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Assembleia discute fim da jornada de trabalho de 6 por 1

A Assembleia Legislativa foi palco, na tarde desta segunda-feira (25), de uma discussão que tem tomado boa parte do noticiário nacional nos últimos dias: o projeto para fim da jornada de trabalho de 6 por 1, onde há somente um dia completo de folga para trabalhadores no Brasil. Por proposta da deputada Isolda Dantas (PT), uma audiência pública “Por Vida Além do Trabalho: Dignidade e Redução da Jornada” foi realizada no Legislativo, reunindo parlamentares, representantes do Poder Público e de sindicatos que representam a classe trabalhadora. Para Isolda Dantas, a escala de 6 por 1 não dá tempo para que o trabalhador possa viver com dignidade.

A proposta de abolir a jornada de trabalho 6×1 vai tramitar no Congresso Nacional e tem gerado intensos debates entre empregadores, sindicatos e trabalhadores. O modelo, que prevê seis dias consecutivos de trabalho seguidos de um dia de descanso, é amplamente adotado em setores como comércio, indústria e serviços. Críticos argumentam que essa estrutura é prejudicial à saúde e ao bem-estar do trabalhador, especialmente em atividades que exigem esforço físico ou psicológico intenso. A mudança visa oferecer uma maior qualidade de vida, alinhando-se a demandas modernas por equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.

Por outro lado, defensores do 6×1 afirmam que o formato é flexível e permite às empresas manterem a produtividade sem custos adicionais significativos.
Do ponto de vista empresarial, o fim da jornada 6×1 pode representar desafios operacionais, como a necessidade de contratar mais funcionários ou reorganizar escalas para atender às demandas de produção e atendimento.

Na audiência pública realizada nesta tarde, a deputada Isolda Dantas organizou os trabalhos dando a oportunidade que os sindicatos que representam trabalhadores que cumprem a escala de 6×1. Nos pronunciamentos, sindicatos justificaram que veem a alteração e o projeto como uma oportunidade para fortalecer direitos trabalhistas, ampliando a segurança e a saúde ocupacional. Eles justificaram que o impacto econômico dessa mudança dependerá da capacidade de diálogo entre governo, empresários e trabalhadores, buscando soluções que não prejudiquem a competitividade das empresas nem comprometam as conquistas dos trabalhadores. Para eles, a proposta reflete uma transformação nas relações de trabalho e levanta questões cruciais sobre o futuro da produtividade e do bem-estar no mercado brasileiro.

“Durante muito tempo esse tema esteve presente nas nossas pautas, mas agora ganha muita centralidade e é importante que discutamos isso junto à sociedade. Isso (escala de 6×1) é basicamente a ausência da dignidade. Quando pensa isso no ponto de vista das mulheres, é pior ainda. É 7 a 0. Esse trabalho de organizar a sociedade, pressionar o Congresso, é muito importante para colocarmos fim nessa escala. Precisamos avançar”, disse a deputada Isolda Dantas.

A deputada Divaneide Basílio (PT), que também participou da discussão, explicou que boa parte dos trabalhadores não têm condição de dar suporte às suas famílias, especialmente as mulheres. No entendimento da deputada, com a necessidade de cuidar dos filhos e trabalhar, muitas vezes as pessoas mais humildes precisam pagar pouco para outras pessoas cuidarem de seus filhos, o que a parlamentar definiu como uma “reprodução da pobreza”.

“Com o cansaço, a pressão e o medo, reduz a produtividade. Pessoas trabalhando dispostas e felizes aumentam a produção, aumenta a capacidade de termos vida real. É sobre isso e por isso estamos nos posicionando para contribuir com o debate federal. Contem conosco nesse parlamento para fortalecermos essa pauta. É pela vida além do trabalho”, disse Divaneide Basílio.

Também na audiência, o deputado federal Fernando Mineiro (PT) explicou como é a tramitação da questão no Congresso e lembrou que já há vários projetos sobre o tema. O parlamentar levantou dados sobre algumas jornadas no Brasil, que possui uma grande variedade, dando como exemplo o próprio Rio Grande do Norte, onde há servidores que têm jornada de 30 horas, 36 horas e 40 horas. Segundo ele, boa parte da indústria da Construção Civil do Brasil, de acordo com o deputado, trabalham com 40 horas. Comércio e serviços que estão mais subordinados nessa jornada de 6×1. Para ele, é importante que se levante essa questão.

“Essa audiência é muito importante pela representatividade dela. É uma pauta que unifica todo mundo do campo da esquerda e progressista, para discutir a lógica e a tática da tramitação. Parabéns a todos pela união e discussão”, disse Mineiro.

“Queria muito agradecer a todos vocês, a cada um e cada uma que estiveram aqui conosco mobilizadas defendendo que existe vida além do trabalho. Essa é uma luta muito anti-neoliberal”, disse Isolda Dantas.

 

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Isolda defende fim da escala 6×1

A deputada Isolda Dantas (PT) posicionou-se a favor do projeto de lei em tramitação no Congresso Nacional que modifica a jornada de trabalho 6 por 1 — um regime em que o trabalhador atua por seis dias e tem direito a um dia de descanso. O pronunciamento se deu nesta quarta-feira (13), durante sessão ordinária na Assembleia Legislativa. A proposta tem gerado grande repercussão nas redes sociais, com um número expressivo de apoiadores, principalmente mulheres, que apontam o impacto positivo que a mudança pode trazer para a qualidade de vida e o equilíbrio entre o trabalho e o convívio familiar.

Em seu pronunciamento, Isolda destacou que a proposta é mais um passo em uma trajetória de vitórias históricas da classe trabalhadora. “Essas discussões nos remetem a conquistas como a redução da jornada, o salário mínimo e o décimo terceiro salário, frutos de muita luta. Agora, mais uma vez, estamos falando sobre melhorar a qualidade de vida das pessoas e garantir que elas possam viver e não apenas trabalhar para sobreviver”, declarou a deputada.

Para muitos, a mudança de escala traz um benefício adicional: a oportunidade de maior convivência familiar, um fator importante para mulheres que relatam, nas redes sociais, a dificuldade de conciliar os horários de descanso com os de seus cônjuges e filhos. A campanha, que já angariou 171 mil assinaturas de apoio, também reacende o debate sobre os direitos trabalhistas e o bem-estar social, ao propor condições mais humanizadas e sustentáveis de trabalho.

Isolda Dantas também mencionou um convite recebido da Federação Única dos Petroleiros para participar do G20 Social, evento paralelo à cúpula oficial do G20, que reunirá representantes dos 20 países mais ricos em um encontro no Rio de Janeiro. O G20 Social abordará questões de grande impacto global, como mudanças climáticas e transições energéticas. A deputada integrará uma mesa de discussões, reafirmando o compromisso com pautas voltadas ao meio ambiente e à sustentabilidade no contexto das políticas públicas.

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“Rogério faz piada com a situação dos trabalhadores e trabalhadoras”, afirma Natália Bonavides

Alisson Almeida

Agência Saiba Mais

A deputada federal Natália Bonavides (PT) reagiu à declaração do senador Rogério Marinho (PL), que em entrevista à Globonews, na quarta-feira (13), classificou a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do fim da escala 6×1 de um “grande factoide”, além de dizer que a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) de “uma camisa de força”. Para Natália, o motivo do discurso de Rogério é o seu “compromisso dele é com a destruição de direitos” dos trabalhadores.

“O senador Rogério faz piada com a situação dos trabalhadores e trabalhadoras, quando o assunto é muito sério. A PEC contra a escala 6×1 foi protocolada e essa é uma vitória da luta do povo, que se mobilizou para assegurar mais direitos e dignidade na relação de trabalho. A declaração do senador é que está completamente desconectada da realidade”, declarou a deputada.

Na mesma entrevista, Rogério Marinho atacou o PT, afirmando que o partido havia perdido “a conexão com a sociedade brasileira” por defender a CLT e a PEC do fim da escala 6×1, que é de autoria da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP).

“Rogério Marinho gosta de falsas promessas, como quando prometeu geração de emprego com a reforma trabalhista, mas só entregou desespero, com ataques aos direitos conquistados. Assim também fez ao defender a reforma previdenciária”, contraditou Natália.

“Enquanto há parlamentares que desdenham do projeto, como é o caso do senador, seguimos na luta para a sua aprovação e na defesa do povo trabalhador do Brasil”, completou.

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Rogério Marinho classifica luta por fim da escala 6×1 como “falso dilema” e defende que trabalhador resolva com patrão

Em entrevista à Globo News o senador Rogério Marinho (PL) tratou como uma coisa menor a proposta da deputada federal Erica Hilton (PSOL/SP) que acaba com a possibilidade da jornada de trabalho 6×1.

O senador bolsonarista tratou como o tema como “falso dilema”. “Eu acho que isso é um falso dilema. Me parece (sic) um grande factoide porque quem pode mais, pode menos. O regime máximo de trabalho no Brasil são (sic) 44 horas semanais”, friou.

Para Rogério, a redução da jornada de trabalho deve ser acertada entre patrões e empregados. “Não significa que se o empresário, conversando com seus funcionários, principalmente através das convenções e acordos coletivos, entendendo que isso dá maior praticidade, melhora a produtividade e permite que aquele segmento possa funcionar diminua a carga horária para 36 horas ou 30 horas”, avaliou.

“Vamos deixar de intervir na relação entre quem trabalha e quem produz. O mais saudável, o mais normal e o mais salutar é que essa negociação aconteça entre os trabalhadores e empregadores”, complementou.

Rogério ainda culpou o PT pela proposta que ganhou força nas redes sociais. “Nós precisamos deixar de intervir com excesso de regulamentação. Não é à toa que o Partido dos Trabalhadores perdeu essa conexão com a sociedade brasileira. Eles acham que a ‘camisa de força’ da CLT é a indumentária do conjunto da sociedade brasileira”, criticou.

Rogério Marinho foi relator da reforma trabalhista do governo de Michel Temer e articulou no governo de Jair Bolsonaro a reforma da previdência, criando a imagem de quem é contra direitos para os trabalhadores.

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Fim da jornada 6×1: só Natália e Mineiro assinaram PEC entre os deputados do RN

Blog Saulo Vale

Dos oito deputados federais do RN, apenas dois assinaram em apoio a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que quer extinguir a jornada de trabalho 6×1.

São eles: Natália Bonavides (PT) e Fernando Mineiro (PT).

Os outros parlamentares potiguares não se posicionaram sobre o assunto, nem houve qualquer postagem sobre o tema em suas redes sociais.

São eles: Benes Leocádio (União Brasil), Robinson Faria (PL), Sargento Gonçalves (PL), General Girão (PL) e Paulinho Freire (União Brasil). Este último é prefeito eleito de Natal e será substituído na Câmara por Carla Dickson (União Brasil).

Fim da jornada

A PEC foi apresentada pela deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), com objetivo de acabar com o formato atual da jornada de trabalho, de seis dias de trabalho para uma folga, com redução de carga horária, de 44 horas semanais para 36.

Para começar a tramitar na Câmara dos Deputados, é necessária assinatura de 171 deputados. Erika tem tentado coletar essas assinaturas.

Já para aprovação em plenário, como se trata de mudança na Constituição, faz-se necessário 308 votos.

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Foro de Moscow

Ao vivo Foro de Moscow 12 nov 2024 – Quem ganha com a escala 6×1