O presidente Lawrence Amorim (SD) mostrou capacidade de aglutinação política respeitável ao juntar políticos de tribos variadas na audiência pública sobre o santuário de Santa Luzia.
Já o prefeito Allyson Bezerra (SD) levou falta. Foi uma escolha política, diga-se de passagem. Os dois andam arranhados desde o fim do ano passado.
O prefeito mandou como representante o secretário de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Turismo de Mossoró, Frank Felizardo. Este, ainda assim, não ficou até o final da audiência.
A ausência reforça uma crítica recorrente ao prefeito nas rodas políticas: Allyson não vai a eventos em que não seja a “estrela”. Outro aspecto que suscita dúvidas é se a ausência tem caráter religioso, tendo em vista que o prefeito é evangélico e a obra atende aos católicos.
Não quero crer nesse segundo aspecto, mas sigo na linha de que Allyson precisa ser mais CNPJ e menos CPF neste tipo de situação. Mossoró tem perdido oportunidades por causa desse comportamento. Exemplo: o prefeito ainda não compareceu a reunião anual da bancada federal que define as emendas ao orçamento da União, uma omissão que contribui para deixar a cidade sem recursos.
Quem não é visto não é lembrado.
Outra ausência foi quando a governadora Fátima Bezerra (PT) discutiu compensações para as prefeituras atingidas pelos atos terroristas das facções criminosas no mês de março.
Dos principais prefeitos do Estado, só Allyson não deu as caras. Está faltando alguém que circunda o jovem a entender que é preciso deixar as diferenças de lado.