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Debate da Intertv é marcado por estratégia de invisibilizar Natália e bate-boca entre Carlos Eduardo e Paulinho Freire

Assisti atentamente o debate promovida pela Intertv Cabugi, afiliada da Rede Globo, e, a despeito do regulamento modorrento, chamou atenção a estratégia dos candidatos homens de excluir a deputada federal Natália Bonavides (PT) da discussão.

Se pudessem, Carlos Eduardo Alves (PSD), Paulinho Freire (UB) e Rafael Motta (Avante) só discutiriam entre si. Um é ex-prefeito, o outro deputado federal e o último já foi deputado federal.

Em todos os blocos, Natália só foi perguntada quando já não havia outra opção para o adversário porque a regra garantia que todos recebessem ao menos uma pergunta por bloco. Logo de cara percebi a estratégia de evitar a candidata.

Faz sentido! Paulinho, Rafael e Carlos têm o mesmo DNA político em Natal. Já foram aliados entre si e, em algum momento, fizeram parte da gestão.

De 2012 para cá Carlos foi eleito e reeleito com Álvaro Dias (Republicanos) sendo seu vice. Álvaro se tornou prefeito quando Carlos renunciou para ser derrotado por Fátima Bezerra (PT) na disputa pelo Governo do Estado em 2018. Paulinho foi vice-prefeito, chegou a assumir a Prefeitura de Natal interinamente e foi aliado de Carlos e Álvaro quando presidente da Câmara Municipal por seis biênios consecutivos. Paulinho é o candidato do atual chefe do executivo.

Motta foi secretário de esportes de Álvaro.

Só Natália está no contraponto com condições morais de não se responsabilizar em nenhum grau pelos problemas de Natal na mesma proporção dos outros.

Por isso, no terceiro bloco, quando os candidatos poderiam responder duas perguntas, ela só respondeu a uma porque o adversário não podia mais perguntar aos outros.

Além da estratégia de invisibilizar Natália, espécie de intrusa nos sonhos da elite natalense que espera um segundo entre Carlos e Paulinho, acabou gerando um “momento Pablo Marçal”, candidato de extrema direita que vem promovendo baixarias em São Paulo, quando a dupla de queridinhos do Plano Palumbo bateu boca por causa da obra da engorda de Ponta Negra, assunto que vinha tendo papel marginal até então no debate.

Paulinho, na maior cara de pau, acusou Carlos por causa da falha no projeto executado na gestão do padrinho dele, Álvaro Dias. Carlos saiu do sério e os dois entraram em discussão que obrigou a Intertv a chamar o intervalo comercial.

Natália cresceu nas pesquisas e tornou a eleição de domingo imprevisível na capital e a estratégia dos candidatos refletiu isso.

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A fala de Luana Araújo que desmoraliza Álvaro Dias

Fala de Álvaro sobre eficácia de medicamento é desmoralizada (Foto: reprodução)

Ano passado uma das entrevistas mais tensas do Rio Grande do Norte foi concedida pelo prefeito de Natal Álvaro Dias (PSDB) à jornalista Emmily Virgílio da Intertv Cabugi.

Na ocasião, Álvaro, que é médico, falava das maravilhas da eficácia da ivermetcina contra a covid-19 contra  covid-19. A jornalista rebateu que não havia comprovação científica e ele disse que se in vitro funciona nas pessoas.

A cientista Luana Araújo que depôs ontem na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura os desmandos do Governo Federal na gestão da pandemia da covid-19 explicou de forma didática como qualquer teste in vitro não garante eficácia num organismo vivo.

Já Álvaro mostra com um médico/político pode deixar os conhecimentos de lado para enganar o povo.

Confira:

A ivermectina foi um dos principais pilares políticos de Álvaro Dias que foi reeleito no primeiro turno com facilidade. O medicamento é comprovadamente ineficaz contra a covid-19.

A jornalista estava certa e o político/médico errado.

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Magistrados do RN querem elogios por menosprezo à opinião pública

A Associação de Magistrados do Rio Grande do Norte (AMARN) emitiu uma nota informando que seus membros não mais concederão entrevistas aos jornalistas da Intertv Cabugi por causa de críticas aos aumentos salariais dos juízes bem como o pagamento de benefícios imorais aos membros do judiciário (isso inclui técnicos) num momento em que o Estado afunda numa crise que parece não ter fim.

Ora! Os magistrados querem loas por esse espetáculo de insensatez e indiferença? Querem elogios pelo egoísmo demonstrado em realizar pagamentos desnecessários só para não devolverem as sobras orçamentárias ao Tesouro Estadual?

Como elogiar uma casta togada que se sente superior aos demais cidadãos? Como ficar ao lado de quem tem tantos privilégios e entrega tão pouco à sociedade?

Só quem estando fora da realidade se distancia dos anseios do povo e ainda acha que não merece críticas por tantas atitudes antipáticas.

O dito até agora é o mínimo diante do tamanho do menosprezo imposto diariamente pelo nosso judiciário.

Não há razão para tamanho vitimismo da AMARN.