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Secretário da fazenda estadual avalia coletiva de auxiliares de Allyson como “peça de fantasia”

O secretário estadual da fazenda Cadu Xavier classificou como peça de fantasia a coletiva dos auxiliares do prefeito de Mossoró Allyson Bezerra (União) que tentaram jogar nas costas do Governo do Rio Grande do Norte a responsabilidade por eventual atraso salarial da folha de servidores por causa da alegada dívida de R$ 117 milhões do Estado.

Em conversa com o Blog do Barreto, Cadu rebateu ponto por ponto as alegações dos auxiliares do prefeito. “É uma peça de fantasia”, avaliou.

Cadu disse ser improcedente a dívida de R$ 58.214.166.815,53 relacionados a repasses da Transpetro. “Mais de 50% dessa dívida citada da Transpetro não é dívida do Estado. Esse é o mais absurdo”, comentou.

Sobre a dívida de R$ 4.149.155,28 relacionada à Cosern, Cadu disse não reconhecer, inclusive declarando que o Governo tem vencido batalhas judiciais contra os municípios. “Nós não reconhecemos esse débito relacionado à Cosern, inclusive alguns municípios contestaram na justiça e nós estamos revertendo liminares na Justiça”, explicou.

Ele disse ainda que os repasses da dívida do IPVA já começaram a ser feitos, inclusive com possibilidade de avanço com o novo Refis, que vai ser votado na Assembleia Legislativa. “Esses repasses do IPVA nunca foram feitos no Estado e nós iniciamos agora, interrompemos uma série de mais de 20 anos. Com esse Refis muita coisa vai avançar”, relembrou.

Sobre a LC 192 e 194 Cadu disse existir um acordo firmado com a Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn). “A LC 192 e 194 nós pactuamos com a Femurn e iniciamos os repasses”, complementou.

Com ele relação a dívida da Farmácia Básica avaliada em R$ 10.662.695,60, Cadu disse que a conta não faz o menor sentido. “O valor mensal da Farmácia Básica de Mossoró é de 55 mil e para chegar em R$ 10 milhões tinha que ser 200 meses de atraso. Está hiper, super estimada.”, argumentou.

Ele disse reconhecer em aberto para negociações os débitos da TCPF, Samu e UPA, que totalizam R$ 26.195.281,38. São dívidas que precisam ser negociadas. “O resto é pirotecnia”, disparou.

Caern

Questionado sobre a possibilidade de se colocar a dívida milionária que a Prefeitura de Mossoró tem com a Caern como solução para um acordo, Cadu disse não depender dele por se tratar de uma empresa pública, mas o secretário lembrou que a conta é salgada: “Eles têm uma dívida com a Caern que ultrapassa R$ 100 milhões. Não é débito pequeno”.

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Reportagem

Confira a documentação usada pelo prefeito para acusar o Governo de dever R$ 125 milhões à Prefeitura de Mossoró

O Blog do Barreto lançou o desafio e o prefeito Allyson Bezerra (SD) respondeu enviando pessoalmente os cinco ofícios apresentados ao Governo do Estado a respeito da dívida que a Prefeitura de Mossoró cobra.

Os valores apresentados nos ofícios somam R$ 125.215.407,15.

Os ofícios datam de 5 de fevereiro, um dia antes da audiência com a governadora Fátima Bezerra (PT), que pautou o debate público em Mossoró nos últimos dias.

Os ofícios trazem a origem da dívida e o detalhamento anexado.

Dos cinco ofícios, três envolvem as transferências obrigatórias do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Os municípios têm direito a 25% do que o Estado arrecada.

Valores das dívidas:

ICMS/Cosern: R$ 4.149.155,28

ICMS/Créditos da Dívida ativa: R$ 3.757.075,09

Receitas do IPVA: R$ 11.052.250,07

ICMS/Transpetro: R$ 50.790.143,53

Saúde: R$ 55.466.783,18*

A dívida envolvendo a questão da compensação de créditos do ICMS em troca do pagamento das dívidas do Governo com a Cosern envolve o período entre outubro de 2019 e setembro de 2022. A dívida dos repasses da cota-parte da dívida ativa remonta a janeiro de 2017 e vão até novembro do ano passado.

Já a dívida relacionada ao ICMS da Transpetro é motivada por distorções existentes no repasse feito pelo Estado ao

Município. São omissões e incorreções no cálculo do Valor Adicionado Fiscal (VAF) nos últimos cinco anos. O erro é reconhecido pela Secretaria Estadual de Tributação.

A dívida com os prestadores de serviços da saúde é relativa ao período de 2018 a 2022, segundo o documento.

A conta do IPVA é relativa ao período entre janeiro de 2019 e outubro do ano passado. Os municípios têm direito a 50% do que arrecadado por este tributo.

A abaixo o Blog publica todos os documentos:

OFÍCIO Nº 094_2023-GP – Governadora -ICMS Divida Ativa

OFÍCIO Nº 033_2023-GP – Governadora -Solicitação de repasse do ICMS – Cosern

OFÍCIO Nº 032_2023-GP – Governadora -Solicitação de repasse de verbas do TCTF

OFÍCIO_Nº_097_2023-GP_-_Governadora__-cota_ICMS_TRANSPETRO

OFÍCIO_Nº_096_2023-GP_-_Governadora__-cota_IPVA

*Em negociação no judiciário na última quinta-feira o Governo reconheceu R$ 38,5 milhões e fechou um acordo em 24 parcelas de R$ 1,6 milhão que serão repassados aos prestadores de serviços.

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Allyson reage a fala de secretário e lança desafio

O prefeito de Mossoró Allyson Bezerra (SD) em entrevistas ao programa Cenário Político da TCM sugeriu ao secretário estadual de planejamento Aldemir Freire uma reunião entre os dois para que ele apresente a documentação mostrada na reunião em que cobrou uma dívida de R$ 125 milhões do Governo do RN.

A fala é uma reação a uma declaração de Aldemir ao Blog do Barreto (ver AQUI) em que o secretário disse não existir lastro que comprove uma dívida no valor apresentado pelo prefeito e que o assunto está sendo tratado no judiciário com a Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (FEMURN). “Eu tenho uma sugestão a fazer: o senhor aceita marcar uma reunião com a gente eu vou até Natal e levo os mesmos cinco ofícios que levei até a governadora e toda a produção que está por trás dos cinco ofícios”, afirmou. “Se o Governo do Estado não tiver devendo a Mossoró esse montante, o governo não paga. Se tiver devendo eu gostaria que fosse pago no outro dia”, garantiu.

O prefeito lembrou ainda que essas dívidas são referentes a repasses previstos na Constituição Federal e que aceita negociar um parcelamento. “Não precisa pagar tudo de uma vez não que entendo a situação do Estado”, declarou.

Nota do Blog: mais cedo conversei com o prefeito e pedi a os documentos citados na entrevista. Se ele enviar faremos uma reportagem esclarecendo a história.

Confira  a fala do prefeito: