Um estudo realizado por professores do Departamento de Geografia da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) traçou o perfil das medidas que cada município potiguar deve tomar para conter o avanço da covid-19. No caso de Mossoró a situação é considerada crítica e a recomendação é de lockdown (bloqueio total).
Para chegar a essa conclusão, os professores elaboraram duas fórmulas para apresentar o perfil do que deve ser recomendado para as cidades.
A primeira fórmula é o coeficiente de letalidade. Neste caso são cruzados dados como números de óbitos e de novos casos confirmados. Já no coeficiente de incidência se comparam os números de casos confirmados com o de população de risco.
O cruzamento dos dois coeficientes foi comparado com os índices de ocupação de leitos chegando à Taxa de Risco que vai determinar o que cada cidade deve fazer. “A combinação de variáveis apresenta o grau de risco da Covid-19 no contexto do Rio Grande do Norte, em cinco níveis: muito baixo; baixo; médio; alto e muito alto”, diz o estudo.
Mossoró ficou enquadrada com a taxa de risco muito alta e por isso a recomendação é de lockdown.
As demais cidades do Estado variaram de flexível a máximo (lockdown) passando por intermediário e médio.
Recomenda lockdown também para Apodi e Alto do Rodrigues. O caso de Natal é de isolamento social alto, médio para Ceará-Mirim e baixo para Angicos.
Confira o quadro das demais cidades abaixo:
Cidade Polo | Nível de Isolamento Sugerido |
Açu | Alto |
Alto do Rodrigues | Máximo |
Angicos | Baixo |
Apodi | Máximo |
Natal | Alto |
Santo Antônio | Médio |
São José de Mibipu | Médio |
Caicó | Baixo a médio |
Canguaretama | Médio |
Ceará-Mirim | Médio |
Currais Novos | Muito baixo a baixo |
Goianinha | Muito baixo |
Guamaré | Alto |
João Câmara | Baixo a médio |
Mossoró | Máximo |
Nova Cruz | Alto |
Patu | Médio |
Pau dos Ferros | Baixo a médio |
Santa Cruz | Muito baixo |
São Paulo do Potengi | Baixo a médio |
“Em relação a introdução de lockdown nas regiões de isolamento o estudo propõe que caso a taxa de incidência e letalidade cresçam durante duas semanas epidemiológicas (SE) consecutivas que as autoridades de saúde decretem a paralização de todas as atividades no âmbito do município liberando apenas as essenciais com restrições rígidas”, diz o estudo.
Para elaboração do trabalho foram usadas informações do Boletim Epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde Pública (SESAP), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS/UFRN).
O estudo foi realizado pelos professores Gutemberg Henrique Dias, Filipe da Silva Peixoto, José Alexandre Berto de Almada e Fabio Ricardo Silva Beserra.
Leia o estudo completo AQUI.