Há 95 anos Mossoró resistia bravamente ao bando de Lampião naquela que é a maior epopeia da cidade cantada em verso e prosa pelo nosso povo anualmente no “Chuva de Bala no País de Mossoró”.
Mas pouco se sabe sobre as consequências deste eventos nos dias seguintes ao movimento de resistência liderado pelo então prefeito Rodolfo Fernandes.
Uma pesquisa inédita realizada por Abimael Silva, da Editora Sebo Vermelho, a partir de relatórios da Gerência do Banco do Brasil de Mossoró apontou que a economia da cidade ficou paralisada por três meses.
A economia de Mossoró parou por causa do medo de novas invasões e isso refletiu nas finanças do Banco do Brasil. “Mesmo após o 13 de junho o Banco do Brasil ficou vários meses parado e com as pendências em aberto. Foram mais de três meses com gente fora de Mossoró”, disse.
Abimael explicou que o prejuízo as finanças de Mossoró na época foi incalculável e que lembra o que vivenciamos na pandemia. “O prejuízo foi incalculável porque a economia parou por três meses com as pessoas escondidas em Areia Branca, inclusive famílias ficaram em barcos”, declarou. “Ele não chega a mensurar o prejuízo”, acrescentou.
Abimael explica que Mossoró tinha condições de pagar os 400 contos de réis pedidos por Lampião, mas escolheu resistir.
Ainda que vencesse a batalha, Lampião nada encontraria no Banco do Brasil porque o cofre foi levado para Areia Branca. “O cofre do BB chegou a ser transportado para Areia Branca”, declarou.
O livro Lampião, o Banco do Brasil e Mossoró será lançado hoje durante a abertura do XVIII Fórum do Cangaço cujo tema será “o batismo de fogo”.
Serviço
Local: Auditório da FAFIC/Campus Central da UERN
Hora: 19h