorar nossa eterna e saudosa Benomia Maria Rebouças:

De fato, Benomia Maria Rebouças era uma mulher guerreira!

Ela andava por nosso município com uma certeza

De levar o direito a inclusão com firmeza,

E, mesmo sem ter acessibilidade na cidade,

Ela corria com sua cadeira de rodas com simplicidade.

Ela lutou por um mundo sem segregação,

Acreditava no poder do povo e de nossa nação,

E quando na batalha ela levasse um não,

Ah, ela juntava as mulheres com deficiência e lutava com inspiração.

Ela fez história com o seu carisma,

Maquiada e bela ela sempre abria

Os caminhos de quem não acreditava

Que uma rampa nova de inclusão fosse criada.

Ela ajudou muitas associações

Fez o que podia e o que não podia por ações

Que viesse trazer contribuições,

Pois, a inclusão concreta se constrói com informações.

Assim, de forma sucinta

Ela nos deixa uma lição linda

Que com muita luta sua história foi escrita

E com certeza, não será esquecida.

Ela se foi e deixou muitos discípulos,

E hoje, dizer isso é preciso,

Exemplo de mulher ela era,

Feliz Dia Internacional da Mulher para todas elas.

Mulheres inspiradoras, guerreiras e certas

Que lutar por igualdade e inclusão é uma ação bela.

* Discípulo de Benomia Maria Rebouças

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Foro de Moscow 41 – QUAIS OS DESAFIOS DELAS?

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Zenaide cobra mais participação feminina na política

Zenaide preside a Comissão Mista de Combate à Violência Contra a Mulher (Foto: Fernando Oliveira)

A senadora Zenaide Maia (Pros-RN), presidente da Comissão Mista de Combate à Violência Contra a Mulher, abriu o debate sobre violência política contra mulheres, promovido pelo colegiado, defendendo a necessidade de maior presença feminina nos espaços de poder e cobrando ações do governo para o enfrentamento à violência de gênero. “Entre 2017 e 2018, foram 2.357 feminicídios, ou seja, uma mulher morta a cada oito horas em nosso país. Em 2018, enquanto o índice de homicídios caiu 10% em relação ao ano anterior, o de feminicídios cresceu 4%”, apontou a senadora, que também chamou atenção para os cortes racial e social das estatísticas sobre o assassinato de mulheres. “Os números comprovam que o maior número de vítimas, 60%, é de mulheres negras, entre 20 e 39 anos, e de baixa escolaridade. O que o governo oferece para essas pessoas?”, indagou a parlamentar.

Para Zenaide, a educação é a forma de prevenir a violência contra a mulher e a participação feminina nos espaços de poder é essencial para o avanço das pautas de interesse delas. “2020 é ano de eleições municipais. Precisamos que mais vozes femininas se levantem, porque juntas somos mais”, defendeu a senadora.

A audiência pública desta quinta-feira foi pedida pela deputada Áurea Carolina (Psol-MG) e comandado pela deputada Talíria Petrone (Psol-RJ). Foram convidadas para o debate, a pesquisadora da Universidade de Campinas (Unicamp), Jackeline Romio; a coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Marlise Almeida; a gerente do Programa “ONU Mulheres”, Ana Carolina Querino; a jornalista da plataforma “Meu voto é feminista”, Juliana Romão; a professora da Fundação Getúlio Vargas, Lígia Fabris; e a representante da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), Braulina Aurora.

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Foro de Moscow

Foro de Moscow 40 – O QUE AS MULHERES TÊM TANTO PARA DIZER?

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Reportagem

Mulheres quebram tabu e se destacam na perícia criminal no RN

Peritas rompem tabu no RN (Foto: assessoria do ITEP)

Levantamento de vestígios, elucidação e reprodução de eventos criminosos estão na rotina da atividade do Perito Criminal. Esta se apresenta, por vezes, de natureza brutal, mórbida e perigosa.  Por isso, muitos acreditam que estas atribuições são desenvolvidas estritamente por homens, ainda por perceberem as mulheres como frágeis e/ou sensíveis para desenvolverem tais atividades.

Contudo, essa ideia não representa a realidade! No Instituto Técnico-Científico de Perícia (ITEP/RN), as Peritas Criminais exercem suas funções nas perícias externas e internas, que incluem exames laboratoriais, perícias psicológicas, exames de microcomparação balística, documentoscopia, entre outros. O desempenho das mulheres na atividade pericial reforça o fato de que não há espaço para distinção de gênero. “O principal desafio é saber separar o impacto que algumas cenas podem causar. Então sempre temos que avaliar uma cena de crime de forma imparcial, utilizando meios científicos como é preconizado. A atuação da mulher na perícia muitas vezes pode ser vista com resistência, uma vez que a mulher ainda é vista por muitos como frágil e mais emotiva, porém a busca por detalhes, o compromisso e a dedicação ao estudo aliados a sensibilidade feminina fazem com que tenhamos um olhar diferenciado na análise de uma cena de crime”, destacou a perita criminal Roberta Pena, que atua na Unidade Regional de Mossoró.

Nathalia Nunes, que atua como perita criminal em Natal destaca que o trabalho requer conhecimento de diversas áreas para encarar situações novas diariamente nos locais de crime.

“Nosso ambiente de trabalho de fato ainda é muito dominado pelos homens, embora tenha aumentado o número de peritas mulheres nos últimos tempos. As pessoas normalmente questionam se a natureza do trabalho é muito pesada pra mim que sou mulher e se acho difícil ver certas cenas. Eu costumo responder que o trabalho de perito é técnico e isso independe do gênero. Acredito que a área da segurança pública, que inclui a perícia, ainda precisa ser conquistada pelas mulheres. A crença de que as mulheres são frágeis pra desempenhar certas funções já não são válidas e o Rio Grande do Norte com suas mulheres na perícia tem mostrado isso”, afirmou Natalhia.

Peritas também atuam em Mossoró (Foto: assessoria Itep)

Agentes de necropsia provam que trabalho independe de gênero

O trabalho de necropsia, mais do que o senso comum acredita, vai muito além de apenas examinar e recolher cadáveres. A atividade tem grande importância social, é considerada o coração da perícia. Contudo o trabalho do agente de necropsia não se detém apenas no auxílio deste exame, se inicia no local de crime de morte violenta com análise externa dos ferimentos do cadáver, documentação, recolhimento e posterior exames internos para identificar a causa mortis, de modo que o trabalho do agente só finaliza ao entregar o corpo para família. “Sinto-me honrada em colaborar com a justiça, Estado e famílias que são impactadas com entes vítimas de morte violenta. A função em Natal antes era exclusivamente masculina, hoje mulheres compõe o quadro dando renovo e fôlego para quem já está na casa há mais de 30 anos. A resistência masculina se dissipou diante adaptação e naturalidade a qual as mulheres encaram o dia a dia da missão”, explicou a agente de necropsia do ITEP-RN, Maria Helena Mota.

Ainda segundo Maria Helena, o trabalho existe força física, mas acima de tudo, inteligência emocional, coragem, leveza, seriedade e determinação. “Não é fácil trabalhar a dor do outro, o que nos motiva são os desfechos desencadeados pelo trabalho de toda equipe, pois o trabalho do Itep-RN jamais será singular, é um trabalho plural, cada setor com sua colaboração”, concluiu.