O Governo do Estado entrou em tratativas para um Memorando de Entendimento (MoU) junto à Petrobras para o desenvolvimento do projeto-piloto para instalação de uma usina de geração de energia eólica em alto mar (offshore). Este será o primeiro projeto-piloto de geração de energia offshore no Brasil. A reunião ocorreu nesta quarta-feira (10) entre o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, e a governadora Fátima Bezerra, no Rio de Janeiro (RJ), onde a governadora participa do Fórum Brasileiro Líderes de Energia 2024. O Memorando de Entendimento será assinado em Natal (RN), no início do próximo mês.
Para chegar ao entendimento com a empresa brasileira, o Governo do Estado, através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SEDEC), realizou diversas reuniões com a Petrobrás para uma parceria que propicie o desenvolvimento de projetos pilotos de pesquisa na área de energia eólica offshore e suas aplicações no mercado brasileiro de geração de energia. A SEDEC trabalha com a expectativa da usina entrar em operação em 2029.
“A assinatura desse memorando irá renovar não só minha esperança, mas também a minha confiança na Petrobras, que está de volta retomando esse papel tão importante e estratégico para o desenvolvimento não só do Rio Grande do Norte, mas nacional”, afirma Fátima Bezerra, acompanhada do secretário adjunto do Desenvolvimento Econômico, Hugo Fonseca. A governadora comemorou o recente anúncio feito pela Petrobras, nesta última terça-feira (09), da retomada da exploração de petróleo na margem equatorial, começando exatamente pelo Rio Grande do Norte.
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O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, reforça sobre a exploração da nova fase da margem equatorial em águas ultraprofundas, “além de dois mil metros de profundidade, é muito metro para achar petróleo. E encontramos petróleo, pela segunda vez. A primeira vez menos, agora um pouco mais. Talvez juntando as duas com mais aquela de 2015, a gente consiga fazer de fato um projeto que possa recuperar a indústria do petróleo do Rio Grande do Norte, desta vez no mar, e em grande escala”, diz. “Além disso, a gente já fala em energia eólica no mar também. A Petrobras ganhou e vai ganhar agora esse ano de novo o prêmio de melhor empresa operadora no mar do mundo, e nada mais natural do que ela entrar também em energia renovável no mar. Além de ter alguns projetos em terra – temos usina solar no Rio Grande do Norte, vamos ter aí também alguns projetos de energia eólica em terra. Então é a presença da Petrobras no Rio Grande do Norte voltando com força total”, finaliza Jean Paul.
O Rio Grande do Norte é líder na produção de energia eólica no Brasil, com 295 parques eólicos em operação. Sua produção corresponde a 32% de toda a geração de energia eólica do país. O RN também é líder em potência em operação, com 9,59 gigawatts. À parte dos parques eólicos que já estão em operação, o estado possui, em fase de desenvolvimento, 14 complexos eólicos offshore na Costa potiguar, num potencial estimado de 25,5 GW de geração de energia.
Assim, o Governo do Estado vem realizando diversos estudos técnicos para o desenvolvimento da fonte eólica offshore. Exemplo disso são o Atlas Eólico e Solar do Estado do RN, os estudos de alternativas técnica e locacional para o suporte à infraestrutura de transmissão para eólica offshore, e os estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental para o Porto- Indústria Verde do Estado. Os estudos de viabilidade estão inseridos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal.
Além disso, o Estado do Rio Grande do Norte possui uma localização próxima às áreas com potencial eólico offshore. E a Petrobras, empresa na qual o Governo Federal é acionista majoritário, além de atuar na exploração, produção, refino, transporte e comercialização de petróleo e seus derivados, também está presente no setor energético, atuando na geração de energia termelétrica e de fontes renováveis, com projetos eólicos onshore e offshore bem como no segmento gás-químico e de biocombustíveis.
Todas essas ações fazem parte do compromisso de transição energética para uma economia global de baixas emissões de CO2, quando a Petrobras e o Governo do Rio Grande do Norte apostam na implantação de projetos de energia eólica offshore no Brasil. O investimento em pesquisa e inovação é imprescindível para o aproveitamento desta fonte.
Também participaram desta agenda o Diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores, Sergio Caetano Leite; o diretor de Engenharia, Tecnologia e Inovação, Carlos Travassos; o Chefe de Gabinete, Danilo Silva; e Guia Dantas, Assessora Especial de Governo.