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Styvenson x Allyson: está tudo errado nessa treta!

Toda obra precisa de alvará. Seja para construir uma casa ou um hospital. É rotina na vida dos burocratas de qualquer prefeitura interditar obras que não tiveram autorização para começar.

Ponto!

Dito isso nem deveria existir essa polêmica envolvendo o prefeito Allyson Bezerra (UB) e o senador Styvenson Valentim (PSDB).

Primeiro porque Allyson, por mais defeitos que tenha, não tem culpa se a obra do Hospital Infantil começou sem ter alvará.

Segundo porque tanto o hospital infantil quanto o hospital do câncer, que está com a mesma irregularidade, não estão sendo construídos com emendas de Styvenson.

O senador mandou verba de custeio para aquisição de equipamentos, insumos e realização de procedimentos médicos.

O parlamentar aproveitou a história para reforçar que é o “pai das crianças” como se tivesse enviado recursos para investimentos, o que não é verdade.

Por todos esses motivos a reação de Styvenson contra Allyson é desproporcional e politiqueira.

Não duvido da capacidade de Allyson fazer política rasteira, mas nessa história aí não tem como acusá-lo disso.

A Associação de Proteção e Assistência à Maternidade e Infância de Mossoró (Apamim) e a Liga de Mossoró – Estudos e Combate Ao Câncer que cuidem de tirar o alvará e fazer as obras dentro da regularidade.

Diga-se de passagem, as duas entidades até hoje ficaram em silêncio sobre a distorção que Styvenson faz sobre os recursos das emendas.

Também pudera, o Blog do Barreto já provou com documentos que nunca foi dinheiro para investimentos.

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Prefeitura de Mossoró embarga obra de hospital filantrópico

Blog Regy Carte

A obra do Hospital Infantil em Mossoró está embargada por falta de alvará de construção, segundo a Prefeitura. O embargo foi noticiado em primeira mão, quinta-feira (17), AQUI. Em nota, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) foi além: declarou que a obra do novo hospital da Liga Contra o Câncer também está em situação ilegal.

“No que se refere também a obra do Hospital da Liga do Câncer, é importante explicar a sociedade que é mais uma obra que está sendo executada sem alvará de construção e portanto de forma ilegal”, declarou a Prefeitura, em nota à imprensa.

A gestão municipal acrescenta que “a instituição (Liga Mossoroense de Estudos e Combate ao Câncer) foi notificada pelos fiscais, servidores efetivos do município, mas que mesmo depois disso a obra segue sem o controle de legalidade e de segurança adequada”.

Sobre o Hospital Infantil, de responsabilidade da Associação de Proteção e Assistência à Maternidade e Infância de Mossoró (Apamim), a Prefeitura declara:

“Os fiscais urbanísticos da Prefeitura, que são servidores efetivos, identificaram a ilegalidade da obra, notificaram, mas a direção do hospital não compareceu no prazo legal. Restando a obrigação dos servidores embargarem a obra ou correrem o risco de responderem pelo crime de prevaricação”.

Recursos federais

O Hospital Infantil de Mossoró começou a ser construído no último dia 21 de março, na avenida Rio Branco, em frente à Praça da Criança. Para esse primeiro módulo, a obra conta com R$ 11 milhões, alocados no Orçamento da União por emenda do senador Styvenson Valentim (PSDB).

Já a obra do novo Hospital da Liga Contra o Câncer começou há um ano, no terreno onde funcionou o antigo (e demolido) Hospital Duarte Filho, na “Praça dos Hospitais”. O projeto também teve recursos alocados pelo senador Styvenson, que destinou ao início do serviço emenda de R$ 8 milhões.

Nota da Prefeitura de Mossoró

A Prefeitura de Mossoró, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), informa que a obra de construção do Hospital Infantil, da APAMIM, está embargada em razão da falta de documentação legal, que garantem à segurança de qualquer obra. Ou seja, a obra não possui alvará de construção e sua execução assim está ilegal e impossibilitada de ser liberada por um servidor público da carreira urbanística.

A obra foi iniciada no dia 21 de março de 2025 de forma ilegal, sem ao menos ter pedido de alvará por parte da APAMIM, que só foi feito no dia 15 de abril. Os fiscais urbanísticos da Prefeitura, que são servidores efetivos, identificaram a ilegalidade da obra, notificaram, mas a direção do hospital não compareceu no prazo legal. Restando a obrigação dos servidores embargarem a obra ou correrem o risco de responderem pelo crime de prevaricação.

No que se refere também a obra do Hospital da Liga do Câncer, é importante explicar a sociedade que é mais uma obra que está sendo executada sem alvará de construção e portanto de forma ilegal. A instituição foi notificada pelos fiscais, servidores efetivos do município, mas que mesmo depois disso a obra segue sem o controle de legalidade e de segurança adequada.

A Prefeitura de Mossoró reconhece a importância da realização das obras para a saúde pública do Município, bem como está à disposição para contribuir para a devida regularização das obras.

A Secretaria de Urbanismo orienta à população que obras executadas sem alvarás e sem nenhum controle podem resultar em sérios riscos à segurança da população como já ocorreu em outros casos em todo o país. Esclarece também que os servidores efetivos estão realizando o trabalho pautados na legalidade e obrigação de suas funções.

Mossoró-RN, 22 de abril de 2025

Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo

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Styvenson envia emenda de custeio e diz que foi para construir hospital em Mossoró

Sexta-feira, 21 de março, o senador Styvenson Valentim (PSDB) é recebido em Mossoró para assinar a ordem de serviço para a construção de um Hospital Infantil em parceria com a Associação de Proteção e Assistência à Maternidade e a Infância de Mossoró (Apamim).

Parece a rotina de um chefe de executivo, mas é uma só uma jogada de marketing que esconde uma gambiarra contábil.

O senador alardeia que enviou R$ 11 milhões e até o final do ano serão mais R$ 4 milhões, totalizando R$ 15 milhões em investimentos.

Mas a verdade é que o valor do recurso objeto de marketing político feito pelo senador não é para construir nenhum hospital.

O Blog do Barreto comprova isso com documentos. A observação do extrato da ordem bancária dos R$ 11 milhões é claro: “ATESTO QUE O PAGAMENTO ESTA EM CONSONANCIA COM A PORTARIA CONJUNTA MFMPOMGICGU SRIPR N 1112024 PAGAMENTO DE 65060INCREMENTO TEMPORARIO AO CUSTEIO DOS SERVICO S DE ASSISTENCIA HOSPITALAR E AMBULATORIAL PARCELA UNICA MUNIC…”.

O dinheiro enviado ao Fundo Municipal de Saúde e encaminhado a Apamim é para a custeio de serviços de assistência hospitalar e ambulatorial.

Traduzindo, se você não entendeu: é dinheiro para atendimentos gratuitos via Sistema Único de Saúde (SUS).

Clique AQUI

Não é para construção de hospital.

No dia 21 de fevereiro deste ano o secretário municipal de saúde Almir Mariano assinou o extrato de transferência dos recursos do FMS para a Apamim informando que é dinheiro “destinado ao incremento temporário ao custeio dos serviços de Atenção Especializada à Saúde, em consonância com a emenda parlamentar nº 71210006”.

Não há qualquer menção de construção de hospital no trâmite que levou o dinheiro até a conta da Apamim.