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Governo do RN e Petrobras assinam acordo para instalação usina de geração de energia eólica em alto mar

Na busca por avançar em soluções energéticas renováveis, o Governo do Estado do Rio Grande do Norte e a Petrobras fazem a assinatura, nesta segunda (29), às 10h, no auditório da governadoria, de um memorando de entendimento para o desenvolvimento de um projeto de instalação de uma usina de geração de energia eólica em alto mar (offshore). Com a expectativa de entrar em operação em 2029, este será o primeiro projeto do tipo no Brasil.

A iniciativa reforça o protagonismo do Rio Grande do Norte na transição energética para uma economia de baixo carbono. Hoje, o estado é líder, em toda a América Latina, na produção de energia eólica em terra.

O projeto, pioneiro no Brasil, representa uma parceria estratégica entre o Governo do RN e a Petrobras, que recentemente assumiu o compromisso de liderar a transição energética do país para uma economia global de baixo carbono.

SERVIÇO

Evento: Assinatura de Memorando de Entendimento para desenvolvimento de projeto de energia eólica offshore entre Governo do RN e Petrobras.

Data/Hora: Segunda-feira (29/04) – 10h

Local: Auditório da Governadoria, Centro Administrativo.

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Petrobras faz estudo no Campo de Pescada para instalar parque eólico offshore no RN

A Petrobras instalou um sensor LiDAR (Light Detection and Ranging) na plataforma PPE-1A, no campo de Pescada (RN). Essa foi a segunda plataforma do estado a receber o equipamento, capaz de medir a velocidade e a direção do vento, entre outras variáveis meteorológicas. Os estudos são essenciais para a implantação de projetos eólicos offshore, e a empresa pretende instalar ao todo seis LiDARs nos estados do Rio Grande do Norte, Ceará e Espírito Santo. O sensor óptico LiDAR utiliza feixes de laser para medir a velocidade e direção do vento, de 10 a 300 metros de altura, gerando dados compatíveis ao ambiente de operação das turbinas eólicas.

“Instalar sensores em nossas plataformas agiliza e diminui os custos para o mapeamento do potencial eólico da região definida. Os dados obtidos com essas campanhas, por sua vez, auxiliarão a tomada de decisão sobre a implantação de projetos”, afirma o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Maurício Tolmasquim.

Os sensores LIDAR serão alimentados por módulos fotovoltaicos ou pelos sistemas de energia próprios das plataformas.

“Os equipamentos integram novas campanhas de medição eólica, que serão realizadas, em águas rasas, ao longo de três anos. Os dados, que já começaram a ser coletados, são enviados ao nosso Centro de desenvolvimento de Pesquisas e Inovação, o Cenpes, a fim de  permitir uma avaliação detalhada de diferentes áreas do país com alto potencial para desenvolvimento de parques eólicos offshore”, analisa o diretor de Engenharia Tecnologia e Inovação, José Carlos Travassos.

 Pesquisas

A plataforma de Pescada (PPE1-A), do tipo jaqueta fixa, situada em lâmina d’água de 16 m e a cerca de 28 quilômetros do litoral, foi a segunda plataforma a receber o sensor. A primeira da série foi a plataforma fixa PAG-2, no campo de Agulha, no final de agosto.

Também está em curso, desde 2020, uma campanha de medição por LiDAR na Plataforma de Rebombeio Autônoma (PRA-1), na Bacia de Campos. A PRA-1 está instalada em local com cerca de 100 m de profundidade, a 90 km do litoral. As medições na PRA-1 permitirão aprimorar o conhecimento das características de longo prazo do vento, em uma região com muitas sinergias com as atividades de Exploração e Produção da companhia.

Simultaneamente, a Petrobras aperfeiçoa uma tecnologia inédita no Brasil para medição de ventos, desenvolvida pelo seu centro de pesquisas, a Boia Remota de Avaliação de Ventos Offshore (Bravo), fruto de parceria com o SENAI/ISI-ER e SENAI/ISI-SE.

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RN reforça parcerias para desenvolvimento de energia eólica offshore

O Governo do Estado reforçou nesta terça-feira (12) a parceria com dois gigantes das energias renováveis para a produção de energia eólica offshore no Rio Grande do Norte. A assinatura do aditivo com a Ocean Winds e de memorando de entendimento com a Neoenergia ocorreu durante a 14ª edição do Brazil Windpower 2023 que está sendo realizado em São Paulo, cujo tema central é “política industrial verde e transição energética justa: o protagonismo brasileiro.”

O Rio Grande do Norte é líder nacional em potência instalada com 261 usinas eólicas em operação, totalizando 8.4 Gigawatts de potência instalada com mais de 2.800 turbinas eólicas em funcionamento. Além disso, estão em fase de construção 45 novos parques. A expectativa é que em 2026 o RN atinja 13,4 GW. “Quando falamos de energia renovável, também estamos falando de desenvolvimento socioeconômico, soberania e qualidade de vida com uma dimensão de classe, étnica e de gênero”, disse a governadora Fátima Bezerra.

Ela lembrou que o memorando de cooperação mútua com a Ocean Winds foi assinado pela primeira vez em 2021. No primeiro momento o objetivo era estabelecer um marco regulatório e condições propícias ao desenvolvimento conjunto de projetos de energia eólica offshore no Estado. “Esta parceria se alinha com os objetivos regionais de aumentar a segurança energética e o avanço do setor no Rio Grande do Norte, ao mesmo tempo que promove o desenvolvimento econômico e oportunidades de emprego para a população”, ressaltou a governadora.

O Rio Grande do Norte é conhecido por seus recursos eólicos consistentemente fortes e confiáveis. A localização costeira da região oferece um ambiente privilegiado para o aproveitamento da energia eólica offshore. Nesse sentido, a OW busca atualmente a licença para o próximo projeto do Rio Grande do Norte, o Maral (2 GW).

“O Rio Grande do Norte está comprometido com a transição energética, sendo o estado que mais evoluiu na geração de energias renováveis nos últimos 10 anos. Temos uma nova fronteira a ser explorada. Temos convicção que esta parceria trará muitos frutos para o Brasil e para o Rio Grande do Norte, sendo uma oportunidade de desenvolvimento da cadeia de valor para a eólica offshore”, ressaltou o secretário de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Norte, Jaime Calado.

Rafael Munilla, diretor de Desenvolvimento de Negócios da Ocean Winds, destacou a importância da parceria. “Temos orgulho de estarmos com o Estado do Rio Grande do Norte, com o objetivo de garantir que nossos projetos eólicos offshore tenham o melhor impacto regional, apoiem a transição energética e proporcionem oportunidades de longo prazo. Para nós, é sempre uma prioridade incentivar a criação de uma indústria que seja sustentável, com foco em oportunidades de emprego locais diretas e indiretas”, disse o executivo.

A segunda assinatura foi com a empresa Neoenergia. O Memorando de Entendimento (MOU) envolve o desenvolvimento de estudos para projetos offshore, além de apoio e logística para a infraestrutura portuária focado principalmente na cadeia industrial e cadeia de valor.

A governadora Fátima Bezerra destacou que a assinatura do memorando de entendimentos com a Neoenergia faz parte de uma sequência de desdobramentos de conversas e de reuniões com a companhia. “Sempre foi nossa intenção manter o Rio Grande do Norte na liderança brasileira na produção de energia limpa, e isso se dará através de interesses mútuos como, por exemplo, o que tem demonstrado o Grupo Neoenergia por meio de troca de informações e missões técnicas envolvendo as equipes da Neoenergia e as do Governo do Estado. Portanto, esse memorando vai ser muito importante para darmos segmento a essas conversas, sobretudo para o desenvolvimento de projetos offshore, além de apoio logístico para a infraestrutura portuária”, enfatizou a chefe do executivo estadual.

A Neoenergia é parte do grupo espanhol Iberdrola, no Brasil desde 1997, sendo uma das líderes do setor elétrico. Presente em 18 estados e no Distrito Federal, atua nas áreas de geração, transmissão, distribuição e comercialização.

“Essa é mais uma parceria que está alinhada à estratégia da Neoenergia. Somos protagonistas da transição energética no Brasil. Acreditamos que as novas oportunidades de negócios sejam pautadas pela descarbonização, inovação e desenvolvimento de novas tecnologias para geração de uma energia limpa, segura e confiável”, afirmou o diretor de Hidráulica e Offshore da Neoenergia, Marcelo Lopes.

Palestra – Pela manhã, a governadora participou da plenária “Panorama das Energias Renováveis no Brasil”, ao lado do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues; do diretor executivo de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Mauricio Tolmasquim; de Luiza Demôro da Head of Energy Transitions; Fernando Elias, presidente do Conselho de Administração da Abeeólica.

“Considero este debate um dos mais importantes para nosso País e para o mundo. Nós, governadores do Nordeste, estamos todos muito antenados. O protagonismo que o Brasil aos olhos do mundo no contexto das energias renováveis é especial. O Nordeste está no centro principal desta agenda, pois vem do Nordeste a principal base. E tenho muito orgulho de dizer que o Rio Grande do Norte celebrará em 2024 uma década de liderança na produção de energia eólica no Brasil”, ressaltou a governadora Fátima Bezerra.

Em sua fala, Fátima destacou a importância da realização de novos leilões de linhas de transmissão para escoamento da energia e a prorrogação adequada das medidas tributárias, proposta que está em curso no governo federal. O ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, com quem ele se encontrou no evento, reiterou o compromisso nesse sentido.

A governadora lembrou ainda que no primeiro mandato foi desenvolvido o projeto inovador do Polo Indústria Verde, o primeiro do Brasil originalmente para a produção do Hidrogênio Verde e seus derivados. “Eventos como este renovam cada vez mais nossa esperança e nossa confiança. Estamos diante do maior desafio da nossa geração. São três agendas imprescindíveis para consolidar o Brasil como a bola da vez, assumindo o papel da vanguarda no contexto da transição energética. O primeiro é a aprovação marco regulatório, em diálogo com o governo, com o setor produtivo e sociedade. A outra agenda é discutir o contexto da reforma tributária. É um debate que se faz necessário de forma justa e sensata. E, por fim, a transição precisa passar pelo crivo da transição justa energética”, ressaltou.

Fátima Bezerra reforçou a importância da discussão com a sociedade. “É preciso atentar que a transição precisa ser sustentável, inclusiva e justa. Os impasses do ponto de vista ambiental e social é o nosso grande desafio hoje. E para vencer esse desafio, somente com um debate feito com as comunidades tradicionais, com a sociedade, feito com transparência e sinceridade, buscando equacionar e mitigar o impacto do ponto de vista ambiental e social, para que este projeto inclua a população em suas regiões”, destacou.

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Rogério demonstra querer a Petrobras longe do RN

O senador Rogério Marinho (PL) criticou o plano de expansão da Petrobras que inclui investimentos em energia eólica offshore no Rio Grande do Norte.

O plano do presidente da estatal Jean Paul Prates é fazer do Rio Grande do Norte a sede da Petrobras na área de energias renováveis.

Mas para Rogério a Petrobras investir em energias renováveis é uma má ideia porque é caro e vai concorrer com a iniciativa privada.

“Vão pegar 32 bilhões de dólares e investir em eólicas de offshore, vão fazer um novo Eldorado na costa do Nordeste brasileiro. Ora, três ou quatro vezes mais caro do que a eólica que é feita em terra. Por que a Petrobras vai gastar nisso se a iniciativa privada está investindo?”, questionou em entrevista a Jovem Pan News.

Rogério, que apoiou todo o desmonte da Petrobras no Rio Grande do Norte promovidos pelos governos Michel Temer e Jair Bolsonaro, vai na contramão da história.

Todas as empresas do setor de Óleo e Gás do mundo abriram braços de atuação e desenvolvimento para área de energias renováveis, destacadamente para energia eólica offshore.

Os investimentos da Petrobras em energia eólica vão reforçar a presença da maior empresa do país, colocando o Rio Grande do Norte em destaque, além de ajudar a promover tomada uma de fornecedores, equipamentos e serviços com grandes chances de trazer indústrias para o nosso Estado.

Rogério, pelo visto, quer mesmo é a Petrobras longe do Rio Grande do Norte.

Confira vídeo que demonstra a a infelicidade da fala de Rogério:

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Petrobras assina acordo para avaliação de projetos em energia eólica offshore em sete Estados. RN é um deles

A Petrobras e a Equinor assinaram carta de intenções que amplia a cooperação entre as empresas para avaliar a viabilidade técnico-econômica e ambiental de sete projetos de geração de energia eólica offshore na costa brasileira, com potencial para gerar até 14,5 GW. Com esses estudos, a expectativa é avançar nos projetos de transição energética do país. “Esse acordo vai abrir caminhos para uma nova fronteira de energia limpa e renovável no Brasil, aproveitando o expressivo potencial eólico offshore do nosso país e impulsionando nossa trajetória em direção à transição energética”, disse o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.

O acordo é fruto da parceria firmada entre Petrobras e Equinor em 2018 – e teve seu escopo ampliado para além dos dois parques eólicos Aracatu I e II (localizados na fronteira litorânea entre os estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo), previstos inicialmente. Além desses dois projetos, o novo acordo prevê avaliação da viabilidade de parques eólicos de Mangara (na costa do Piauí); Ibitucatu (costa do Ceará); Colibri (fronteira litorânea entre o Rio Grande do Norte e Ceará), além de Atobá e Ibituassu (ambos na costa do Rio Grande do Sul) – num total de sete projetos, com prazo de vigência até 2028.

“Vamos juntar nossa capacidade de inovação tecnológica offshore, reconhecida mundialmente, e a nossa experiência no mercado de geração de energia elétrica brasileiro com a expertise da Equinor em projetos de eólica offshore em vários países. Vale destacar, porém, que a fase é de estudos e a alocação de investimentos depende de análises aprofundadas para avaliar sua viabilidade, além de avanços regulatórios que permitirão os processos de autorização para as atividades, a ser feita pela União”, complementou Prates.

“A Equinor e a Petrobras têm uma longa história de parceria de sucesso. Estamos felizes em expandir nossa colaboração para renováveis, possibilitando uma ampla oferta de energia no Brasil. Juntos, estamos engajados ativamente para contribuir com a realização da energia eólica offshore e da transição energética do Brasil, criando as condições iniciais necessárias para que a energia renovável se desenvolva de maneira sustentável”, afirma Anders Opedal, CEO da Equinor.

Petrobras ambiciona neutralizar emissões até 2050

A iniciativa de diversificação rentável do portfólio da Petrobras contribuirá para o sucesso da transição energética e se soma ao plano de redução das emissões operacionais de gases de efeito estufa. A companhia reitera seu objetivo de atingir metas de curto prazo e sua ambição de neutralizar as emissões nas atividades sob seu controle até 2050 – assim como influenciar parceiros em ativos não operados. No Plano Estratégico da Petrobras para o período de 2023 a 2027, a eólica offshore é um dos segmentos priorizados para estudos aprofundados.

O potencial brasileiro para geração de energia eólica offshore traz oportunidades promissoras de diversificação da matriz energética do país. A tecnologia associada à geração eólica offshore utiliza a força dos ventos no mar para a produção de energia renovável – e as principais vantagens são a elevada velocidade e estabilidade dos ventos em alto-mar, livres de interferência de barreiras como rugosidade do solo, florestas, montanhas e construções, por exemplo.

A Petrobras segue mapeando oportunidades e desenvolvendo projetos de desenvolvimento tecnológico nesse segmento, como os testes da Boia Remota de Avaliação de Ventos Offshore (conhecida como Bravo), em parceria com os SENAIs do Rio Grande do Norte (RN) e Santa Catarina (SC).

A Equinor está presente no Brasil desde 2001, e o país é considerado uma das áreas centrais da Equinor. A Equinor possui um portfólio sólido e diversificado de petróleo e gás no Brasil, com licenças em desenvolvimento e em produção como Bacalhau, na Bacia de Santos, e Peregrino, na Bacia de Campos. Em renováveis, Apodi (162 MW) é a primeira usina solar do portfólio global da Equinor, operada pela Scatec. A planta iniciou a produção em 2018. Em 2022, foram iniciadas as obras do projeto solar Mendubim (531 MW), realizado em parceria com a Scatec e a Hydro Rein e previsto para entrar em produção em 2024.”