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MP apura irregularidades em empréstimo contratado por Allyson Bezerra

Por César Santos

Jornal de Fato

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) vai investigar o empréstimo de R$ 200 milhões contraído pela gestão do prefeito Allyson Bezerra (União Brasil) junto à Caixa Econômica Federal (CEF). Por meio da 19ª Promotoria do Patrimônio Público da Comarca de Mossoró, o Procedimento Preparatório n. 03.23.2039.0000103/2023-90 foi convertido em inquérito civil para apurar a transição financeira.

A portaria 5978793 – 19ªPmJPP, publicada no Diário Oficial do Estado, com data de 15 de julho de 2024, é assinada pelo promotor de justiça Fábio de Weimar Thé.

A gestão Allyson contratou o empréstimo milionário em 2023 em um cenário cheio de dúvidas, principalmente no que concerne à saúde fiscal do município no futuro próximo. A oposição tentou evitar a transação financeira, mas foi vencida pela maioria da bancada governista na Câmara Municipal de Mossoró.

O Jornal de Fato noticiou em primeira mão, na edição de 4 de abril de 2023, o impacto nas contas públicas baseado nos números onerados do empréstimo de R$ 200 milhões. Trata-se da primeira operação de crédito dentro do limite de quase R$ 500 milhões autorizados pelo Legislativo.

A Caixa aceitou liberar os R$ 200 milhões em duas parcelas: R$ 80.500.000,00 em 2023, e R$ 119.500.000,00 em 2024.  O prazo para liquidar a dívida contraída é de 120 meses (10 anos), sendo 24 meses (dois anos) de carência e 96 meses (oito anos) para amortização. Ou seja, o município vai começar a pagar a conta a partir de 2026.

Com taxa de juros anual de 135,27%, o município terá que pagar R$ 185 milhões só de juros. Quando soma juros, encargos e comissões, a dívida com a Caixa será de mais de R$ 385 milhões, quase o dobro do valor do empréstimo.

Além disso, o município teve que arcar com a tarifa de estruturação FEE de 2% no valor do financiamento, o que representa uma conta a mais de R$ 4 milhões, devendo ser pago 1% (R$ 2 milhões) até dois dias após a contratação e 1% (R$ 2 milhões) previamente à realização do primeiro desembolso.

Para se ter ideia do impacto nas contas públicas, esse valor representa quase 30% do orçamento geral do município de 2023, que foi de R$ 1,1 bilhão, e de 2024, que é de R$ 1 bilhão e 141 milhões.

Allyson Bezerra usou o empréstimo milionário para bancar o projeto “Mossoró Realiza”, que é base da propaganda da gestão municipal. O projeto consiste em obras nos bairros da cidade, como pavimentação de ruas, recuperação de praças, de unidades de saúde, unidades escolares, entre outras.

Gráfico mostra mais R$ 1 bilhão em pagamento de empréstimos contraídos por Allyson até 2033

A operação de crédito de R$ 200 milhões junto à Caixa Econômica Federal, contratada pela gestão Allyson Bezerra, somou-se a outro volume de compromissos financeiros que o município de Mossoró já tinha para honrar. O levantamento feito pelo Jornal de Fato revelou que a Prefeitura acumula operações que somam mais de R$ 620 milhões e que devem ser amortizadas ao longo de uma década.

Entre 2023 a 2033, a Prefeitura deve pagar em operações já existentes a soma de mais de R$ 460 milhões (R$ 467.058.270,16). Além disso, tem em “restos a pagar” mais de R$ 154 milhões para serem liquidados a partir de 2034. A soma dessas duas contas é de R$ 621.392.729,10.

Com o novo empréstimo junto à Caixa, nos termos que a instituição financeira exigiu, o município coloca mais R$ 385.384.276,51 nas contas a pagar, elevando o valor total para mais de 1 bilhão de reais.

Para se ter ideia do que isso representa, só em 2023, o município teve operações a pagar que somaram R$ 63.957.280,02. O novo empréstimo obrigou à prefeitura a pagar a primeira parte da carência no valor de R$ 7.222.602,53. Com isso, a soma total a pagar em 2023 subiu para mais de R$ 71 milhões (R$ 71.189.882,55).

O pior ocorrerá em 2025, quando o município terá que pagar mais de R$ 100 milhões em amortizações, sendo R$ 56.956.901,29 de obrigações já existentes e R$ 52.822.822,50 da nova operação de crédito.

A conta a pagar no ano de 2026 também ficará acima dos R$ 100 milhões, somando R$ 53.324.744,40 de operações já existentes com R$ 54.982.251,86 do segundo ano de amortização do empréstimo que Allyson contratou junto à Caixa.

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Líder da oposição quer que Justiça Eleitoral e Polícia Federal avaliem possível falsificação de assinatura de Allyson, apontada em laudo pericial

O vereador Tony Fernandes (Avante) fez pronunciamento na Câmara Municipal de Mossoró, hoje (28), sobre denúncia divulgada na imprensa e enviada ao gabinete parlamentar dele “sobre suposto crime de falsidade ideológica por parte do prefeito da cidade de Mossoró (Allyson Bezerra)”, em razão de divergência de assinaturas em documentos da prestação de contas da campanha de 2020.

Segundo o parlamentar, é importante que a Justiça Eleitoral e a Polícia Federal investiguem o caso. “É para isso que estamos aqui, para levantar esse questionamento e fazer a representação, para que as autoridades competentes possam realmente avaliar esse laudo e essa denúncia, que consideramos grave”, disse.

Na tribuna, Tony Fernandes apresentou laudo pericial grafotécnico, que avalia se há ou não distorção na assinatura, feito pelo advogado Bruno Francisco, perito do Tribunal Regional do Trabalho da 19ª Região, perito do Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas e perito do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

O líder da bancada de oposição informou que o relatório técnico possui mais de vinte laudas, faz padrões de confronto de assinaturas do prefeito da prestação de contas da eleição de 2020, elenca aparelhos utilizados, como scanner, ampliador óptico digital, réguas milimetrizadas e diversos outros instrumentos.

“E, dentre os elementos divergentes que ele aponta, pode-se citar falta de espontaneidade, dinamismo de punho, grau de habilidade, ritmo, velocidade, ataque, remate, pressão, evolução, inclinação axial, espaçamento inter gramatical, espaçamento vocabular, comportamento de base, momento gráficos, valores angulares e método de construção”, disse Tony Fernandes.

Acrescentou o vereador: “Toda uma análise técnica para se chegar às considerações finais e apontar existência de divergências entre assinaturas, que foram aprovadas, inclusive, pela Justiça Eleitoral. Estranhamente, há o caso de um secretário, braço direito, condenado, inclusive, por falsidade de documentos (Kadson Eduardo); há o escândalo na cultura, no qual aparece áudios sobre repasses financeiros e agora esse indício”.

Tony Fernandes ressaltou ainda que o crime de falsidade ideológica está no Código Penal. “É importante que essa Casa atente quanto a isso. Então, vamos fazer essa representação (aos órgãos competentes) por entender que é uma denúncia fundamentada, que traz um laudo técnico, feita por um perito renomado”, reforçou.

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Líder da oposição denuncia Allyson ao MP por caso “Thiago Bento”

O vereador Tony Fernandes (Avente), líder da opoisção na Câmara Municipal de Mossoró, foi ao Ministério Público entregar denúncia com base no áudio vazado (saiba mais AQUI) com indícios de que o então gestor de cultura da Secretaria Municipal de Cultura, Thiago Bento, estaria falando sobre superfaturamento de cachês no Mossoró Cidade Junina.

O vereador alega que mesmo com a exoneração assinada pelo prefeito Allyson Bezerra (União) no dia 2 de maio, há a necessidade de investigar o cargo.

Tony vem reiteradamente denunciando os escândalos da gestão de Allyson. “Gestão Allyson Bezerra é inimiga de transparência, evidenciando falta de zelo com o dinheiro público e acumula uma avalanche de denúncias por corrupção. Peço atenção do MPRN e demais órgãos de fiscalização, pois o povo de Mossoró que tanto paga impostos merece respostas!”, escreveu nas redes sociais.

Confira a denúncia AQUI

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Allyson manteve concursada de outra prefeitura como comissionada em Mossoró

O prefeito Allyson Bezerra (União) manteve a advogada Pryscilla Mikaely Oliveira de Freitas por dois anos e meio em situação irregular no cargo de gerente executiva de atos e expedientes, com lotação na Secretaria Municipal de Governo da Prefeitura Municipal de Mossoró.

Ela foi nomeada para este cargo em outubro de 2021, mas ela ainda foi remanejada para outras duas funções: Gerente Executivo Operacional de Receitas e Diretora do Departamento de Administração e Gestão Tributária.

Pryscilla Mikaely seguiu advogando para Ipueira

Pryscilla Mikaely é procuradora concursada com carga horária de 40 horas na Prefeitura de Ipueira, cidade que fica na Região do Seridó, a 142.24 km de distância, com viagem estimada em quase três horas segundo dados do site distanciacidades.net.

A servidora tem defendido a cidade de Ipureira em processos e ao mesmo tempo o Blog apurou que ela foi nomeada para comissões do município (o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher e a Comissão Especial do Concurso Público), o que sinaliza que de alguma forma ela conseguia conciliar os dois trabalhos.

No entanto, a situação dela era ilegal porque fere um dos trechos do Artigo 37 da Constituição Federal cuja redação é:

é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro, técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas; (Nova redação dada ao inciso pela EC 
34/01)

Em meio a acumulação de escândalos na gestão municipal o prefeito decidiu exonerar ela no dia 6 de maio.

O acúmulo indevido de cargos fez ela receber da Prefeitura de Mossoró R$ 137.230 e da de Ipueira R$ 113.861,18, totalizando R$ 251.091,18.

Vínculo político

Pryscilla Mikaely é politicamente vinculada a João Marcelo, um dos nomes preferenciais do prefeito Allyson Bezerra nas eleições para vereador em Mossoró, inclusive relatou nas próprias redes sociais que está acompanhando-o em atividades políticas.

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Allyson monta gabinete do ódio para desqualificar quem considera inimigo e desviar foco da sucessão de escândalos no noticiário

O prefeito Allyson Bezerra (União) tem vivido os piores momentos da sua gestão no ponto de vista moral e administrativo.

Os escândalos se sucedem.

Listemos: compra superfaturada de jarros denunciada pelo vereador Paulo Igo (Avante), a situação ilegal de manter um secretário (Kadson Eduardo) condenado por falsificação de documento, contrato de R$ 5 milhões com buffet, nepotismo e as suspeitas de superfaturamento de cachês do Mossoró Cidade Junina reveladas em áudio vazado do agora ex-gestor cultural Thiago Bento.

A estratégia do prefeito foi montar um gabinete de crise, mas não para esclarecer as histórias. A estratégia é fuçar a vida dos que criticam a gestão e revelam as denúncias. Se não acharem nada, eles inventam com todo o roteiro clássico das fake news.

Allyson, cada vez mais demonstrando o caráter autoritário e perseguidor, levou tudo para o lado pessoal e o que deveria ser um gabinete de crise atua como um legítimo “gabinete do ódio”, bem ao estilo bolsonarista.

Estão fuçando a vida pessoal de jornalistas, políticos de oposição e assessores. Nem os familiares são poupados.

Este jornalista foi a primeira vítima, mas a máquina de moer reputações está a todo vapor fuçando a vida alheia com todo tipo de baixaria travestida de reportagem investigativa.

Nem parece que a aprovação do prefeito está nos píncaros da glória, o que reforça o perfil autoritário.

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Auxiliar de Allyson é gravado discutindo suposto superfaturamento na Secretaria de Cultura. Após novo escândalo prefeito exonera aliado

Mais um escândalo na gestão do prefeito Allyson Bezerra (União). Desta vez envolve o gestor cultural Thiago Bento flagrado em áudio discutindo um superfaturamento de serviços na Secretaria Municipal de Cultura em pleno período que antecede o Mossoró Cidade Junina.

“Tem coisa aqui que preciso alterar. O que fazer para não ficar sem receber nada? Vou botar seu cachê de R$ 25 mil e R$ 5 mil meu”, diz ao discutir sobre pagamentos de cachês.

A conversa indica estar inserida no contexto do Mossoró Cidade Junina porque em seguida ele trata de figurino e novamente indica um possível superfaturamento.

“Esse dinheiro aqui que tá para figurino vai para ‘Zé Mulher’… A gente coloca para a companhia… Digamos que a companhia cobra R$ 25 mil, aí a gente coloca R$ 50 mil para a companhia”, arrematou.

Logo o áudio começou a circular nos grupos de WhatsApp no feriado de ontem fazendo o escândalo fugir do controle do prefeito Allyson Bezerra que para não colher mais um desgaste exonerou Thiago ontem.

Em uma nota curta, a comunicação da Prefeitura de Mossoró explicou a decisão. “A Prefeitura de Mossoró tomou conhecimento de áudio envolvendo servidor do Município, o qual tratava de suposto caso de irregularidade no trato da coisa pública. Referido servidor já foi exonerado e o caso agora deverá ser apurado pelas instâncias competentes”, declarou.

Thiago era um auxiliar de confiança do prefeito, sendo inclusive um dos mais atuantes apoiadores dele na eleição de 2020.

Nota do Blog: o caso é gravíssimo e mancha a gestão de Allyson Bezerra. O Ministério Público precisa apurar essa história porque falta um mês para começar o Mossoró Cidade Junina.