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Jean Paul afirma que nova alta dos combustíveis comprova que mexer no ICMS não resolve o problema

O senador Jean Paul Prates (PT-RN) comentou nesta sexta-feira (17) o novo reajuste no preço dos combustíveis anunciado pela Petrobras. “No dia em que o presidente visita Natal, a Petrobras anuncia mais um aumento de combustíveis. Um presente de grego que ele entrega pessoalmente aos potiguares”, declarou.

“Recebemos o anúncio da Petrobras com tristeza, por saber que o médico que deveria estar ajudando o povo brasileiro na verdade está sendo forçado a agravar a doença. É a confirmação do que dissemos durante a tramitação do PLP 18/2022: não adianta cortar orçamento dos estados, o impacto sobre os combustíveis é incerto, mas o prejuízo às políticas públicas é garantido”, complementou Jean.

O Projeto de Lei Complementar 18 de 2022 (PLP 18/2022) a que se refere o parlamentar é o que foi proposto pelo Governo Federal e aprovado no Congresso, e pretende limitar a incidência do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços sobre os combustíveis. A justificativa é de que a medida diminuiria os preços pagos pelos consumidores. Mas a medida reduz os repasses aos estados e pode prejudicar os serviços públicos, como saúde e educação.

Além disso, o senador Jean alerta que, no primeiro aumento nos preços, como o anunciado nesta sexta (17), a redução provocada pelo corte de ICMS seria anulada. “Enfatizamos diversas vezes que no primeiro reajuste da Petrobras o eventual impacto dos tributos sobre o preço iria para o ralo, levando consigo os gastos de educação e saúde dos estados. Ou seja, a população ficaria duplamente contrariada. Não deveria ser surpresa para ninguém”, corroborou o senador.

O problema, segundo ele, é o chamado PPI – Preço de Paridade de Importação – método atualmente utilizado pela Petrobras. “Seguir a cartilha do PPI implica  acompanhar o preço internacional, acrescido de custos próprios a importadores, por mais extraordinário que ele esteja. O governo já estava intervindo para segurar o preço da Petrobras artificialmente, e isso todo mundo sabe. Mas a Petrobras hoje existe só para dar lucro, e foi cobrada pelos acionistas a cumprir o papel prometido”, explicou o parlamentar do Rio Grande do Norte.

O senador Jean aponta para a contradição do Governo Federal em atacar a alta dos preços sem arrumar uma solução definitiva e eficaz para a situação. “Enquanto isso, os líderes do governo Bolsonaro choram lágrimas de crocodilo. A verdade é que eles estão presos dentro de suas próprias contradições. Não aceitam as consequências das suas próprias escolhas políticas. O mesmo vale para o teto de gastos, que eles tanto defendem, ao mesmo tempo que não o respeitam quando o cenário eleitoral os acossa”, criticou.

Jean defende que o caminho para equacionar esse problema não é o que vem sendo adotado pelo governo. “Como dissemos no debate do PLP 18/2022, não é assim que se faz reforma tributária, e não é assim que lida com a economia: esse governo está completamente perdido e a cada dia mais desesperado diante do naufrágio de suas pretensões eleitorais. O Partido dos Trabalhadores apoia a redução da tributação indireta, e defende uma recomposição de responsabilidades no pacto federativo, ajustando seu financiamento de acordo. Infelizmente, esse governo é um show de horrores, empenhando nosso futuro para financiar suas motivações eleitorais de curto prazo. O Brasil é maior que Bolsonaro”, disse.

CPI

Em meio à crise dos combustíveis, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) disse que pretende abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar a Petrobras. O discurso foi endossado pelo presidente Jair Bolsonaro durante entrevista em Natal.

Jean afirmou ser uma boa proposta e disse que será o primeiro a assinar o pedido de abertura de CPI. “É uma ótima ideia. Vamos investigar para onde foram os ganhos bilionários da Petrobras. Se o presidente da Câmara não propuser a abertura, nós o faremos”, adiantou Jean.

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Zenaide e Jean votarão contra privatização da Eletrobras. Styvenson faz mistério

Entre os senadores do Rio Grande do Norte está formada maioria contra a privatização da Eletrobrás. Dois já se manifestaram contra a Medida Provisória (MP) 1031.

No Twitter Zenaide Maia (PROS) disse que a estatal dá lucros. “A Eletrobrás é a companhia elétrica mais lucrativa da bolsa! Lucro líquido de R$ 1,2 bilhão no último trimestre de 2020. A quem interessa a venda de um patrimônio público estratégico e lucrativo? Votarei contra a MP 1031!”, frisou.

Em artigo publicado ontem (leia AQUI) no Blog do Barreto, Jean Paul Prates (PT) classificou a proposta como um convite para um “indigesto jantar à luz de velas”. “Qual é o sentido de botar à venda, numa conjuntura tão desfavorável, uma empresa estratégica e lucrativa, que registra nível de endividamento mínimo e resultados operacionais de excelência? Qual o sentido de entregar a capacidade do Estado de fazer a energia chegar aonde é necessária — e não apenas onde a operação dá lucro—numa hora dessas?”, questionou.

Já Styvenson Valentim (PODE) que simpatiza com as privatizações informou por meio da Assessoria de Imprensa que na hora da votação o povo saberá a posição dele.

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Zenaide e Jean Paul decepcionam RN em primeiro teste no Senado. Styvenson cumpre promessa

Os senadores Zenaide Maia (PROS) e Jean Paul Prates (PT) decepcionaram os eleitores que esperam votos em defesa da transparência na atividade política.

Na votação que decidiu pelo voto aberto para presidente do Senado, os dois optaram por se ausentar do plenário.

Apenas o senador Capitão Styvenson (sem partido) ficou presente e ele foi a favor da votação aberta. O militar foi eleito pregando a ética na política.

Passou no primeiro teste.

O resultado da votação foi 50 x 2 para o voto aberto. Ao todo 29 senadores se ausentaram entre eles dois do RN.

Na madrugada de hoje o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Tóffoli anulou a votação determinando que a escolha do presidente do Senado seja de forma secreta.