O secretário estadual de planejamento Aldemir Freire foi ao Twitter explicar que se o Governo do Estado atender a reivindicação dos professores de cumprimento imediato do reajuste de 14,95% do piso nacional da categoria, o Estado entra em colapso.
“Se o governo do estado atender aos professores na forma como eles querem vai inviabilizar a prestação dos serviços públicos, os investimentos e atrasar salários (inclusive dos professores). Pelos meus cálculos os custos do piso para esse ano consumiria 92% do espaço fiscal”, explicou postando a planilha abaixo. “Ou seja, do aumento de receitas projetado para esse ano, 92% seria consumido pelos professores (ativos e inativos) e apenas 8% para o crescimento de TODAS as demais despesas (inclusive o custeio e o investimento da própria educação). Isso é ou não inviável?”, perguntou.
Em outra postagem ele mostrou a evolução da folha de pagamento da educação nos últimos cinco anos:
“RN: Evolução folha mensal da educação – ativos e inativos (em R$ milhões). Com a proposta do governo p o piso 2023
Dez 2018 – R$ 179,9
Dez 2021 – R$ 208,8
Dez 2022 – R$ 286,2
Mai 2023 – R$ 337,0
Dez 2023 – R$ 357,0
Variações
Dez 2023 X Dez 2018
Nominal: R$ 177 milhões/mês +98,3%”.
Por isso ele garante que se o piso for reajustado de uma só vez as contas entram em colapso. “Impacto do “Piso” de 2023 no formato implantado pelo RN = R$ 580 milhões (dois terço desse valor vai para inativos). Valor do pagamento do retroativo de 2022: R$ 430 milhões. Custo total R$ 1 bilhão”, escreveu. “Possibilidade das finanças do RN acomodar em 2023 um aumento de folha c a educação da ordem de R$ 1 bilhão sem as contas do Estado entrarem em colapso: ZERO”, acrescentou.
Os professores rejeitaram duas propostas do Governo do Estado prevendo parcelamento do reajuste e início do pagamento do retroativo no próximo ano. A categoria entrou em greve.
PS: as aspas de Aldemir foram reproduzidas com a mesma grafia das postagens originais.