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Foro de Moscow 5 abr 2024 – Após 51 dias, fugitivos do presídio federal são recapturados

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Fugitivos do presídio de Mossoró foram ao Pará em um barco

Por G1 CE

Os dois fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, presos nesta quinta-feira (4), após 50 dias de buscas, saíram de barco pesqueiro do Ceará, antes de serem recapturados no Pará, conforme a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Ceará (Ficco/CE).

Rogério Mendonça e Deibson Nascimento partiram no dia 18 de março em uma embarcação de Icapuí, a 201 quilômetros de Fortaleza, em direção a Ilha de Mosqueiro, em Belém, no Pará, segundo investigações da polícia.

Ainda de acordo com a polícia, a dupla chegou na capital no Pará em 24 de março. O trajeto foi realizado por via marítima, junto à região costeira.

A recaptura ocorreu nesta tarde, em Marabá, no Sudoeste do estado. A dupla recebeu ajuda de integrantes de uma facção criminosa, afirmou a polícia (veja detalhes abaixo).

Apoio à fuga

A recaptura da dupla ocorre três dias depois da prisão de um homem suspeito de ajudar a dupla na região da Praia do Futuro. O suspeito de 25 anos é natural de Baraúna, no Rio Grande do Norte.

A polícia acredita que ele e outro suspeito, preso em 8 de março, fazem parte de uma rede de apoio do crime que foi formada por uma facção que deu apoio logístico aos fugitivos.

Outras seis prisões, cinco em cumprimento a mandados de prisão, além de uma prisão em flagrante, já foram realizadas pela Polícia Federal.

Fuga

Rogério Mendonça e Deibson Nascimento estavam foragidos desde 14 de fevereiro, quando abriram passagem por um buraco atrás de uma luminária do presídio e cortaram duas cercas de arame usando ferramentas de uma obra que ocorria no local para escapar. Foi a primeira fuga na história do sistema penitenciário federal desde a criação em 2006.

As buscas envolveram helicópteros, drones, cães farejadores e outros equipamentos tecnológicos sofisticados, além de mais de 600 homens, incluindo a Força Nacional e equipes de elite da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal.

As buscas se concentraram, desde o início, nas áreas rurais das cidades de Mossoró e Baraúna, cidades ligadas pela estrada RN-015, onde fica o presídio, que ficam próximas à divisa com o Ceará.

Durante a fuga, Mendonça e Nascimento invadiram três casas, fizeram uma família refém. Segundo informações da investigação da Polícia Federal (PF), uma facção criminosa teria os ajudado a pagar R$ 5 mil ao dono de uma fazenda que auxiliou na fuga, permitindo que se escondessem em sua propriedade.

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Fugitivos do presídio federal são encontrados no Pará

Por José Vianna, Michele Mendes, Fábio Amato, Mahomed Saigg, Isabela Camargo, TV Globo e GloboNews — Brasília e São Paulo

A Polícia Federal informou nesta quinta-feira (4) que recapturou, em Marabá (PA), os dois fugitivos que haviam escapado da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.

Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 33 anos, tinham fugido do presídio no dia 14 de fevereiro – foram 50 dias até a recaptura.

“Na tarde desta quinta-feira (4), em uma ação conjunta das polícias Federal e Rodoviária Federal, foram presos, em Marabá (PA), os foragidos do Sistema Penitenciário Federal Rogério Mendonça e Deibson Nascimento”, informou a PF em nota oficial.

Marabá, no Sudeste do Pará, fica a mais de 1.600 quilômetros de distância de Mossoró.

Um trajeto em “linha reta” passaria por pelo menos cinco estados: além de Pará e Rio Grande do Norte, também por Ceará, Piauí e Maranhão – e, a depender do trajeto, pelo Norte do Tocantins.

Os suspeitos foram presos na ponte que atravessa o Rio Tocantins. A abordagem ocorreu neste local para evitar a fuga pelo rio.

Investigadores informaram à TV Globo que a dupla deve ser devolvida a Mossoró – e que essa transferência seria uma “questão de honra” para o Ministério da Justiça, que coordena o sistema penitenciário federal.

Os dois presos, originalmente do Acre, estavam na unidade desde setembro de 2023 e integram a facção criminosa Comando Vermelho.

Os dois abriram passagem por um buraco atrás de uma luminária do presídio e cortaram duas cercas de arame usando ferramentas de uma obra que ocorria no local para escapar.

Foi a primeira fuga registrada na história do sistema penitenciário federal, que inclui ainda penitenciárias em Brasília (DF), Catanduvas (PR), Campo Grande (MS) e Porto Velho (RO).

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Deputado questiona gastos com buscas do Presídio Federal de Mossoró

As buscas pelos dois fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró chegaram aos 35 dias e têm mobilizado mais de 600 agentes na operação. Homens da Força Nacional, Polícia Militar, Civil, equipes de elite da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, além de helicópteros, drones, cães farejadores e outros equipamentos tecnológicos sofisticados. Apesar dos esforços, a operação segue sem resultado positivo e chama atenção pelos altos custos investidos e tempo dos profissionais dedicados nessa missão.

Esse forte efetivo concentrado em Mossoró, consequentemente, resulta em desfalque na segurança dos locais de onde saíram os profissionais, deixando a população descoberta sem o importante e necessário acompanhamento feito pelo policiamento ostensivo.

Atualmente, o Rio Grande do Norte possui cerca de 7 mil criminosos procurados com mandado de prisão em aberto, por isso se faz necessário destacar e questionar neste momento o tratamento diferenciado, que está sendo dado nessa força tarefa para recapturar apenas  dois fugitivos.

Como uma das funções do Parlamentar é  fiscalizar, o Deputado Paulinho Freire encaminhou um Requerimento de Informação n. 566/2024, solicitando informações ao Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, com o objetivo de acessar os valores despendidos e a forma detalhada de como esses recursos estão sendo utilizados nessa operação.

O Requerimento segue o trâmite legal legislativo, conforme Art. 50 da Constituição Federal  e Artigos 115 e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. Será despachado pelo Presidente da Câmara, Arthur Lira, ouvida a Mesa, e posteriormente será encaminhado pelo Primeiro Secretário da Câmara ao Ministro que possui o prazo de 30 dias para apresentar resposta, sob crime de responsabilidade em sua recusa ou o não atendimento.

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Foro de Moscow 14 mar 2024 – Um mês da buscas aos fugitivos do presídio federal

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Lewandowski afirma que operação de busca por fugitivos é exitosa e está mantida

Raquel Lopes

Folha de S. Paulo

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, disse que os indícios apontam que os dois presos que fugiram da penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, ainda se encontram na região que corresponde ao perímetro até Baraúna. Segundo o ministro, a operação com cerca de 500 agentes está mantida.

“A operação, a meu juízo, é uma operação que está se desenvolvendo com êxito. Temos indícios fortes da presença dos fugitivos na região nesse perímetro da penitenciária, de Baraúna”, disse o ministro.

A declaração do ministro aconteceu nesta quarta-feira (13) em Mossoró, no 29º dia de buscas pelos fugitivos Rogério da Silva Mendonça, 36, também conhecido como Martelo, e Deibson Cabral Nascimento, 34 anos, apelidado de Deisinho ou Tatu.

O ministro disse que a operação está mantida por causa dos indícios de que os fugitivos estão na região, além de ser uma forma de garantir a segurança da população em relação aos dois detentos que considerou de “alta periculosidade”.

O ministro disse que os indícios dão conta de que os foragidos estão cercados na região e, por isso, ainda não conseguiram sair do Rio Grande do Norte para outros estados.

Helicópteros e drones são usados nas buscas. Seis pessoas que teriam ajudado os fugitivos já foram presas.

A fuga ocorreu na madrugada do dia 14 de fevereiro e expôs o governo de Lula (PT) a uma crise justamente em um tema explorado por adversários políticos, a segurança pública.

A recompensa para quem der informações que ajudem a prender os fugitivos é de R$ 15 mil por detento.

Os fugitivos usaram barras de metal para retirar a luminária da parede da cela. Foi a partir daí que os dois chegaram ao local da manutenção do presídio, onde estão máquinas, tubulações e toda a fiação, conhecido como shaft.

Através desse duto de manutenção, os fugitivos subiram uma escada e alcançaram o telhado da penitenciária, removeram a telha e desceram pela parte externa do prédio até chegar ao tapume referente a uma obra em andamento, que fica próximo à cerca.

Ferramenta de corte foi utilizada para para romper a cerca do perímetro interno. Em seguida, os fugitivos também romperam a cerca do perímetro externo e fugiram.

Investigação da Polícia Federal aponta que as imagens da ação dos fugitivos para retirar a luminária também sugerem que tenha sido um trabalho demorado e sincronizado, supostamente perceptível mediante simples revista na cela.

Como a Folha mostrou, a suspeita é que não estavam sendo feitas revistas diárias nas celas ou nos detentos.

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Investigadores suspeitam que fugitivos do presídio federal continua recebendo ajuda externa

Raquel Lopes

Folha de S. Paulo

Investigadores suspeitam que os dois presos que fugiram da penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, continuam recebendo ajuda do lado de fora do presídio. Segundo policiais, um indício seria o fato de não ter sido registrada nova movimentação.

Até sexta-feira (23), eles ficaram no terreno do mecânico Ronaildo da Silva Fernandes na zona rural de Baraúna. No domingo (25), houve uma tentativa de invasão numa casa na comunidade, e a polícia investiga se teria relação com os fugitivos.

Moradores também disseram ter visto os fugitivos em outra comunidade de Baraúna na noite de segunda-feira (26), mas, segundo investigadores, os cães farejadores foram ao local e não reconheceram a passagem dos detentos.

Investigadores acreditam que eles ainda estejam no Rio Grande do Norte, e as buscas se intensificaram na divisa do estado com o Ceará.

A procura pelos dois detentos que fugiram da penitenciária federal de Mossoró completam 15 dias nesta quarta-feira (28). Desde então, já foram presas cinco pessoas.

Os fugitivos são Rogério da Silva Mendonça, 36, conhecido como Tatu; e Deibson Cabral Nascimento, 34, chamado de Deisinho —segundo as investigações, eles são ligados à facção criminosa Comando Vermelho.

Os dois detentos haviam sido transferidos do Acre para o presídio em Mossoró, cidade localizada a 281 quilômetros de Natal (RN), após uma rebelião que deixou cinco pessoas mortas em julho do ano passado.

A fuga, fato inédito em presídios federais, ocorreu na madrugada do dia 14 deste mês e expôs o governo de Lula (PT) a uma crise justamente em um tema explorado por adversários políticos, a segurança pública.

Os investigadores identificaram que os dois fugitivos usaram uma barra de ferro, retirada da estrutura da própria cela, para escavar um buraco no vão da luminária. Com a abertura do espaço, os presos conseguiram escapar.

Os detentos teriam conseguido a barra de ferro, de cerca de 50 centímetros, descascando parte da cela que já estava comprometida, devido a infiltração e falta de manutenção.

Com o buraco na luminária, os dois chegaram ao local da manutenção do presídio, onde estão máquinas, tubulações e toda a fiação.

De lá, a dupla conseguiu alcançar o teto. Também não havia nenhuma laje de concreto ou sistema de proteção.

Os fugitivos encontraram ferramentas que estavam sendo usadas na reforma do presídio. Com um alicate para cortar arame, conseguiram passar pela grade que impedia o acesso ao lado externo do presídio.

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Reportagem

Busca por fugitivos do presídio federal de Mossoró tem semelhanças com caso Lázaro

Por Herculano Barreto Filho

UOL

As buscas por dois fugitivos do presídio de Mossoró (RN), a primeira da história das unidades prisionais federais, têm semelhanças com o caso Lázaro Barbosa. Ele foi capturado e morto em junho de 2021, após 20 dias de operação, suspeito de matar uma família no Distrito Federal e cometer outros crimes em Goiás.

O que aconteceu

Buscas em áreas rurais. O cenário das buscas são áreas rurais, que dificultam o trabalho das forças de segurança por causa do clima e do tamanho dos territórios.

Reféns. Rogério da Silva Mendonça, 35, e Deibson Cabral Nascimento, 33, os dois fugitivos de Mossoró, fizeram uma família refém em 16 de fevereiro, dois dias após a fuga. Comeram e levaram de lá dois celulares. Acusado de matar quatro pessoas da mesma família, Lázaro adotou a mesma tática durante a sua fuga, passando por chácaras e fazendo reféns.

Comparsas. A PF prendeu três suspeitos de ajudar os detentos do presídio de Mossoró na fuga. Assim como eles, Lázaro recebeu ajuda de um ex-patrão e de um funcionário dele, segundo as investigações da época das buscas.

Reforço nas forças de segurança. Nas buscas por Lázaro, os trabalhos foram coordenados pela SSP-GO (Secretaria de Estado da Segurança Pública). Foram mobilizados mais de 270 agentes. Entre eles, as Polícias Civil e Militar de Goiás e do Distrito Federal, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Diretoria Penitenciária de Operações Especiais (DF) e Corpo de Bombeiros Militar. A força-tarefa empenhada em encontrar os fugitivos de Mossoró tem agentes estaduais e federais envolvidos.

Longo tempo de buscas. Lázaro foi encontrado pelas equipes de segurança após 20 dias de investigação. Ele foi morto aos 32 anos, com mais de dez tiros da cintura para cima, incluindo a cabeça. A advogada dos fugitivos de Mossoró teme pela vida deles. “Não há nada que comprove que eles saíram do presídio vivos”, disse ela ao pedir acesso às imagens do presídio.

Preocupação de familiares. Em junho de 2021, a família de Lázaro tinha esperanças de que ele se entregasse à polícia. A mãe do fugitivo disse que ele não tinha condições de contratar um advogado e relatou ter recebido ameaças. No caso dos fugitivos de Mossoró, as mães também fizeram apelos às autoridades. Nelita Nogueira da Silva, mãe de Rogério, pediu aos agentes que capturem os detentos, para que eles voltem à prisão e cumpram suas penas. Maria Auxiliadora Nascimento Vieira, mãe de Deibson, disse ao UOL temer que o filho seja morto.

Pegadas, uniforme e apreensões em Mossoró

Ao menos três pessoas foram presas em flagrante por suspeita de ajudar os fugitivos. Dessas, duas foram presas em flagrante e outra preventivamente. Na quarta-feira (22), a Polícia Federal cumpriu nove mandados de busca e apreensão nas cidades de Mossoró, Quixeré (CE) e Aquiraz (CE) contra possíveis envolvidos no fornecimento de apoio aos foragidos.

Apreensão de drogas, armas e um carro. Segundo a PF, em uma das casas alvo das buscas, em Aquiraz, havia drogas — o que originou a prisão em flagrante. Foram apreendidos ainda telefones celulares e um carro que teria sido utilizado no apoio aos fugitivos para fornecer armas.

Forças policiais federais e estaduais fazem buscas num raio de 15 quilômetros de distância do presídio federal. O ministro da Justiça e Segurança, Ricardo Lewandowski, anunciou na segunda (19), o emprego de mais cem agentes da Força Nacional para atuar nas buscas.

Desde o dia da fuga, secretarias de Segurança Pública de três estados atuam juntas para fiscalizar divisas. Rio Grande do Norte, Paraíba e Ceará aumentaram o policiamento terrestre e aéreo da região.

Monitoramento aéreo e por estradas. O governo do Rio Grande do Norte informou que faz buscas aéreas, com o auxílio de aeronaves, e terrestres, nas divisas dos estados do Ceará e Paraíba. O Ministério da Justiça e Segurança Pública mobilizou ainda a Polícia Rodoviária Federal para a recaptura dos presos por rodovias federais.

Alerta à Interpol. A PF foi orientada a colocar os nomes dos fugitivos no Sistema de Difusão Laranja da Interpol e a incluí-los no Sistema de Proteção de Fronteiras.

Luminária, teto e tapume: como foi a fuga

Detentos abriram uma parede do presídio e fugiram pela luminária. Deibson e Rogério, que fazem parte do Comando Vermelho do Acre, fugiram pelo telhado do presídio de Mossoró na madrugada do dia 14.

As celas onde estavam os presos passam por perícia. Pertences dos detentos, como lençóis e objetos pessoais, também são examinados.

Roupas e pegadas foram encontradas por equipes da força-tarefa dois dias depois. Calçados e camisetas — que podem ser dos dois fugitivos — foram localizados em uma área rural de Mossoró e, por isso, as buscas se intensificaram na região próxima à penitenciária.

Camiseta de uniforme de presídio foi encontrada em região de mata. De acordo com o órgão, a roupa foi localizada na zona rural e pode ter sido usada por um dos detentos que fugiu do presídio. Contudo, os objetos encontrados ainda passarão por perícia.

Fugitivos tinham planos de chegar ao Rio de Janeiro. Secretários de segurança pública estão em contato após indícios de que os detentos poderiam chegar ao Rio de Janeiro, estado onde estão as principais lideranças do Comando Vermelho.

Quem são os fugitivos

Presos estiveram em rebelião em presídio, em 2023, e pertencem ao Comando Vermelho. Deibson e Rogério foram transferidos para a unidade federal após terem participado de uma rebelião no presídio Antônio Amaro Alves, no Acre, em julho do ano passado.

Fugitivos são “matadores do CV”. Fontes ouvidas pela reportagem indicam que os fugitivos não integram o alto escalão da facção e que são conhecidos por executarem pessoas condenadas no “tribunal do crime” do Comando Vermelho do Acre. O UOL não localizou os advogados deles.

Deibson cumpria pena de 33 anos por assalto a mão armada. Conhecido como Tatu, ele também responde a processos por tráfico de drogas.

Rogério tem suástica tatuada na mão e condenação de cinco anos por tráfico. Martelo também responde a processos por homicídio qualificado, roubo e violência doméstica.

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Polícia prende suspeito de ter ajudado fugitivos do presídio federal

Raquel Lopes

Folha de S. Paulo

Investigadores suspeitam que os dois presos que fugiram da penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, tiveram ajuda fora do presídio. Isso, inclusive, teria motivado o cerco realizado nesta quarta-feira (21) na cidade de Baraúna, no Rio Grande do Norte.

Os fugitivos são Rogério da Silva Mendonça, 36, conhecido como Tatu, e Deibson Cabral Nascimento, 34, chamado de Deisinho. Segundo as investigações, eles são ligados ao Comando Vermelho (CV).

Uma pessoa foi encaminhada para prestar depoimento na Polícia Federal nesta quarta-feira (21), mas não há detalhes se estaria envolvida na possível ajuda aos fugitivos.

A busca pelos dois detentos chegou ao nono dia nesta quinta-feira (22). Segundo agentes que atuam na área operacional, as equipes trabalham em um raio de 15 km, com o empenho integrado de todas as forças de segurança federais e estaduais. Parte da região de Baraúna está incluída nesse raio.

Policiais têm enfrentado diferentes desafios na operação, como buscas em cavernas e matas, presença de animais peçonhentos e chuvas frequentes.

Novos policiais têm chegado quase todos os dias à região. Já são cerca de 500 envolvidos, segundo o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. Nesta segunda (19), o ministro autorizou o emprego de mais 100 homens da Força Nacional nas buscas.

Um portaria publicada nesta quarta-feira (21) autoriza o uso da Força Penal Nacional na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Essa foi mais uma medida tomada pelo governo para reforçar a segurança do local.

A investigação aponta que os dois fugitivos usaram uma barra de ferro retirada da estrutura da própria cela para escavar o buraco da luminária pelo qual conseguiram escapar.

Ao adentrarem em um shaft (espaço ao lado das celas destinado à manutenção do presídio, onde estão localizadas máquinas e tubulações), alcançaram o teto do sistema prisional, que não tinha grade, laje ou um sistema de proteção.

Segundo o ministro da Justiça disse em entrevista coletiva, o presídio estava passando por uma reforma interna, havendo operários e ferramentas que possivelmente estavam espalhadas e ao alcance dos fugitivos. Na sua visão, as ferramentas não estavam devidamente acondicionadas.

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Foro de Moscow 21 fev 2024 – Uma semana de baile dos fugitivos do presídio federal