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Demissão tira Jean do jogo eleitoral de 2026

A demissão do ex-senador Jean Paul Prates (PT) da presidência da Petrobras tem um resultado a longo prazo no jogo político do Rio Grande do Norte: tira um dos cotados para disputar o Governo do Estado em 2026.

Jean no comando da estatal e trazendo de volta investimentos ao RN tinha tudo para ao longo da atual quadra histórica se capitalizar politicamente para a disputa pelo executivo estadual.

Demitido, ele perde poder e deve voltar a iniciativa privada, se afastando do jogo eleitoral.

A preço de hoje Jean está fora das eleições de 2026.

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Jean recebe solidariedade de petistas do RN

Demitido pelo presidente Lula (PT) do comando da Petrobras, o ex-senador Jean Paul Prates (PT) recebeu apoio dos petistas do Rio Grande do Norte.

A governadora Fátima Bezerra que disse sentir gratidão pelo trabalho de Jean a frente da Petrobras. “Jean adotou importantes medidas à frente da estatal, com foco na transição energética, pondo fim ao desinvestimento da Petrobras no RN e com a criação da diretoria de transição energética e de sustentabilidade no nosso Estado. Além disso foi o responsável por relevantes investimentos no projeto da margem equatorial, que teve seu pontapé inicial no Rio Grande do Norte. Todos sabemos da sua contribuição para o avanço e reconstrução do Brasil”, avaliou.

Quem também seguiu no mesmo tom foi a deputada federal Natália Bonavides. “Obrigada, companheiro @jeanpaulprates, pelo tempo à frente da Petrobras e pelo trabalho realizado na companhia. Sua importante atuação nas ações de transição energética colocou o RN no centro desse debate. Jean reabriu a sede da estatal no nosso estado com foco na sustentabilidade, energias renováveis e integração energética. Foi uma gestão que contribuiu muito para o desenvolvimento do nosso país”, escreveu no Instagram.

A deputada estadual Isolda Dantas postou que Jean foi fundamental na retomada dos investimentos da Petrobras no Rio Grande do Norte. “Companheiro @jeanpaulprates , temos certeza do quanto a sua dedicação e trabalho foram fundamentais para fortalecer a Petrobras no RN, no Brasil e no mundo! Obrigada! E seguimos juntos nas lutas da classe trabalhadora!”, comentou.

A também deputada estadual Divaneide Basílio desejou sorte ao ex-senador. “Gratidão ao companheiro  @jeanpaulprates, pelo trabalho à frente da nossa Petrobras. O seu olhar qualificado fez a diferença não só para a estatal, como também para o Brasil”, analisou.

O outro integrante da bancada petista na Assembleia Legislativa, Francisco do PT, disse ter gratidão a Jean. “Gratidão ao companheiro @jeanpaulprates , que realizou um excelente trabalho no período em que esteve à frente da Petrobras”, frisou.

Dos parlamentares mais relevantes do PT potiguar, apenas Fernando Mineiro não se manifestou nas redes sociais.

Jean já deixou claro que se sentiu humilhado por Lula e cogita se desfiliar do PT.

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Foro de Moscow 16 mai 2024 – Qual o futuro político de Jean?

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Foro de Moscow 15 abr 2024 – O que está por trás da demissão de Jean

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Demissão de Jean passa por inabilidade política dele e é péssima para o RN

De forma humilhante, por ter sido feita diante de desafetos, o presidente Lula (PT) demitiu Jean Paul Prates (PT) da presidência da Petrobras.

Do ponto de vista técnico não há motivos para demitir Jean. Em 2023 a Petrobras teve o segundo maior lucro da sua história sem precisar vender nenhum ativo e entregando resultados à sociedade com a redução dos preços dos combustíveis.

Some-se a isso a visão de longo prazo de Jean que estava focado na transição energética sem deixar de pensar ampliar a produção de petróleo.

A demissão de Jean se deu por inabilidade política dele. Os quatro anos como senador não foram suficientes para lhe dar traquejo político e o petista terminou sendo minado por setores do PT capitaneados pelo ministro da casa civil Rui Costa e elementos do centrão como o ministro de minas e energia Alexandre Silveira, citados pelo próprio ex-senador e agora ex-presidente da estatal como testemunhas regozijantes da demissão.

A saída de Jean é péssima para o Rio Grande do Norte porque havia um empenho dele de colocar o Estado na linha de frente da transição energética e estava trabalhando para reverter privatizações que resultaram em preços mais caros dos combustíveis no sofrido elefante.

Além disso, a exploração do pré-sal na Margem Equatorial tinha tudo para começar pelo RN. Sem Jean entramos numa maré de incertezas.

Jean não teve habilidade política para sobreviver no cargo, apesar dos bons resultados, e quem perde com essa decisão é o Rio Grande do Norte.

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Assinatura de memorando permite parceria entre Petrobras e Governo do RN na geração de energia em alto mar

O Governo do RN assinou nesta segunda-feira (29), memorando de entendimento com a Petrobras para instalação no litoral norte do Estado de projeto piloto para usina de geração de energia em alto mar (offshore).

A governadora disse que “o Rio Grande do Norte mais uma vez faz história em sua parceria com a Petrobras. Já fomos o maior produtor de petróleo em terra, somos atualmente o maior produtor de energia renovável em terra e agora este protagonismo agirá em função da produção de energia renovável offshore. A parceria com a Petrobras assegura que teremos o primeiro projeto piloto para geração de energia no mar no Brasil”.

Fátima Bezerra acrescentou que o RN parte para um novo ciclo de investimentos que irão gerar crescimento econômico com sustentabilidade. “A expansão das energias renováveis é um caminho sem volta. Estamos bem inseridos neste processo e teremos um novo ciclo com a produção offshore e com o Porto Indústria Verde que irá apoiar este processo e, inclusive, a geração de hidrogênio verde”, pontuou a chefe do Executivo estadual.

Para o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, o projeto piloto vai “fixar conceito sobre a infraestrutura para a produção offshore, testar práticas e o manejo ambiental. O RN já fez sua transição energética, saiu de maior produtor de petróleo em terra para maior produtor de energias renováveis no país. Isto será ainda ampliado por que a costa do estado é o local mais competitivo e atrativo para o offshore”.

O gerente geral de renováveis da Petrobras, Daniel Faro, destacou que o memorando favorece a interação para ações somadas com o governo do RN.

O memorando prevê atribuições pelo Governo do Estado, algumas delas são: promover as ações necessárias para viabilizar a identificação de possíveis oportunidades mapeadas pela Petrobras em relação ao projeto piloto de Eólica Offshore; Verificar alinhamento do projeto piloto de eólica offshore com programas e políticas estaduais e atuar como um agente facilitador, apoiando e dando celeridade aos processos necessários para estudos e pesquisa para o desenvolvimento e implantação de projeto piloto de Eólica Offshore, entre outras atribuições.

Ao ato de assinatura do memorando, no auditório da Governadoria, em Natal, também compareceram o diretor financeiro da Petrobras, Sérgio Caetano, vice-governador Walter Alves, deputados estaduais Francisco Medeiros, Hermano Morais e Bernardo Amorim, reitora da Ufersa, Ludimila Oliveira representantes da Uern, Ufrn e Ifrn, da deputada federal Natália Bonavides, da Codern, CBTU, Idema, Fiern, Senai, Fecomércio, 3º Distrito Naval, secretário de Comunicação, Daniel Cabral, assessora especial do Governo, Guia Dantas, secretário adjunto da Sedec-RN, Hugo Fonseca, adjunto do Gabinete Civil, Ivanilson Maia e presidenta da Potigás, Marina Melo Alves.

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Natália manifesta apoio a Jean ao comentar post do Blog do Barreto: “está reconstruindo a Petrobras”

A deputada federal Natália Bonavides rompeu o silêncio petista no Rio Grande do Norte em relação a condição de demissionário do presidente da Petrobras Jean Paul Prates.

Ao dar compartilhar notícia veiculada no Blog do Barreto a respeito de descoberta de um novo campo de petróleo na Bacia Potiguar ela cobriu Jean de elogios e disse que o petista está reconstruindo a empresa.

“Descoberta muito importante para a Petrobras no nosso estado, que foi dilapidada em governos anteriores e está sendo reconstruída pelo presidente @jeanpaulprates, que tem compromisso firmado com a permanência da estatal no RN”, escreveu.

A postagem de Natália vem no contexto em que Jean retomou fôlego para permanecer no cargo graças ao apoio do ministro da fazenda Fernando Haddad.

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Silêncio do PT sobre crise envolvendo Jean passa por 2026

Carlos Madeiro

UOL

Em meio à indefinição da permanência de Jean Paul Prates na presidência da Petrobras, um fato chama a atenção em seu berço político: nenhuma liderança do PT do Rio Grande do Norte tem saído na defesa do executivo.

Esse silêncio parece ter uma explicação única nos bastidores: o afastamento entre ele a a governadora Fátima Bezerra (PT), que não teria interesse em ver o colega de partido e ex-senador ganhar corpo político na Petrobras e se cacifar na disputa ao governo do estado daqui a dois anos.

Em 2026, Fátima deve voltar a concorrer ao Senado, deixando a cadeira para o seu vice e preferido para sucessão, Walter Alves (MDB). É pensando nessa costura com o MDB que ela quer evitar que Prates ganhe protagonismo e assim vire uma dor e cabeça para na disputa pelo Senado.

Na minha leitura, há uma resistência dela em formar chapa com Prates candidato a governador. E se ele fica mais de três anos na Petrobras, fica muito forte.Alan Lacerda, cientista político e professor instituto de políticas públicas da UFRN

A questão não é apenas para 2026: há uma distância de Prates com a base militante do PT — partido ao qual se filiou em 2013 —, que também não mexe qualquer palha para o defender em meio à fritura que sofre na Petrobras. O nome de Prates na companhia é uma escolha pessoal de Lula, sem maior influência potiguar.

Em resposta a rumores de sua substituição, Prates defende sua gestão e afirma que seu “trabalho não para”.

Entre militantes mais antigos, o carioca Prates é visto político sem ideologia do PT e “sem votos”, que só teria chegado ao poder pela escolha de Fátima pelo nome dele para ser candidato para o Senado em 2014 como primeiro suplente dela — Fátima venceu a disputa.

Um integrante do PT no estado, que não quis ser identificado, disse não enxergar “esquerda” em Prates e afirmou que, por isso, falta apoio da militância ao ex-senador.

Primeiro suplente por apoio financeiro

 

A escolha de Prates como suplente de Fátima veio da própria governadora — e não foi embasada necessariamente em ideologia, mas no fato de ele ser um empresário bem relacionado com setores econômicos locais (ele era presidente do Cerne, o Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia), o que renderia apoio financeiro à campanha, já que à época eram permitidas doações de empresas.

Outro ponto de crítica de petistas históricos é que Prates, antes de se filiar ao partido há uma década, tinha tido, até então, uma única experiência em cargo público, a de secretário de Energia no governo Wilma Faria (PSB), entre 2007 e 2010.

Foi ele quem deu início ao processo que levou hoje o estado a ser o maior gerador de energia eólica do país. Essa expansão, porém, é alvo também de críticas de vários setores da esquerda do ponto de vista social, ambiental e até histórico.

Senador por 4 anos

Apesar de parecer pouco atraente a princípio, a indicação para o cargo de primeiro suplente ao Senado era bem disputada porque trazia a expectativa de assumir os quatro anos finais de mandato — era de conhecimento geral que Fátima seria candidata forte ao governo do estado na eleição seguinte.

E foi o que ocorreu: Fátima venceu em 2018, e Prates herdou a cadeira de senador até janeiro de 2023, quando assumiu a Petrobras. No Senado, teve certo protagonismo, sendo líder da minoria durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL).

Em 2020, Prates foi candidato pelo PT à Prefeitura de Natal. Apesar do apoio de Fátima e de Lula, teve 14% dos votos e acabou sendo derrotado no primeiro turno para o atual prefeito, Álvaro Dias (Republicanos), em sua reeleição.

Sua candidatura a prefeito, na verdade, visava mais encorpar seu nome para a disputa pela reeleição ao Senado. Como Prates não era muito conhecido, a exposição na capital era vista como uma boa propaganda.

Família Alves mudou tudo

Acontece que o PT de Fátima, numa costura que contou com Lula, resolveu se aliar ao MDB, que indicou Walter Alves (MDB), filho do ex-senador e ex-ministro Garibaldi Alves Filho (MDB), à vice. No acordo, Carlos Eduardo (PDT) foi o indicado candidato ao Sendo.

Em 2014, o PT havia vencido em uma chapa quase que puro-sangue, apenas com aliança com o PC do B.

Inicialmente, Prates reclamou de ser preterido, ameaçou ir para outro partido, mas segundo o UOL apurou foi convencido de que não teria chances sem a madrinha política Fátima.

Antes do prazo final de filiação, Prates publicou carta afirmando se manter no PT e aceitando novamente ser candidato a primeiro suplente —mas dessa vez ele perdeu, Rogério Marinho (PL) foi o eleito em 2022.

PT já tem candidata em 2024

Neste ano, seguindo ou não na Petrobras, Prates não será indiciado para disputar a Prefeitura de Natal: o partido aposta suas fichas em nome que tem ganhado força na esquerda local, a deputada federal Natália Bonavides.

Como o prefeito não pode mais se candidatar, nem há indicação ainda do nome que ele indicará ou apoiará, Natália é vista como uma das favoritas na disputa e tenta atrair partido para se lançar com apoio de Fátima e Lula.

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Foro de Moscow

Foro de Moscow 4 abr 2024 – Jean-Paul Prates isolado e pode deixar Petrobras

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Jean pede conversa com Lula e pode entregar o cargo

A Folha de S. Paulo revelou nesta quinta-feira, 4, que o presidente da Petrobras Jean Paul Prates pediu uma audiência com o presidente Lula para pedir uma posição definitiva sobre o endosso de seu nome no cargo.

Prates é alvo de um bombardeio do ministro de Minas e Energia Alexandre Silveira, indicado do PSD, e do ministro chefe da casa civil Rui Costa.

Silveira chegou a admitir publicamente à Folha que tem conflitos com Prates. Rui deseja ver um nome de sua confiança no cargo.

Dois nomes são cotados para assumir o lugar de Prates: o fundador da 3R Petroleum Ricardo Savini (segundo a Folha) e o presidente do BNDES Aloizio Mercadante, conforme revelação do ICL Notícias.

Outros nomes cotados são o do Secretário Especial de Análise Governamental da Presidência da República Bruno Moretti e de Magda Chambriard.

Prates conta com o apoio da Federação Única dos Petroleiros (FUP), bancada do PT no Senado, liderança do PT e do ministro da fazenda Fernando Haddad.

Ele é o único nome de destaque do Rio Grande do Norte no Governo Lula.