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“Senhor da direita”, Rogério lança aliados na fogueira para ele ser o candidato da oposição

O senador Rogério Marinho (PL) comporta-se como o “senhor da direita” numa postura que lembra os velhos oligarcas das famílias Alves, Maia e Rosado nas seis décadas que dominaram a política potiguar.

Com as oligarquias em franca decadência desde 2014, coadjuvantes como a família de Marinho, por exemplo, ganharam protagonismo.

Rogério é líder do bolsonarismo, a corrente de extrema direita, mas ele quer controlar os setores mais ao centro para ter poder total, unificando em torno de si os campos reacionário, liberal e conservador.

Hoje a jornalista Thaísa Galvão trouxe um vídeo em que Rogério afirma que o candidato dele é o ex-prefeito Álvaro Dias (Republicanos). Na semana passada, Rogério sinalizou que poderia se reaproximar do prefeito Allyson Bezerra (UB) e que a oposição à governadora Fátima Bezerra (PT) não pode ser perder nas vaidades.

Rogério quer deixar que os nomes de Álvaro e Allyson fiquem no foco com antecedência na esperança de queimá-los na fogueira política.

Hoje Rogério perde para o ex-prefeito de Natal e o mandatário de Mossoró na preferência da direita. Ele sabe disso e tenta jogar xadrez como fez para se eleger senador em 2022 tornando uma vitória improvável uma aula de movimento das peças na política.

Rogério sabe que numa eleição de dois turnos fica difícil repetir o feito de três anos atrás. Então preciso se livrar da concorrência agora.

 

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Eleição de Babá é péssima notícia para três deputados federais

A eleição de Babá Pereira (PL) como presidente da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn) é péssima notícia para pelo menos três deputados federais.

O plano é utilizar a entidade como trampolim para ser o homem do senador Rogério Marinho (PL) na Câmara dos Deputados.

Babá tenta repetir o hoje deputado federal Benes Leocádio (UB), que após encerrar o mandato de prefeito de Lajes, voltou a ser presidente da Femurn. Assim ele pavimentou o caminho para ser eleito o federal mais votado em 2018. Babá quer fazer o mesmo em 2026.

Benes é um dos prejudicados com a eleição de Babá.

Os outros são João Maia (PP) e Robinson Faria (PL), que tem nos prefeitos os alicerces dos seus mandatos.

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Chantagem com emendas e promessa de Femurn distribuindo recursos federais decidem disputa

A vitória de Babá Pereira (UB) não foi um reconhecimento por ele ter sido um bom presidente da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn).

A passagem dele pelo cargo no biênio 2021/22 foi bastante controversa a ponto de ele ser derrotado na tentativa de se reeleger. Babá foi bastante omisso em relação a várias lutas.

No entanto, no fim da gestão havia um plano de tornar a Femurn um local de distribuição de recursos federais para os municípios que ele pretende implementar como estratégia para se eleger deputado federal em 2026.

Some-se a isso a chantagem pública feita pelo senador Styvenson Valentim (PODE) que ameaçou encerrar parcerias com prefeitos caso Babá fosse derrotado.

Nos bastidores, com mais habilidade, o senador Rogério Marinho (PL) também fazia a mesma coisa.

Cada um dos senadores tem direito a R$ 60 milhões em emendas para distribuir. É dinheiro que faz a diferença em um estado com a maioria esmagadora de municípios com menos de 10 mil habitantes.

Isso não quer dizer que o Governo Fátima não tenha suas falhas nesse processo. Há atrasos nos repasses do ICMS, inclusive com omissão da gestão do ex-presidente Luciano Santos (MDB).

Houve uma atuação muito discreta da governadora nas eleições municipais do ano passado que se soma a sensação de que há pouca perspectiva de futuro com a atual gestão estadual enquanto Rogério e Styvenson estão com projetos bem claros para 2026 com disputa pelo Governo e reeleição ao Senado.

Mas o ponto decisivo foi o jogo com as emendas e o Governo do Estado não teve condições de competir.

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Eleição da Femurn ocorre hoje e é decisiva para planos de Rogério eliminar rivais na direita

Hoje 167 prefeitos potiguares votam na eleição da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn). A eleição é fundamental para os planos do senador Rogério Marinho (PL), líder do bolsonarismo no Estado.

Marinho quer eleger o ex-prefeito de São Tomé Babá Pereira (PL), que já presidiu a entidade.

Os planos de Marinho são claros: fortalecer a candidatura de Babá a deputado federal em 2026, prejudicando os deputados Benes Leocádio (UB), João Maia (PP) e Robinson Faria (PL).

Os três possuem uma pauta municipalista e contam com o apoio de prefeitos para se elegerem. Babá presidente da Femurn tornaria a entidade um foco de distribuição de emendas de Rogério e do senador Styvenson Valentim (PODE).

Além de fortalecer Babá, a estratégia seria importante na candidatura de Rogério ao Governo e na reeleição de Styvenson.

Assim, Rogério eliminaria rivais na direita e focaria nos planos de eleger Babá deputado e ganhar o Governo do Estado.

 

 

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Quem sobe e quem desce em 2024

Hora de fazer um balanço sobre quem subiu e desceu na política potiguar no ano de 2024, marcado pelas eleições municipais e início dos preparativos para 2026.

Quem sobe

 

Allyson Bezerra: o prefeito de Mossoró foi reeleito com a maior votação da história do município e saiu das urnas nome fortíssimo para o Governo do Rio Grande do Norte.

Isolda Dantas: ampliou as bases no interior do Estado reforçando o time de vereadores de seu grupo político. Cresceu para ser reeleita ou tentar uma vaga de deputada federal.

Natália Bonavides: derrota à parte, saiu maior das urnas e certamente é nome forte para a majoritária em 2026, caso queira disputar.

Zenaide Maia: elegeu o marido Jaime Calado prefeito de São Gonçalo do Amarante, fez o PSD crescer no RN e está fortalecida, embora seja bastante subestimada pelos analistas da mídia bolsonarista.

Quem desce

 

Rogério Marinho: não atingiu os objetivos nas eleições de 2024 vendo o PL ficar aquém do esperado, abraçou pautas antipovo e ficou mais enfraquecido politicamente.

Fátima Bezerra: a governadora não conseguiu reverter a impopularidade ao longo do ano apesar do governo ter melhorado em relação a 2023. A violência segue em queda, as estradas estão sendo recuperadas e o IERNs inaugurados. Ainda assim, Fátima não mudou o cenário negativo na opinião pública.

Eraldo Paiva: com a máquina na mão e os apoios de Lula e Fátima, Eraldo perdeu a maior oportunidade da carreira política dele e não conseguiu se reeleger em São Gonçalo do Amarante.

Bolsonarismo potiguar: o bolsonarismo potiguar termina o ano em baixa. Tem perdido todos os debates e sofrido derrotas políticas. A última delas foi a tentativa de barrar o retorno da alíquota de 20% do ICMS. A maior de todas foi perder a eleição em Parnamirim, principal reduto da extrema direita no Estado.

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João Maia abre as portas do PP para Allyson

O deputado federal João Maia, presidente estadual do PP, abriu as portas do partido para o prefeito Allyson Bezerra, que está cogitando a possibilidade de deixar o União Brasil, temendo não ter legenda do partido para disputar o Governo do Estado em 2026.

O cálculo é simples: a partir de 1º de janeiro o deputado federal Paulinho Freire assume a Prefeitura de Natal e se torna a maior liderança do União Brasil em nível estadual.

Paulinho tem compromisso com o senador Rogério Marinho (PL) para 2026 e, com isso, há o risco do ex-senador José Agripino perder o comando do União Brasil.

O velho oligarca é o principal fiador da candidatura de Allyson ao Governo.

Dispondo destas informações, João Maia convidou Allyson para integrar o PP, o que faz o grupo da ex-governadora Rosalba Ciarlini ser obrigado a deixar o partido por serem adversários de Allyson em Mossoró.

O Blog do Barreto teve acesso a essas informações através de uma fonte de Natal.

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Allyson já está em campanha

Ainda estamos em 2024, mas para o prefeito Allyson Bezerra (UB) 2026 já começou e antes da posse para o segundo mandato ele já pensa em largar a missão consagrada nas urnas com a maior vitória da história das disputas pela Prefeitura de Mossoró.

O sonho de Allyson é repetir Dix-sept Rosado que após ser eleito prefeito de Mossoró em 1948 largou o mandato para tentar e conseguir se eleger governador em 1950.

Para isso, Allyson já se movimenta formatando alianças e posando de exemplo para os prefeitos eleitos no interior do Rio Grande do Norte.

Só esta semana ele recebeu os prefeitos Haroldo de Jango (Afonso Bezerra), Dr. Leandro Rêgo (São Miguel), Wedna Mendonça (Passagem) e Benilton Rodrigues (Rafael Fernandes).

A alegação deles é de que vieram conhecer a experiência de quem conseguiu ter uma gestão bem avaliada. Para Allyson é uma propaganda que vai ecoar nesses municípios.

Além dessas agendas, Allyson também foi ao “Natal na Serra” em Porta Alegre, no Alto Oeste Potiguar no último dia 23.

Allyson já está em campanha.

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Do interior à capital: o PT cresce e projeta novas lideranças populares no RN

Deputada Estadual Isolda Dantas*

Chegado o fim das eleições municipais de 2024, surgem análises de conjuntura e prospecções eleitorais de todo gosto, especialmente da elite política tentando emplacar a narrativa de derrota do PT e da esquerda. Enquanto deputada estadual líder da bancada do PT na ALRN, militante petista desde os 16 anos, cientista social de formação e professora, escuto anúncios precipitados desta natureza a cada pleito eleitoral. Trago, então, algumas considerações sobre as eleições municipais no Rio Grande do Norte para refletirmos juntos: da capital ao interior, o PT se fortalece, apresenta novas lideranças populares e consolida-se como a principal força política a representar a esperança e as lutas do povo potiguar.

Há de se lembrar de que em 2016 sofremos um golpe antidemocrático que destituiu a presidenta eleita Dilma Rousseff sob o efeito de um antipetismo tão odioso que quase inviabilizou a campanha e o diálogo petista naquele ano. De lá pra cá, vimos a prisão injusta do presidente Lula, uma dura perseguição de nossas lideranças, a eleição e governo da extrema direita, antes de testemunharmos a prova da inocência de Lula e sua eleição em 2022. No RN, vimos a eleição e reeleição da governadora Fátima ainda em primeiro turno, mesmo em condições muito adversas.

É ainda em um contexto de retomada do debate democrático, sob forte influência de uma ofensiva conservadora e aparelhamento da máquina pública que o PT fez 252 prefeituras em todo o país, quase 70 a mais do que em 2020. No RN, o resultado também indica um avanço significativo do partido.

Em Natal, Natália fez a maior votação da esquerda na capital potiguar em toda história, mas não para por aí! O PT de Natal teve uma votação expressiva para câmara municipal, igualando a maior bancada da história do partido. O professor Daniel Valença e a jovem Brisa Bracchi renovaram seus mandatos superando a maior votação anteriormente registrada por uma petista na capital. O time petista foi ainda ampliado com mais uma mulher, Samanda Alves, também com votação expressiva.

Em Mossoró, segunda maior município do estado, o PT também ampliou reelegendo a vereadora professora Marleide Cunha e elegendo uma jovem negra da periferia Pluvia Oliveira. As petistas eleitas serão as únicas mulheres na Câmara de Mossoró. Em Caicó, a sindicalista rural Ana Aline retomou a cadeira do PT na câmara, haja vista que na última legislatura o partido não teve representantes no parlamento municipal. Ao todo foram 62 vereadores eleitos neste pleito, 15 a mais que em 2020.

O PT do RN saiu de 3 (2020) para 7 prefeitos e treze vice-prefeitos, compondo 20 gestões municipais, número que representa um recorde estadual. Em Currais Novos, para ficar em um dos exemplos, com o legado do prefeito Odon Jr., o PT conquistou seu terceiro mandato consecutivo com a eleição de Lucas Galvão. Em cenário semelhante, Jandaíra elegeu a terceira gestão petista, com Reginaldo Vitorino, após as duas gestões de Marina Marinho, a prefeita com melhor avaliação do RN. Além dos retratos vindos do Seridó e do Mato Grande, em José da Penha o partido elegeu Jairo Mafaldo; em Sítio Novo, Andrezza Brasil; Elvécio Gurgel em Janduís; Genilson Maia em São Fernando e Dr. Raniery em Santa Maria.

Assim, o resultado das urnas de 2024 mostram vitórias do PT que não podem ser diminuídas. Evidente que todo processo inspira reflexão, mas aqueles que se precipitam em anunciar derrotas e fracassos do PT, na verdade tentam esconder e abafar seus medos de nossa maior fortaleza: a projeção e surgimento de novas lideranças petistas em profusão e o encantamento sem precedentes dos trabalhadores potiguares por nosso projeto coletivo.

Como bem disse Natália Bonavides em seu discurso no último domingo “Tudo isso só foi possível porque foi um projeto, um sonho coletivo” e como diz a canção, “os sonhos não envelhecem” e completo: não morrem, renascem e se fortalecem a cada vez que juntamos tanta gente sonhando. Foi o que ocorreu nessas eleições. Convido aqueles e aquelas que sonharam conosco em 2024 a seguir conosco: sonhando e lutando, alimentando a esperança e organizando a luta com trabalhadores e trabalhadoras rumo a um outro mundo possível, mais justo, livre e igual. 2026 é logo ali: nossa estrela se revigora e há de brilhar ainda mais.

*É presidente do PT de Mossoró e deputada estadual.

Este texto não representa necessariamente a mesma opinião do blog. Se não concorda faça um rebatendo que publicaremos como uma segunda opinião sobre o tema. Envie para o bruno.269@gmail.com.

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Agripino afirma que Allyson disputará posto de candidato ao governo pela direita com Styvenson, Álvaro e Rogério

O ex-senador José Agripino Maia (UB) concedeu entrevista à jornalista Ana Ruth Dantas e avaliou o cenário eleitoral  para 2026 após a vitória de Paulinho Freire em Natal. O político acredita que o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, disputará o posto de candidato da direita ao Governo do Estado com Styvenson Valentim, Álvaro Dias e Rogério Marinho.

“Quem vai decidir quem será o candidato? Para mim são as pesquisas eleitorais. Se você me perguntar se Styvenson Valentim é um nome bom, eu acho que é. Assim como também Allyson Bezerra, Álvaro Dias e Rogério Marinho, mas na hora é preciso decidir pelo nome que é aceito por todos”, afirmou  o presidente estadual do União Brasil.

Perguntado sobre o grande número de  pretensos candidatos no campo da direita do estado, Agripino reforçou que existem vagas para todos em um “chapão”.

“A chapa não está congestionada. Temos uma vaga de Governador, um vice-governador,  duas de senador, suplente de senador e lugares deputado federal”, calculou Agripino.

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Allyson se torna o prefeito mais votado da história de Mossoró e pavimenta caminho para disputar o Governo do RN

A noite de ontem foi histórica. O prefeito Allyson Bezerra  (UB) rompeu a barreira dos 68.915 votos de Francisco José Junior conquistados na eleição suplementar de maio de 2014 e ao final da apuração chegou a incríveis 113.121 sufrágios.

Equivalente a 78,02% dos votos válidos.

É a maior vitória em números absolutos, proporcionais e a maior diferença já vista em relação ao segundo colocado ao ficar com uma vantagem de estratosféricos 97.006 sobre Lawrence Amorim (PSDB).

Allyson, ao ostentar todos esses recordes, amanheceu nesta segunda-feira mais candidato a governador do que qualquer político do Rio Grande do Norte neste momento.

Mossoró não é apenas o segundo maior colégio eleitoral do Rio Grande do Norte, mas uma zona de influência sobre mais de 50 cidades.

O desafio será conquistar a Grande Natal que congrega mais de um terço do eleitorado potiguar. Trata-se de uma região importante, que influencia a opinião pública do Estado e tem péssimas lembranças da última vez que um político de Mossoró governou o Rio Grande do Norte.

No caso, uma política que atende pelo nome de Rosalba Ciarlini (PP).

Allyson atingiu o objetivo de trucidar todos os recordes nas urnas e mostrou uma força jamais vista em Mossoró, onde as eleições municipais costumam ser disputadas sem grande folga para os vitoriosos.

O ano de 2026 começou para Allyson ainda em 2024.