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Análise

Genivan tenta atrair eleitor bolsonarista falando em algo que extremistas detestam: diálogo

Patinando nas pesquisas, o representante do bolsonarismo na corrida ao Palácio da Resistência, o ex-vereador Genivan Vale (PL) tem falado muito em diálogo e moderação nos vídeos que posta nas redes sociais.

No entanto, há um divórcio entre o objetivo de atrair o público-alvo e a mensagem. Genivan precisa do eleitor bolsonarista para se alavancar neste período de pré-campanha.

O problema é que o bolsonarismo está situado na extrema direita, um campo político autoritário e por natureza movido por ódio e preconceito.

Falta a Genivan o discurso que agrega (a palavra soa irônica, eu sei) o bolsonarismo: a exclusão de quem pensa diferente. Noves fora, os absurdos que defendeu na pandemia a vida pública dele não linka com bolsonarismo raiz.

Daí o mau desempenho nas pesquisas e manutenção do eleitor bolsonarista de Mossoró no projeto de reeleição do prefeito Allyson Bezerra (União).

Sábado Genivan e o PL receberam o espalhador de fake news e discurso de ódio travestido de deputado federal Nikolas Ferreira (PL/MG) para tentar colar no bolsonarismo. Na semana passada, o jovem de ideias retrogradas protagonizou cenas lamentáveis no Congresso Nacional em que ficou próximo de trocar socos com o deputado federal André Janones (Avante/MG).

Se há algo que passa longe da figura de Nikolas é o simbolismo do diálogo.