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Análise

Sucessões de erros faz Álvaro Dias ficar sem candidato competitivo em Natal e perder o controle da sucessão

Enquanto a popularidade ia despencando na atual quadra histórica, o prefeito do Natal Álvaro Dias (Republicanos) agia como se ainda estivesse com mais de 60% de aprovação, o que lhe daria condições pinçar qualquer nome e tornar competitivo nas eleições da capital.

Um fato sintomático de que o prefeito da capital perdeu o controle da sucessão é que um atual desafeto de Álvaro, o senador Rogério Marinho (PL), convidou publicamente Álvaro para um entendimento em torno do deputado federal Paulinho Freire (União).

Paulinho, outro ex-aliado de Álvaro, seria o candidato natural do grupo do prefeito. Mas os dois se afastaram no ano passado.

Álvaro tentou inventar de todas as formas um sucessor que pudesse controlar. O nome escolhido foi o da secretária de planejamento Joana Guerra, uma figura desconhecida, que obviamente tem dado traço nas pesquisas.

Com pouco mais de 30% de aprovação nenhum estrategista político sério recomendaria a um prefeito apostar num “poste” com uma popularidade neste patamar. Álvaro insistiu no erro mesmo tendo ao seu lado um nome bem aceito, com bom trânsito no campo progressista e conhecido como o ex-deputado federal Rafael Motta (PSB).

Foi outro erro.

Álvaro age como se ainda fosse um prefeito popular. Brigou com Rogério, com Paulinho, teve uma tentativa frustrada de aproximação com o PT, está desperdiçando a chance de investir em Rafael Motta e segue numa estratégia fadada ao fracasso com Joana Guerra.

Uma sucessão de erros de um prefeito que está olhando para 2024 pensando em 2026 quando deseja disputar o Governo do Estado sem se tocar que está enfraquecido na própria capital do Estado.

Enquanto fazia apostas erradas, fortalecia ex-aliados. Paulinho se entendeu com Rogério e agora é terceiro colocado nas pesquisas. O senador já fez um chamado público para fumar o cachimbo da paz com o prefeito porque sabe que Álvaro já não controla a própria sucessão.