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Base do Prefeito derruba emenda que assegurava obras com empréstimo

Os vereadores da base do Prefeito Alysson Bezerra não aprovaram a proposta de incluir as obras do Mossoró Realiza no Projeto de Lei nº 43/2022, enviado pela Prefeitura com o pedido de um empréstimo.

Na sessão extraordinária desta quarta-feira (21), um grupo de vereadores apresentou uma emenda ao Projeto de Lei onde vinculava o pedido de empréstimo enviado pela Prefeitura às ações divulgadas do Mossoró Realiza, como camelódromo, despoluição e revitalização do Rio, construção de unidades básicas de saúde e educação, abertura da UBS Pet, pavimentação de ruas e outras obras as quais o Prefeito argumenta que o empréstimo será utilizado.

“Nossa proposta era garantir que as ações divulgadas do Mossoró Realiza, já anunciadas pelo Prefeito, estariam na Lei que autorizava o empréstimo. Se o Prefeito já está anunciando que o empréstimo será para essas obras, qual o problema de garantirmos em Lei a destinação dos recursos?”, ressaltou o vereador Pablo Aires que protocolou a emenda.

A bancada governista votou contra a emenda com as alterações sugeridas e aprovou o empréstimo sem detalhes, um ‘cheque em branco’ para o executivo gastar como bem entender os recursos que serão custeados pela população mossoroense.

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Câmara de Mossoró autoriza Prefeitura a pedir empréstimo, mas reduz teto dos valores  

A Câmara Municipal de Mossoró (CMM) aprovou hoje (21), com 15 votos, em sessão extraordinária, o Projeto de Lei Ordinária do Executivo 43/2022, que autoriza a Prefeitura a contratar operações de créditos a instituições financeiras, organismos e entidades de crédito nacionais e internacionais, públicas e privadas.

Em relação ao texto original, o plenário aprovou a proposta, com uma mudança: redução dos valores máximos autorizados – até 250 milhões de reais e até 40 milhões de dólares, que, de acordo com números atualizados do Banco Central, significa hoje em reais R$ 208.100.000,00.

O pedido original da PMM era de até 300 milhões de Reais e até 70 milhões de dólares. O valor total chegava a quase R$ 700 milhões, o que assustou a oposição e gerou comentários negativos na população.

A emenda que reduziu os valores é de autoria do vereador Professor Francisco Carlos (Avante) e foi aprovada por unanimidade. Por outro lado, o plenário rejeitou emenda, de autoria do vereador Pablo Aires (PSB), que vinculava o empréstimo a uma lista de obras.

Ainda na 14ª sessão extraordinária, o plenário aprovou outros dois projetos da Prefeitura: Projeto de Lei Complementar do Executivo 11/2022, que versa sobre a criação de cargos na Prefeitura – aprovado com 13 votos, e o Projeto de Lei Complementar do Executivo 12/2022, que institui a Agência Reguladora dos Serviços Públicos de Mossoró (AGRM) – aprovado por unanimidade.

Mais projetos – Contudo, o ano legislativo ainda não terminou na Câmara. Há previsão de sessão extraordinária, esta semana ou na próxima, para votar mais quatro projetos da Prefeitura, protocolados hoje: os projetos de lei ordinária do Executivo 47, 48, 49 e 50/2022.

Essas matérias dispõem sobre a criação do Diário Oficial de Mossoró (DOM), regulamentação de uso de veículos oficiais do Poder Público Municipal, criação do Sistema de Segurança Pública e Defesa Social de Mossoró e garantia da oferta de estágio na Prefeitura para jovens dos ensinos médio e técnico.

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Prefeitura de Mossoró quer criar  64 novos cargos comissionados no município

Ao que parece, a Prefeitura Municipal de Mossoró (PMM) quer finalizar 2022 tendo colocado para deliberação na Câmara todos os projetos bombásticos que estavam guardados. Após o solicitar autorização para pedido de empréstimo na quase dos R$ 670 milhões (Veja mais AQUI), agora, a PMM enviou pedido para alterar a estrutura administrativa e organizacional do município, criando uma série de novos cargos comissionados, além da instituição de uma Agência Reguladora dos Serviços Públicos (AGRM).

De acordo com dados Projeto de Lei Complementar (PLC) nº 11, enviado pela PMM aos vereadores em 8 de dezembro e que altera a Lei Complementar nº 169, de 12 de agosto de 2021,  serão criados 54 novos cargos em comissão ou funções gratificadas. O custo estimado mensal das mudanças é de R$ 227.800,00 . Totalizando, anualmente, tanto para o exercício de 2023, quanto para o exercício de 2024 o montante de R$ 2.613.600,00.

Veja como fica a estrutura do município e o quanto será pago para cada cargo comissionado ou função gratificada com aprovação do PL 11/2022

Além das mudanças na estrutura municipal, outro projeto da PMM que tem causado bastante burburinho entre os vereadores é o PLC nº 12/2022, que cria a Agência Reguladora dos Serviços Públicos de Mossoró (AGRM).

Caso aprovada, a Diretoria Executiva da AGRM será composta por um Diretor Presidente, um Diretor Técnico-Operacional, um Diretor Administrativo Financeiro e um Diretor Jurídico, além de seis conselheiros. Serão mais 10 cargos de confiança nomeados pelo Prefeito Allyson Bezerra (SDD)

Confira AQUI na íntegra o PLC cria a Agência Reguladora dos Serviços Públicos de Mossoró (AGRM).

Reunião Pública – A Câmara Municipal de Mossoró debateu, hoje (16), em reunião pública, o do Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 12/2022, que cria a Agência Reguladora dos Serviços Públicos de Mossoró (AGRM). Além disso, também foi debatida o Projeto de Lei do Executivo nº 43/2022, através do qual a Prefeitura pede ao Legislativo autorização de empréstimo estimado em mais de R$ 673 milhões.

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Sindicato critica pedido de empréstimo da Prefeitura: “Alysson Bezerra pegou gosto pelos cheques em branco que lhes vêm sendo ofertado”

O Sindicado dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (Sindiserpum) publicou nota política tecendo duras críticas à solicitação feita pelo Prefeito Allyson Bezerra à Câmara de Vereadores de Mossoró (CMM) para que autorize empréstimo, em nome do município, de quase R$ 700 milhões. Segundo o Executivo municipal, os valores serão utilizados em uma série de obras de melhoria e investimento na cidade.

Para o sindicato, o pedido vem em um momento e contexto adversos, uma vez que o município teria outras prioridades, como a realização de concurso público em diversas áreas, e valorização e capacitação dos servidores que já compõem o quadro de Mossoró.

Outra questão seria a falta de transparência da Prefeitura Municipal de Mossoró (PMM) em relação ao detalhamento de como o dinheiro será utilizado, quais as garantias de pagamento e os impactos para as contas da cidade.

“ (…) o prefeito não detalha como tanto dinheiro será aplicado e coloca como garantias para o pagamento da dívida megalômana, todas as rubricas financeiras do município (repasses da União, estado e receitas próprias como FPM, ICMS, IPVA, IPTU, ISS, Imposto de Renda, Imposto Territorial Rural)”, diz a nota

Confira a nota na íntegra

Ao que parece o prefeito Alysson Bezerra pegou gosto pelos cheques em branco que lhes vêm sendo ofertado pela sua base de apoio na Câmara Municipal de Mossoró para ser usado ao seu bel-prazer.

Há pouco mais de um ano, em novembro de 2021, o projeto de lei 09/2021 foi aprovado e autorizou o prefeito a abrir um crédito suplementar de R$ 64 milhões, mesmo diante da alegação de calamidade financeira e sem a necessidade de um detalhamento para o uso destes recursos.

Agora a Prefeitura Municipal de Mossoró encaminhou para a aprovação na Câmara Municipal um projeto de lei que autoriza um empréstimo mais de dez vezes maior do que aquele feito no ano passado, R$ 670 milhões em cotação atual, levando-se em conta que boa parte da dívida proposta pelo prefeito poderá ser contraída em dólar. 

Igualmente a anterior (ainda não paga), o prefeito não detalha como tanto dinheiro será aplicado e coloca como garantias para o pagamento da dívida megalômana, todas as rubricas financeiras do município (repasses da União, estado e receitas próprias como FPM, ICMS, IPVA, IPTU, ISS, Imposto de Renda, Imposto Territorial Rural).

Além do alto valor pedido, Alysson Bezerra também pede à Câmara Municipal de Mossoró a autorização para criar 64 novos cargos comissionados, esquecendo-se (ou não) de uma pauta permanente de quase todas as categorias do serviço público de Mossoró, que são os concursos públicos. 

O Sindiserpum lembra à população mossoroense que a mola-propulsora que movimenta esta cidade, os servidores públicos municipais, está há seis anos sem reajuste salarial, lembra que os professores obtiveram um reajuste no ano passado escalonado a perder de vista até o final de 2023 e perderam valores retroativos significantes, lembra que boa parcela dos servidores públicos municipais de Mossoró, vergonhosamente, continuam recebendo seus salários abaixo do salário mínimo. Estaria nos planos do mega-empréstimo do prefeito o reajuste salarial destes servidores? A correção destas injustiças?

Sem um indicativo de onde tanto dinheiro será aplicado, o Sindicado dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (Sindiserpum) vem por meio desta nota ALERTAR acerca da obscuridade e caráter genérico deste empréstimo, pois não existe até o momento transparência sobre como será aplicada uma quantia tão exorbitante e o impacto que poderá ser causado nas contas públicas do município nos próximos anos, principalmente em caso extraordinário de emergência, como o ainda presente estado de pandemia ou qualquer outro tipo de calamidade.  

O Sindiserpum esclarece que não é contra o crescimento econômico de Mossoró, mas entende que a prioridade precisa contemplar a garantia de continuidade dos serviços públicos, gratuitos e de qualidade para a sociedade e no cumprimento dos reajustes salariais necessários a várias categorias, além do pagamento do piso para outras como a Educação e Saúde.

A cifra megalômana de R$ 670 milhões poderá comprometer ainda mais a folha salarial dos servidores em todas as áreas, a prestação de serviços e as políticas públicas para a população. Portanto, é estritamente necessário que haja zelo pelos recursos do erário. 

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Vereadora apresenta questionamentos à prefeitura sobre pedido de empréstimo de quase R$ 700 milhões

A vereadora Marleide Cunha (PT) pontuou, em texto publicado hoje (15) em suas redes sociais, uma série de questionamentos à Prefeitura Municipal de Mossoró (PMM) no que se refere ao Projeto de Lei do Executivo nº 43/2022, que libera o município para fazer um empréstimo de quase 700 milhões de reais. Veja mais sobre o pedido da prefeitura aqui

No texto, Marleide faz cinco questionamentos sobre a real viabilidade do pedido de Allyson e as condições de transparência que a PMM dará, para que os parlamentares e toda a sociedade conheçam as possibilidades e riscos presentes na solicitação.

A Câmara de Vereadores de Mossoró (CMM) já informou que irá realizar reunião pública amanhã (16), às 9h, no plenário, para discutir o PL 43/2022, ampliando o leque de informações sobre o polêmico projeto.

Confira a nota divulgada por Marleide

“É deboche, o prefeito dizer que a população vá para o site dizer que não quer determinada obra. É desrespeito de quem se acha onipotente. Ele faz isso para fugir das perguntas e das respostas sobre o empréstimo de 666 MILHÕES.

1 – Vai enviar para Câmara um documento contendo um Plano de Aplicação dos recursos?

2 – Vai enviar um ESTUDO de impacto financeiro mostrando que o município têm condições de pagar as parcelas com os juros, sem comprometer os serviços básicos de saúde, educação, assistência social, segurança, etc?

3 – Vai apresentar um estudo de mercado com a SIMULAÇÃO, ESTIMATIVAS do valor das prestações, juros e carência que o município poderá vir a contratar?

4 – Ceder todas as receitas de repasses da União, estado e receitas próprias do município (FPM, ICMS, IPVA, IPTU, ISS, Imposto de Renda, Imposto Territorial Rural) em garantia ao banco não vai deixar a população vulnerável em situação de pandemia, calamidade ou outra tragédia? O município tem essa condição econômico-financeira para esse valor milionário?

5 – Vai apresentar algum documento concreto que não seja apresentação em datashow, maquete 3D ou discurso debochado?

São essas as respostas que o prefeito deveria está apresentando à população, e não fazendo show para ser reverenciado.”

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Câmara realizará reunião pública para debater pedido de empréstimo da Prefeitura

A Câmara Municipal de Mossoró realizará reunião pública, sexta-feira (16), às 9h, no plenário, para discutir o Projeto de Lei do Executivo nº 43/2022. Nele, a Prefeitura pede ao Legislativo autorização para contratar operações de crédito, em organizações financeiras nacionais e internacionais, públicas e privadas.

Conforme o projeto, a autorização contempla dois empréstimos, para financiar investimentos em Mossoró: um de até 300 milhões de Reais e outro de até 70 milhões de dólares em crédito externo (aproximadamente 373 milhões de Reais). As duas operações, portanto, podem somar até 673 milhões Reais.

Resultado de consenso entre as bancadas de situação e de oposição, obtido na manhã de hoje (14), a reunião terá rito de audiência pública. Não recebe este nome, contudo, porque precisaria de aprovação em plenário, o que não ocorreu por causa da insuficiência de quórum para a sessão desta quarta-feira.

O Blog do Barreto contou essa história e as polêmicas por trás do pedido de empréstimo. Veja AQUI

Encaminhamento 

“Havia solicitações de audiência pública sobre o tema tanto do Executivo quanto de vereadores. Como não houve sessão para deliberar esse tema, o Legislativo decidiu realizar uma reunião pública, com o mesmo formato de audiência”, explica o presidente da Casa, Lawrence Amorim (SDD).

Os parlamentares decidiram pautar ao debate, na reunião pública, também o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 12/2022, que cria a Agência Reguladora dos Serviços Públicos de Mossoró (AGRM). Este, o empréstimo e outros quatro projetos da Prefeitura chegaram à Câmara, sexta-feira (9).

Agenda 

Ainda não há definição oficial, na Câmara, quando o plenário votará esses projetos do Executivo. O que consta na agenda até o momento, além da reunião pública, é a votação da redação final do projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA), adiada para terça-feira (20), às 9h, em razão da falta de quórum, hoje.

Quarta-feira (21), haverá a sessão de encerramento do ano legislativo, com pronunciamentos de prestação de contas de mandatos, entrega dos troféus Vereadora Niná de Macedo Rebouças (Vereador (a) do Ano), de vereador (a) mais produtivo (a) de 2022 e de vereador (a) mais assíduo (a) deste ano.

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Prefeitura quer autorização para empréstimo de quase R$ 700 milhões. Oposição contesta pedido

A Prefeitura Municipal de Mossoró (PMM) enviou à Câmara Municipal, na última sexta-feira (9), projeto de lei (PL) que “autoriza o Poder Executivo a contratar operações de créditos junto às instituições financeiras, organismos e entidades de crédito nacionais e internacionais, públicas e privadas e dá outras providências”.  Na prática, o PL permite que a PMM possa solicitar empréstimo de quase R$ 700 milhões em valores convertidos. O texto do documento especifica:

I – no valor de até R$ 300.000.000,00 (trezentos milhões de reais) para operações de crédito destinado ao financiamento de investimentos no município de Mossoró.

II -no valor de até US$ 70.000.000,00 (setenta milhões de dólares americanos) para operações de crédito externo destinado ao financiamento de investimentos no município de Mossoró.

 De acordo com a cotação do dólar hoje (12), US$ 70 milhões equivalem a R$ 372.855.000,00. Segundo a PMM, os valores solicitados serão investidos em projetos de desenvolvimento do município, que foram apresentados à sociedade na última quarta-feira (7). Veja mais AQUI.

O pedido de Allyson Bezerra vem em paralelo ao fim do contrato com o Programa de Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (FINISA), que disponibilizou ao município R$ 145 milhões, empregados na realização de 44 obras no município.

Segundo informações da própria prefeitura, o orçamento estimado para o município em 2023 seria de R$ 1 bilhão, ou seja, os empréstimos poderiam comprometer quase 70% da dotação municipal para o próximo ano.

Veja o projeto de lei na íntegra AQUI

Oposição reage – O Vereador Tony Fernandes questionou uma série de pontos na solicitação feita pela PMM. Para o parlamentar é completamente descabido o pedido de um empréstimo que comprometa quase 70% do orçamento municipal. “Isso é o mesmo que um pai de família que ganha R$ 15 mil em um ano pedir um empréstimo de 10, 11 mil reais. Não tem planejamento que se mantenha. Isso não é saudável para as contas da cidade”, afirmou Tony.

Ele também aponta que o PL não apresenta uma série de informações fundamentais para que os parlamentares possam avaliar e decidir sobre.

“Neste pedido do Prefeito está faltando a taxa de juros que será paga aos financiadores, a carência para esse pagamento, o prazo para que essa dívida seja quitada, a lista de ações que serão contempladas com esse valor. Falta inclusive dizer qual é a instituição financeira e a linha de crédito que vai abarcar esse pedido de Mossoró. Sem essas informações é uma irresponsabilidade votar favorável a essa pauta”, afirmou Tony.

Outra preocupação do vereador é quanto ao tempo que será disponibilizado para socialização da proposta da PMM, garantindo ampla discussão na casa legislativa e com a sociedade, elucidando todos os pontos ainda obscuros no documento.

“Espero que não queiram vir aprovar essa proposta ainda esta semana, passando o trator por cima do debate. Eu mesmo estou solicitando uma audiência pública, para dialogar com a sociedade sobre esse pedido e os riscos que ele pode incidir para as contas do município, nesta e em outras gestões”, finalizou Tony