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Desafios da cajucultura é debatido em Mossoró

A audiência pública sobre os novos desafios da Cajucultura no Rio Grande do Norte (RN), realizada nesta sexta-feira (24), na Câmara Municipal de Mossoró, debateu a cadeia produtiva: o beneficiamento da fruta e políticas de valorização e apoio aos produtores do RN. O encontro foi resultado de proposição da deputada estadual Isolda Dantas do PT e reuniu os principais envolvidos na cadeia produtiva, com o objetivo de obter êxito nas reivindicações referentes à pauta da castanha no estado. O RN é o terceiro maior produtor de castanha de caju do país, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2022, o estado produziu 18 mil toneladas do produto.

Durante a audiência, produtores da região Oeste compartilharam suas necessidades; o produtor de Severiano Melo e membro da Câmara Técnica da Cajucultura do RN, Elano Gomes, destacou que o município gera, somente no segmento da cajucultura, pelo menos dois mil postos de emprego no segundo semestre, anualmente, sinalizando que a estrutura hoje, no local, não é só produtiva, mas também turística, ressaltando a importância não só econômica, mas também social. A produtora Toinha, da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do RN (FETARN), também compartilhou as preocupações atuais dos trabalhadores e trabalhadoras da cajucultura, quanto à produção de energia eólica.

A deputada Isolda destacou a importância do setor para as famílias locais e ressaltou a necessidade de fortalecer as políticas e assistência técnica relacionadas à cadeia produtiva da Cajucultura: “não só faz parte da nossa identidade, mas movimenta a nossa economia; por isso é muito importante, de forma coletiva, elencamos quais os desafios e quem e quais esferas podem resolver esses problemas para vencer os desafios”. Durante os debates, foram discutidas estratégias para impulsionar o desenvolvimento do setor, incluindo a integração regional, o programa de renovação dos pomares, o aproveitamento do pedúnculo, assistência técnica e pesquisa para desenvolvimento de equipamentos específicos, bem como a definição de políticas de Estado e um preço mínimo que remunere adequadamente os produtores.

Fátima Torres, representando a Central de Comercialização da Agricultura Familiar (CECAFES), foi enfática ao cobrar das autoridades soluções reais para a cadeia produtiva: “faltaram políticas públicas que beneficiassem essa cadeia produtiva. Faltou apoio financeiro, assistência técnica, estudos, valorização, capital de giro e uma política estadual de preço mínimo. Há anos estamos sozinhos. Só com a solução para esses pontos, essa cadeia produtiva será do tamanho que ela merece ser”, enfatizou.

O especialista em cajucultura, Vitor Hugo fez uma explanação sobre a viabilidade econômica da castanha, destacando os gargalos da cadeia. “São pontos como o baixo nível tecnológico, desarticulação da cadeia, falta de acesso ao crédito, promoção da cadeia no mercado interno, importação da castanha e da amêndoa e atração de pequenas e médias empresas processadoras”. O especialista ressaltou a importância do debate para os que fazem a cadeia produtiva. “É muito interessante ver uma parlamentar apoiando uma cadeia, que muitas vezes parece invisível, como é a cajucultura do nosso Estado. Daí a importância desse debate”, disse.

Também participaram da audiência, o Prof. Vinicius Galdino, da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN); Eriflávio Maia, Gestor de Negócios do Banco do Nordeste; Raimundo Canuto da FETRAF; Marcirio Lemos, representando a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural e da Agricultura Familiar (SEDRAF) e o presidente da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), Rodrigo Maranhão.

O evento proporcionou um espaço colaborativo para reunir forças e encontrar soluções conjuntas visando o crescimento sustentável da produção de caju no estado. A deputada Isolda reafirmou o compromisso de continuar trabalhando em prol do fortalecimento do setor da Cajucultura e agradeceu a participação ativa de todas as entidades, prefeitos, vereadores e secretários de agricultura da região, cajucultores, produtores técnicos e instituições envolvidas na audiência.

Ao final da audiência, os principais encaminhamentos da discussão consistiram na proposição de um significativo evento voltado para a cajucultura na região Oeste; na realização de uma reunião com a bancada federal para apresentar as demandas do setor; na iniciativa de estabelecer a Frente Parlamentar da Cajucultura na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (ALRN); na inclusão do tema da cajucultura no programa de aquisição de máquinas; e no diálogo com o Ministério do Meio Ambiente (MMA) para a consideração da planta do caju como crédito de carbono.

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PIB do RN registra alta de 5,1% em 2021 e fica acima das médias do Nordeste e do Brasil

O PIB do Rio Grande do Norte foi estimado em 80,2 bilhões em 2021 e apresentou aumento em volume de 5,1% na comparação com o ano anterior. Esse valor está acima da variação média registrada para o Nordeste (4,3%) e para o Brasil (4,8%), o que o coloca entre as 14 Unidades da Federação (UFs) que apresentaram valores acima da média nacional. Já o PIB per capita do estado fechou 2021 em R$ 22, 5 mil, enquanto o do Brasil foi de R$ 42,2 mil.

Todas as Unidades da Federação apresentaram crescimento em volume do PIB e, de uma maneira geral, o resultado representou a recuperação da economia brasileira após a queda observada em 2020 pelos efeitos da pandemia de COVID-19. Em relação aos componentes do PIB pela ótica da produção, o valor adicionado bruto para o Rio Grande do Norte também foi de 5,1%. A economia potiguar continua representando 0,9% do PIB nacional em 2021 e manteve a 5ª posição relativa ao valor do PIB na Região Nordeste e a 18ª no Brasil. Desde 2002 até 2021, a variação em volume acumulada foi de 39,6%, uma média de 1,8% ao ano, colocando o estado na 3ª posição relativa entre os que têm a menor variação em volume acumulado em 20 anos.

Entre os três grupos de atividades, a Indústria apresentou o maior crescimento em volume (8%), seguida de Serviços (4,8%), enquanto Agropecuária registrou queda em 2021 fechando com -2,2%. Em 2020 esses valores foram de -1,9%, -5,9% e 2,6%, respectivamente.

A atividade econômica de Administração, defesa, educação e saúde pública e seguridade social (13,5%) do Rio Grande do Norte foi a responsável pelo maior percentual de participação no valor adicionado bruto do PIB do estado, seguido da Indústria de Transformação (11,9%) e do Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (10,7%).

Empregados

Em 2021, a remuneração dos empregados foi equivalente a 45,1% do PIB do Rio Grande do Norte, sendo 35,4% em salários e 9,7% de contribuição social. Esse é o menor valor já registrado para o indicador desde o início da série histórica, em 2010. Desde 2020, o excedente operacional bruto e o rendimento misto bruto, somados, são o principal componente do PIB pela ótica da renda, ultrapassando a remuneração dos empregados em proporção. Esse excedente é a remuneração do capital das empresas, enquanto o rendimento misto tem misturado o rendimento do trabalho e do capital dos autônomos. Em 2021, essa soma representou 42,6% do PIB do estado pela ótica da renda. Já os impostos, líquidos de subsídios, sobre a produção e importação, que também compõem o PIB sob essa ótica, atingiu 12,3% em 2021 frente a 11,7% registrado em 2020. Este também é o maior percentual já registrado para o indicador desde o início da série em 2010.

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RN tem o maior percentual de usuários de Internet do Nordeste

Em 2022, 92,9% dos domicílios particulares permanentes do Rio Grande do Norte tinham televisão, 90,1% dos domicílios utilizavam internet, 95,1% tinham telefone (94,9% do tipo móvel celular), 40% tinham rádio e em 32,8% havia um computador ou tablet. Dos domicílios com TV, 36,6% tinham acesso a serviço pago de streaming de vídeo, ou seja, cerca de 391 mil domicílios. Dos que usavam internet, 9,6% ou 105 mil deles usavam também algum tipo de dispositivo inteligente (câmeras, caixas de som, lâmpadas, ar-condicionado, geladeiras etc.)

 Das 2,6 milhões de pessoas no estado que usaram a internet, a maioria tinha como finalidade conversar por chamadas de voz ou vídeo (96,1%), assistir a vídeos, inclusive programas, séries e filmes (92%) ou enviar ou receber mensagens de texto, voz ou imagens por aplicativos diferentes de e-mail (91,9%). Usar redes sociais (87,8%), ouvir músicas, rádio ou podcast (85,2%); ler jornais, notícias, livros ou revistas pela Internet (62,8%); acessar banco(s) ou outras instituições financeiras (55,5%); e enviar ou receber e-mails (50,9%) foram as outras finalidades mais citadas. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua 2022, módulo de acesso à internet e à televisão e posse de telefone móvel celular para uso pessoal.

Tipo de televisão e acesso à serviços pagos variam com rendimento médio mensal real domiciliar per capita nos domicílios com TV no estado

 Dos domicílios particulares permanentes com televisão no estado em 2022, a maioria (84,2%) tinha apenas televisão de tela fina (Led, LCD ou plasma), sendo o restante dos domicílios com televisão de tubo (14%) ou com os dois tipos (1,9%). Em 2016, no início da série, esses números eram de 41,8% (436 mil), 45% (469 mil) e 13,2% (137 mil), respectivamente.

Considerando ainda os domicílios com televisão no Rio Grande do Norte em 2022, 279 mil ou 24,7% tinham acesso a serviço de televisão por assinatura. Dos 851 mil domicílios sem esse acesso (75,3%), mais de 50% (430 mil) disseram ter falta de interesse no serviço, enquanto 41,2% (350 mil) disseram não ter o serviço por ser caro. Quanto ao serviço pago de streaming de vídeo, 391 mil ou 34,6% possuíam acesso ao serviço. O rendimento médio mensal real domiciliar per capita dos 1,1 milhão de domicílios potiguares em 2022 onde havia televisão foi de R$ 1275, sendo R$ 1374 naqueles com televisão de tela fina e de R$ 662 naqueles em que havia as de tubo. No Brasil, a média do rendimento dos domicílios foi de R$ 1740 para domicílios com televisão, sendo R$ 1836 nos que tinham as de tela fina e R$ 948 onde havia as de tubo.

Quase 70% dos domicílios do RN não têm microcomputador ou tablet

No total de domicílios do estado em 2022, aqueles em que havia microcomputador representavam 31,1%. Em 2016, esse percentual era de 38,4%. A existência de tablet é menos comum nos domicílios que a de computador. Nos domicílios do RN, em 2022, o percentual daqueles em que havia tablet era de 7,4%.  O rendimento médio mensal real per capita domiciliar em função da existência desses equipamentos nos domicílios no estado foi de R$ 769, para os domicílios que não tinham microcomputador nem tablet e de R$ 2227 para os que tinham pelo menos o computador.

Quanto a existência de telefone, 4,9% dos domicílios particulares permanentes (59 mil) do estado não possuíam o equipamento. Considerando o tipo de telefone, em 2022, havia telefone fixo convencional em 6% dos domicílios potiguares e esse percentual tem apresentado declínio desde 2016 (45,9%). A parcela dos domicílios que tinham telefone móvel celular, por outro lado, aumentou de 94,1% para 94,9% entre 2016 e 2022, saindo de cerca de 1 milhão para 1,1 milhão em média.  Nos domicílios em que havia telefone fixo convencional o rendimento médio foi de R$ 2554, enquanto naqueles com telefone móvel celular esse rendimento foi de R$ 1258, a o passo que nos que tinham ambos os equipamentos, o rendimento médio era de R$ 2584.

De 2016 a 2022, no total de domicílios do Rio Grande do Norte, o percentual daqueles em que o serviço de rede móvel celular funcionava, para Internet ou para telefonia, passou de 87,6% para 90,3%, saindo de 937 mil para quase 1,1 milhão de domicílios.

Mais de 1 milhão de domicílios utilizam Internet no estado: maioria que não usa alega não saber utilizar ou que o serviço é caro demais

A Internet era utilizada em 90,1% dos domicílios particulares permanentes (1,1 milhão) do estado e 105 mil deles possuíam algum tipo de dispositivo inteligente (câmeras, caixas de som, lâmpadas, ar-condicionado, geladeiras etc.). O percentual dos que usavam banda larga móvel passou de 62,9% para 71,2% entre 2021 e 2022. Ao passo que o percentual dos domicílios que utilizavam a banda larga fixa aumentou de 91,2% para 91,8% nesse mesmo período. O rendimento médio mensal real per capita nos domicílios potiguares em que havia utilização da Internet (R$ 1275) foi quase 70% acima do rendimento nos que não utilizavam essa rede (R$ 864).

Até 2021, entre os domicílios que não utilizavam a internet (121 mil ou 9,9%), a maioria alegou que nenhum morador sabia usar a Internet (35,2%) ou que o serviço de internet era caro demais (32,9%). Alguns disseram não ter interesse em acessar a Internet (17,6%) e outros, que o equipamento para acessar a internet era muito caro (9,5%).  O restante informou ter outros motivos (4,1%) ou ainda não ter o serviço de internet disponível na área do domicílio (0,8%).

Rio Grande do Norte tem o maior percentual de população usuária de Internet de toda a região Nordeste

Quanto ao uso pessoal, na população estimada para o estado em 2022 de aproximadamente 3,1 milhões de pessoas de 10 anos ou mais de idade, 85% (2,6 milhões) utilizaram a Internet nos últimos três meses do período de referência. Esse é o maior percentual entre os estados do Nordeste. O percentual de usuários da Internet vem crescendo desde 2016, quando 61,2% da população de 10 anos ou mais de idade tinha utilizado a Internet, passando de 74,3%, em 2019, para 81,8%, em 2021.  Vale destacar que, em 2022, o percentual de pessoas que utilizaram a Internet foi de 92,8% no grupo dos estudantes, ao passo que entre não estudantes esse percentual foi de 82,9%.

Em relação ao sexo, 87,3% das mulheres utilizaram a Internet no estado em 2022, 4,8 pontos percentuais (p.p.) acima do percentual apresentado pelos homens (82,5%). Analisando por nível de instrução, o grupo de pessoas sem instrução ou com fundamental incompleto (68,9%) apresentava um percentual de uso da Internet inferior ao dos demais grupos de escolaridade de toda a população estimada. Os maiores percentuais foram estimados para as pessoas com ensino superior incompleto (99,4%) e com superior completo (99%).

Cresce o uso de internet na população de mais de 50 anos do estado

Por grupos de idade, o percentual mais baixo de pessoas que utilizaram a Internet, no período de referência dos últimos três meses, foi grupo etário acima de 60 anos (55%), seguido do grupo de 50 a 59 anos (83,3%). Já os maiores percentuais foram no grupo etário de 25 a 29 anos (96,8%) e no de 20 a 24 anos (95,6%).  O aumento do percentual de pessoas que utilizaram a Internet, entre 2016 e 2022, foi maior nos grupos etários de 50 a 59 anos e de 60 anos ou mais de idade (aumento de 43,8 p.p. e 38,9 p.p., respectivamente). Em relação a 2021, esses grupos também apresentaram as maiores expansões no percentual de usuários da Internet (4,3 p.p. e 5,1 p.p., respectivamente).

Maioria dos usuários no RN utilizam a internet todos os dias: conversar por chamadas de voz ou vídeo é a finalidade de acesso mais informada

Entre as pessoas de 10 anos ou mais de idade que utilizaram Internet no período de referência, 93,2% usavam de forma habitual todos os dias; 3,3% utilizavam quase todos os dias (cinco ou seis dias por semana); 2,8% de uma a quatro vezes por semana; e apenas 0,6% utilizavam com uma frequência inferior a uma vez por semana.  O meio de acesso indicado pelo maior número de pessoas foi o telefone móvel celular (98,8%), seguido, em menor medida, pela televisão (40,7%), pelo microcomputador (27%) e pelo tablet (5,5%). De 2016 a 2022, houve um aumento do uso do celular e da televisão para acessar a Internet e uma redução do uso do microcomputador e do tablet.

A finalidade mais informada pelas pessoas que acessam à internet foi aquela usada para conversar por chamadas de voz ou vídeo, alcançando 96,1% dos usuários do estado em 2022. A segunda finalidade mais relatada foi assistir a vídeos, inclusive programas, séries e filmes (92%). Outras finalidades de uso apontadas por mais da metade dos usuários da Internet foram:  enviar ou receber mensagens de texto, voz ou imagens por aplicativos diferentes de e-mail (91,9%); usar redes sociais (87,8%); ouvir músicas, rádio ou podcast (85,2%); ler jornais, notícias, livros ou revistas pela Internet (62,8%); acessar banco(s) ou outras instituições financeiras (55,5%); e enviar ou receber e-mails (50,9%). As demais atividades realizadas através da Internet, investigadas na pesquisa, foram citadas em menor proporção, abrangendo menos da metade dos usuários: comprar ou encomendar bens ou serviços (31,8%); usar algum serviço público (30,6%); jogar (28,8%); e vender ou anunciar bens ou serviços (9,8%).

Dentre os locais investigados, 12,8% (337 mil) das pessoas que utilizaram a Internet no período de referência dos últimos três meses afirmaram ter acessado o serviço gratuitamente em escolas, universidades ou bibliotecas públicas; 6,7% (176 mil), em estabelecimentos públicos de saúde, como postos de saúde e hospitais públicos; e mais cerca de 6,7% (175 mil), em praças ou parques públicos.

Entre as pessoas de 10 anos ou mais de idade que não utilizaram a Internet no período de referência dos últimos três meses (15% ou 465 mil pessoas), investigou-se o principal motivo de não terem acessado a Internet nesse período. Os dois motivos mais apontados por essas pessoas foram não saber usar a Internet (63,8%) ou por razão econômica, ou seja, serviço de acesso à Internet era caro (18,1%). Falta de necessidade representou 14,5%. A indisponibilidade do serviço de acesso à Internet nos locais em que costumava frequentar, falta de tempo, preocupação com privacidade ou segurança e outros motivos, juntos, representaram 3,6%. Esses resultados reforçam a investigação feita por domicílios.

Indicador ampliado de uso da Internet

 Algumas pessoas são usuárias da Internet, mesmo sem ter ciência deste fato (non-aware Internet users). É o caso de indivíduos responderam negativamente sobre esse acesso, porém responderam positivamente quando perguntados especificamente sobre a realização, no período pesquisado, de determinadas atividades que demandam Internet. Essa informação permitiu gerar o indicador ampliado de uso da Internet. Considerando esse indicador, encontrou-se que 85,9% das pessoas de 10 anos ou mais de idade utilizaram a Internet, constatando-se, portanto, uma diferença de 0,9 p.p. entre o indicador ampliado de uso da Internet e o indicador padrão (85%).

2,5 milhões de pessoas têm celular no Rio Grande do Norte: maioria são adultos jovens de 25 a 39 anos

Em 2022, 2,5 milhões de pessoas de 10 anos ou mais de idade tinham telefone móvel celular para uso pessoal no Rio Grande do Norte, o que correspondia a 81,9% da população dessa faixa etária. Desse percentual, a maioria era de não estudantes (83,5%) frente aos estudantes (75,8%). Em relação ao sexo, 84,8% das mulheres e 78,7% dos homens tinham telefone móvel celular para uso pessoal no estado.

Estima-se uma contínua expansão da posse de telefone celular no período abrangido pela pesquisa, variando de 76% da população de 10 anos ou mais de idade, em 2016, para 80%, em 2021, até atingir 81,9%, em 2022. A parcela que tinha acesso à Internet por meio desse aparelho aumentou de 75,3% em 2016 para 96,2%, em 2022. Já entre os estudantes que tinham telefone móvel celular para uso pessoal no Rio Grande do Norte (481 mil pessoas), a parcela que tinha acesso à Internet nesse aparelho era de 98,9%

Quanto aos grupos etários, em 2022, o percentual de pessoas que tinham telefone móvel celular para uso pessoal no estado teve o seu mínimo registrado no grupo de 10 a 13 anos (47,2%), elevando-se abruptamente entre as pessoas de 14 a 19 anos (82,4%). As maiores participações ocorreram nos grupos dos adultos jovens de 25 a 29 anos (93,7%) e de 30 a 39 anos (92,8%). Nos grupos etários seguintes, o percentual declinou gradualmente até o dos adultos de meia- -idade de 50 a 59 anos (83,9%), terminando com queda acentuada entre os idosos de 60 anos ou mais (64,1%).

Entre 2021 e 2022, houve crescimento do percentual de pessoas que tinham telefone móvel celular para uso pessoal em todos os grupos etários, exceto para o dos jovens de 10 a 13 anos, ambos com declínio de 4,3 p.p.

Motivos de não ter telefone móvel celular para uso pessoal

Em 2022, no RN, estima-se que 561 mil pessoas não tinham telefone móvel celular para uso pessoal, representando 18,1% da população de 10 anos ou mais de idade do estado. Esse percentual era 23,3%, em 2019, e 20%, em 2021. Dentre os motivos alegados para não se ter o aparelho, os três que mais se destacaram agregaram, em conjunto, quase 80% das pessoas de 10 anos ou mais de idade que não tinham esse aparelho, no estado. No contingente dos que não tinham telefone móvel celular para uso pessoal, 33% alegaram que não sabiam usar telefone móvel celular; 29,5%, que o aparelho telefônico era caro; e 16,7%, costumava usar o telefone móvel celular de outra pessoa.

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População do RN tem mais mulheres que homens chegando a velhice

De acordo com os dados da segunda revisão do Censo Demográfico do IBGE, a população do Estado do Rio Grande do Norte era de 3.302.729 pessoas em 2022, sendo 1.703.967 (51,6%) mulheres e 1.598.762 (48,4%) homens, o que representa um crescimento total de 4,3% entre 2010 e 2022.

Enquanto o grupo de crianças de 0 a 14 anos representava 41,5% da população em 1980 e 24,8% em 2010 [Tabela 1], este percentual foi de 19,8% em 2022, como demonstrado pelo estreitamento da base da pirâmide etária do estado (Gráfico 1). Simultaneamente, o topo da pirâmide se alargou, com aumento da participação relativa da população com 65 anos ou mais, que era de 5,1% em 1980 e 7,6% em 2010, contando homens e mulheres, e passou a 10,5% em 2022.

Entre 1980 e 2022, observa-se o alargamento do topo e o estreitamento da base da estrutura etária da população residente no Rio Grande do Norte, demonstrando uma tendência de envelhecimento da população, sobretudo da feminina.

Índice de Envelhecimento

O índice de envelhecimento mostra a relação de idosos de 65 anos ou mais de idade em relação à população que tem entre 0 e 14 anos. Quanto maior o valor do indicador, mais envelhecida é a população. Esse índice chegou a 53,0 em 2022 para o Rio Grande do Norte, indicando haver 53 idosos para cada 100 crianças. Em 2010 esse índice era de 30,4, indicando um processo de envelhecimento da população. O Município com o maior índice de envelhecimento no estado é Jardim do Seridó (121,6), enquanto Extremoz teve o menor índice de envelhecimento (24,7) [Tabela 2].

Razão de sexo

O Censo Demográfico 2022 mostrou, para o Rio Grande do Norte, uma razão de sexo igual a 93,8, indicando haver 93,8 homens para cada 100 mulheres [Tabela 3]. Devido ao envelhecimento demográfico, é esperado que o número de homens seja gradualmente menor que o número total de mulheres, já que essas apresentam, na média, menor mortalidade durante todas as etapas da vida.

Em relação à razão de sexo, o Município Nísia Floresta (116,4), se destaca com a maior razão de sexo do Estado, ou seja, aquele que tem proporcionalmente mais homens que mulheres. Em contrapartida, Natal (86,9) é o Município com o menor valor para esse indicador, evidenciando a sobreposição da população feminina em relação à população masculina [Tabela 4].

 

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RN atinge maior número de pessoas empregadas nos últimos 10 anos

Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2022, a população ocupada no estado do Rio Grande do Norte atingiu sua maior estimativa, alcançando 1,4 milhão de pessoas. 

Esse número representou um acréscimo de 5,5% em relação a 2019 (1,32 milhão de pessoas) e de 8,9% frente à população de 2012 (1,24 milhão de pessoas). Em relação a 2019, o total da população em idade de trabalhar expandiu 4,8%, estimada em 2022 em 2,9 milhões de pessoas. A tendência de avanço simultâneo em ambas as populações (em idade de trabalhar e ocupadas) foi observada também em todo o Brasil, que chegou à estimativa de 99,6 milhões de pessoas ocupadas em 2022. Os dados são do tema da  

Em 2022, os grupamentos de atividades que registram as maiores participações foram Comércio (20,4%) e Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (19,9%), ambas permanecendo como as atividades que mais absorveram trabalhadores desde 2012, tendo a primeira apresentado uma queda de 10% e a segunda um aumento de 8,7% em 10 anos. Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, Outros serviços e Alojamento e alimentação foram os que mais tiveram acréscimo entre 2012 e 2022, com 40%, 39,5% e 34,7% de aumento respectivamente. Indústria, que chegou a ser a terceira atividade que mais absorvia trabalhadores em 2012, teve uma queda de 22,8% em 2022.

Se compararmos as atividades a 2019, Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura foi o grupamento de atividades que mais cresceu em 2022 (22,6%), seguida de Alojamento e alimentação (6,4%) e Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (5.3%). Indústria também apresentou decréscimo se comparada a 2019 (8,3%), mas foi Transporte, armazenagem e correio que apresentou a maior queda na participação de pessoas ocupadas (27, 3%).

Porcentagem de pessoas de 14 anos ou mais de idade ocupadas na semana de referência da pesquisa (2012 – 2022) no Rio Grande do Norte, por Grupamentos de atividades no trabalho principal

Grupamentos de atividades 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2022
Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura 10 8,3 7,8 7,8 7,9 7,6 9 8,4 10,3
Indústria geral 11,4 10,4 9,7 9 10,1 10,9 9,4 9,6 8,8
Construção 9,9 10,4 10,5 8,3 9,2 8 7,2 7,6 7,9
Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas 22,7 24,8 24,3 22,7 22,7 23 22,8 21,1 20,4
Transporte, armazenagem e correio 3,7 3,8 3,5 4,1 4 4 3,9 4,4 3,2
Alojamento e alimentação 4,9 6,2 5,5 7,2 6 6,7 6,2 6,2 6,6
Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas 7,5 8 7,7 10,3 8,1 8,9 9,5 10,6 10,5
Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais 18,3 15,8 19,3 19,1 20,7 19,5 20,3 18,9 19,9
Outros serviços 4,3 5 4,8 4,4 4,7 4,8 5,7 6,4 6
Serviços domésticos 7,2 7,3 6,9 6,9 6,5 6,6 6 6,7 6,3

Sobre a pesquisa

A PNAD Contínua é feita por amostras em que um mesmo domicílio é visitado uma vez por trimestre, durante cinco trimestres. Um outro conjunto de informações sobre força de trabalho, de caráter mais estrutural, e que, diferentemente das informações utilizadas para o monitoramento conjuntural, também são investigadas, mas apenas na primeira visita ao domicílio selecionado para responder à pesquisa. Na pesquisa agora divulgada, estão disponíveis os seguintes indicadores: associação a sindicato; associação a cooperativa de trabalho e produção, entre outros.

Para os anos de 2020 e 2021, não houve a disponibilização de dados da pesquisa sobre esse tema, uma vez que, em decorrência da pandemia da COVID-19, a redução da taxa de resposta da PNAD Contínua nos referidos anos trouxe dificuldades para a mensuração de alguns indicadores dos módulos temáticos coletados exclusivamente na primeira visita. Portanto, a série de indicadores compreende os anos de 2012 a 2019 e 2022.

Os resultados divulgados incorporam a reponderação da PNAD Contínua ocorrida em 2021, a qual considera os totais populacionais por sexo e grupos etários estimados para o Brasil, segundo os dados das Projeções da População do Brasil e Unidades da Federação, Revisão 2018, também calculadas pelo IBGE.

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IBGE divulga dados sobre consumo de carne, ovos e leite no RN em 2023

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados da sua recente pesquisa sobre o abate de suínos e bovinos, e produção de ovos e leite no 1º trimestre de 2023 no Rio Grande do Norte. 

Segundo a pesquisa, o RN tem registrado queda acentuada no abate de suínos, e também de bovinos quando comparado com o mesmo período de 2022. 

O levantamento destacou que o abate de 2.397 de cabeças de suínos representou queda de mais da metade (50,9%) em relação ao mesmo período de 2022 e de 12,3% na comparação com o 1° trimestre de 2023. 

Já o abate de bovinos foi de 16.132 de cabeças no 2º trimestre de 2023, configurando queda de 18,9% em relação ao mesmo período do ano anterior, porém se comparado ao 1º trimestre de 2023, representando alta de 0,16%. Esse resultado interrompeu dois trimestres consecutivos de baixas e foi o primeiro resultado positivo em 2023. Do total de bovinos, 48,60% foram abates de bois, 24,18% de vacas, 19,06% de novilhos e os 8,16% restantes, de novilhas. Confira o gráfico com os dados

Aquisição de leite no Rio Grande do Norte registra queda de 1,6 milhões de litros 

 No 2º trimestre de 2023, a aquisição de leite cru feita pelos estabelecimentos que atuam sob algum tipo de inspeção sanitária no Rio Grande do Norte foi de 17,3 milhões de litros, um aumento de 3,0% em relação ao 2° trimestre de 2022, mas uma queda de 8,5% frente ao trimestre imediatamente anterior. Na série histórica da pesquisa, esse resultado interrompeu dois trimestres consecutivos de altas registradas. Da quantidade de leite adquirido, quase sua totalidade foi industrializada (99,7%). Essa produção levou o Rio Grande do Norte à 20ª posição entre os estados que mais produzem leite.

Número de ovos produzidos no RN sobe 4,4% 

 No 2º trimestre de 2023, a produção de ovos de galinha foi de 9,9 milhões de dúzias. Essa quantidade é maior que a do mesmo trimestre em 2022 (9,6 milhões) e supera em 500 mil dúzias o trimestre imediatamente anterior. A produção foi a maior já registrada desde o 4º trimestre de 2021. No Nordeste, o Rio Grande do Norte continua na quinta posição entre os estados que mais produzem ovos e na 16ª nacionalmente. A distribuição da produção por mês é equilibrada, sendo produzidas cerca de 3,3 milhões de dúzias mensalmente.

Sobre a pesquisa A Pesquisa Trimestral de Abate de Animais investiga informações sobre a quantidade de animais abatidos e o peso total das carcaças, por espécie pesquisada, tendo como unidade de coleta abatedouros sob fiscalização sanitária federal, estadual ou municipal. A periodicidade da pesquisa é trimestral, sendo que, para cada trimestre do ano civil, os dados são discriminados mês a mês. Quanto às categorias de abate bovino (gado doméstico, dividido em categorias conforme sexo e idade) temos que: Boi – bovino macho adulto, com 2 anos de idade ou mais, onde inclui o macho não castrado (touro); Vaca – bovino fêmea adulta, com 2 anos de idade ou mais, independente de já ter parido ou não; Novilho – bovino macho jovem, com menos de 2 anos de idade, que inclui vitelo, bezerro e novilho (precoce ou não); e Novilha – bovino fêmea jovem, com menos de 2 anos de idade, a qual inclui vitela, bezerra e novilha (precoce ou não).

A Pesquisa Trimestral do Leite investiga informações sobre as quantidades de leite fluido cru, tendo como unidade de coleta o estabelecimento que se dedica à industrialização de leite de vaca e está sob fiscalização sanitária federal, estadual ou municipal.

A Pesquisa de Ovos de Galinha do IBGE fornece indicadores da variação da produção física de ovos de galinha, tendo como unidade de coleta o estabelecimento agropecuário com capacidade de alojamento de 10 000 ou mais galinhas poedeiras e/ou matrizeiras.

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Proporção de pessoas com algum grau de pobreza cai 28,7% em dez anos no RN

O IBGE segue na divulgação de uma série de investigações experimentais que utilizam informações levantadas nas edições da Pesquisa de Orçamentos Familiares – POF 2008-2009 e 2017-2018 e que retratam e possibilitam a análise da qualidade de vida no Brasil. A partir dos orçamentos domésticos e outros indicadores não monetários foi possível desenvolver índices de perdas de qualidade de vida, os quais já foram explorados em junho deste ano na divulgação que apresentou o índice de perda de qualidade de vida (IPQV) e o índice de desempenho socioeconômico (IDS).

Agora, a investigação buscou mensurar a pobreza e a vulnerabilidade no Brasil em uma abordagem multidimensional e não monetária integrada. Primeiro, foram identificados o grau de pobreza ou vulnerabilidade multidimensional com base em funções de identificação ou ligação que indiquem perdas elevadas na qualidade de vida. Depois, o cálculo dos diferentes graus de pobreza e de vulnerabilidade existentes na população e, por fim, sua agregação em medidas ou índices capazes de expressar as desigualdades na qualidade de vida. O resultado disso foi a produção de três índices: o índice de pobreza multidimensional não monetário (IPM-NM), o índice de vulnerabilidade multidimensional não monetário (IVM-NM) e o índice de pobreza multidimensional com componente relativo (IPM-CR).

No Brasil, a proporção da população que tinha algum grau de pobreza multidimensional na POF 2017-2018, foi de 22,3%, uma queda 21,9 p.p. em relação a parcela de 44,2% obtida na POF 2008-2009. No Nordeste, a proporção das pessoas com algum grau de pobreza em 2017-2018 caiu para 43,8% (-29,5 p.p.) em relação ao verificado no período 2008-2009. O Rio Grande do Norte, assim como todas as outras Unidades da Federação do Brasil, tiveram quedas na proporção de pessoas com algum grau de pobreza multidimensional se comparados os períodos. No estado potiguar, a proporção de pessoas com algum grau de pobreza saiu de 65,3% em 2008-2009 para 36,6% em 2017-2018.

Tabela: proporção da população com algum grau de pobreza, segundo as Unidades da Federação e a variação de queda em pontos percentuais

Embora a variação na proporção do grau de pobreza das pessoas que residem no RN tenha apresentado uma queda acentuada em 10 anos, apenas esta informação não é capaz de fornecer dados suficientes para uma avaliação ampla a respeito da dinâmica de aspectos sociais. No índice de pobreza multidimensional não monetário (IPM-NM), que dá melhor entendimento acerca dos aspectos relacionados as desigualdades e a severidade na pobreza, o Rio Grande do Norte saiu de um de 9,5 em 2008-2009 para um IPM-NM de 4,0 em 2017-2018 e, apesar da queda, ficou na 23ª posição, se considerarmos os estados na ordem dos que tiveram uma maior queda na variação percentual deste índice.  Os estados que apresentaram as maiores quedas em 10 anos foram Santa Catarina e Roraima, com variações acima de -80%, seguidos de Tocantins, Paraná, Sergipe e Distrito Federal com variações entre -75 e -80%.

Impacto negativo 

Quanto à importância de determinada dimensão nos resultados do índice de pobreza multidimensional não monetário (IPM-NM), calculou-se a contribuição percentual do efeito marginal de cada dimensão na soma dos efeitos marginais de todas as dimensões, para melhor compreender o impacto deles. O efeito marginal mediu o impacto ou importância de uma dimensão. Assim, nas dimensões com maiores contribuições, as perdas de qualidade impactaram mais negativamente no IPM – NM. As seis dimensões utilizadas foram (1) Moradia; (2) Acesso aos serviços de utilidade pública; (3) Saúde e alimentação; (4) Educação; (5) Acesso aos serviços financeiros e padrão de vida; e (6) Transporte e lazer.

Em 2017-2018, “Saúde e Alimentação” e “Acesso aos serviços financeiros e padrão de vida” foram as categorias que tiveram mais importância na composição dos efeitos marginais para o IPM-NM do Rio Grande do Norte com percentuais de 18,9% cada. O indicador de acesso aos serviços financeiros também foi o mais impactante para o IPM-NM Brasil (19,2%).  Continuando a análise das dimensões do índice no RN, “Educação” representou 18,7%, seguido de “Acesso aos serviços de utilidade pública” com 14,9%, “Transporte e Lazer” com 14,5% e “Moradia” com 14,2% do total dos efeitos marginais observados no resultado do IPM –NM no estado. Em 2008-2009, o maior impacto negativo do IPM-NM potiguar era a categoria de “Transporte e Lazer” que chegou a contribuir com 21,2% do índice.

Quanto ao índice de pobreza multidimensional com componente relativo (IPM-CR), que mensura o fenômeno da pobreza identificando grupos com maior ou menor grau dessa pobreza, o RN apresentava um índice de 19,3 em 2008-2009 e de 16,3, dez anos depois, em 2017-2018. Isso o tirou da 10ª posição entre os estados com o maior IPM-CR para a 15º em 2017-2018. No Brasil esses índices foram de 15 e 12, nos respectivos períodos.

Já ao observarmos a população do RN com algum grau de vulnerabilidade multidimensional, que é uma medida mais abrangente e que inclui o subconjunto daquelas com algum grau de pobreza, quase a totalidade dos residentes no estado tinha algum grau de vulnerabilidade em 2008-2009 (96,2%). Esta proporção caiu para 81,9% em 2017-2018, porém ainda é um valor muito elevado, bem acima da média nacional pra o mesmo período. No Brasil, essa proporção era de 81,7% em 2008-2009 e de 63,8% em 2017-2018. Com esses dados, pode-se calcular o índice de vulnerabilidade multidimensional não monetário (IVM-NM) que, no RN, foi de 19,8 em 2008-2009 e reduziu para 11,7 em 2017-2018. No Brasil este mesmo índice era de 14,5 em 2008-2009 passando para 7,7 em 2017-2018.

Entre as dimensões que mais impactavam os índices IVM-NM e IPM-CR em 2008-2009 destacou-se a de “Transporte e Lazer” passando a ser a de “Educação” em 2017-2018 para ambos. Abaixo, uma comparação com a síntese da contribuição percentual das dimensões para o total dos efeitos marginais de cada índice apresentado nesta pesquisa.

Fonte: IBGE

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RN tem a segunda maior redução da taxa de desocupação do país

A taxa de desocupação do Rio Grande do Norte no segundo trimestre de 2023 foi de 10,2%, caindo 1,9 ponto percentual (p.p.) ante o primeiro trimestre deste ano (12,1%) e 1,8 p.p. frente ao mesmo trimestre de 2022 (12%). O RN apresentou a segunda maior queda percentual na taxa de desocupação do Brasil, atrás apenas de Brasília (-3,2%). Outros sete estados acompanharam os resultados com quedas estatisticamente significativas. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua trimestral, divulgada hoje (15) pelo IBGE.

Dentre as sete maiores taxas de desocupação no país, cinco são de estados do Nordeste, tendo Pernambuco a maior taxa (14,2%), seguido pela Bahia (13,4%). O RN ficou com a sétima maior taxa do país (10,2%).

A taxa de desocupação por sexo foi de 8,6% para os homens e 12,5% para as mulheres no segundo trimestre de 2023, acima das médias nacionais (6,9% para homens e 9,6% para mulheres), mas abaixo das médias regionais (9,7% para eles e 13,6% para elas). Já a taxa de desocupação por cor ou raça foi de 8,8% para brancos, 8,4% para pretos e 11,5% para os pardos.

A taxa de desocupação para as pessoas com ensino fundamental incompleto ou equivalente (14,2%) foi maior que as taxas dos demais níveis de instrução analisados, seguida pelo grupo de pessoas com ensino médio incompleto ou equivalente (13,8%). Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 8,5%, enquanto para o nível superior completo, 7,2%. Nacionalmente e regionalmente, as taxas de desocupação para o nível superior completo são consideravelmente menores, 3,8% e 5,2%, respectivamente.

Percentual de desalentados no estado cai no segundo trimestre de 2023

 O percentual de desalentados no segundo trimestre de 2023 foi de 8,0%, bem acima da média nacional de 3,3%, conferindo ao RN a 4ª posição entre os estados com maior percentual de pessoas desalentadas. Piauí (13,8%), Maranhão (12,6%) e Alagoas (12,2%) tinham os maiores percentuais de desalentados, enquanto os menores estavam em Espírito Santo (1%), Rio Grande do Sul (0,9%) e Santa Catarina (0,4%). Se comparado ao último trimestre (9,5%), o Rio Grande do Norte teve uma queda de 1,5 p.p. em sua população desalentada no segundo trimestre de 2023.

São considerados desalentados aqueles que não estavam trabalhando nem procuraram emprego nos últimos 30 dias, mas que declararam ter interesse e disponibilidade para trabalhar na semana em que foram entrevistadas. Entre os indisponíveis estão aqueles que, embora tenham declarado interesse em trabalhar, não teriam condições de assumir uma vaga na semana anterior à que foram entrevistados por motivos diversos, como: estudo, afazeres domésticos e cuidado de filhos ou dependentes.

Taxa de Informalidade no RN cai em relação ao primeiro trimestre do ano, mas ainda está acima da média nacional

A taxa de informalidade para o Rio Grande do Norte no 2º trimestre de 2023 variou negativamente em 1,8%, saindo dos 45,9% no primeiro trimestre para 44,1% no segundo. A média nacional foi de 39,2%, sendo as maiores a dos estados do Pará (58,7%), Maranhão (57,0%) e Amazonas (56,8%), e as menores, as de Santa Catarina (26,6%), Distrito Federal (31,2%) e São Paulo (31,6%). Das 1,3 milhões de pessoas ocupadas do estado, 587 mil são trabalhadores informais. No trimestre passado eram 598 mil pessoas na condição de informalidade.

O percentual da população ocupada no RN trabalhando por conta própria caiu 0,3 p.p. no segundo trimestre deste ano em relação ao primeiro, ficando em 26,8%, enquanto os empregados cresceram 0,8 p.p. chegando aos 69%. O maior percentual de trabalho continuou sendo do estado de Rondônia (37,8%) e o menor do Distrito Federal (19,9%). A média nacional neste mesmo índice foi de 25,5%.  Entre os empregados, o percentual com carteira assinada no estado foi de 32,6%, sendo 30,2% destes do setor privado, 1,3% de trabalhadores domésticos e mais 1,1% de empregados celetistas do setor público. Todas as modalidades de tipo de empregado com carteira assinada referidas anteriormente apresentaram incremento no percentual em relação aos resultados do primeiro trimestre, sendo de 0,2%, 0,4% e 0,2% respectivamente.

O rendimento médio real mensal habitualmente recebido em todos os trabalhos no RN caiu R$ 24,00 se comparado ao último trimestre, indo para R$ 2.131,00. De janeiro a março de 2023, esse valor havia sido de R$ 2.155. Já a média nacional para o segundo trimestre foi de R$ 2.921,00. O Rio Grande do Norte teve o terceiro maior rendimento do Nordeste (R$ 2.131,00) no segundo trimestre, ficando atrás do Piauí (R$ 2.289,00) e de Sergipe (R$ 2.135,00). Bahia e Maranhão apresentaram os menores rendimentos da Região, R$ 1.836,00 para ambos os estados.

Fonte: IBGE

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RN tem população de 11 mil indígenas

Dando continuidade à divulgação dos resultados do Censo Demográfico 2022, o IBGE apresenta agora os primeiros resultados da população indígena do Rio Grande do Norte. De acordo com a pesquisa, a população indígena residente no Brasil é de 1.693.535 pessoas, correspondendo a 0,83% da população total do país recenseada em 2022. A Região Nordeste é a segunda maior em concentração da população indígena com 31,22% (528.800 pessoas indígenas) que, junto à Norte, que concentra 44,48% dessa população (753. 357 pessoas indígenas), reúnem 75,71% da população indígena residente no País.

No Rio Grande do Norte foram contadas 11.725 pessoas indígenas distribuídas em 5.539 domicílios particulares permanentes ocupados com pelo menos um morador indígena. Esse número de moradores indígenas no estado representa 0,36% da população residente no RN, sendo o estado a 17ª unidade da federação com a maior proporção de pessoas indígenas na população residente.

Em 2010, o IBGE contou 2.597 pessoas indígenas no RN, o que correspondia a 0,08% da população residente no estado, denotando que a população autodeclarada indígena mais que dobrou em 12 anos, com variação positiva de aproximadamente 350 %. Vale ressaltar que como apresentado nos conceitos metodológicos a comparabilidade com o dado de população indígena de 2010 precisa de alguns cuidados metodológicos e a variação de população entre os censos não pode ser explicada exclusivamente pelo seu componente demográfico.

População residente em cada Unidade da Federação, total e indígena, por quesito de declaração, 2022

Unidade da Federação Pessoas indígenas (Pessoas) População residente (Pessoas) Percentual de pessoas indígenas no total da população residente (%)
Amazonas 490854 3941175 12,45
Bahia 229103 14136417 1,62
Mato Grosso do Sul 116346 2756700 4,22
Pernambuco 106634 9058155 1,18
Roraima 97320 636303 15,29
Pará 80974 8116132 1
Mato Grosso 58231 3658813 1,59
Maranhão 57214 6775152 0,84
Ceará 56353 8791688 0,64
São Paulo 55295 44420459 0,12
Minas Gerais 36699 20538718 0,18
Rio Grande do Sul 36096 10880506 0,33
Acre 31699 830026 3,82
Paraná 30460 11443208 0,27
Paraíba 30140 3974495 0,76
Alagoas 25725 3127511 0,82
Santa Catarina 21541 7609601 0,28
Rondônia 21153 1581016 1,34
Tocantins 20023 1511459 1,32
Goiás 19522 7055228 0,28
Rio de Janeiro 16964 16054524 0,11
Espírito Santo 14411 3833486 0,38
Rio Grande do Norte 11725 3302406 0,36
Amapá 11334 733508 1,55
Piauí 7198 3269200 0,22
Distrito Federal 5813 2817068 0,21
Sergipe 4708 2209558 0,21

Quando o total de pessoas indígenas é desagregado de acordo com o quesito de declaração indígena acionado pelo informante, para a declaração da autoidentificação indígena dele e dos demais moradores do domicílio, verifica-se que o quesito de cor ou raça foi responsável por 80% da população indígena do estado e o quesito “se considera indígena”, por 20%.

População indígena no RN é concentrada é poucos municípios

A distribuição da população indígena pelo Rio Grande do Norte, que em 2010 se espalhava por 99 municípios, em 2022 apontou para 121 municípios potiguares com residentes indígenas.  Nove deles concentraram 80% de toda população indígena residente no estado da data de referência do Censo 2022. São eles: João Câmara (20,6%), Natal (15,3%), Macaíba (10,1%), Ceará Mirim (9,1%), Canguaretama (6,3%), Apodi (6,2%), Baía Formosa (4,8 %), Goianinha (4,4%) e São Gonçalo do Amarante (3.5%).

Em valores absolutos, João Câmara é o município com o maior quantitativo de população indígena do estado (2.421 pessoas indígenas), o que corresponde a 7,27% da sua população indígena recenseada. Natal é o município que apresenta o segundo quantitativo mais elevado de população autodeclarada indígena, concentrando 1.798 pessoas, seguido de Macaíba com 1.179 pessoas e de Ceará Mirim com 1064 pessoas. Embora não apareçam nas maiores posições no ranking de quantitativos absolutos de população indígena, os municípios de Baía Formosa, Jardim de Angicos e Canguaretama se destacaram como municípios com os maiores percentuais de pessoas indígenas no total de sua população residente, com 6,32%, 4,19% e 2,49% respectivamente, logo após de João Câmara (7,27%).

Tabela dos 20 municípios do RN com maior número absoluto de população residente indígena e percentual de pessoas indígenas no total da população residente, 2022.

Município Pessoas indígenas (Pessoas) Percentual de pessoas indígenas no total da população residente (%)
João Câmara (RN) 2421 7,27
Natal (RN) 1798 0,24
Macaíba (RN) 1179 1,43
Ceará-Mirim (RN) 1064 1,34
Canguaretama (RN) 739 2,49
Apodi (RN) 731 2,03
Baía Formosa (RN) 558 6,32
Goianinha (RN) 520 1,94
São Gonçalo do Amarante (RN) 409 0,35
Parnamirim (RN) 343 0,14
Mossoró (RN) 296 0,11
Açu (RN) 135 0,24
Extremoz (RN) 109 0,18
Jardim de Angicos (RN) 102 4,19
São José de Mipibu (RN) 69 0,15
Ouro Branco (RN) 68 1,38
Tibau do Sul (RN) 67 0,4
Rio do Fogo (RN) 62 0,6
Nísia Floresta (RN) 60 0,19

 

Domicílios potiguares com moradores indígenas apresentam grande   heterogeneidade étnica

Do universo de 1,1 milhão de domicílios particulares permanentes ocupados recenseados no Rio Grande do Norte, 5.539 têm pelo menos um morador indígena, correspondendo a 0,49% dos domicílios do mesmo tipo no estado. A média de moradores em domicílios particulares ocupados onde reside pelo menos uma pessoa indígena é de 3,13 para o RN, um pouco acima da média nacional que foi de 2,67. Este valor também está acima da média de moradores em domicílios particulares ocupados no país, que é de 2,79 pessoas e de 2,88 para o RN.

São indígenas 66,85% dos moradores em domicílios particulares ocupados no RN onde reside pelo menos uma pessoa indígena, ou seja, a população indígena do RN reside em domicílios com mais heterogeneidade étnica entre os moradores.

Em relação ao percentual de moradores indígenas em domicílios particulares ocupados onde reside pelo menos uma pessoa indígena, sete municípios potiguares aparecem com percentuais acima de 75%.

A distribuição da população indígena pelo Rio Grande do Norte, que em 2010 se espalhava por 99 municípios, em 2022 apontou para 121 municípios potiguares com residentes indígenas.  Nove deles concentraram 80% de toda população indígena residente no estado da data de referência do Censo 2022. São eles: João Câmara (20,6%), Natal (15,3%), Macaíba (10,1%), Ceará Mirim (9,1%), Canguaretama (6,3%), Apodi (6,2%), Baía Formosa (4,8 %), Goianinha (4,4%) e São Gonçalo do Amarante (3.5%).

Em valores absolutos, João Câmara é o município com o maior quantitativo de população indígena do estado (2.421 pessoas indígenas), o que corresponde a 7,27% da sua população indígena recenseada. Natal é o município que apresenta o segundo quantitativo mais elevado de população autodeclarada indígena, concentrando 1.798 pessoas, seguido de Macaíba com 1.179 pessoas e de Ceará Mirim com 1064 pessoas. Embora não apareçam nas maiores posições no ranking de quantitativos absolutos de população indígena, os municípios de Baía Formosa, Jardim de Angicos e Canguaretama se destacaram como municípios com os maiores percentuais de pessoas indígenas no total de sua população residente, com 6,32%, 4,19% e 2,49% respectivamente, logo após de João Câmara (7,27%).

Tabela dos 20 municípios do RN com maior número absoluto de população residente indígena e percentual de pessoas indígenas no total da população residente, 2022.

Município Pessoas indígenas (Pessoas) Percentual de pessoas indígenas no total da população residente (%)
João Câmara (RN) 2421 7,27
Natal (RN) 1798 0,24
Macaíba (RN) 1179 1,43
Ceará-Mirim (RN) 1064 1,34
Canguaretama (RN) 739 2,49
Apodi (RN) 731 2,03
Baía Formosa (RN) 558 6,32
Goianinha (RN) 520 1,94
São Gonçalo do Amarante (RN) 409 0,35
Parnamirim (RN) 343 0,14
Mossoró (RN) 296 0,11
Açu (RN) 135 0,24
Extremoz (RN) 109 0,18
Jardim de Angicos (RN) 102 4,19
São José de Mipibu (RN) 69 0,15
Ouro Branco (RN) 68 1,38
Tibau do Sul (RN) 67 0,4
Rio do Fogo (RN) 62 0,6
Nísia Floresta (RN) 60 0,19

 

Domicílios potiguares com moradores indígenas apresentam grande   heterogeneidade étnica

Do universo de 1,1 milhão de domicílios particulares permanentes ocupados recenseados no Rio Grande do Norte, 5.539 têm pelo menos um morador indígena, correspondendo a 0,49% dos domicílios do mesmo tipo no estado. A média de moradores em domicílios particulares ocupados onde reside pelo menos uma pessoa indígena é de 3,13 para o RN, um pouco acima da média nacional que foi de 2,67. Este valor também está acima da média de moradores em domicílios particulares ocupados no país, que é de 2,79 pessoas e de 2,88 para o RN.

São indígenas 66,85% dos moradores em domicílios particulares ocupados no RN onde reside pelo menos uma pessoa indígena, ou seja, a população indígena do RN reside em domicílios com mais heterogeneidade étnica entre os moradores.

Em relação ao percentual de moradores indígenas em domicílios particulares ocupados onde reside pelo menos uma pessoa indígena, sete municípios potiguares aparecem com percentuais acima de 75%.

Fonte: IBGE

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Confira quais cidades potiguares elegerão menos vereadores em 2024 e as que estão autorizadas a aumentar a quantidade de vagas

O Rio Grande do Norte tem 1.572 vereadores, mas com o novo quadro estabelecido pelo Censo 2022 esse número será alterado com a obrigatoriedade de se reduzir a quantidade de edis em sete cidades potiguares que mudaram de faixa com a população abaixo das estimativas anteriores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Um levantamento da Folha de S. Paulo mostrou que erão 14 vereadores a menos no Rio Grande do Norte nas eleições ano que vem. Isso reduziria o número a 1.558.

Cidades que perdem vereadores:

Município Número atual de vereadores Novo teto
Mossoró 23 21
Canguaretama 13 11
Macau 13 11
Ipanguaçu 11 9
Pendências 11 9
Poço Branco 11 9
Tangará 11 9

Por outro lado, outras cinco cidades poderão elevar o número de vereadores até as vésperas das eleições de 2024. Poderão ser criadas até 13 novas vagas para no Estado. Se todas usarem o teto, o Rio Grande do Norte perderia apenas uma cadeira de vereador, ficando com 1.571.

Cidades que podem ganhar mais vereadores:

Município Número atual de vereadores Novo teto
Tibau do Sul 9 11
Extremoz 11 15
Nísia Floresta 11 13
Pau dos Ferros 11 13
Parnamirim* 18 21

*Parnamirim já estava habilitada a ter 21 vereadores antes do novo censo.

O levantamento da Folha de S. Paulo usando dados do IBGE cruzados com as faixas populacionais estabelecidas pela Constituição Federal prevê que 140 cidades brasileiras terão número de vereadores diminuídos, entre elas capitais como Porto Alegre e Recife. Mossoró é a maior cidade do interior a ter que fazer a mudança. A reportagem da Folha ouviu o presidente da Câmara Muncipal Lawrence Amorim (SD) que avisou que vai cumprir a constituição.

Outras 198 poderão aumentar o número de vereadores, entre elas capitais como Goiânia, Florianópolis, João Pessoa e Cuiabá. A reportagem destaca Extremoz, cidade potiguar que mais cresceu (de 24,5 mil para 61,6 mil habitantes em 12 anos) em números proporcionais, que poderá ganhar quatro novas vagas.

Ainda existem 572 cidades que já estavam liberadas para elevar o número de vagas e abriram mão disso, entre alas Parnamirim, terceira maior cidade potiguar, e capitais como Curitiba, Maceió, Aracaju, Porto Velho, Rio Branco, Vitória e Palmas.

Se todas as cidades brasileiras que já estavam liberadas para criar mais vagas e as que passaram a ter esse direito decidirem atingir o teto serão 2.472 novas vagas somadas as atuais 58.114.

Já os cortes serão de 278 nas cidades que estavam com estimativas populacionais acima do que o Censo 2022 apontou.

Tanto para aumentar quanto para diminuir é necessário um projeto de lei a ser aprovado pelas Câmaras Municipais.