Com 264.577 habitantes (ver nota do Blog no final da matéria), a Prefeitura de Mossoró assinou em 7 de agosto do ano passado um contrato de coleta de lixo com a Vale Norte no valor de R$ 118.048.389,30 pelo período de 30 meses.
Isso dá um gasto mensal de R$ 3.934.946,31 saindo dos cofres públicos. A Vale Norte atua em Mossoró desde a gestão de Francisco José Junior e se manteve durante o quarto mandato de Rosalba Ciarlini.
Allyson não se fez de rogado e seguiu mantendo os contratos de seus antecessores, mas só que com um valor exorbitante se comparado com cidades de médio porte do interior do Nordeste com populações maiores que a de Mossoró.
A título de comparação, Campina Grande, segunda maior cidade da Paraíba, assinou em 18 de abril deste ano um contrato de coleta de lixo e limpeza urbana com a empresa Ecco Liberty Soluções Ambientais LTDA no valor de R$ 26.013.336,00 por 24 meses. A média mensal é de R$ 1.083.889,00.
Mossoró gasta por mês 363.04% a mais que a terra do “Maior São João do Mundo” que tem 419.379 habitantes.
Mossoró tem o equivalente a 63% da população de Campina Grande.
Mas a comparação não para em Campina Grande.
Outra cidade de médio porte do interior do Nordeste, Petrolina (PE), assinou em 2022, contrato com a empresa Limp City Valorização de Resíduos LTDA no valor de R$ 47.064.178,72 por 24 meses. A média mensal é de R$ 1.961.007,44. Mossoró gasta por mês 200.66% a mais que a cidade eternizada na música “Petrolina Juazeiro” do genial Luiz Gonzaga.
Petrolina tem 386.786 habitantes. Mossoró tem o equivalente a 68,4% da população deste município.
Nota do Blog: a matéria utiliza dados do Censo do IBGE de 2022 e os cálculos foram feitos antes do anúncio da nova estimativa populacional nesta quinta-feira. Decidimos manter por ser a projeção da época das assinaturas dos contratos.