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Prefeitura informa que obras estavam paradas, “mas na gestão anterior”

Como de praxe a Prefeitura de Mossoró responsabilizou a gestão anterior pela paralisação das obras que constam no sistema do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) – ver AQUI.

Em texto enviado ao Blog do Barreto a equipe da prefeita Rosalba Ciarlini (PP) alega que as obras estavam paradas quando ela assumiu o cargo, mas foram retomadas por esta gestão e seguem em andamento.

No mesmo texto a gestão assume que as obras da Estrada da Raiz estão paralisadas em virtude de um distrato com a antiga empresa e está em fase de licitação, ou seja, não tem obra em andamento porque não tem empresa prestando o serviço.

Outro ponto diz respeito à Creche do Vingt Rosado que a Prefeitura diz nunca ter paralisado o andamento das obras, mas em janeiro deste ano esta página noticiou paralisação e a alegação de falta de pagamento por parte da empresa (ver AQUI). Na época, a gestão municipal anunciou nova licitação (ver AQUI).

Leia a nota abaixo;

Construções de creches Proinfância seguem em andamento; obras estavam paradas e foram retomadas nessa gestão

A Prefeitura de Mossoró, por meio das secretarias de Educação e Infraestrutura, dá continuidade às obras de creches Proinfância na cidade. No início da atual gestão todas essas construções estavam paralisadas e foram retomadas.

São três unidades que seguem com obras em andamento: Proinfância Papoco, Proinfância Vingt-Rosado e Proinfância Sumaré. A unidade da Estrada da Raiz está em fase de licitação, após encerramento com a empresa por descumprimento das cláusulas contratuais.

A Prefeitura cumpriu todos os trâmites necessários, entretanto, precisou distratar empresas ao longo do processo, em função da condução em ritmo lento. Mesmo assim, as obras não paralisaram.

Sobre o convênio PAC2 260/2011, o Município obteve decisão favorável da 8ª Vara Federal do Rio Grande do Norte de 12 de setembro de 2019 sobre novos ajustes. O objetivo da ação impetrada em 25 de julho pela Procuradoria do Município é não haver interrupção das obras.

A ação de autoria do Município se baseia em resolução do FNDE nº 03 de 11 de março de 2019 cuja finalidade é “garantir prazo adequado aos gestores públicos municipais e estaduais que demonstrem interesse em retomar obras inacabadas, assegurando, desse modo, tempo hábil para o envio da documentação imprescindível à celebração de novo ajuste”.

A garantia de continuidade do convênio também foi tratada em visita da prefeita Rosalba Ciarlini ao Ministério da Educação. A Prefeitura tem honrado os pagamentos, conforme parceria, com recursos próprios. “Essas unidades vão beneficiar cerca de 1.400 crianças em diversos bairros de Mossoró. Por isso sempre tratamos dessa questão com zelo e buscando cumprir todos os trâmites necessários. Em visita ao FNDE tratei desse assunto para que em breve possamos entregar as unidades”, finaliza a prefeita.

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MPF denuncia ex-prefeito por ausência de prestação de contas

O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou uma ação de improbidade e uma denúncia contra o ex-prefeito de Extremoz, Klauss Francisco Torquato Rêgo, por não ter prestado contas de recursos recebidos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e que deveriam ser utilizado em melhorias nos colégios municipais, através do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), em 2015.

Naquele ano, o FNDE repassou ao Município de Extremoz, através do PDDE, R$ 170.590. A prestação de contas quanto à aplicação dos recursos deveria ter sido apresentada até 30 de abril de 2016, ainda durante a gestão de Klauss Rêgo. Contudo, ele se omitiu do dever, mesmo tendo sido alertado diversas vezes pelo próprio Fundo Nacional.

Somado a isso, antes de encerrar seu último mandato (ele governou a cidade de 2009 a 2016), Klauss Rêgo ocultou os documentos da Prefeitura Municipal relativos a esses recursos, dificultando não só uma possível futura prestação de contas por parte de seu sucessor, como também prejudicando o trabalho dos órgãos de fiscalização, uma vez que torna mais difícil comprovar se a quantia foi, ou não, utilizada em prol da educação pública, conforme ressalta o autor das ações, o procurador da República Fernando Rocha.

Finalidade

O Programa Dinheiro Direto na Escola foi criado em 1995 e consiste na assistência financeira às escolas públicas da educação básica das redes estatuais, municipais e do Distrito Federal e às escolas privadas de educação especial mantidas por entidades sem fins lucrativos. O objetivo desses recursos é a melhoria da infraestrutura física e pedagógica, o reforço da autogestão escolar e a elevação dos índices de desempenho da educação básica.

Ações

Na denúncia, o ex-prefeito é acusado de crime de responsabilidade por se apropriar de bens ou rendas públicas, ou desviá-los em proveito próprio ou alheio, como também de utilizar-se, indevidamente, em proveito próprio ou alheio, de bens, rendas ou serviços públicos. Esses atos podem ser puníveis com penas de dois a doze anos de reclusão. Já na ação de improbidade, caso condenado, ele poderá perder a função pública que eventualmente exerça, além de ter suspenso seus direitos políticos de três a cinco anos, pagamento de multa, entre outras sanções.

As ações irão tramitar na Justiça Federal sob os números 0807996-93.2019.4.05.8400 (denúncia) e 0807995-11.2019.4.05.8400 (improbidade).